L 'eylah meen kohl beerkhatah v 'sheeratah, toosh 'b 'chatah v'nechematah, da'ameeran b'al'mah, v'eemru: Amein. (Congregação: Amein.)
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Aleynu v 'ai kohlyisrael, v 'eemru: Amein.
Y'hei shlamah rabbah meen sh 'mahyah, v 'chahyeem.
(Congregação: Amein.)
Oseh shalom beem 'roh 'mahv, hoo ya 'aseh shalom, aleynu v 'ai kohl yisrael v 'eemru: Amein. (Congregação: Amein.)
Abençoado, louvado, glorificado, exaltado, elogiado, poderoso, elevado e prestigiado seja o Nome do Sagrado, Abençoado seja Ele. (CONGREGAÇÃO: ABENÇOADO SEJA ELE.)
Além de qualquer bênção e canção, louvor e consolo qüe são proferidos no mundo. Agora respondam: Amém. (CONGREGAÇÃO: AMÉM.)
Que haja paz abundante do céu, e vida para nós e para toda Israel. Agora respondam: Amém.
(CONGREGAÇÃO: AMÉM.)
Ele que cria a paz nas altuias, que Ele faça a paz, sobre nós e sobre toda Israel. Agora respondam: Amém.
(CONGREGAÇÃO: AMÉM.)
Gate, gate, paragate, parasamgate, Bodbi Svaha!
Foi, foi, foi além, foi completamente além. Despertai, assim seja!
Eu tinha ouvido Buda ser chamado de O Abençoado, Senhor Buda, ou simplesmente Senhor. Podia imaginar monges devotos supondo que aquelas frases do kaddish - "Sagrado, Abençoado seja Ele/Além de qualquer bênção e canção, louvor e consolo que são proferidos no mundo" - pertenciam ao Abençoado deles. Na mesma medida, "foi além" poderia ter tons de cabala, o extremo mais místico do judaísmo, no qual "o inatingível não pode ter um nome", como dizem os cabalistas.
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Outra frase em hebraico, tikkun olam, cuja tradução é "consertando o mundo", ressoa com o budismo socialmente engajado que eu havia investigado.
- Os judeus acham que têm de buscar a verdade e salvar o mundo - disse o reverendo Fischer para mim num intervalo. - O Tora diz: consertem o mundo. Tikkun olam. E: "Vocês serão uma nação de sacerdotes."
Agora ele mantém sua prática de meditação e dá aulas na Fundação Zen Todos os Dias em Mill Valley, Califórnia, cuja missão é "dedicada a ouvir o mundo, a modificá-lo e ser modificado por ele". Em seu livro Jerusalém Moonlight {Luar deJerusalém), ele dedica seu trabalho ao diálogo judaico-budista.
- O budismo e o judaísmo são ambos práticas de consciência plena - acrescentou o rabino Lew, autor de One God Clapping: The Spiritual Path ofa Zen Rabbi {Um Deus aplaude: o caminho espiritual de um rabino zen). Antes de se engajar no judaísmo ele passou dez anos estudando seriamente o zen-budismo e foi diretor do Centro Zen de Berkeley. Depois disso fundou um centro de meditação judaico, chamado de Makor Or ("fonte de luz").
- Ambos se baseiam na experiência direta deste mundo. E eu penso que isso os torna diferentes das outras religiões. O judaísmo é um caminho espiritual profundo e rico. Mas não dá quase para perceber isso na sinagoga norte-americana.
- O impulso religioso da minha geração de judeus se atrofiou - concordou o reverendo Fischer.
Concordei inteiramente. Lembro-me de ter assistido aos serviços nos Dias Mais Sagrados - Rosh Hashanah, que comemora o Ano-Novo judeu, e o Yom Kippur, o Dia do Perdão - na minha sinagoga suburbana de Nova Jersey no fim da década de 1950, pensando que parecia mais um desfile de casacos de mink do que um serviço religioso. Minha desilusão só aumentou à medida que eu ficava mais velho. A última gota foi no meu bar mitzvah, em 1961. Quando o rabino inclinou o corpo para a frente para fazer o sermão para mim, o que ia indicar a minha chegada à idade adulta, o cheiro de álcool do bafo dele me deixou enojado e me afastou da minha fé.
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Esses dois homens de San Francisco, a maioria dos meus amigos budistas e eu pertencemos a uma seita exclusivamente norte-americana. Somos chamados de bu-judeus. Essa observação foi feita com bastante freqüência, de que uma percentagem significativa dos budistas norte-americanos — já li que são até 30 por cento
- são originalmente judeus (os judeus representam cerca de 2,5 por cento da população dos Estados Unidos). Os fundadores do primeiro centro de retiro vipassana, Insight Meditation Society, em Barre, Massachusetts, parece mais uma firma de advogados judeus do que de budistas radicais: Goldstein, Schwartz, Salzberg & Kornfield. A questão que é irrespondível ou que tem respostas demais é: por quê? Tanto os judeus como os budistas, que compartilham a tendência de responder às perguntas com outra pergunta, perguntariam: por que não?
Os judeus são intelectuais. Budismo é a filosofia da mente. Os judeus têm sido vítimas de perseguição desde a fundação da religião. O budismo reconhece que sofrer faz parte da vida e oferece um sistema que alivia as dores que vêm com esse sofrimento. Os budistas cantam "Om". Os judeus cantam "Oy". Os judeus são analíticos. O estudo talmúdico exige um escrutínio extremamente detalhado das escrituras judaicas, chegando à interpretação numerológica de cada letra, de cada palavra. Freud, que era judeu, desenvolveu um sistema para estudar a mente chamado de psicanálise. O budismo é analítico também. Como já escrevi antes, o estudo minucioso do Buda de como a própria mente nos leva à infelicidade foi um divisor de águas na compreensão de nós mesmos que antecedeu Descartes e Freud. Além disso, os judeus de meados ao fim do século XX passaram para a dianteira da classe média, o que significa que realmente atingiram um nível de conforto no plano material. Isso, por sua vez, significa que eles também podem estar na vanguarda da brigada do "fantasma faminto"
- quando ter tudo pelo que batalharam ainda não é o bastante. Na minha visão, aqueles que têm demais ou os que têm de menos buscam refúgio no Caminho do Meio.
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