Perdido no Deserto



Yüklə 0,61 Mb.
səhifə5/10
tarix04.01.2019
ölçüsü0,61 Mb.
#90280
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10

5. Fé

Várias vezes procuramos e não achamos, por­que não sabemos o que é o achar. Por exemplo: há pessoas que nunca acreditam que Deus esteja realmente perto durante o dia, a não ser que algo predeterminado aconteça com suas emoções.

Com a fé, o mesmo é verdade; muitos se ocupam tentando encontrar mais fé, quando tiveram tudo de que precisavam o tempo todo. Gostaria que você olhasse para sua fé de modo um pouco original: como um órgão igual ao ouvido ou aos olhos. Quando você se deita à noite, seus ouvidos descansam, mas nunca dormem. Se alguém tenta entrar em sua casa, seu ouvido o acorda para que você possa agir! O ouvido não cria o som, só recebe.

A fé é algo maravilhoso e todo cristão a pos­sui. Tira toda a pressão sobre nós para que faça­mos ou sequer iniciemos o trabalho de Deus, e coloca ênfase em Deus, o Criador das ações. Quan­do Deus lhe disse que sua mulher teria um bebê, Abraão, imediatamente, se olhou e disse: "Não acho que eu possa ter um filho." Ele olhou para Sara e disse: "Eu sei que ela não pode ter um filho." Então, ele olhou para Deus e disse: "Quando é que nós tere­mos um filho?"

Temos várias promessas de Deus, as quais devemos aprender a saudar, com as mesmas res­postas de Abraão. Primeiro, olhamos para nós mes­mos e sabemos que elas são impossíveis. "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa... (I Pedro 2.9) como pode ser, Senhor? Sabe­mos que é impossível alcançar tal posição. Depois, devemos olhar à nossa volta e entender que ne­nhuma outra pessoa pode nos ajudar a alcançá-la. Mas, então, como homens de fé, olhamos para Deus e Lhe agradecemos por ser tudo verdade: nós somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa.

Se ter fé é simplesmente receber o que Deus deseja fazer, você percebe o quanto o seu concei­to de Deus é importante para o dia-a-dia? Imagine um ramo cortado, colocado em um vaso, morrendo aos poucos todos os dias. Não importa o quanto você se esforce, as folhas e pétalas continuam a cair; você apenas não tem vida dentro de si. Logo antes de morrer, você é enxertado em uma videira que possui toda a vida de que precisa. Mas e se você acredita que a vida que parte dessa videira é venenosa e vai levar sua existência vulnerável a um fim? O que você faz? Você vai tentar tudo o que puder para manter essa vida fora de você, mesmo que continue a morrer.

O mesmo é verdade com nossa vida espi­ritual: muitos têm um conceito de Deus que é enve­nenado. Não sabem quem Ele é e, mesmo morren­do, se recusam a deixá-Lo entrar.
A Parte Difícil

Algumas vezes, assim como o Espírito le­vou Jesus ao deserto para ser tentado, Ele nos leva a um ermo para testar nossa fé.

Imagine-se entrando num quarto, e, logo atrás de você, o Senhor entra, apaga as luzes, fecha e tranca a porta, e, então, retira completamente o seu conhecimento de que Ele o está ouvindo! Você deve lutar para ter esse entendimento de volta, no entanto, é meio complicado. Quanto mais você lutar para sentir Sua presença, mais tempo ficará no quarto escuro, porque o propósito de tudo isso é ensiná-lo a andar pela fé, e não por vistas e senti­mentos.

Ah, tem mais uma coisa. Quando você já tiver tentado várias coisas para que seu emocio­nal sinta novamente a presença de Deus, o ini­migo arranja um jeitinho de entrar e diz coisas como: "Se você não tivesse feito isso ou aquilo, Deus estaria perto de você." "Se você tivesse muda­do para tal e tal lugar, Ele estaria com você." "Se você tivesse casado com outra pessoa, as coisas estariam bem melhores." "Se você não tivesse falhado com Deus, Ele estaria feliz em estar ao seu lado agora." "Se você tivesse orado mais ou lido mais, ou guardado mais versículos, você estaria sentindo a presença de Deus."

No meio de tudo isso, você até duvida se é realmente nascido de novo; vai pedir novamente que Jesus entre em seu coração; vai procurar por sinais ou qualquer coisa que lhe dê a certeza de que tanto precisa. Você se arrepende de todos os pecados imagináveis e se pune com as mais severas formas de culpa. Você quer fazer algo para que possa ganhar a aceitação de Deus.

Muitos dos que se vangloriam de sua fé, contando histórias magníficas do que têm alcan­çado, são esmagados e desmantelados nesse quarto. E por que não? Quanto tempo um ho­mem que confia em si mesmo consegue andar no escuro e não tropeça dominado, quebrado e humi­lhado? Sim, aqui você anda num escuro absoluto; um que pode até ser sentido (Êxodo 10.21,22). Esse tipo de escuro, Jó conheceu muito: "O meu rosto está afogueado de chorar, e sobre as minhas pálpebras está a sombra da morte" (16.16). "O meu caminho Ele fechou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas... esperava a luz, veio-me a escuridão" (30.26).

Esse estado prolongado no escuro, irá nos testar e revelar qualquer descrença que esteja em nós. Quanto maior o período no escuro e falta de emoção, mais será essa descrença revelada. Novamente, tentaremos uma série de processos, tentando ganhar de volta nossa posição emocio­nal: todos vão mostrar no que realmente confiamos em nosso dia-a-dia para trazer felicidade, e Deus, é claro, não permitirá que tenham sucesso. Pode ser revelado que confiemos em ídolos, coisas em que encontramos um certo conforto (Isaías 42.17). Talvez confiemos em alguns irmãos ou irmãs, os quais, estamos certos, vão nos tirar de nossa cala­midade presente (Jeremias 9.4; Miquéias 7.5) e, então, descobrimos que eles não são a resposta. Às vezes olhamos novamente os ensinamentos que nos prometeram felicidade eterna, ou aquela dou­trina que nos trouxe uma experiência prometida, e nos voltamos para eles com mais fervor, mas ainda andamos no escuro e podemos até acreditar que fomos enganados (Jeremias 28.15). Apelamos para nossas realizações e várias coisas que fizemos no passado, na esperança de que Deus reconheça nosso valor e retorne (Jeremias 48.7). Pode até ser revelado que temos confiado em fama para continuar vivendo uma vida abundante (Ezequiel 16.15).

Quando tudo falha, começamos a reclamar, cometendo o erro que vários cometem: no meio da desgraça não ficamos quietos e esperamos; ao in­vés, culpamos Deus pela situação. Nós, assim como Jó, amaldiçoamos o dia em que fomos feitos e acu­samos a Deus do grave erro de nos criar. Chegamos até ao ponto de ficar com raiva de Deus, culpando-O de não se importar ou não fazer nada. "Vos dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cuidado em guardar os seus preceitos e em andar em luto diante do Senhor dos Exércitos?" (Malaquias 3.14).

Nós nos tornamos enjoados com toda essa situação. Cego, irracional, sem esperança, tor­na-se impossível ver a mão de Deus nesse proces­so. Precisamos estar de olhos abertos.

Quando Paulo escreve a carta a Filemon, deixa claro que está na prisão, provavelmente em Roma. Como de costume lá, sem dúvida ele estava algemado a um guarda, e quando escre­via a carta ouvia o som das correntes e via os guar­das o que o lembrava do lugar onde estava. Ainda assim, Paulo mencionou três vezes ser um prisio­neiro de Jesus Cristo e do Evangelho. Dada a situa­ção de Paulo, qual o significado dessa declaração? Ele não viu um guarda romano ao final de suas correntes, mas viu a Jesus Cristo! O homem de fé nunca vê escravidão em nada, senão a Deus. Você vê, nada acontece em nossas vidas, antes que pri­meiro passe pelas mãos amadas do nosso Pai do céu.

O que você vê no final das correntes que o atam? Você vê seu parceiro, seu trabalho, seus pecados, suas derrotas, suas circunstâncias? Ao invés disso, você estaria disposto a ver Jesus Cristo como o Autor de tudo, permitindo-lhe descansar, sabendo que o resultado de tudo será para seu benefício?

Depois de alguns meses de convertido, fui a uma conferência numa grande cidade. Eu pas­sava minhas tardes no centro da cidade, pregando para qualquer um que ficasse conhecendo. Quando virei uma esquina, uns dois quarteirões à minha frente estava um homem andando: ele virou para trás e começou a andar em minha direção. Quando ele estava mais próximo, senti o Senhor me falando: "Dê todo o seu dinheiro para aquele homem." Eu tinha U$150, o que naquela época era uma boa quantia. Quando o homem passou por mim, parei e comecei a testemunhar para ele. Para minha surpresa, na mesma hora ele começou a falar do amor e fidelidade de Deus; eu mesmo não falei quase nada. Finalmente, ele me disse que tinha de ir e pediu-me que orasse por ele. Perguntei: "Ir­mão, em que sentido posso orar por você?" Ele res­pondeu: "Estou sem trabalhar há dois meses e não consigo arrumar um emprego. Tenho esposa e dois filhos, e já estamos sem comida, mas sei que Deus é fiel e vai prover." Fiquei abismado com sua fé. Enfiei a mão no bolso, dei-lhe os U$150 e lhe disse que Deus queria que eu lhe desse o dinheiro assim que o vi. O homem então me abraçou e começou a chorar e a louvar ao Senhor. Quando saí andando, parecia que meu "coração estava mais leve do que meu bolso", como disse Hudson Taylor, depois de ter dado tudo o que tinha para o Senhor. Fiquei tão im­pressionado porque Deus sabia exatamente quando estaríamos naquela rua e orquestrou nosso encon­tro no momento certo para recompensar a fé daquele homem.

Numa outra ocasião, um irmão que havia perdido seu emprego veio até a mim. Eu lhe disse que me importava com sua perda, e perguntei-lhe como estava. Ele disse que não estava preocu­pado porque tinha economias guardadas para uns seis meses. Quando estávamos saindo, comentei com minha esposa: "Ele estaria bem melhor, se ti­vesse economias para um mês só, porque agora terá de esperar seis meses antes que o Senhor lhe dê um novo emprego." Você vê, ele teria que perder suas economias (a coisa em que confiava), antes que entrasse numa fé verdadeira e confiasse em Deus como Provedor!

Quem é como o nosso Deus, com Suas li­ções maravilhosas, encaixadas perfeitamente às nossas condições para o Seu propósito? Todos devemos passar por esse trajeto de fé, pois sem ela não podemos agradar a Deus. O tipo de traje­to é diferente para cada cristão, pois será traça­do sob medida pelo Pai querido, mas o resultado será sempre o mesmo. "Porque a nossa leve e mo­mentânea tributação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação." (II Coríntios 4.17)

Mais uma coisa: a grandeza da fé não é para ser julgada pela quantidade de promessas de Deus que você teve a oportunidade de ver, ou por quantas coisas materiais você possui, ou até mesmo por quão boa possa estar sua saúde. A grandeza da fé é mostrada em proporção ao tempo que você conse­gue esperar para que uma promessa seja cumprida. Novamente, a grandeza da fé não é provada no que é recebido, mas em quanto tempo a pessoa consegue esperar sem vacilar, até que seja recebido.

O que você pensaria de um fazendeiro que planta seu trigo e no outro dia é visto correndo a lavoura com sua colheitadeira? Você o acharia um pouco louco, é claro, porque ele não apren­deu a esperar que Deus fizesse uma transforma­ção vital embaixo do solo, longe das vistas do fa­zendeiro.

Assim são as promessas de Deus. Devemos esperar, e a grandeza da fé é provada pela habili­dade do cristão em descansar até a colheita, saben­do em todo o tempo que todo o trabalho que deve ser feito é sobrenatural, e Deus consegue fazê-lo sozinho!

Devemos também entender que raramente é em grandes eventos que a fé verdadeira é mostrada e provada. Conheci várias pessoas que venceram grandes perseguições e até prisão por causa de seu compromisso com Cristo, mas não conseguiram negar a si mesmas nas pequenas coisas da vidas. É mais fácil abrir mão de nossa vida física do que abrir mão do nosso eu, mas uma grande fé é mostrada nas pequenas e insig­nificantes coisas da vida.

Uma vez completada a nossa lição de fé, es­taremos muito mais aptos a aceitar, sem questio­namento, tudo o que Deus nos diz. Estaremos me­lhor equipados para não confiar em nossos ídolos, no que sentimos, ou até mesmo no que vemos; en­tenderemos que devemos confiar somente nEle. As Suas respostas a respeito da libertação do eu, do pecado, e do mundo não serão desperdiçadas, pois beberemos cada resposta, certos e cheios de uma fé que espera somente em Deus. Saberemos que a realização de nossa fé não é maior que a promessa.



Yüklə 0,61 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   2   3   4   5   6   7   8   9   10




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin