Perdido no Deserto



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4. Cristãos Descristãos

Existe alguma derrota, falha, depressão, an­siedade, frustração ou pecado que não tenha suas raízes em descrença? Tenho feito essa pergunta a ouvintes de todo o mundo e ainda estou por descobrir um.

Eu estava numa pequena cidade da índia, quando uma mulher me perguntou se poderia ter um tempo sozinha comigo, para que pudéssemos discutir seus problemas e buscar em Deus a solução. Ela tinha escrito num pedacinho de papel vários itens, que a preocupavam, incluindo pergun­tas sobre seu marido que não era cristão, seus filhos, seus parentes, e, é claro, seus próprios conflitos com Deus. O inglês dela era muito pobre e meu hindu nem existia, então pedi a um pastor que nos ajudasse. Para cada pergunta, abrimos as Escrituras e encontramos a resposta que Deus nos deu, cada qual baseada em Cristo como o centro e apontando um relacionamento momento a momen­to com Deus, os quais, eu tinha certeza, resolveriam o problema. Porém, para cada resposta, ela fazia outra pergunta, imediatamente. Depois de mais de uma hora nessa rotina, percebi que, mesmo que essa mulher estivesse lendo sua Bíblia e orando mais de quatro horas a cada dia, ela era uma cristã descristão.

Deixe-me explicar que o cristão descristão é alguém que é cristão, é nascido de novo, e vai para o céu; o problema é que essa pessoa nunca acre ditou no Senhor Jesus com todo o ser. Isto é, com sua mente ela aceita e acredita o que foi dito sobre graça, cuidado, afeto e amor no Senhor Jesus - ela é cristã. E mesmo assim, ao mesmo tempo, ela sente que está no comando de todos os aspectos de sua vida cristã - ela deve mudar a vida das pessoas à sua volta, transformar sua própria vida, e trabalhar duro para agradar a Deus. Quer dizer, em suas emoções ela é descristão.

As igrejas hoje estão cheias de cristãos descristãos: com suas mentes correm para Deus, mas com suas emoções correm de Deus. Muito tempo e esforço são gastos persuadindo pessoas a concordar com o que as Escrituras dizem, mas muito pouca atenção é dada às emoções, plano em que deveriam ser convencidas igualmente; o conceito emocional de Deus é tão importante quan­to a visão intelectual. Uma percepção emocional negativa de Deus criará obstáculos à vontade de olhar para Deus como o Caminho, a Verdade e a Vida. Muitos entendem (acreditam) que Deus cui­dará de todas as suas necessidades, mas sentem (não crêem) que Ele não vai ajudar e que devem fazer tudo sozinhos; então continuam numa gran­de tribulação.

Deve ser muito difícil um pastor pregar to­da semana numa congregação cheia de cristão descristãos, porque, não importa quanto o ser­mão tenha sido preparado, o quanto de poder trans­pire, não mudará na vida dos que o escutam. Igual­mente desanimada é a congregação que tem um pastor cristão descristão, porque todo sermão ten­tará instigar as pessoas a agirem sob culpa, por manipulação ou argumentos intelectuais. A lição apontará sempre para o que os membros devem fazer para melhorar as suas condições, sem enfatizar o que Ele já fez para curar a enfermidade.

Já foi dito que a descrença ê a mãe de todo pecado! Quando sentimos o peso das preocupações sobre nossos ombros, e uma vez mais cortejamos o pecado que pensávamos estar longe, quando nos distanciamos dos que nos amam, e nos encontra­mos voltando para o mundo, não é a descrença, a causa? Não é essa a raiz de todo o mal? "... contudo, quando vier o filho do homem, achará, porventura, fé na terra?"

O termo é usado mais de 230 vezes no Novo Testamento e é o tema central para os que viveriam a vida simples da vitória. Antes de olhar para a origem da fé, devemos entender o resulta­do de sermos cristãos descristãos. Só então enten­deremos o "eu" que deve ser negado diariamente e a vida de fé que vem para anular o poder da trindade que não é santa: pecado, satanás e o mundo.


A derrota da descrença

Deixe-me fazer uma pergunta bem pesso­al: "Você é salvo?" Quando voltamos para a Bíblia descobrimos três coisas que Cristo fez por nós. Primeiro, através da fé nEle, podemos nascer de novo. Segundo, através de Seu sangue somos perdoados, e terceiro, através de Sua vida pode­mos ser salvos. Há uma diferença entre as três; uma pessoa pode ter as duas primeiras, inteira­mente, sem participar da terceira! De fato, acredito que o céu estará cheio de pessoas que foram per­doadas e nasceram de novo, mas nunca tiveram salvação no dia-a-dia. Elas são as que não viram a Jesus como um Salvador diário dos pecados que as controlam, da culpa que vem depois, e da inevi­tável e inescapável escravidão.

Para entender o que o termo salvo significa, devemos ir ao Velho Testamento. Na maioria dos casos, refere-se a ser salvo dos conflitos presentes, circunstâncias e inimigos. O povo olha para o Deus da sua salvação. Quando eles clamam, precisam de ajuda agora, e, não mais tarde, quando chega­rem ao céu.. Ser nascido de novo nos levará para o céu (João 3), mas precisamos de salvação das coisas que nos oprimem agora..

Preste atenção nas palavras de Paulo em l Coríntios 1.18: "Certamente, a palavra da cruz ê loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus". Ele deixa bem claro que os que rejeitam a mensagem da cruz perecem hoje; fala do presente. O mesmo, porém, é verdade para o cristão que aceita a mensagem da cruz: quer dizer, ele verá o poder da salvação da cruz hoje ("que somos salvos"). Ser salvo ocorre no presente! Como pode ser? Nós já estamos certos de que vamos para o céu, estamos perdoados e nascidos de novo. Muito simples: a cruz nos liberta hoje, de todos os inimigos contra nós e de agonias presentes.

Paulo novamente, deixa isso claro na car­ta aos Filipenses 1.28 e 2.12: "...e que em nada mais estais intimidados pelos adversários. Pois o que é para eles prova evidente de perdição, é, para vos outros, de salvação, e isto da parte de Deus"; "...desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor". Vemos que salvação é algo para o aqui e agora.

Imagine um homem liberto da prisão, por­que a pena de morte que ele merecia foi promul­gada através do ato de uma outra pessoa, como um líder do país. O homem que é solto e perdoado tem o coração cheio de alegria e gratidão; ele está, pelo menos, aliviado. Mas e as circunstâncias, eventos, escravidão e pecado - a natureza do homem - que o colocaram nesse lugar de morte merecida? Se isso não mudar, mesmo o homem estando perdoado, sua alegria não durará muito, e sua constante falta fará com que seu próprio coração o condene. Esse homem não só precisa de perdão, mas de ser livre de todas as coisas que o trouxeram a esse lugar.

O que seria a perda da minha vida, se eu acreditasse que salvação é só para um tempo , futuro? Seria enorme, porque eu continuaria so­frendo derrota hoje, na esperança de liberdade no futuro quando poderia ter tido vitória o tempo todo, se tivesse visto o Salvador como Alguém que liberta hoje e todos os dias, até a libertação final de meu corpo.

Quando entendemos o que significa sal­vação, as palavras do anjo em Mateus 1.21 fazem muito mais sentido para nós: "Ela dará à luz um Filho e lhe poros o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos pecados deles". Salvação é para ser uma experiência diária, sobrenatural. Devemos acreditar na exortação do Salvador em João 15.5, "...porque sem mim nada podeis fazer". Mas se estamos cheios de incredulidade, essas palavras soarão como bênção em nossas mentes, mas como maldição em nossas emoções. Também procura­remos um salvador além de Cristo para nos libertar de nossa prisão. Nessas condições, procuramos em todos os lugares errados!


A idolatria da descrença.

Qual é a única coisa que você quer receber depois de ler este livro? De que é que você precisa? Imagino que sua resposta teria um pouco do seguinte: "Preciso de amor e de que essa profunda solidão que sinto seja coberta pela alegria de ser amado e aceito; e também gostaria de um pouco de segurança e garantia." Todas as nossas profun­das necessidades são espirituais as quais Deus, e somente Deus, pode suprir. Se, no entanto, você é um cristão descristão, você não tem conseguido olhar para Deus para que Ele supra suas profundas necessidades.

Onde você tem procurado suprir essas ne­cessidades? Como você lida com o mundo à sua volta? O que você faz no meio de severa derrota? Para quem ou o que você se volta, quando sob extrema pressão? Onde você encontra conforto? Como você existe num mundo onde Deus só se revela no futuro (para tirá-lo do inferno)? Como você vive no meio de uma humanidade que parece ir contra tudo o que você faz?

Vamos examinar agora, o desenvolvimento de alguns mecanismos que usamos para dissimular.


A criação de ídolos

Mecanismo é simplesmente a palavra que o mundo usa para descrever um ídolo, ídolo é qual­quer coisa, além de Cristo, a que se busca, quando sob pressão. Quando machucados, devemos encon­trar um jeito de lidar com essa dor. A coisa para que corremos, quando estamos em dor, é nosso ídolo.

Uma vez, comecei a disciplinar um cris­tão dedicado, que trabalhava numa igreja como evangelista. Sua esposa, resolveu fazer-lhe uma surpresa numa noite em que ele trabalhava: ela embrulhou um monte de coisinhas gostosas e foi ao seu encontro em seu escritório particular. Che­gando lá, ela o encontrou ao telefone, fazendo uma ligação obscena; pornografia estava espalhada por todo canto.

O marido foi trazido a mim, por causa de seu problema sério. A primeira coisa que fiz foi estudar a história desse homem, antes de sua con­versão. Descobri que quando ele tinha doze anos, seu pai se tornara alcoólatra, e sábado era o pior dia da semana para esse garoto. Naquele dia, seu pai ficava em casa e começava a beber de manhã cedo; pelo meio dia já estava bêbado e começava a brigar com a mãe do menino. Uma vez o garoto assistiu a seu pai pegar sua mãe pelos cabelos e jogá-la contra a parede.

Imagine você nessa situação, vendo seu pai e sua mãe brigarem e não poder correr para o Senhor Jesus com sua dor? O que você faria para lidar com tal situação? O menino correu e se escondeu debaixo da cama de seu pai; adivi­nhem o que ele encontrou? As revistas pornográ­ficas de seu pai! Ao invés de passar as tardes com pais briguentos, ele poderia passar seu tempo com mulheres nuas nas páginas das revistas - mulheres que nunca o rejeitaram. Descobriu que, enquanto olhasse para as fotos, não ouviria a discussão. Logo, pornografia tornou-se o ídolo desse garoto; afinal, era uma coisa à qual ele podia ir correndo, quando sob pressão, para tirar os problemas de família da cabeça, e, ao mesmo tempo, oferecia prazer, acei­tação, e um sedativo para a dor que sentia.

Aos dezesseis anos o menino se converteu e colocou de lado a pornografia, e por muitos anos não tinha nada a ver com aquilo; até freqüentou a Faculdade Bíblica e foi para o seminário. Porém, vários anos depois, ele se encontrava sob extrema pressão: seus filhos estavam se rebelando, as coisas não iam bem no trabalho, e estava tendo problemas em seu casamento. Se você fosse o inimigo (satanás) e seu trabalho fosse matar, roubar e destruir, quan­do percebesse que esse homem estava sob enorme pressão, como iria tentá-lo? Claro, pornografia! O inimigo não é ignorante de nossa história pessoal, e ele a usa para desenvolver uma tentação que, nos calhe perfeitamente, usando como isca algo que, ele sabe, vai nos atrair. Esse homem estava seduzido com pornografia porque no passado funcionara como alívio para sua dor: desse modo, ele estava suscetível a voltar para aquilo.

No entanto, há um grande problema quan­do renovamos nosso caso com os ídolos do passado. Deus não permite que nenhum ídolo supra as necessidades do cristão! Então, geralmente, recusamos desistir de um certo ídolo, simples­mente porque funcionava tão bem no passado; isso permite que o inimigo fique atrás de nós, falando-nos que a razão de o ídolo não suprir nos­sas necessidades como fazia antes é não estarmos fazendo ou usando o suficiente. Talvez falemos: "A razão de pornografia não estar funcionando é porque não estou olhando o suficiente". Aí, compra­mos mais coisas pornográficas, e, mesmo assim, Deus não permite que nos satisfaçam. Nesse ponto, por causa da crescente pressão e da falta de habi­lidade de encontrar um sedativo, a pessoa se torna furiosa. Cristãos que usam ídolos para lidar com as coisas, são facilmente reconhecidos, porque ma­nifestam sintomas como apreensão, incerteza, medo, aflição e depressão. Nenhum deles acompa­nha uma pessoa de fé.

Em Gênesis 29, lemos a história de Jacó e seu pedido ao imoral Labão, para obter Raquel como esposa. Jacó trabalhou para Labão duran­te sete anos para casar com Raquel, e ao final dos sete anos, foi passado para trás, e, ao invés de Raquel, lhe foi dada Lia, sua irmã. Ele então, concordou em trabalhar mais sete anos para que pudesse ter a sua amada Raquel. Ao final desse período, Jacó foi persuadido a trabalhar durante mais seis anos para seu sogro; durante esse tempo, Deus fez com que Jacó prosperasse e lhe deu riquezas que pertenciam ao seu sogro Labão. Depois de vinte anos, Jacó decidiu tomar suas esposas, seus filhos, seu rebanho e partir. Raquel e Lia estavam com Jacó durante vinte anos; viram que Deus as abençoara, dando-as a Jacó; perce­beram que Deus transformara toda a maldade que foi feita ao seu esposo em bondade. Presenciaram as bênçãos de Jeová em suas famílias, e era costume que servissem ao Deus de seu esposo. Por que então, quando foram completamente libertas de seu pai, levaram consigo os ídolos de casa (Gênesis 31.19)? Por que esconderam os ídolos e os levaram com elas na jornada que Deus tinha para eles? Foi por causa da descrença! "No caso de Deus não nos ajudar nessajornada, teremos esses ídolos do passado conosco, os quais nos ajudarão com certeza", deve ter sido sua desculpa.

O mesmo é verdadeiro com cristãos hoje! Deus nos chama para a jornada da Terra Prome­tida, mas nós temos escondido conosco os ídolos do passado: no caso de Deus não nos ajudar (na hora em que queremos e do jeito como quere­mos), teremos os ídolos conosco em que podere­mos confiar. A maioria dos cristãos começa a jornada para uma vida de paz, descanso e vitó­ria, com a mala cheia de ídolos do passado - as coisas em que confiavam antes de conhecer a Jesus. "Os que se entregam à idolatria vã abandonam aquele que lhes é misericordioso". (Jonas 2.8).

Já foi dito que há quatro tipos de pessoas no mundo. A primeira diz: "Eu, não Cristo!" Nesse grupo se incluem budistas, hinduístas e ateus. O segundo diz: "Eu e Cristo!" Esses deixam que Cristo seja o seguro contra fogo, para mantê-los fora do inferno, mas tomam conta de tudo sozinhos. O terceiro tipo diz: "Cristo e eu!" Esses são os cristãos mais infelizes, porque querem que Cristo seja o Senhor e, mesmo assim, se Ele não age de acordo com os planos deles, na hora deles, aí vêm os ídolos. O quarto tipo diz: "Cristo, não eu!" Tendo aprendido o segredo de dependência e confiança em Cristo, e somente Cristo, eles entram na paz de Deus e entregam todas as suas ansiedades para Ele.


A variedade de ídolos

Vamos dar uma olhada nos ídolos mais co­muns, lembrando que um ídolo pode ser qualquer coisa, pois é simplesmente aquilo para que corremos, para além de Cristo, quando sob pressão ou dor. Durante nosso crescimento, foi inevitável passar por coisas desagradáveis e, como foi dito antes, para cada situação de dor, achar-se um ídolo para ajudar a lidar com a dor.

Considere a adolescente que está crescen­do num lar onde aconteceu um divórcio; ela já mudou de uma escola para outra e o homem com quem sua mãe mora vê a menina como um aces­sório desnecessário. Há, geralmente, dois elementos como conseqüência de uma ferida: o primeiro é a dor, o segundo a rejeição. Podemos dizer com certe­za que essa menina irá procurar algo que alivie os dois. Trabalhar duro na igreja vai acabar com a rejeição e, fazendo isso, várias pessoas elogiarão seus esforços, mas não vai curar a dor que ela está sentindo. Conseguir boas notas e ter seu nome na lista dos melhores alunos da escola trará várias coisas positivas e acabará com a rejeição, mas não vai curar a dor. Beber ou usar drogas a livrará temporariamente da dor, mas vai causar mais rejeição, aumentando a ferida.

De fato, existe uma coisa pronta para acabar com a dor e a rejeição, é bem popular, geralmente não tem custo financeiro, e nos dizem que isso cura as duas coisas, livrando-nos da ferida. Essa coisa é o sexo. Quando envolvidos num ato sexu­al, sentimos prazer e nos livramos da dor e, ao mesmo tempo, alguém está nos segurando - mesmo que por alguns minutos - livrando-nos da rejeição. Mas no outro dia, sentimos a dor e a rejeição aumentadas pelo envolvimento, mas os comerciais, filmes, televisão e amigos, nos asseguram que sexo, logo, logo, satisfará nossas necessidades.

Existem ídolos facilmente reconhecíveis, feios e repulsivos, os quais vêm do lado mal da árvore da sabedoria do bem e do mal. Há, entre­tanto, ídolos que, a princípio, não parecem ser tão ruins assim. São, de várias maneiras, mais astutos, porque são facilmente desculpados ou aceitos, ou não causam nenhum dano, ou até mesmo nos beneficiam, quando não são usados como substitutos de Deus. Nessa lista estão: comida, compras, televisão, rádio, roupas, contro­le, mentiras, manipulação, fuga, contentamento, leitura, fantasias, ganância, brutalidade e difama­ção. Uma coisa pode ser um ídolo para uma pessoa, mas não para outra, dependendo se é, ou não, usa­do para satisfazer as necessidades interiores.

Há, também, os ídolos "Classe A", alguns até buscados por muitas pessoas respeitáveis da igreja; esses são os mais perigosos de todos. Existe também, o ídolo do Ministério. Isto é, a esposa fala para o marido que ele está fracassando como esposo e pai, em casa, então ele vai para a igreja, onde todas as pessoas lhe dirão que está fazendo um bom trabalho. Há o ídolo da Teologia, que se baseia em descrença, tirando Deus de todos os milagres, do trabalho pessoal na vida do cristão, Sua presença, e qualquer outra coisa que seja um pouco sobrenatural. Vários invocam o ídolo de posições, vocações e viagens. Não estando contentes em ser simplesmente cristãos, devem fazer algo diferente que os separe do resto do povo. Existe, também, o ídolo da religião, pelo qual deixamos que os que se aproximam de nós saibam, imediatamente, que te­mos uma linha direta com Deus e que não somos pessoas comuns como eles.

Como você pode notar, vimos uma varie­dade de ídolos; alguns são feios, outros aceitá­veis, e alguns parecem ser maravilhosos. Menciona­mos somente alguns; muitos outros são facilmen­te identificados, quando observamos para onde o cristão descristão corre, quando sob pressão.
Quando os ídolos falham

Deus não permitirá que seus filhos ado­rem ídolos, e, conseqüentemente, tira a paz dos que o fazem.

Israel saiu da escravidão do Egito porque fixou sua atenção no único Deus verdadeiro. Por que Israel teria demorado tanto tempo para com­pletar a viagem? Ezequiel nos dá uma dica: "Mas rebelaram-se contra mim e não me quiseram ouvir; ninguém lançava de si as abominações de que se agradavam os seus olhos, nem abandonavam os ídolos do Egito" (20.8). Recusaram-se a ficar sem os ídolos nos quais tinham confiado durante a prisão. Nós também tínhamos ídolos durante nossa prisão; no entanto, quando Deus, através da graça do Se­nhor Jesus, nos tirou do escuro para sua Luz, Ele queria que deixássemos nossos ídolos para trás.

Ezequiel teve uma visão: ele deveria cavar na parede do templo e descrever o que viu: "Entrei e vi; eis toda forma de répteis e de animais abomináveis e de todos os ídolos da casa de Israel, pintados na parede em todo o redor" (8.10). Israel tinha escondido seus ídolos no templo do Senhor!

Freqüentemente, converso com cristãos que têm problema com homossexualismo. Em uma certa ocasião, um homem veio até a mim e disse: "Você é a minha última esperança!" Aprendi que, quando alguém fala assim, raramente tem intenção de melhorar, porque coloca toda a pres­são em minha atuação, e não na dele. Começamos a conversar e logo lhe mostrei que homossexua­lismo não é nada mais que um ídolo, e o que leva a isso é raramente sexo, mas aceitação. Até mesmo numa relação heterossexual, ao contrário do que é mencionado, sexo para o homem é muito mais emocional que físico. Quando ele é rejeitado, sua identidade é afetada, e não sua vontade de fazer sexo. Ele sente que não é aceito e não tem valor, então, nervoso, deprimido, se afasta. Esse homem, por exemplo, tinha sido abandonado por um pai que nunca conhecera. Buscava aceitação mascu­lina: aos dezesseis anos achou-a, e com muito pouco esforço tornou-se homossexual. Então, aceitação e sexo estavam interligados e confusos, e o resultado final era um homem lutando contra seu homossexualismo.

Perguntei-lhe: "Se você pudesse tomar um remédio que não somente o livrasse disso, mas também acabasse com todo o homossexualismo do mundo tornando-o assim impossível para você, você o tomaria?" Ele disse que tomaria sem nem pensar. Então, perguntei: "O que você faz, quando as coisas não vão bem no trabalho?" Ele disse que ia ao bar dos gays. "O que você faz, quando não tem nada para fazer?" "Vou ao parque para gays!" "O que você faz, quando briga com sua esposa?" "Eu me deito na cama e fantasio."

Então perguntei: "Se você tomar esse remé­dio que acaba com homossexualismo, o que vai fazer, quando as coisas não forem bem no traba­lho, quando não tiver nada para fazer e quando brigar com sua esposa?

Sua resposta foi: "Eu não quero tomar esse remédio!"

Você vê: muitos de nós vivemos miseravel­mente com nossos ídolos, mas não o suficiente para tirá-los de nossas vidas. Encontramos um certo conforto neles e não temos nenhuma intenção de acabar com eles. De fato, isto é o que falamos: "Por favor, tire isto de mim, mas vai ter que passar por cima do meu cadáver!"

Como será que conseguimos não olhar para o Deus vivo, que nos comprou com seu único Filho, mas nos viramos para as coisas do passa­do as quais nos aprisionaram sem misericórdia? "Que injustiça acharam vossos pais em mim, para de mim se afastarem, indo após a nulidade dos ídolos e se tornando nulos eles mesmos?" (Jeremias 2.5) Por que nos agarramos às coisas que não podem nos dar vida? "Porque dois males cometeram o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jeremias 2.13). Muitos encontraram alguma coisa a qual acreditam, irá ajudá-los e recusam-se a largá-la, mesmo que se­jam cisternas rotas, que não seguram água e que no final os decepcionará. Somos tão apegados aos ídolos que criamos e em que confiamos durante tanto tempo, que, se fôssemos deixados sozinhos, nunca desistiríamos deles. Continuaríamos a colo­car fé neles durante os tempos de crise, não olhando para o nosso precioso Pai do céu, mas continuando a agir como prostitutas. Então, Deus tem de fazer conosco o que fez com Israel, permitindo que vaguemos pelo deserto e dependamos desses ídolos, os quais nos decepcionam sempre, até que os jogue­mos de lado e, uma vez mais, façamos Deus o foco de nossas vidas.

A experiência no deserto não é uma aventu­ra feliz para nenhum dos filhos de Deus; esse ciclo é descrito no Livro de Juizes. Quando o povo de Israel estava confortável, esqueceram-se de seu Criador; depois, começou a adorar os ídolos que os rodeavam, tornando-se miseráveis e prisioneiros. Finalmente, lembraram-se de quem era seu verda­deiro Deus e pediram libertação, e assim, o ciclo recomeçou. Assim como antes, Ele coloca Seu povo numa situação ruim, uma após outra, até que somos forçados a chegar à conclusão de que somente Deus deve receber nossa total confiança.

Uma vez me perguntaram: "Se eu cometer adultério, Deus ainda me amará?"

Minha resposta: "Claro que sim! Ele o ama tanto, que provavelmente, vai discipliná-lo duro por isso."

O homem me olhou com uma estranha ex­pressão em seu rosto, então perguntei: "Você já percebeu o que a mãe faz com o filho depois que ela o tira da rua, porque vinha um carro?" Por temer por seu filho, e na esperança de que o pequeno nunca mais irá para a rua sem olhar, a mãe o repreende.

Quando Deus percebe que um de seus fi­lhos está utilizando um dos ídolos do passado, o Pai querido o disciplinará na esperança de que seu filho seja liberto e deixe tal coisa. Deus não cria calamidade, mas é perfeitamente capaz de usar a calamidade que criamos para nos mos­trar o quanto nossos ídolos são inadequados, direcionando-os para Ele, e, conseqüentemente, au­mentando nossa fé.

Suponha que alguém tenha aprendido a lidar com sua falta de habilidades naturais, ma­nipulando outros para lhe darem o que quer. Deus provavelmente vai colocá-lo numa situa­ção onde melhorar é preciso, mas não vai permi­tir que o ídolo da manipulação funcione para ele. Então, será forçado a ir para Deus, a fim de que Deus satisfaça suas necessidades.

Ou imagine uma mulher que aprendeu des­de bem pequena, que quanto mais atraente for, mais controle terá sobre as pessoas. Deus pode colocá-la numa situação onde ela deve competir, baseando-se em outras coisas que não a aparência física.

Ou, então, vamos supor um certo homem que sempre acha que a inteligência é a única razão de as pessoas agirem como agem. Deus poderia colocá-lo numa situação onde a inteligência não tenha valor algum.

É bem fácil reconhecer os que estão no pro­cesso, pois suas vidas são caracterizadas por uma constante frustração como resultado da traição de seus ídolos fiéis. Não conseguem entender como seus ídolos funcionaram durante tantos anos e, de repente, passaram a desapontá-los.

Imagine que no passado, quando queria as coisas do meu jeito, eu conseguia intimidar as pes­soas a fazer tudo como queria. Numa certa ocasião, existe algo que quero fazer, mas acontece ao contrá­rio. Imediatamente, tiro o meu ídolo chamado "Inti­midação", só que desta vez, ninguém presta aten­ção; e eu não consigo o que quero. O que vou fazer? Provavelmente, vou tentar "Intimidação" mais uma vez - afinal, funcionava tão bem no passado! Se falhar novamente, então vou jogá-lo e tentar outro ídolo, quem sabe talvez "Mau humor". É frustran­te, quando um ídolo tão fiel do passado começa a. falhar e frustração pode geralmente ser seguida de pânico. Esse processo pode piorar ainda mais, se um conselheiro tentar substituir meus ídolos por outros, os quais ele acha que vão funcionar melhor para mim. A única coisa que faço é trocar de ídolos e prolongar minha miséria.

Para quais ídolos você corre, quando sob pressão e estresse? Quais são esses preciosos ajudantes que você tem guardado em lugares se­guros para que possa usá-los no dia em que tudo falhar? Várias pessoas têm mantido esse segredo por anos, até pregando contra e condenando os que praticam a mesma coisa. O que são essas "coisas nojentas, cruéis e detestáveis?" Nós todos temos e, como cristãos, estamos no processo de deixá-los de lado.

Um marido confessou à mulher, que estava planejando deixá-la. Ela tentou de tudo para que ele ficasse: perdão, trabalhar mais, tornar-se mais atraente, ler livros, aconselhamento, confronto, ira, hostilidade, ameaças, e até a desculpa das crianças. Houve uma coisa, no entanto, que ela não tentou - Jesus! E só depois que decidiu deixar de lado os ídolos em que havia confiado durante tantos anos para que seu marido ficasse, foi que o Senhor, so­zinho, o trouxe de volta para ela. Mais tarde, ela me disse que estava agradecida pela situação, porque tinha revelado a ela todas as coisas em que confiava, além de Deus. Você está preparado para deixar tudo de lado, menos Jesus Cristo? Se está, então você está preparado para entrar na Terra Prometida, o lugar de descanso verdadeiro, o domí­nio onde Deus é tudo. Lá você pode encontrar o fim de toda frustração, ansiedade, desconfiança, desânimo, e depressão, que freqüentemente são seguidos de descrença! Se você está pronto para jogar fora seus ídolos do passado, o jeito de fazê-lo é incrivelmente simples.


Jogando os ídolos fora

Infelizmente, muitos hoje têm mais fé na ha­bilidade de satanás em mentir, do que na habili­dade que Deus tem de ouvir e agir; mais convicção de que satanás pode tirar um cristão de perto de Deus, do que da habilidade de Cristo em mantê-lo perto. Mas esse não é o caso; nosso Pai no céu, é infinitamente mais poderoso do que nosso inimigo. Tudo de que precisamos para receber esse poder é uma simples fé, a qual começa com as palavras em nossas bocas.

O problema que temos com a fé é que, se nossa experiência não segue, imediatamente, nosso pedido, acreditamos que Deus não nos ouviu e, então, oramos mais uma vez. Deixe-me enfatizar que o poder da oração não está em como é falada, ou quem a fala; o poder da oração descansa completamente naquEle que a ouve. E foi o Pai do céu que nos ordenou a pedir-lhe por uma razão, para que Ele ouça e res­ponda.

Chegamos ao ponto em que tornamos muito difícil fazer petições a Deus. Tem gente que se joga ao chão, tenta se imaginar no céu, faz apelos para ver o Salvador, para que possa ter certeza de que Ele ouve, e assim vai, deixando um observador a pen­sar que essas pessoas não acreditam que Deus está ouvindo ou vai responder. Oração é simples: é falar para Deus o que queremos e nos apresentar diante dEle, nem melhores nem piores do que realmente somos. O poder da oração é que Deus ouve! Se você sente que Ele não ouve, não importa.

Se estivéssemos em meu escritório, seria simples dar-lhe minha caneta; eu simplesmente a entregaria em sua mão e a caneta passaria a ser sua naquele momento. Mais tarde, posso até procurar a caneta em meu bolso, pensando que ainda a tenho, mas a verdade é que você a aceitou e a tem agora. Entregar seus ídolos para Deus tam­bém é assim: você simplesmente os entrega nas mãos dEle. Muitos, eu temo, acreditam que entre­gar algo para Deus ê como se eu jogasse a caneta para o ar, e esperasse um momento para que a gravidade a trouxesse de volta às minhas mãos. Quando a caneta está no ar penso que ela é de Deus, então, minha responsabilidade é mantê-la no ar: porém ela continua voltando para minhas mãos. Isso é o que eu chamo de oração bumeran­gue, porque continua voltando para mim. Não de­mora muito me canso e desisto de tudo!

Vamos imaginar que você assine um con­trato, que estabeleça, que agora eu sou o dono de todas as suas coisas aqui na Terra. Se eu não buscar minhas coisas hoje, não quer dizer que não vá buscá-las nunca. Simplesmente, não estou com pressa de pegá-las. As coisas podem estar em sua casa, mas agora são propriedade minha. O mesmo é verdadeiro quando entregamos nossos ídolos para Deus. Eles podem permanecer em nós, mas lembre-se de que Deus os aceitou e os tirará quando Ele quiser.

Lembro-me de quando entreguei o ídolo da difamação para Deus. Na manhã seguinte, eu es­tava difamando. Entreguei-o a Ele novamente, e mais uma vez continuei fazendo o mesmo. Ele então falou: "Eu o recebi da primeira vez." Daquele dia em diante, todas as vezes em que tropecei, agradeci a Deus porque Ele havia me ouvido e recebido meu ídolo da primeira vez.

Hannah Whitall Smith sugeriu, certa vez, que peguemos nossa carga e cuidados, que os ano­temos num pedaço de papel e os entreguemos ao Senhor de uma vez por todas. Sugiro sempre o mes­mo: segure o papel para cima com as duas mãos.

Não demora muito e esse pedacinho de papel passa a pesar muito mais do que antes. De fato, enquanto alguém segura esse pedaço de papel para cima, permitindo que Deus veja o que está escrito, seus braços vão sentir como se estivessem carregando o peso do mundo inteiro. Se essa pessoa pensar no ídolo que sempre usou para suprir suas necessi­dades, será que o ídolo a ajudaria agora? Será que bebida, drogas, comida, controle, fuga, status, ou coisas materiais farão com que esse papel fique mais leve? Logo, percebe que não foi criada com a habilidade de carregar suas preocupações, e que nada daquilo em que confiou até agora funcionou.

Você se lembra de quando os judeus qui­seram que Jesus saísse de suas propriedades, depois que os demônios que Ele havia expulsado correram para os porcos, e esses caíram despenhadeiro abaixo? Por que estavam tão bravos com Jesus? Eles nem podiam ter porcos! Será que algum de nós tem o direito de possuir pelo menos um dos ídolos que foram mencionados? Será que esses que lutam com tanta garra para ter o privi­légio de ser homossexuais, fazer abortos, produzir pornografia, ganhar causas, divorciar... podem dizer com toda a honestidade que esses direitos lhes trouxeram alegria e serenidade?

Um irmão em Cristo, que uma vez veio ao meu escritório, tinha um problema físico sério e isso o deixava constrangido. Durante nossa con­versa, perguntei-lhe se já havia entregado a Deus seu desejo de ser curado. Ele não me entendeu imediatamente, e expliquei-lhe que deveria aceitar estar naquela condição pelo resto de sua vida. O seu louvor e amor por Deus não podiam ter preço, mas a evidência que tinha estava em sua indignação por não ser curado. Ele ficou irado e saiu falando que Deus teria que curá-lo. Alguns dias depois, ele voltou entusiasmado, contando que naquela noite colocara-se diante de Deus, e Lhe entregou seu direito de ser curado, e imediatamente ficou bom.
Impedido pelo seu próprio conceito de Deus

Uma das grandes fraquezas no Cristianis­mo hoje é que perguntamos a uma pessoa se ela quer aceitar a Jesus Cristo em sua vida, ou fala­mos ao cristão frustrado para fazê-Lo Senhor, sem antes perguntar ao não cristão quem ele acha que vai entrar em seu coração; ou ao cristão, quem ele achaque vai ser Senhor. Agradecemos a Deus pelas campanhas evangelísticas e o fruto que nasce atra­vés delas; no entanto, devemos nos perguntar por que, das centenas de pessoas que vão à frente e aceitam a Jesus, somente uma pequena porcenta­gem continua no Senhor. É porque durante uma hora de reunião, a mente (opinião intelectual) se sobrepõe à emoção (opinião emocional), permitindo que à pessoa vá a frente e faça uma profissão de fé pública. No entanto, em poucas semanas, as emo­ções vencem a mente, e o convertido se torna com­placente e começa a se distanciar de Deus.

Eu gostaria que você fizesse um pequeno tes­te, que, com a ajuda do Espírito Santo, poderá aju­dá-lo em seu conceito emocional de Deus. O teste não é para ser respondido, com base no que você sabe, mas em como se sente, quando está pior. É triste, mas o que você é em seus piores momentos é sua verdadeira condição. Uma esposa não sabe quem ela é quando o marido lhe traz flores, mas sim, quando ele derrama o leite na mesa. Um ma­rido não sabe quem é, quando a esposa faz todas as suas vontades, mas sim, quando ela atrasa meia hora para pegá-lo no serviço.

Uma vez, perguntei a um irmão que tinha sido missionário durante vinte anos: "Quando você pensa em estar com Deus, o que sente?"

Ele respondeu: "Amor".

Eu disse que isso era a mesma coisa que eu havia aprendido no Seminário, mas que eu não estava perguntando o que ele sabia, mas o que sentia em seus piores momentos, quando se deitava na cama e sentia que o mundo ia desabar. Aí ele xingou. Você vê, havia uma grande diferença entre o que ele sabia e o que sentia emocionalmente. O teste abaixo é destinado a discernir como você se sente sobre Deus, em seu pior momento; então, por favor, quando estiver respondendo às pergun­tas, não as faça mais difíceis dos que já são; sim­plesmente escreva o que vier à sua mente primeiro.


1. Quando penso em estar com Deus, sinto...

2. Quando tenho que confiar em Deus, sinto...

3. Quando penso em Deus, desejo...

4. Às vezes, fico zangado com Deus quando...

5. É frustrante quando Deus quer que eu...

6. Eu realmente adoro a Deus, quando...

7. O que mudaria em mim para agradar a Deus seria...

8. Quando penso nos mandamentos de Deus, me sinto...

9. Às vezes, queria que Deus...

10. Posso depender de Deus...

11. Em meu relacionamento com Deus, estou sempre certo de que Ele irá...

12. Que mais me amedronta sobre Deus é

13. Deus me surpreende quando...

14. Que tenho medo que Deus possa fazer é...
Já apliquei esse teste em diversos países com uma variedade de culturas, e as respostas dos cris­tãos que se sentem derrotados e sofridos são consistentes.

As respostas mais comuns são:


1. Quando penso em estar com Deus, sinto medo, solidão, e que Ele não está aqui.

2. Quando lenho que confiar em Deus, sinto que Ele não vai me ajudar.

3. Quando penso em Deus, desejo que possa vê-Lo ou que Ele me mude.

4. Às vezes, fico zangado com Deus, quando Ele não me ouve, quando me deixa sozinho, quando não me ajuda.

5. É frustrante quando Deus quer que eu faça o impossível (o que Ele sempre quer). Quando me dá ordens não consigo cumprir.

6. Eu realmente adoro a Deus, quando Ele perdoa. (Se as pessoas realmente adoram a Deus quando Ele perdoa, e não estão tendo muita alegria, podemos, seguramente, concluir que, na verdade, não acreditam que Ele perdoa!).

7. O que mudaria em mim para agradar a Deus seria tudo. (Essa resposta revela o sentimento de não se sentir aceito por Deus, precisando sempre fazer mais para Ele.)

8. Quando penso nos mandamentos de Deus, sinto-me inadequado, porque, na maioria das vezes, não consigo obedecer a eles; ou também me sinto julgado por errar.

9. Às vezes, queria que Deus me levasse para casa. (Essa pessoa está simplesmente dizendo que sua vida com o Senhor tem sido péssima.)

1O. Não posso depender de Deus para nada.

11. Em meu relacionamento com Deus, estou sem­pre certo de que Ele irá me julgar, revelar para todos as minhas falhas.

12. O que mais me amedronta sobre Deus é seu julgamento.

13. Deus me surpreende quando responde ou está perto.

14. O que tenho medo de que Deus possa Jazer é matar alguém que amo para chamar minha atenção.
Deus, e somente Deus, supre suas mais profundas necessidades; todos nós sabemos disso em nossas mentes, mas e em nossas emoções? Haverá alguma coisa em nossas emoções impe­dindo-nos de correr para Deus, para que essas necessidades sejam supridas; nos colocando numa jornada sem fim, tentando encontrar uma pessoa, algo especial, um lugar incrível ou aquele ídolo adorado para supri-las? Olhe como Deus é descrito pelo cristão derrotado no teste acima. Mesmo sabendo que Deus não tem nada a ver com o que foi descrito, o cristão derrotado sente que é esse o Deus a quem ora, adora e a quem confia suas ne­cessidades.

Imagine você participando de um culto evangélico e, depois de ouvir uma mensagem sobre a vida salvadora de Cristo, ser chamado para vir à frente e aceitá-Lo como seu Salvador. Imagine o pregador, depois do convite, descrever o conceito emocional de Cristo que tiramos do teste acima! Ele explicaria, então, que, aceitan­do a Jesus em sua vida, desse momento em diante você sentiria medo e não teria nenhuma ajuda, Deus não estaria perto de você, Ele não o ouviria, seria impossível obedecer a seus mandamentos, Deus iria julgá-lo, você não seria aceito, e Ele até poderia matar alguém de sua família para chamar sua atenção! Você ou os outros aceitariam tal convite? Nós não levamos a sério que muitos rejeitam o Senhor, não baseados no que é ouvido, mas no que estão sentindo.

Uma vez, conheci um agnóstico muito inte­lectual que tinha pavor de cristão; depois que lhe falei que eu era um deles, ele imediatamente me disse que os cristãos eram ignorantes, sem conheci­mento, supersticiosos, e super fingidos em sua busca de santidade. Já que estávamos viajando juntos e tínhamos um tempo, perguntei se ele me daria a honra de responder ao meu teste. Ele res­pondeu, e suas respostas foram similares às vistas no teste acima: sua convicção emocional era de que Deus não está perto, não ajuda, traz desgraça e nunca o escuta. Depois de lhe mostrar seu conceito emocional de Deus, eu disse: "Se isso realmente descrevesse Deus, eu também não ia querer nada com Ele. De fato, eu inventaria des­culpas para ficar longe dEle!"

Ele então respondeu: "Bem, todos os cris­tãos são hipócritas." Eu disse que isso era uma desculpa. "Eles são todos famintos por dinheiro também." Duas razões. "Tudo com que eles se importam é com construções." Três. "Eles nunca ajudam a ninguém." Essa era a quarta desculpa para ficar longe de Deus. Ele me deu várias explica­ções, e eu entendi seus motivos para fazê-lo. Com uma certa frustração, ele finalmente perguntou por que eu não estava discutindo suas acusações ao cristianismo. Expliquei novamente que, se Deus é como ele descreve, então, todos nós devemos procu­rar boas desculpas para ficar longe dEle. Se, de fato, Deus é um ser tão amedrontador e de cora­ção tão frio, temos toda razão do mundo em não abrir a porta e deixar que Ele entre para controlar nossas vidas. Aqui, novamente, o grande conflito: muitos não querem ir para o inferno algum dia no futuro, então, um Salvador do futuro os atrai. No entanto, devido a uma descrença emocional e ao medo do que pode acontecer se permitirem que Ele mande em suas vidas, essa mesma pessoa deve encontrar um jeito de lidar com a vida sem Deus. As objeções ao Cristianismo, desse homem em par­ticular, nada tinham a ver com o intelecto; eram motivadas simplesmente pelas emoções.

Nós sabemos que as respostas dadas ao teste não descrevem Deus; então, a quem descrevem? Quem será que não nos ouve, não está por perto e nunca está satisfeito? Muitos vão responder: "satanás"; outros dirão: "nosso eu". Descobri que na maioria das vezes, a pessoa descrita é o pai ter­restre. À pessoa que faz o teste pode ser perguntado: "Seu pai o escutou? Ele o ajudou? Ele estava por perto? Ele tinha tempo para você? Ele o julgou? Você conseguia agradar-lhe, ou, não importa o que você fizesse, ele queria sempre mais? Ele o criticou e esperava de você o que parecia impossível? Até hoje, você se sente desaprovado por ele? Ele alguma vez tomou algo importante seu?" Concluí que entre os derrotados com quem converso, mais de 90 por cento têm um conceito de Deus que, na verdade, descreve seus pais (suas mães ou uma pessoa de influência em suas vidas). Tudo o que sabemos de autoridade é o que aprendemos com os que estão ã nossa volta. Não faz sentido, então, que, quando somos ensinados a chamar a Deus de nosso Pai do céu, isso traga às nossas emoções o conceito do nosso pai da Terra?

Uma garota tinha muita dificuldade em con­fiar ou pedir algo para o Pai do céu; no entanto, ela tinha facilidade em orar para Jesus, e o chamava de Irmão. Depois de uma breve olhada na história de sua vida, foi descoberto que seu pai, quando ainda pequena, a tinha assediado. De uma forma natural, ela transferiu toda a sua raiva e decepção, do seu pai da Terra para o Pai do céu!

Quando mencionei para o homem que se auto afirmava intelectual e agnóstico que suas res­postas ao teste, talvez não descrevessem Deus, mas seu próprio pai, e lemos o teste novamente, ele co­meçou a chorar. Ele então me contou que seu pai fora embora e prometera voltar, mas nunca voltara; e falou de sua dor e raiva, causadas pelos atos de seu pai.

Se existe uma palavra que pode descrever a condição das pessoas a quem foi dirigido o li­vro de Hebreus, essa palavra é descrença. Eles não são capazes de confiar, e o autor luta contra o falso conceito que têm de Deus, resultado de situações com seus pais da Terra. "Pois eles nos corrigiram por pouco tempo, segundo...; Deus, porém, nos dis­ciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes de sua santidade" (12.10).


Quem então é Deus??

Gosto de ler I Coríntios 13 com os que têm um conceito irreal de Deus, porque se Ele é amor, então esse capítulo deve descrevê-Lo. Quantos sermões você já ouviu sobre essa passagem e que o fizeram pensar: Eu tenho que amar mais? No entanto, que alegria ler, substituindo a palavra amor pelo nome Deus, e perceber que esse é o Deus que nos ama e vive Sua vida através de nós. Deus é paciente; e que virtude mais maravilhosa. Paciên­cia não é encontrada em nosso planeta; só vem do céu. As pessoas têm tão pouca paciência. Faça uma pergunta ao seu parceiro duas vezes (ou três, se estiver com muita coragem) e veja o quanto existe nele, de pouca paciência. Muitos têm um coração bondoso, inclinado a ajudar pessoas com deficiên­cia física, mas passam a ficar desencorajados, devi­do à falta desse atributo. E quanta paciência falta nas igrejas, para com os que estão crescendo, mesmo que Deus seja paciente. Deus é bom, não é ciu­mento, não se gaba, não é arrogante e nem orgu­lhoso de ser visto conosco Ele não agirá de forma indecorosa (Ele nunca vai abusar de nós), Ele não quer tudo só para si, mas sim o que é melhor para nós. Isto é, se algum de nós estiver sob disciplina, estresse, doença ou deficiência física, pode estar certo de que Ele o está permitindo para nosso próprio bem. Ele não é provocável. Você sabia que nunca vai conseguir fazê-lo tão bravo ao ponto de jogá-lo no chão e pisar em cima? Deus não guarda rancor (Ele nunca fará uma lista de ofensas, como as pessoas fazem). Ele odeia injustiça (qualquer coisa ruim que aconteça a qualquer um de nós), sempre vai nos suportar, acredita em nós, resiste a todas as coisas, e nunca vai faltar conosco. Ele sempre está por perto!

Muitos passam uma vida inteira tentando suprir suas necessidades espirituais. Jesus Cris­to é o único que pode suprir essas necessidades, porém muitas vezes corremos dEle porque acha­mos que Ele é outra coisa além do Deus de I Coríntios 13.

Quando tive o privilégio de mostrar ao agnós­tico quem Deus realmente é, e que ele não estava correndo de Deus, mas de um deus feito da auto-imagem de seu pai, ele entregou sua vida para o Senhor Jesus. Você vê, muitas pessoas não dão uma oportunidade para que Deus possa provar quem é, porque elas rejeitam quem elas acham que Ele é, antes que Ele possa fazer algo por elas.

A saída da descrença emocional é bem sim­ples. Só precisamos confessar como pecado os sentimentos errados que temos de Deus e profes­sar quem Ele realmente é. Irá, de fato, demorar um pouco para que as emoções mentirosas, às quais estamos tão acostumados, dêem lugar aos fatos. A próxima falha, será um teste do nível de fé que alcançamos. Descrença é a mãe do pecado; todavia, a profundidade de nossa descrença é ver­dadeiramente revelada pelo modo como agimos com Deus quando falhamos. Se nos pervertemos, nos desligamos dEle, praticamos autopunição, revela­mos a escura profundidade da descrença, pois, em nossa autopunição, provamos que nossa aceita­ção nunca descansou no Filho de Deus, mas sim em quão bem nos comportamos.

Então, da próxima vez que você errar, não ouça sua emoção mentirosa que fala: "Deus vai pegá-lo; Ele nunca vai ajudá-lo de novo; Ele fará com que outros sofram por causa do seu pecado." Pelo con­trário, seja uma pessoa de fé e acredite no Deus de I Coríntios 13, caminhando no amor e na redenção daquEle que é tão grande.

Se você tem deixado suas emoções menti­rosas controlarem sua vida há anos, você tem uma luta pela frente: elas não entregam, facilmen­te, as rédeas de controle para o Espírito.

Lembre-se, eu não estou dizendo que de­vemos lutar para mudar o que somos, mas luta­mos para acreditar em quem já somos. E não vai ser fácil, porque muitos de nós já nos acostuma­mos a viver uma vida miserável. Somos iguais ao menino que foi criado por lobos: quando captu­rado, ele continuamente lutava contra os que que­riam ajudá-lo. Tentava sempre escapar e voltar para aquela vida fria, úmida e difícil! Por quê? Aquela pobre criatura havia se acostumado com aquele estado infeliz, e muitos de nós, estamos nas mes­mas condições! Vivemos durante tanto tempo ten­tando nos separar de Deus, andando em descrença e utilizando nossos ídolos, que estamos mais pro­pensos a ser infelizes - indo daqui para ali procu­rando felicidade - do que a dizer não às nossas emoções e confiar em Deus pelo que realmente Ele é. A escolha é nossa. Se continuarmos mise­ráveis com um Deus tão maravilhoso, só podemos culpar a nós mesmos!

É um grande passo de fé, ir contra todas as emoções mentirosas que você tem a respeito de Deus, e abrir a porta para Ele uma vez, pois uma só vez é o de que você precisa, para desco­brir a vida abundante que tem procurado durante tanto tempo. Há um versículo que é sempre falado para não cristãos, mas que, na verdade, foi escrito para cristãos descristãos: "Eis que estou aporta e bato; se alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comi­go." (Apocalipse 3.20)


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