Perdido no Deserto


Perdido, Achado, e Perdido Novamente



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2. Perdido, Achado, e Perdido Novamente


Jesus faz o convite para segui-Lo, simplesmente achando que as pessoas estão realmente procurando paz. Ele sabia que a multidão ao redor dEle era de "cansados e sobrecarregados" (Mateus 11.28).

Se olharmos à nossa volta, veremos várias pessoas que parecem estar sobrecarregadas. Todas as manhãs, elas se levantam e pegam umas mochilas invisíveis, carregadas de pesos com diferentes nomes - marido, esposa, filhos, emprego, finanças - e assim vão; e essas são as cargas que têm que carregar. Cansaço não é neces­sariamente ruim, porque, enquanto estivermos cheios de vigor, nunca procuraremos a Deus para nos dar descanso. Então, estar cansado é bom sinal. Se o pai do filho pródigo o tivesse encontrado uma semana antes do seu dinheiro acabar e tivesse dado a ele mais dinheiro, quanto tempo demoraria para que ele voltasse para casa?

Qual será a causa da fadiga humana? Nós não estamos cansados só porque carregamos uma carga diária de problemas, sonhos perdidos, desapontamentos, problemas familiares; mas também porque estamos à procura de um salvador para nos ajudar com essa carga. Procuramos ajuda com nossos pais, amigos, esposos, esposas e filhos, mas como eles também estão procurando nossa ajuda, não funciona muito bem. O que precisamos é de um Salvador sobrenatural.

Só haverá entendimento da necessidade de um Salvador sobrenatural que pode suprir todas as nossas carências, quando o Espírito Santo dá a convicção do pecado. O momento em que chegamos a essa convicção, geralmente antecede à tentativa de salvarmos a nós mesmos, através de uma variedade de métodos, resoluções e esforços. Quando alcançamos esse ponto, chegamos à conclusão de que nós não podemos nos salvar e estamos condenados. Nós desistimos de tentar ser o melhor! Para encurtar, nos encontramos num mundo sem esperança.

A nação de Israel chegou a essa conclusão, antes de Cristo começar seu ministério. Durante a época de sacrifícios em Jerusalém, centenas de animais foram sacrificados; foi dito que um rio de sangue correria saindo do templo. Cada ano, os devotos iam a Jerusalém e, cada ano, não importava o quanto tivessem tentado, havia mais sacrifícios a serem feitos. Aquele povo tinha consciência do julgamento que os esperava por causa do pecado. Será que foi por isso que, quando João Batista saiu pregando batismo e arrependimento pelo perdão dos pecados, "saíam a ter com ele toda a província da Judéia e todos os habitantes de Jerusalém; e, confessando seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão"? (Marcos 1.5) E ainda, o batismo de João era um batismo de desespero. Imaginem sermos controlados por um terrível pecado, mas sendo batizados por João sermos perdoados! Claro que correríamos para o batismo no Jordão! A alegria, porém, não duraria muito, porque mesmo que fôssemos perdoados do pecado, não nos teria sido dado poder sobre ele, então, nos tornaríamos escravos novamente, precisando de perdão e sem nenhuma esperança.

Quando o Espírito Santo nos ajuda a chegar à convicção de que estamos condenados e desistimos da idéia de salvar-nos a nós mesmos, aí sim, estamos prontos e dispostos a permitir que Cristo se torne nosso Salvador. Nós nos tornamos, de uma certa forma, dependentes. Passamos a entender que não podemos viver sem Ele. Agora somos dEle através de uma simples confissão de fé. O Espírito Santo, maravilhosamente, nos convenceu de que precisamos de um Salvador. Que descoberta gloriosa! Que alívio saber que temos perdão dos nossos pecados!

Sentimos que, se Jesus pode nos perdoar, então Ele pode qualquer coisa. Ele vai cuidar de nós e das nossas famílias, e vai aliviar nossos desconfortos e todos os problemas da vida.

Um novo convertido tem tanta fé - acreditando que Deus pode todas as coisas - que, na verdade, Deus faz muitas coisas para ele. Sua vida nova pode ser comparada a uma lua-de-mel; a única coisa que importa é agradar ao Salvador. Os termos esforço e labuta não fazem parte do seu vocabulário, porque tudo acontece naturalmente, com amor, sem esforço. Deus é tudo para a pessoa que acaba de se converter, e, porque Jesus está para voltar, ela deve compartilhar essa nova alegria com todos; ela deve encontrar as outras ovelhas perdidas! Claro que outros vão querer conhecer o que ela conhece. Não demora muito para essa pessoa se deparar com a rejeição do mundo e descobrir que os outros não estão interessados na mensagem, mas e daí? O mundo é grande e há várias pessoas que precisam ouvir. Há uma grande alegria em testemunhar, orar, servir. E o mais bonito é que tudo é feito sem ser mandado.

Devagarinho, quase que desapercebidamente, a lua-de-mel acaba. O novo cristão tira os olhos do Salvador e vê somente o "fazer". Suas orações são cada vez mais centralizadas em si mesmo. De fato, antes mesmo que ele perceba, o seu "eu" torna-se a coisa mais importante.

Por mais impossível que pareça, e não importa quanto cansaço lhe traga, ele se empenha em alcançar uma perfeição que deve ser atingida de qualquer forma. Gradativamente, focaliza cada vez menos Jesus, e mais e mais o cristão de sucesso. Ouve falar de "cristãos de sucesso" que seguiram os ensinos certos ou experi­mentaram uma correta seqüência de fatos e estão vivendo uma vida de alegria, vitória, orações res­pondidas e maravilhosas experiências emocionais. Mas tentar obter uma alegria através de ensina­mentos sadios, experiências adequadas, ou, mes­mo, simplesmente estar certo não funciona. Mesmo que ele continue se empenhando, há sempre um enorme sentimento de que perdeu algo e nunca mais vai encontrar.

Como disse Andrew Murray: "Se você se esforçar para ser algo, você prova a si mesmo que não é nada daquilo". Nessa condição, o novo cristão passa a acreditar que está perdido nova­mente. Ele sabe que Cristo é a resposta, e quer agrada-lhe, mas sente como se não pudesse fazê-lo. De uma certa forma está pior do que estava antes de ser salvo.

Lembro-me do bêbado, quando lhe pergun­taram se ele queria aceitar a Jesus. Ele abriu uma garrafa de vinho e respondeu: "Não, obriga­do! Já tenho problemas demais."

Para não desistir, em desespero o cristão passa a freqüentar mais conferências e seminá­rios, lê mais a Bíblia, ora, jejua e claro, promete fazer melhor, tudo na esperança de que essas voltas lhe tragam o alívio prometido! De alguma forma, no fundo, no fundo, ele percebe ser igual a um carro, quando o pneu está furado; toda manhã coloca ar no pneu, mas... Quando a tarde chega, está vazio novamente e ele clama: "Alguém tampe o furo, por favor?"

A jornada de perdido para achado e de volta a perdido, pode demorar um tempo relati­vamente curto. Você se lembra de Israel saindo do Egito? O povo ia cheio de esperança e fé em Deus. Na pequena distância até a Terra Prome­tida pararam de ter esperança e fé em Deus e, ao contrário, passaram a confiar em si mesmos. Voltaram-se para o que achavam que pudessem efetuar. O resultado final foi exílio no deserto, onde tiveram que aprender certas lições que os fariam mais uma vez passar a ter esperança e fé em Deus.

Poucos cristãos fazem essa jornada sem vagar; e, graças a Deus por eles. Este livro não foi escrito para tais cristãos, mas para os que estão perdidos no deserto. A melhor lição para aprender lá, é "o que não funciona". Lembre-se, nós progredimos quando conseguimos achar o que não funciona e o excluímos.


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