Perdido no Deserto



Yüklə 0,61 Mb.
səhifə3/10
tarix04.01.2019
ölçüsü0,61 Mb.
#90280
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10

3. O Que Não Funciona


Minha primeira viagem pelo mundo, visitan­do uma variedade de países e culturas singulares foi extremamente cansativa. Houve ocasiões em que, cheguei a pregar três vezes num só dia. O tempo que passei e o amor que recebi dos meus irmãos e irmãs em Cristo nesses lugares distan­tes supriu muito mais do que tirou minhas ener­gias. Foi fenomenal ser tratado como parte da família, ter o melhor lugar, ser convidado para compartilhar o melhor jantar, e dormir no melhor quarto, só por causa de Cristo. Nós realmente somos parte da família de Deus! Numa certa viagem, tive oportunidade de pregar para um grupo de denominações diferentes, muitas das quais, eu nunca tinha ouvido falar antes, e cada uma com sua peculiaridade. Enquanto comparti­lhava com essas denominações, percebi derrota e desespero também. Cheguei à conclusão de que uma certa doutrina - tão amada em sua denomi­nação - não estava dando vida abundante como era esperado; não funcionou! É relativamente fácil ser excluído de uma certa denominação; só é pre­ciso discordar dos ensinos destacados pelo grupo. Eu acredito em ensino correto e verdadeiro, mas por que os que descansam em seus ensinos corretos, parecem estar no mesmo nível de derrota dos que não têm tais ensinamentos?

Algumas práticas de disciplina dão uma lista do que fazer para toda e qualquer situação. Elas funcionam sob a tese de que as pessoas erram porque não sabem o que fazer. Mas nem em grupos bem disciplinados, os que estão no topo conseguem seguir todas as regras e listas, e caem em derrota. A questão principal não é confrontada: a lista do que fazer para atingir espiritualidade e mudança não funcionou!

Ao mesmo tempo que perde a percepção de Deus, o homem aumenta o número de regras e listas em sua vida. O volume de leis só quer dizer uma coisa: nós não conhecemos a Deus. A lei do Velho Testamento foi dada por esse motivo - o povo não conhecia a Deus. Os fariseus são um ótimo exemplo desse princípio! Quanto mais perdiam a percepção de Deus, mais suas leis se multiplicavam.

Recentemente, li sobre as leis da dieta judaica. Num dos artigos, o autor deixou bem claro que nós cristãos não devemos comer cer­tas carnes, como as de coelho e camelo. A pri­meira coisa que me veio à mente foi: "Se eu não comer mais carne de coelho e camelo, será que me darei melhor com minha esposa, meus filhos andarão sempre com Deus, e poderei vencer minha depressão e derrota?" A resposta é absoluta­mente, não! Devemos discutir, refletindo sobre qualquer idéia a nós proposta: se ela nos pode levar a atitudes proveitosas para a nossa qualidade de vida. Quando nos deparamos com alguma maravi­lhosa teoria, bons ensinamentos, imposição de leis, ou referências renovadas, eu acredito que rara­mente nos perguntamos se isso realmente funciona. Nossa situação presente é tão miserável que esta­mos dispostos a ouvir qualquer coisa que prometa remédio imediato. Várias vezes já ouvi que cristãos não devem ter televisão, rádios, sandálias, roupas coloridas, ou mesmo um bateria na igreja. Mas na ala dos legalistas também foram encontradas as piores imoralidades. Não deve funcionar!

Já houve vários debates sobre estar cheio do Espírito e falar em línguas. Eu conheci pes­soalmente professores dos dois lados e que esta­vam vivendo as mesmas formas de pecado e escravidão. A verdade é que encontramos, entre os derrotados, pessoas que falam em línguas e as que não falam; nenhuma das duas situações deve ser a solução para derrota.

O derrotado pode ser encontrado entre os que foram batizados de maneira "correta" e no tempo "correto", entre os que se sujeitam a auto­ridades espirituais, os que lideram grupos, os que já leram e decoraram livros inteiros da Bíblia, os que têm sempre um tempo devocional, os evange­listas incansáveis, os que fazem confissões positi­vas, os que só lêem a tradução da Bíblia feita por King James, os que não comprarão um bateria de jeito nenhum, os que já leram todos os livros sobre criação de filhos. Nós acreditamos nas palavras de Jesus, "... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.32). Obviamente, as coisas que mencionei não são a verdade, porque os que as praticam não estão livres.

O cristão que está procurando um método para trazer alívio a esse estado desprezível, rara­mente se pergunta: "Onde está Jesus no meio de tudo isso?" Na verdade, se parasse para escutar, ele perceberia que está escutando menos e menos o precioso nome de Jesus e mais e mais o que o homem exalta.

Quando deparado com um esquema que promete sucesso, o cristão deveria sempre pergun­tar: "Será que o budista, o hinduísta, o muçulmano conseguiriam fazer isso? Se a resposta for sim, então nada há de sobrenatural nesse método; é meramente ensino humano.

Algumas pessoas ouvem falar que a ori­gem do seu problema é demoníaca. Passam horas com alguém expulsando o(os) demônio(os), e mesmo assim, dentro de algumas semanas, conti­nuam escravas do pecado e de suas ações como antes. São instruídas a submeter-se a exorcismo mais uma vez, e outra vez, mas com o passar do tempo, percebem que não mudaram.

Muito conhecimento se aplica à vida da pes­soa que está ouvindo. Quando peguei minha Bíblia de estudos, notei que há uma página inteira dedi­cada ao livro de Isaías. Foram dois autores ou um só? Há outra página dedicada ao livro de Hebreus. Foi Paulo ou Barnabé? Há um guia teológico e uma sessão especializada em escatologia e diferentes vi­sões sobre o fim do mundo. Com certeza, muito tempo foi gasto nessa pesquisa e sem dúvida usa­ram os mais brilhantes sábios. Mas por quê? Será que tem alguma significância para o cristão opri­mido que está na China, o irmão que foi preso no Nepal por batizar um homem, a irmã indiana que não tem o que comer hoje, ou até mesmo você?

A igreja está cheia de sábios destruídos que pensaram que a Bíblia foi escrita para ser entendida e não perceberam que foi escrita para dar vida. Alguns pastores sugerem que as pessoas tomem nota durante os sermões, mas nós não precisamos de mais pedaços de papel; precisamos é de poder. As Escrituras são pesquisadas a fim de que se encontre conhecimento, mas o resultado são casa­mentos destruídos, filhos rebeldes, e até falta de abundância.

Deus não é para ser sistematizado e enten­dido - isso é o que fazem os que não O conhecem ao invés disso, Ele é para ser obedecido e adorado.

Penso que a coisa mais sábia que um teólogo deveria fazer é vender sua biblioteca teológica, usar o dinheiro para comprar um telescópio, olhar para as estrelas e ficar em silêncio. Uma tarde assim fará com que qualquer um, em sua verdadeira posição de ignorante diante do Pai, tenha a mesma experiência de Jó: "Então Jó respondeu ao Senhor e disse: Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca" (Jó 40.3,4). Claro que há tempo para aprender, mas quando o aprendizado é um substituto de vida, vira calamidade. O igno­rante, o talentoso e o não dotado, o rico e o pobre estão na mesma situação, quando falamos de vida vitoriosa.

Não estou afirmando que conhecimento não é importante. Muito pelo contrário; conhecimento que leva a vida é extremamente importante, mas repito, se tomar o lugar de Cristo e tornar-se a solução para o dia-a-dia, é maldição. Todo conheci­mento deve descer uns doze centímetros abaixo do cérebro - para dentro do coração!

Acredito que muitas vezes a busca do conhe­cimento nos mantém longe da oração. De fato, é muito mais fácil buscar o conhecimento do que o nosso Deus através da oração. Sabemos que Deus domina o mundo através da oração dos santos e, mesmo assim, em minhas viagens, nunca vi um Seminário ou Escola Bíblica que ofereça curso de oração. De onde mesmo vem a libertação?

Conselheiros cristãos estão multiplicando-se porque há vários cristãos machucados na igreja. Muitos cristãos acreditam piamente que autoconhecimento obtido através de conselhos é a ajuda concreta de que precisam para ter uma vida vito­riosa. Todavia, uma coisa que perturba sobre acon­selhamento cristão é que geralmente nosso Senhor Jesus e Seus poderes são deixados de lado; e o conselho dado ao cristão funcionaria perfeitamente para o não-cristão também. Verdadeiros conse­lheiros cristãos , fazem com que a pessoa olhe para Jesus, e não para si mesma. Sempre acho confusa a hostilidade que pode ser criada entre os cristãos, quando eles ouvem que Jesus é a única coisa de que precisam. Nós somos ordenados a entregar todas as nossas ansiedades ao Senhor, e não à psicologia:



"Então apregoei ali um jejum... para nos hu­milharmos perante o nosso Deus, para lhe pedirmos j ornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso. Porque tive vergonha de pedir ao rei, exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos dito: A boa mão do nosso Deus é sobre todos os que O buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os que O abandonam. Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e Ele nos atendeu."

Esdras 8.21-23


Em algum ponto será que não estamos envergonhados por correr para o mundo, em busca das respostas aos problemas da alma?

Continuando nosso exame do que os cris­tãos tentam e não funciona, quase nem precisa­mos mencionar todos os métodos e programas que estão sendo empurrados sobre nós na igreja: desenvolve-se uma campanha atrás da outra, para aumentar o número e tamanho da congregação. De vários modos, a maneira como muitas igrejas funcionam hoje, não é nem um pouco diferente do sistema pirâmide que várias organizações seculares adotam. A ênfase é exatamente em empilhar mais e mais pessoas na base, mas nunca se preocupar com os que já estavam lá. Geralmente, essa prática é meramente calculada para construir impérios: os fundadores, seguindo fórmulas básicas alcan­çarão sucesso.

Várias igrejas podem ser comparadas a alguns hospitais onde faltam médicos, mas estão cheios de doentes, e a solução encontrada é construir hospitais maiores que acomodarão mais e mais doentes. O necessário seria um médico para tratar os doentes que já estão lá.

Como é que nossa vida cristã se tornou tão difícil? Antes andávamos no amor de Cristo, mas agora nós nos encontramos mantendo uma variedade de "lua nova" (Colossenses 2.16). O que está acontecendo com a simplicidade que Jesus falou quando Ele nos comparou às criancinhas?

A raiz de todos esses métodos pode ser facilmente determinada. Veja, é nos ordenado vi­ver como foi escrito nos capítulos 5 a 7 de Mateus. Quando tentamos, descobrimos que simplesmente não conseguimos. Então, desenvolvemos um cris­tianismo em que nos exaltamos e julgamos os outros que não conseguem chegar ao nosso nível. Se achamos que a busca de intelecto é fácil, fazemos com que doutrinas próprias, leis e princípios da igreja, e disciplina se tornem muito importantes. Por outro lado, se não achamos que a busca do intelecto é atrativa, então nosso cristianismo gira em torno de emoções, e aqueles ã nossa volta, cujas experiências não se comparam às nossas, são julgados menos espirituais.

Resumindo, o cristão derrotado está procu­rando uma coisa certa - vitória, uma vida profunda, algo que irá agradar a Deus - mas está procurando nos lugares errados.

Um amigo indiano conta a história de um homem que perdeu a chave de sua casa, e, trancado do lado de fora, começou a procurar perto do poste de luz. Os vizinhos notaram o homem e per­guntaram o que ele estava fazendo e, um a um, começou a ajudá-lo. Finalmente, um dos vizinhos perguntou ao homem:

- "Qual foi exatamente o lugar onde você perdeu sua chave?"

- "Foi ali perto da casa", respondeu o homem.

- "Se você perdeu sua chave perto da casa, por que é que você está procurando aqui perto desse poste de luz?"

- "Não consigo enxergar nada onde a per­di; só vejo bem aqui perto desta luz", respondeu o homem.

O cristão que perdeu sua alegria e vitória em Deus, muitas vezes procura onde as coisas parecem mais claras, e não na fonte de seu pro­blema. Olhar e procurar em lugares errados nunca traz a chave do sucesso e, só porque há um pou­quinho de luz, não há nenhum motivo para con­tinuar.


A árvore em constante crescimento

Qual a fonte de todas essas soluções para os nossos problemas? A resposta é encontrada no Éden: "Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal" (Gênesis 2.9). É a última árvore de onde Adão e Eva comeram, aquela árvore proibida da qual o homem continua comendo. Vamos dar uma olhada em como aquela árvore afeta toda a humanidade.

Primeiramente, devemos entender os cri­térios que Deus usa para nos aceitar, baseados num sistema de passa/reprova. Nós passamos e somos aceitos por Ele, se estamos em Cristo; se, por outro lado, não estamos em Cristo, então so­mos reprovados. Isso é tudo muito simples e fácil, até que decidimos comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal; e, quando isso acontece, a simples verdade de Deus é mais uma vez distorcida e difícil.

Vamos dividir a árvore em dois lados sendo um lado bom e outro mal. Se o homem come do lado mal e comete o mal, o que Deus faz com ele? A resposta é óbvia: Ele rejeita esses atos injustos e que se encontram abaixo do padrão de Deus, de estar em Cristo. Mas se um homem come do lado bom da árvore e faz muitas coisas boas, o que Deus fará? Ele o aceitará com os seus bons atos? Pelo contrário, Deus o rejeitará também, porque os seus atos estão sendo somados ao padrão de Deus de estar em Cristo e ele está cometendo atos de auto justiça. Deus ordena que sejamos justos e, mesmo assim, ouvimos que todo ato de justiça é igual a um trapo sujo. O bem e o mal vêm da mesma árvore e são tratados de igual modo por Deus - rejeitados: "... até as próprias trevas não te serão escuras; as trevas e a luz são a mesma coisa" (Salmo 139.12). Cometer o mal é sinal de não se crer que Deus existe ou que um dia irá nos julgar, mas cometer o bem é sinal de que não acreditamos no padrão de aceitação de Deus. Nós provamos que não acredi­tamos em Deus nem um pouco, quando adiciona­mos alguma coisa ao Seu padrão de aceitação. Estamos tocando numa das maiores decepções do cristianismo. Deus quer que façamos o bem, mas o que faz o bem ser tão correto não é o seu conteúdo, mas sua origem; se a fonte do trabalho for fé, assim como Cristo se expressou através de nós, então é aceitável. I Tessalonicenses 1.3 menciona trabalho produzido através de fé, o que é aceitável. Mas qualquer outra forma de trabalho é inaceitável, porque estará baseado em incredulidade e auto justiça.

Jesus sabia que os coletores de impostos e pecadores, os quais haviam comido do lado mal da árvore, se arrependeriam freqüentemente, por­que podiam perceber que haviam feito algo errado (eles sabiam, assim como todos à sua volta). No entanto, Jesus não deu a mesma esperança aos fariseus e ensinadores da Lei. Os coletores de im­postos e outros pecadores entrariam no céu antes dos que, embora tivessem comido do lado do bem da árvore, não podiam enxergar que precisavam se arrepender tanto quanto os outros. Ninguém à volta iria testificar o quanto repulsivo e inaceitável era o seu trabalho e auto justiça. Há uma profun­da cegueira que vem de comer do lado do bem dessa tão proibida árvore.

Em Mateus 23, Jesus explica o resultado de se fazerem acréscimo ao padrão de aceitação de Deus. "... porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando" (v. 13); "... porque devorais as casas das viúvas e, para o justificar, fazeis longas orações..." (v. 14). "...rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós" (v. 15). Exemplo: o homem estava fazendo mal/ mal, mas agora, está sendo persuadido a fazer o bem/mal! Isso gera "insensatos e cegos" (v. 17), que criam métodos e listas para as pessoas segui­rem, levando-as a rejeitar "a justiça, a misericórdia e a fé" (v. 23); guardando todas as regras, enquan­to assuntos cruciais são ocultados. "Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo" (v. 24); "... limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança" (v. 25). "Os homens parecem justos por causa do julgamento que Jazem de outros, mas na verdade são "...seme­lhantes aos sepulcros caiados que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (v. 27). Como podemos ver, a decepção ao comer do lado do bem da árvore é muitas vezes pior do que fazer o mal.

João 3.16 fala: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Nossas mentes entendem e aceitam as palavras. Mas ouça como o versículo é entendido pelas pessoas que andam tirando pedacinhos daquela árvore maldita. "Porque Deus amou o mun­do de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que não peca, não cobiça, ou tem pensamentos pecaminosos, aquele que lê a Bíblia, sempre vai à igreja, nunca grita com os filhos, ora, decora versículos, não tem rádio em casa, prega o Evangelho aos vizinhos, faz doações, fala em línguas, já teve uma experiência de conver­são e é continuamente puro não pereça, mas tenha a vida eterna. Você vê a diferença em comer dessa árvore? Ela nos obriga a acrescentar uma lista sem fim para a nossa aceitação por Deus, e coloca um grande peso nas costas dos outros, um peso que nós mesmos não conseguimos carregar.

Comer da árvore nos faz defender um ensina­mento bem simples: Você cometeu o mal, agora faça o bem. Encontramos os elementos dessa árvore no Confucionismo, Budismo, Hinduísmo, Mormonismo, Testemunhas de Jeová e várias outras religiões por aí. Bruxas estudam o lado do mal da árvore para adquirir mais conhecimento sobre o mal; outros, chamados teólogos, estudam o lado do bem para adquirir mais conhecimento sobre o bem, mas não há diferença entre os dois. Novamente, a per­gunta deve ser feita: os ensinamentos de hoje estão sendo acrescentados ao padrão de Deus ou promo­vendo proezas que podem ser aplicadas igualmente ao Hinduísmo? Eles vêm da árvore do conhe­cimento do bem e do mal, ou da Árvore da Vida?

Vamos supor que, orientado por Deus, eu decida passar o sábado ajudando minha esposa a limpar a casa. É claro que foi Deus que colocou no meu coração ajudá-la. Isso não parece ser um trabalho tão significativo, mas colherei uma recompensa no céu por fazê-lo. Por quê? Certa­mente, não por causa do tamanho do trabalho, mas por causa de sua origem - a vida dEle em mim. Se vivemos a vida de Cristo, não precisamos nos preocupar: a ação, não importa quão insignificante aos nossos olhos, sempre será boa! Por outro lado, eu posso pregar para 10.000 pessoas para meu próprio benefício, glória e exaltação. Esse trabalho será ferragem, madeira e restolho queimados nos últimos dias!! A magnitude do trabalho foi tremen­da, mas não teve origem na vida de Cristo em mim, e sim no meu eu.

Torno a dizer, comer da árvore nos cega; muitas pessoas fazem o que o "mundo" conside­ra um ótimo trabalho, mas, para surpresa sua obra será queimada no final. Eu me lembro de ser confrontado por um pastor legalista, inflexível quanto à sua posição de ser justo através de seus próprios feitos. Sua esposa parecia bem inquieta, quando ele denunciava falsos pregadores e cristãos preguiçosos; e, mais tarde, ela revelou que eles saíram da última igreja onde estiveram, por causa de um relacionamento extraconjugal de seu marido.

O inimigo adora nos ver comendo dessa árvore. Assim como há níveis de maldade para o homem cometer, também há níveis de bondade. Suponha que a maldade que um homem possa cometer, comece no um e vá até o dez no lado positivo do gráfico; assim também os níveis do bem do lado positivo do gráfico. Vamos imaginar que, quando um homem entregou sua vida para Jesus, ele estava vivendo no menos cinco do lado do mal. Agora que ele é cristão, que nível do bem você acha que ele vai querer alcançar, para ser considerado cheio do Espírito? Presumo que ele vai querer chegar ao cinco positivo, do lado bom do gráfico. O problema é que, o nível do bem a que alguém chega, naquele mesmo nível do lado mal, ele tende a cair; então, antes que perceba, estará de volta ao menos cinco. Vemos esse prin­cípio entre os fariseus, que alcançaram o dez positivo do lado do bem, porque seguiram suas regras, mas quando foi que caíram do lado nega­tivo? Chegaram ao menos dez, porque escolheram crucificar o filho de Deus. Esse princípio é encon­trado também entre ensinadores legalistas: quanto mais se colocam acima do nível do padrão de Deus, mais alta será sua queda.

Alguns cristãos dizem que, se vivessem num país onde não houvesse perseguição física, poderiam, então, viver uma vida cheia de Deus e mais produtiva para Ele. Outros acreditam que, se vivessem onde não houvesse tanta liberdade e tivessem que ser perseguidos como cristãos, seriam muito mais dinâmicos; de fato, eles acham que perseguição é como um atalho para atingir maturidade cristã. Deus não deixa escolha: a pes­soa que sofre perseguição tem problemas com vida própria, assim como a que não sofre perseguição. Não existem atalhos para atingir espiritualidade, mas também não há nenhum obstáculo físico que nos impeça de atingi-la. Espiritualidade, vivendo do Espírito de Cristo, e não, de circunstâncias.

O tutor de Constantino assistiu quando a igreja começou a ser aceita, e comentou que o ódio seria trocado pelo amor, tendo-o como inimigo do mundo. Aqui temos uma das profundas decep­ções do inimigo: se pudesse, ele nos teria pergun­tado o que queremos em outro tempo e lugar, enquanto nos esconde o hoje; e neste momento, não há nenhum obstáculo para o crescimento espiritual e maturidade. Por que a gente escuta?? Será aquela árvore??

Já que poucas pessoas têm conhecimento do padrão de aceitação de Deus, do que significa isso e como devem viver suas vidas, é muito fácil para o inimigo jogar-nos do positivo para o negativo da escala. O ideal para Deus, em termos das escalas de que falamos antes, é zero. Sim, nós somos cristãos de sucesso quando estamos no zero!!

Mas aqui também há um pouco de dificul­dade, quando permitimos que outros definam zero para nós. Acreditamos naturalmente, que se acor­damos de manhã e nossas emoções se encontram no menos seis, devemos advogar com Deus, até que elas alcancem o seis positivo. Temos permitido que o inimigo e os outros nos falem que nossas emoções deveriam estar no seis positivo, aí pedimos a Deus que apareça para nós em nossos quartos; confessamos, nos arrependemos, nos afundamos na culpa, e, damos um monte de giros na esperan­ça de fazer com que nossas emoções cheguem ao seis positivo; não demora muito elas estão no menos seis novamente. O mundo descreveria isso, como um tipo de depressão bipolar - uma expressão grave para o ato de comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.

A mesma coisa acontece com a mente. A gente decide não pensar certas coisas; aconteça o que acontecer, disciplinaremos nossas mentes. Então, subimos na escala até que, de repente, nos encontramos lidando com cobiça, dúvida, ou medo, com a mesma intensidade com que prome­temos não pensar nisso.

Na área de desejos do corpo, prometemos que não vamos comer, não vamos mais ser glutões, até que então comemos tudo o que vemos pela frente.

O que quer dizer viver no zero em nossa mente e emoções? O que significa ter nossas emoções e pensamentos seguindo o plano de Deus? Teremos mais o que falar sobre isso, mas por agora, podemos entender onde estão nossas emoções, discernindo o que é sobrenatural. A vida sobre­natural é manifestada em pequenas, geralmente não visíveis, áreas de nossas vidas como paz, piedade, e não-condenação quando estamos errados. Os primeiros poucos milagres que Moisés fez, foram copiados pelos mágicos do Faraó. Do mesmo jeito, satanás pode copiar os grandes e espetaculares sinais e visões, que vários julgam ser sinal de espiritualidade. Devemos nos lembrar de que temos um relacionamento com Deus. Porém, muitos fazem com que esse relacionamento seja uma continuidade de experiências de um topo de montanha para outro, e a vontade de continuar duplicando tais experiências os expõe a todo tipo de decepção, sem contar com a insatisfação em suas vidas.

Tenho, sob vários aspectos, um ótimo rela­cionamento com minha esposa. Gosto do envolvimento romântico tanto quanto das coisas mais simples que fazemos juntos: dar uma volta pelas ruas à noite, ler na cama, ou dar uma volta de carro. Há também a certeza de que ela está em algum lugar da casa quando estou no meu escritório; e, também, a alegria de ouvir sua voz pelo telefone, quando estou fora em viagem. Um dos maiores prazeres é saber que, mesmo quando não posso vê-la, ela está à minha espera. A maior parte do meu relacionamento com ela não é física ou emocionalmente extática, e mesmo assim desfruto de tudo com igualdade.

Não estou querendo dizer que Deus nunca mexe nas nossas emoções, mas que a maioria de nós nunca aprendeu a descansar no relaciona­mento com o Senhor, quando tudo está quieto e calmo. Queremos mais e mais. Se Deus não tem planos de mexer com a nossa emoção, a gente acha meios artificiais para estimulá-la. Isso é muito mais complexo nos grupos que só trazem entusiasmo, notícias espetaculares sobre o que Deus está fazendo e sobre as grandes coisas de que ouviram falar. Acreditam que o nosso relacio­namento com Deus deve ser uma arena em cons­tante clímax, e não conseguem descansar e gozar dos aspectos simples do seu relacionamento com o Criador.

Isso se torna particularmente confuso, quando temos que saber qual é a vontade de Deus, o que muitos passam anos tentando descobrir. O problema é que estão esperando pela confirmação em suas emoções, alguma visão, um sonho, ou até mesmo uma alta e distante voz. Aqui está o grande segredo: quando estamos na perfeita von­tade de Deus, não escutamos ou sentimos nada.

Quando meu filho está fazendo a minha vontade, ele não ouve a minha voz. Vamos supor que eu tenha falado a ele para não andar de bicicleta na rua; se o vejo na rua, eu o chamo e, se ele não me escutar, corro para buscá-lo. Porém, se olho pela janela e o vejo andando de bicicleta na calçada, onde ele deveria estar, ele nem ouvirá a minha voz.

O mesmo é verdade com Deus. Quando estamos fazendo a sua vontade, não escutamos nada. Como é que uma pessoa pode estar na von­tade de Deus? O processo é bem simples. Quando surgirem alternativas, devemos falar: "Senhor, quero a Tua vontade, e não a minha. Eu decidi mudar para tal lugar; se isso não for a Tua vontade, por favor, fecha a porta. Se permanecer aberta, mudarei com segurança." Um amigo meu sabia­mente aconselha que depois de tomada uma decisão, a pessoa deveria esperar em constante oração, uns sete dias antes de concretizá-la, para dar um tempo a Deus de fechar a porta. Você vê, Ele é o Criador e nós, as criaturas; tornamos o nosso Deus muito pequeno, se não podemos confiar nEle para direcionar nossos caminhos.

Várias pessoas têm dificuldade com a oração, sem saber como orar ou como ouvir a Deus. Deitam-se no chão esperando que Deus fale, ou desistem frustrados, tendo, assim, uma comunicação unilateral com Ele. Oração é muito mais simples quando estamos no zero, e é muito mais ouvir do que falar. A conversa acontece quan­do fazemos a Deus nossos pedidos; o ouvir, quando descansamos nEle quietamente, lendo a Bíblia devagar, deixando que o Espírito Santo fale. A voz de Deus não será uma voz humana, audível, alta, opressiva, ou um movimento sobrenatural de emo­ções; será simplesmente a voz de Deus, facilmente reconhecida por Suas ovelhas.

Assim como viver no zero não é uma cons­tância de emoções altas, também não será uma constância no baixo. Muitos acreditam estar perto de Deus somente quando Ele os condena; todas as vezes que falam de Deus, têm que compartilhar o quanto Deus lhes mostrou suas deficiências.

Olhando para eles, uma pessoa de fora, nunca há de querer ser um filho de Deus.


...e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, po­rém o Senhor não estava no vento; depois do vento, um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto, um Jogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo, um cicio tranqüilo e suave... eis que lhe veio uma voz... I Reis 19.11-13
No capítulo 2, aprendemos que o mal que praticamos nos trouxe miséria, desconforto e derrota; mas neste capítulo, aprendemos que as manobras feitas na tentativa de fazer o bem, nos trouxeram uma igualdade de miséria, desconforto e derrota. O mais importante é que nenhum dos caminhos requer fé. Se consegue enxergar essas coisas, você está pronto para o próximo capítulo.



Yüklə 0,61 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin