Perdido no Deserto



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9. Liberdade Para Falhar

O único caminho para não falhar é a fé. Não podemos mergulhar em autocompaixão e culpa, mas permitir que nossas derrotas nos tragam a um lugar de verdadeira dependência, no qual teremos o máximo de produtividade quando Cristo viver Sua vida através de nós. Arrependimentos são para os não cristãos, e não para os que andam na justiça de Cristo.

Quando falhamos, devemos entender o ca­ráter do Deus que faz com que todas as coisas cooperem para o bem. Quando compreendemos seu caráter, há um segredo que todos os que lhe servem deveriam aprender: Sua natureza é compai­xão. O homem arrependido, não importa o tama­nho de sua queda, pode contar com certeza de que Deus vai ouvi-lo e que ele vai vencer por causa de Sua compaixão!

Israel foi avisada de que, se esquecesse o Senhor e adorasse a outros deuses, ela seria destruída, mas quando estivessem sofrendo por causa de tais atos, Deus então a ouviria. "Então, o Senhor, teu Deus, não te desamparará, porquan­to é Deus misericordioso..." (Deuteronômio 4.31). No livro de Oséias, Deus acusa Israel: Eles são infiéis, sem arrependimento, malvados, rebeldes, idolatras, enganosos e desonrados. Então, devem ser julgados por Ele e ser quebrados, oprimidos, cortados fora, sem filhos, escravos, devastados e rejeitados. Mas escute o que Deus disse: "Como te deixaria, ó Efraim? Como te faria como a Adma? Como fazer-te um Zeboim? Meu coração está depri­mido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem. Não executarei o furor da minha ira; não tornarei para destruir a Efraim, porque eu sou Deus e não homem, o Santo no meio de ti; não voltarei em ira. (Oséias 11.8,9, itálicos adiciona­dos). Estamos livres para falhar, porque Deus é um Deus de compaixão; mais de sessenta vezes no Velho Testamento Ele é chamado assim.

"Foi a compaixão de Deus que perturbou Jonas; ele sabia que Deus não destruiria Nínive, se eles se arrependessem. Jonas acreditava que Nínive deveria ser aniquilada, mesmo que eles se arrependessem; seus erros não poderiam ser esquecidos! "Ah! Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Tarsis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrepen­des do mal" (Jonas 4.2). Nosso Pai não consegue deixar de lado um coração arrependido, não impor­ta quão grave tenha sido o pecado.

Uma coisa que vemos repetidamente é o que chamamos de Ciclo de Compaixão de Deus. Isto é, todas as vezes que somos disciplinados por Deus, nosso sofrimento mexe com sua compaixão, então ele nos traz de volta para Si. "O Senhor não rejeitará para sempre; pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza de suas misericórdias" (Lamentações 3.31,32).

Qual sua desculpa para viver assim? Com que propósito você continua a se punir por causa da descrença depois de ter cometido um pecado? Deus é misericordioso, independente de você acreditar ou não. O Seu caráter não depende daquilo em que você acredite ou do que sinta, mas do que Ele diz. O rei Davi, quando dado a escolha, se queria ser punido por homens ou por Deus, escolheu Deus, porque sabia que ali ele encontraria compaixão. Você já aprendeu a descansar na compaixão de Deus, ou suas emoções mentirosas lhe falam que Deus não o ouve e não mostra nenhuma compaixão?

Deus continuou a perdoar e restaurar Isra­el, mesmo sabendo que eles continuariam a fa­lhar e não cumpririam as promessas feitas a Ele. A compaixão de Deus é que nos tem trazido até aqui. Inúmeras vezes falamos a Deus que faríamos melhor, e, mesmo, que até tentamos, mas simples­mente não o conseguimos. Não podemos continuar a acreditar que Deus quer nos ouvir dizer que vamos melhorar antes que Ele nos traga de volta para Sua presença; Ele na verdade quer que cheguemos até Ele, fracos e com humildade, e não com uma força fingida a qual pensamos ter conseguido.

Para os que já experimentaram da compai­xão de Deus, Ele nos manda, "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos, uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós" (Colossenses 3.12,13). Nós que conhecemos a com­paixão de Deus devemos mostrá-la para com os outros. Não importa quantas vezes alguém já fa­lhou, devemos mostrar misericórdia, entender as fraquezas dessa pessoa com quem estamos lidan­do, e entender que se nossa vida tivesse tomado o mesmo rumo da sua vida, talvez não estivéssemos tão bem quanto ela está. Compaixão prontamente perdoa.

Há grandes promessas para os que mostram amor e misericórdia quando ajudam alguém que esteja derrotado. "... o amor cobre uma multidão de pecados" (I Pedro 4.8). "...a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Tiago 2.13), e "...aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados" (Tiago 5.20). Quando andamos em compaixão, temos li­berdade para falhar, e nossa misericórdia nos livra do julgamento. Deus realmente fez de tudo para que nossas vidas fossem abundantes.



10. O Trabalho Mais Profundo do Inimigo

Quando começamos a viver da vida de Cristo, experimentando o mais profundo andar que vem do permanecer nEle, os trabalhos do inimigo também se intensificam. Ele não vai mais usar o óbvio e o visível (lascívia, fofoca, difamação e todos os desejos mundanos) para nos tirar de perto de Cristo, mas planejará novos ataques os quais consistem de mentiras (99% verdadeiras) para impedir a produção de tantos frutos.

Sempre falo aos cristãos que estão em con­flito, que saberemos se realmente descobrimos o motivo de sua derrota, vendo quanto o inimigo trabalha duro nas semanas seguintes para tirá-lo de sua vida plena. Já vi várias vezes, o inimigo usar tudo o que pode para levar um irmão ou irmã de volta ao estado de salvar a si mesmo, de negar a cruz, e de descrença, só para que aquela pessoa não permanecesse na verdade. Saberemos se esta­mos indo na direção certa, se as coisas piorarem antes de melhorar. Uma pessoa andando na menti­ra, que não trará libertação, estará sendo encoraja­da por satanás o tempo todo. Os que estão no caminho do "fazer" (buscando aceitação de Deus baseada em suas realizações) encontrarão também facilidade, enquanto que os que estão no caminho do acreditar encontrarão muitos obstáculos. Quan­do nossa luta é contra o inimigo, temos a vontade de Deus e a vitória é nossa em Cristo. A tática de satanás é que a gente o descarte, agindo como se ele não existisse (não fazendo a vontade de Deus), ou esteja se consumindo na luta contra ele (indo além da vontade de Deus). Devemos ver que sata­nás está bem vivo e ativo, nosso adversário (I Pedro 5.8) contra quem lutamos, cheio de ciladas (Efésios 6.11) e laços (II Timóteo 2.26), e devemos estar de pé para que não caiamos (I Coríntios 10.12).

Satanás, é claro, é um grande mentiroso - o pai das mentiras (João 8.44). Nós não vamos nos voltar para algumas de suas mais significativas mentiras, que são mais perspicazes e, assim, as mais perigosas.


O poder de satanás ainda não foi arrancado dele

Muitos acreditam na mentira de que Je­sus ainda não arrancou o poder de satanás. "Eu via satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lucas 10.18). Uma vez que pela fé aceitamos a Cristo, tomamos uma posição de defesa contra o inimigo, recusando a mentira de que ele tem mais poder do que nós temos em Cristo, e deixa­mos fluir a vida que está em nós, que já derrotou satanás.

Junto com essa mentira, muitos ouvem que, quando algo de errado está acontecendo em suas vidas e eles não conseguem vencer, deveri­am buscar ao Senhor para ver se algum tipo de demônio está neles. Mesmo que a Bíblia não mencione nada a respeito de demônios habitan­do em cristãos, isso é ensinado por causa do que já foi falado ou ouvido. Geralmente, devido a um grande compromisso com Cristo e um desejo de agradar-lhe, um professor se torna acostumado a negar o fato de que algo que ele está ensinando não se encontra nas Escrituras.

Novamente, a questão é encontrar o que funciona um andar cristão vitorioso. Já discipulei vários cristãos, que tiveram uma varieda­de de demônios expulsados de seus corpos. Esse tipo de libertação falsa geralmente traz alívio emocional temporário, o qual é confusamente visto como a resposta, e isso coloca a pessoa em mais escuridão do que antes. Mas no final, quan­do problemas acontecem novamente, esses cristãos ouvem que não lutaram o suficiente para manter os demônios fora de seu corpo, o que evita a questão de que o processo todo não funcionou. O de mais assustador com esse ensinamento ê que ele tira a mente do cristão da luz de Deus e direciona seus olhos para a escuridão de satanás. Uma vez que o cristão é levado a acreditar que pode estar possesso por demônios (seja em seu corpo, alma ou espírito - as Escrituras nunca men­cionam em que parte do não cristão o demônio habita), ele se abre para grandes mentiras e mani­festações de satanás. O inimigo adora esse tipo de dúvida e tumulto.

Se satanás consegue tomar posse de cris­tãos tão fácil como falam, não seria, então, certo dizer que ele poderia causar muito mais des­truição do que vemos? Ele poderia tomar posse de muitos pilotos de aviões, causando muitas mortes, ou os homens que trabalham cuidando das bombas nucleares. Por que satanás não faz tal coisa? A resposta ê bem simples: ele não pode! Mas ele pode mentir, enganar e fazer com que os cristãos percam tempo expulsando demônios uns dos outros, ao invés de ficaram de pé contra ele, com o poder celestial para realizar os trabalhos do Reino.

Até o Velho Testamento ensina que um espírito maligno não pode entrar no que tem o Espí­rito de Deus; o Espírito do Senhor deve sair primeiro antes que um espírito maligno (com a permissão de Deus) possa penetrar I Samuel 16.14. Sabemos, pelo livro de Jó, que satanás não toca nos escolhidos, sem a permissão de Deus, e, na oração de Jesus (que foi ouvida e respondida), Ele nos promete proteção, não por causa da vida que vivemos, mas por causa da vida que Ele viveu. "...Pai Santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós... não peço que os tires do mundo, e sim que os guarde do mal" (João 17.11,15). "Maior o que está em nós do que o que está no mundo."

A história da igreja não confirma que ex­pulsar demônios de cristãos foi a solução para derrotas. Mostra, no entanto, que o inimigo conti­nua a apresentar soluções de um dia, todas plane­jadas para manter nossos olhos longe de Jesus. Se demônios são o problema, por que Paulo e todos os outros escritores do Novo Testamento se recusa­ram a nos falar sobre eles? Ao invés, as Escrituras são geralmente distorcidas e manipuladas para se encaixarem nas experiências dos cristãos, alguns dos quais até falam que receberam ensinamentos sobre demônios, fontes de pouca reputação e men­tirosas (I Timóteo 4.1)!

Isso não quer dizer que o cristão não fique oprimido; sabemos muito bem que isso acontece. Geralmente, o que o inimigo usa para importunar o cristão são manifestações da carne; essas, como já mencionamos são removidas, se tomarmos a cruz diariamente, a qual derrubará o inimigo, libertando-nos de sua influência. Seria maravi­lhoso se nossos problemas fossem simplesmente demônios que pudessem ser expulsos, dando-nos um remédio imediato. Mas novamente, os derrotados são encontrados até entre os ensinadores de tais coisas.

Se Cristo em você não consegue manter os demônios fora, que chance você tem de mantê-los longe? Vitória não pertence aos que tentam gerar poder sobre o inimigo, mas aos que recebem o poder de Cristo.
(Ler. Veja Hebreus 2.14; l João 5. 18; Romanos 12.1; 8.14; 6.6,13; 8.23; l Pedro 1.5; II Timóteo 4.18; Colossenses 1.13,29; l Coríntios 3.6; 6.11,19,20; 7.34; 10.20,21; Gaiatas 6.8; Atos 26.18)
Devo Lutar Para Ser o Que Deus Fala Que Sou

Um dos meus irmãos no Brasil me mos­trou um dia que, quando Adão e Eva foram ten­tados a ser iguais a Deus, eles já eram feitos à imagem e semelhança de Deus. Do mesmo modo Cristo foi tentado no deserto a provar que era Deus, quando de fato Ele já era Deus. O mesmo acontece conosco: o inimigo vai continuar a nos tentar a fim de lutarmos para ser o que já somos. Uma vez que sucumbimos a tal tentação, jogamos de lado nossa fé, juntamente com ela nosso andar com Deus, como Ele nos vê, e caímos em des­crença.

Ligada a essa mentira, está outra que diz: "A vida carnal é a única que posso viver." Lembre-se de que a voz de satanás sempre se parece com a do cristão. O inimigo raramente desiste de tentar fazer uma lavagem cerebral no cristão. Ele nunca quer que percebamos quem realmente somos em Cristo, pois se chegarmos a esse ponto, ficaremos em posição de ataque contra ele, batalhando para arrancar dele as pessoas, que ele lutou tanto para manter presas. A verdade é que os cristãos não têm que viver uma vida carnal ou colocar sua vontade sob o poder de satanás; nós podemos escolher permanecer em Cristo.
Para Obter, Devo Ter Experiência

Muitos lutam para ser um com o Senhor ou um com seus parceiros, quando de fato ser um é algo que é dado, e não se deve lutar para obtê-lo. Experiência deve vir da fé, que é "a convicção de fatos que se não vêem." Porque não temos experiên­cia de tudo, não quer dizer que não possuamos tudo. Se a experiência nunca vem, ainda acredita­remos no que Ele falou. O outro lado desse proble­ma é que o inimigo gostaria de definir para nós como essas experiências devem ser, e faz com que acreditemos que, se não tivermos tais sentimen­tos, então não possuímos o que Deus nos deu.

Por exemplo, a questão de saber se uma pes­soa vai para o céu. Muitos têm permitido que o inimigo defina para eles como essa certeza é senti­da: uma grande libertação emocional, visões, nome­ações e essa lista vai longe. Devemos lembrar que nossa certeza é baseada no que Deus nos diz, nada mais. João 3.16 simplesmente diz: "todo aquele que crê", e pronto. Repito, o inimigo sempre aumenta as simples afirmações de Deus, assim como fez, quando conversava com Eva no Jardim.

Existem pessoas tão governadas por emo­ções que a pior coisa que Deus poderia fazer a elas, logo que aceitassem a Jesus, seria dar-lhes uma experiência emocional, pois, fazendo assim, Deus estaria encorajando-as a viver baseadas em emoções. Para esse tipo de pessoa, seria importante não ter nenhum tipo de experiência emocional e aprender a andar pela fé, sem sentimentos. A experiência que Deus dá para cada um, individual­mente, é sempre a experiência de que aquela pessoa precisa.

Devemos também ter cuidado deixando que as experiências ocorram de forma natural, sem forçá-las, porque o inimigo (algumas vezes atra­vés de outros cristãos) pode definir certa experi­ência como sinal de fé, da nossa convicção. Saiba disso, um sinal de falta de convicção é questio­narmos o fato de sermos nascidos novamente.

Devemos ser cautelosos permitindo que so­mente Deus defina o que é nosso em Cristo, e não deixando que o inimigo adicione certos requisitos. Também não devemos permitir que o inimigo defina o que é um cristão de sucesso, porque isso também sempre terá a ver com o realizar algo de maravilhoso para o Senhor; a lógica dele é bem característica: "Se posso fazer algo bom para o Senhor, estarei agradando-lhe, e ganharei Seu favor e aceitação." Tais pensamentos têm suas raí­zes no inferno, pois se opões a que o cristão che­gue diante do Pai pela fé no trabalho de Cristo, e não em si mesmo. Em lugar nenhum, somos man­dados a fazer coisas grandes; preferivelmente, a ênfase está em ter fé nas pequenas coisas: para a criança, na obediência; para a esposa, simples­mente no respeito ao seu marido; e para o ma­rido, no amar sua esposa. Um cristianismo de sucesso envolve perdão, amar o não amado, dar ao invés de acumular riquezas na Terra, e perma­necer nEle. Devemos sempre permitir que Deus especifique o que é cristianismo, e perceberemos que raramente é o que pensamos.


A Confusão Sobre Onde Realmente é a Batalha

O inimigo nunca vai querer que lutemos na linha de frente; ele sempre chama nossa atenção para coisas que nada têm a ver com a verdadeira questão. Muitos continuam a responder às declara­ções falsas de seus companheiros, acreditando que lógica e razão vão prevalecer. Acreditam que seu problema presente tem a ver com um mal enten­dido ou pensamentos errados, e, se puderem ser racionais e fazer com que seu argumento seja bom, então haverá concórdia e harmonia. Fazendo isso, na maioria das vezes, o cristão estará brigando com a pessoa e não com o inimigo que está inspi­rando os falsos pensamentos que estão vindo daquela pessoa.

Imagine-se numa guerra, escondido numa vala, sem poder ver o que está lá fora. Seu único jeito de ação é jogar granadas, com a esperança de que elas acertem o inimigo. Não seria maravi­lhoso, se por durante algum tempo todos na bata­lha fossem congelados, enquanto que um balão descesse para pegá-lo, mostrar-lhe onde estava o inimigo e, então, colocá-lo de volta no buraco antes que a batalha terminasse? Durante batalhas espiri­tuais, passe tempo com Deus; permita-se perceber "sentado com Ele nos céus"; deixe que Ele lhe mostre onde as linhas de batalha estão, para que conhecendo a posição do inimigo, você não desper­dice suas energias.

Há mais um problema, quando não luta­mos a batalha na linha própria: podemos, sem saber, ajudar o inimigo em seu trabalho de des­truir outros cristãos. Quando alguém está agindo de maneira que desagrada a Deus, e continuamos a mostrá-lo a essa pessoa, o que estamos fazendo?

Intensificamos o problema, pois estamos ajudando o inimigo a colocar os olhos dessa pessoa em outra coisa que não a solução. Se queremos um bom marido, uma boa esposa, crianças obedientes, em­pregados honestos, um patrão respeitador, um amigo fiel, um pastor espiritual, o que devemos fazer? A única esperança que temos é a de levá-los a colocar seus olhos no Salvador, pois só Ele pode libertá-los de suas atitudes. Ninguém encon­tra redenção, a não ser em Cristo.

Quando escolhemos brigar na linha de ba­talha, reconhecemos que os problemas que ve­mos à nossa volta são apenas manifestações da falta (pelo menos no presente momento) de perma­nência. Então passamos a lutar juntos para ver os que estão ã nossa volta permanecer, e assim os problemas vão desaparecer.


Total Rendição Só Nos Traz Dor e Perda

Será que uma total rendição só nos vai trazer dor e perda? O oposto é que é verdadeiro, a falta de uma total rendição é que vai nos trazer dor e perda! O inimigo investe muita energia naquela mentira. Ela é falada continuamente ao cristão em crescimento, que já largou tudo, menos uma coisa, para servir ao Senhor. Essa uma coisa que é desejada, sempre deu prazer, traz indepen­dência, e também permite que o inimigo tenha uni ponto de apoio na vida desse cristão. O que será essa coisa? Ela varia entre os cristãos, mas geral­mente, tem a ver com algum direito que acredita­mos ter: o direito de estar no comando, de não perdoar, de ter aquele ídolo, ou de ter algum tipo de possessão ou prazer mundano. Para a pessoa que quer mais do que nunca servir a Deus e agra­dar-lhe, é importante que essa coisa nunca venha à tona e fique sempre escondida fora da vista, raramente lembrada; no entanto, é a coisa que ele mais queria ter. Porque satisfações passadas vie­ram dessa coisa, ela é protegida e justificada. Ela é, claro, um paradoxo, pois também trouxe muita miséria; o inimigo pode continuar a tornar a vida miserável, lutando para transformar esse pedaci­nho que ele possui, num grande pedaço e assim numa fortaleza. Entretanto, já que esse cristão largou de todas as outras coisas, o inimigo, rara­mente, consegue estabelecer sua fortaleza, mas usa essa uma coisa para tirar a pessoa do andar com o Senhor e para mantê-la longe da plena alegria.

Isso me lembra quando estou na cabana nas montanhas, onde tudo é paz e absolutamente lin­do, até que meu descanso é perturbado por um pequeno pernilongo voando sobre minha cabeça, pousando, picando e irritando. Toda a grandeza das lindas montanhas está destruída para mim, por causa de um pernilongo.

O mesmo acontece com essa pequena coi­sa: ela nunca permite que aproveitemos tudo o que Deus tem dado, por causa de Sua presença irritante. Vemos em casamentos onde o inimigo cochicha: "Se você abrir mão, você vai se tornar um tapete. Se você a amar agora, só estará incenti­vando maus comportamentos." Os casais envolvi­dos nessa mentira, cada um segurando seu direito de estar no controle, deitando-se na cama e recu­sando-se a tocar o outro, diminuindo comunicação, estão confiscando uma vida abundante. Eles têm dor e perda, porque não têm uma total rendição.

Quando é hora de pegarmos a cruz e ne­garmos os resíduos da vida própria, as mentiras são assim: "Você deve esperar que outros ne­guem vida própria e vivam a vida plena antes que você o faça. Se você se negar, você não vai ser feliz.

Negar a si mesmo, gera abuso por outros. Só faça isso, se seu meu marido também o fizer." Essas são profundas mentiras, pois, se o Senhor o está chamando para que você negue vida própria, Ele o está chamando para uma vida abundante. Já que ouviu a mensagem da vida plena, você deve ser o primeiro a se negar e, então, o primeiro a experimentar as bênçãos.

Essas mentiras são a base do que Paulo fala no Livro de Filemon. Paulo sabe que uma petição para soltar Onésimo, baseada em sua história do passado, seria ridícula. Ele faz, então, aquela petição baseada no modo como Paulo trata File­mon e no modo como Deus tem tratado Filemon.

O tipo de perdão, amor, submissão e res­peito que Deus requer que tenhamos para com os outros, nunca será visto se nos basearmos nas ações deles. O Senhor ordena tais coisas ba­seado em como Ele tem nos tratado, não em como os outros têm agido. Devemos amar por causa da intensidade do amor com que Ele nos amou. O pensamento de que outros não merecem amor por causa de seu comportamento é do inferno e demo­níaco, e os que acreditam em tais coisas são rebel­des no Reino de Deus. Devemos amar como Ele nos amou, perder nossa vida, porque ele perdeu a Sua por nós, e nos render a tudo por Quem abriu mão de tudo por nós. Render tudo Lhe trouxe gran­de alegria. "Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da ale­gria que Lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia e está assentado à destra do trono de Deus." (Hebreus. 12.2).

Quando nos rendemos a tudo, nós também encontramos grande alegria, não dor e perda. Não permita que o inimigo tenha esse ponto de apoio; agora mesmo, em voz alta, abra mão daquela coisa que esteja permitindo que ele roube a alegria que, por direito é sua. E lembre-se, total rendição não se refere a um certo tempo quando tudo foi rendido, um reconhecimento de um acontecimento do passado mas que você está enxertado na Videira, que você está permanecendo, que você abriu mão de tudo no dia que O aceitou, portanto, você está em total rendição agora!

Chegamos a Um Ponto de Maturidade Espiritual

Continuo a enfatizar, que devemos viver nossas vidas momento a momento. Então, ser espiritual é algo que se tem no presente mo­mento em que se permanece. O engano sutil do inimigo é que ele usa uma nova verdade, como que nos livrando, fazendo com que pensemos final­mente chegamos a um ponto culminante da matu­ridade cristã. O perigo nesse pensar é que, quando permanecemos, continuamos a expandir, enquanto que tal mentira não permite nenhuma expansão, mas sutilmente fará com que nos tornemos entor­pecidos. Ensinadores que pregam certa verdade e acampam nela por muito tempo, irão com o passar do tempo, se achar vivendo uma existência carnal. A explicação para tal acontecimento é bem simples: nossas experiências do passado passam a ser suficientes para a vida hoje. O inimigo, continua­mente, vai lembrar a tal cristão o que aconteceu no passado (mesmo que o passado tenha sido ontem). E ele lembrará o que nada a ver com uma verdadeira espiritualidade, que deve ser experi­mentada neste exato momento.

Há outra dificuldade quando o inimigo nos convence de que já chegamos lá. Assim que che­gamos à conclusão de que temos o ensinamento, geralmente não estamos abertos para outros ensinamentos ou para manifestações dadas por Cristo em outras pessoas. Um homem que não pode ser ensinado é um homem carnal.

Um pastor da Inglaterra me lembrou de Mateus 7.13.14: "Entrai pela porta estreita (larga ê a outra porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela), porque estreita é aporta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela." Ele explicou que nesse caminho estreito que leva à vida existem duas paredes para nos manter nele. Uma parede é chamada Arminismo (livre arbítrio) e a outra Calvinismo (predes­tinação), e ajuda bater nessas duas paredes en­quanto seguimos em frente. Que verdade! Precisa­mos das duas paredes. Por um lado precisamos entender o livre arbítrio do homem e, por outro, a soberania de Deus. Por um lado, precisamos estar firmes em nossa segurança da salvação e, por outro, precisamos ser advertidos de nossa preguiça.

Como mencionei antes, os que entram em uma fé verdadeira não sentem mais a necessi­dade obrigatória de sistematizar Deus. Geral­mente, quando falo sobre a certeza da salvação que temos em Cristo, alguém lê Hebreus 6.4-6, João 15.2, Gaiatas 5.4, e afirma que "Cristãos podem ser cortados fora". Essa pessoa pede, que eu explique esses versículos.

Minha explicação é bem simples: "Eu acre­dito no que Hebreus 6.4-6, João 15.2 e Gaiatas 5.4 ensinam. Talvez eu não entenda, mas acredito."

Outras vezes, alguém menciona os versí­culos que mostram que não podemos ser cortados fora (Hebreus 13.5,1 João 2.19, João 10.28) e pede que sejam explicados de acordo com os versículos que falam que podemos cair. Minha resposta é a mesma: "eu acredito no que as Escrituras ensi­nam." Não quero ter que fazer todas as ginásticas e piruetas que os teólogos fazem para mudar o sentido de um versículo para que ele se encaixe em seu sistema de crença. Nem quero tentar pare­cer inteligente; estou dizendo que não sei de tudo, e não conheço a mente de Deus, e não sou o profes­sor. Cristo somente é o Professor e no que Ele dis­ser, eu acredito, independente de poder sistemati­zar ou não.

O inimigo tem persuadido muitos de gran­de inteligência, talento, dons e espiritualidade a escolher uma parede ao invés da outra (causando divisão) e, fazendo isso, eles sofrem, porque ficam estagnados. Queremos ser daqueles que momento a momento olham para o Espírito Santo para que lhes revele aquilo de que precisam para a vida na­quele momento, e não aquilo de que acham que precisam para suas mentes. Queremos vida, não conhecimento. Quando tivermos essa atitude, Deus vai revelar o que precisamos saber, quando saber e, com o conhecimento, virão vida e poder.


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