Português 8º ano



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. Acesso em: 10 mar. 2015.

Fig. 1 (p. 74)

Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza (CE). Fotografia de 2007.

Dorival Moreira/Pulsar Imagens

a) Qual parece ser a finalidade do texto? Que elementos o levaram a essa conclusão?

b) A quem esse texto é dirigido? Explique sua resposta.

2. Releia esta frase.

A cidade modernizou-se, mas ainda guarda marcas do passado em museus, igrejas, fortes, praças, estações, teatros e prédios históricos.

a) Como se classifica sintaticamente o termo marcas do passado? Qual seu núcleo?

b) Qual é a função sintática de do passado?

c) Qual é o termo que indica onde estão guardadas as marcas do passado?

d) Dê a classificação sintática desse termo.

e) Que outro termo de mesma função sintática aparece nesse período?

f) Na gramática tradicional, o adjunto adverbial e o adjunto adnominal são considerados termos acessórios da oração. Releia o período acima, eliminando-os. Quanto ao sentido dessa frase, tais termos apesar de acessórios são desnecessários? Explique.



3. Identifique os adjuntos adnominais e adverbiais referentes aos termos destacados no texto. Diga qual a importância dos adjuntos adnominais e adverbiais nessa descrição.

4. Complete os títulos de notícias com as palavras do quadro.

caça conserto sessão tachar viagem concerto viajem taxar cassa cessão

a) Atraso de ______ de carro gera indenização por dano material

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

b) ______ de encerramento da I Bienal de Música hoje

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

c) Austrália condena ______ à baleia

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

d) TRE ______ mais dois vereadores

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

e) ______ de cinema é voltada para pais e bebês

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

f) Indústria quer ______ embarque de boi vivo

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

g) Supermercado sorteia ______ para resort 5 estrelas na Bahia

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.

h) Malásia exigirá autorização para que mulheres ______ sozinhas ao exterior

Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2015.



Página 75

O que você aprendeu neste capítulo

Romance de ficção científica

• Prevê um desenvolvimento dos conhecimentos científicos da época em que foi escrito.

Verossimilhança: coerência que o leitor deve reconhecer entre a realidade e o mundo imaginado pelo autor, e entre os elementos internos da narrativa. Presente em diferentes gêneros literários.

Linguagem: ajuda a construir a verossimilhança do texto.



Conto fantástico

• Baseia-se no mundo real, mas apresenta sempre um elemento que nos causa estranhamento.

Descrição do ambiente: promove a verossimilhança ou induz o leitor a aceitar o fato extraordinário que será apresentado no decorrer da história.

Fato extraordinário: põe em dúvida a verossimilhança da história.



Adjunto adverbial

• Liga-se a verbos para expressar circunstâncias específicas de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, intensidade, negação, afirmação, dúvida, companhia, instrumento, etc.

• Pode intensificar um verbo, um adjetivo, outro advérbio ou outra locução adverbial.

• Pode ou não vir separado por vírgula(s) quando deslocado na oração (fora da ordem direta).



Adjunto adnominal

• Especifica um substantivo, delimitando seu significado e/ou qualificando-o.

• São os artigos definidos e indefinidos; os numerais adjetivos; os pronomes adjetivos possessivos, indefinidos, demonstrativos, interrogativos e relativos; os adjetivos e as locuções adjetivas.

Homônimos

• Palavras que apresentam mesma pronúncia ou grafia, mas têm significados diferentes.

Homônimos perfeitos: apresentam pronúncia e grafia idênticas.

Homônimos homófonos: têm a mesma pronúncia, mas grafias diferentes.

Homônimos homógrafos: têm a mesma grafia, mas diferentes pronúncias.

Autoavaliação

Para fazer a autoavaliação, releia o quadro O que você aprendeu neste capítulo.

• . De qual dos dois gêneros literários apresentados no capítulo você gostou mais: do romance de ficção científica ou do conto fantástico?

• . Como foi fazer a reescrita dos textos? Você modificou suas versões iniciais? Em que aspectos?

• . Retome os principais conceitos do capítulo. Qual(is) deles você precisa estudar mais?

Página 76

ORALIDADE

Contação de histórias

Leia o que Umberto Eco, autor de O Nome da Rosa, diz sobre como contar histórias.

Entendo que para contar é necessário primeiramente construir um mundo, o mais mobiliado possível, até os últimos pormenores. Constrói-se um rio, duas margens, e na margem esquerda coloca-se um pescador, e se esse pescador possui um temperamento agressivo e uma folha penal pouco limpa, pronto: pode-se começar a escrever, traduzindo em palavras o que não pode deixar de acontecer. Que faz um pescador? Pesca (daí toda uma sequência mais ou menos inevitável de gestos). E depois o que acontece? Ou há peixes que mordem a isca ou não há. Se há, o pescador os fisga e vai pra casa todo contente. Fim da história. Se não há, como ele é temperamental, talvez se irrite, talvez quebre a vara de pescar. Não é muita coisa, mas já é um esboço. Mas existe um provérbio indiano que diz “senta-te à beira do rio e espera, o cadáver de teu inimigo não tardará a passar”. E se, levado pela correnteza, passasse um cadáver – já que esta possibilidade está implícita na área intertextual do rio? Não se pode esquecer que o meu pescador tem uma folha penal suja. Quererá correr o risco de meter-se na enrascada? Que fará? Fugirá, fingindo não ver o cadáver? Sentir-se-á com rabo-de-palha, já que o cadáver é do homem que odiava? Temperamental como é, ficará furioso por não ter realizado ele próprio a sonhada vingança? Como se vê, bastou mobiliar com pouca coisa nosso mundo e já se tem o início de uma história.

Umberto Eco. Pós-escrito a O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.



Fig. 1 (p. 76)

Marcos Guilherme/ID/BR



1. Nessa apresentação, o autor nos sugere os elementos da narrativa quando fala em “construir um mundo mobiliado”. Copie o quadro a seguir no caderno e complete, com as sugestões do texto de Umberto Eco, os elementos da narrativa a que ele se refere.

Elementos essenciais da narrativa

Sugestões de Umberto Eco

Onde acontece? (lugar)




Com quem acontece? (personagem e suas características)




O que acontece? (ação)




Quando acontece? (tempo)




ID/BR

2. Em seu texto, o escritor afirma: “e se esse pescador possui um temperamento agressivo e uma folha penal pouco limpa, pronto: pode-se começar a escrever”. De que forma essas informações permitem que a história se inicie?

3. Releia o trecho a seguir.

Ou há peixes que mordem a isca ou não há. Se há, o pescador os fisga e vai pra casa todo contente. Fim da história.

a) Por que Umberto Eco afirma ser o fim da história?

b) O que se perde de uma possível história, caso haja peixes no rio?



4. Releia outro trecho do texto e responda: Por que a passagem de um cadáver é uma possibilidade “implícita na área intertextual do rio”?

E se, levado pela correnteza, passasse um cadáver – já que esta possibilidade está implícita na área intertextual do rio?



Página 77

Atividade oral: contação de histórias

O que você vai fazer

Você vai participar de uma contação de histórias com os colegas de sua classe. Será uma atividade lúdica, que pode ser, também, bastante engraçada!



Preparação

Material

Duas bolinhas de papel ou, se houver possibilidade, duas bolas de espuma.

• Um relógio para marcar um minuto para cada aluno continuar a história.

Organização

Os alunos devem afastar as carteiras da sala e sentar-se no chão, em roda.

O professor executará as seguintes ações:

• dará início à história;

• ficará com a segunda bolinha;

• marcará o minuto para que o aluno continue a história;

• não participará mais da continuidade da história.

Procedimento

O professor começa a história dizendo a primeira frase. Ao terminar, joga a bolinha para um dos alunos e começa a contar o tempo (um minuto) para que o aluno possa dar continuidade à primeira parte da história. Esse aluno, por sua vez, apresenta a sequência, interrompe a sua frase e joga a bolinha para outro aluno, e o professor volta a marcar o tempo.

Assim, sucessivamente, os alunos devem ir completando as frases dos colegas de modo a desenvolver a história, até o final de um tempo estipulado ou até o final da história, sempre se lembrando de que é necessário criar um mundo e mobiliá-lo.

Caso alguém não consiga dar sequência à história dentro do seu tempo, o professor, que detém a segunda bolinha, deve jogá-la a outro aluno e aquele perderá a vez.



Fig. 1 (p. 77)

Marcos Guilherme/ID/BR



Avaliação

Em duplas, conversem e respondam às questões.

• O que vocês acharam dessa forma de criação de histórias? Expliquem.

• A história que foi criada coletivamente ficou interessante? Por quê?

• Houve problemas com a sequência da história? Quais?

Apresentem à turma as opiniões das duplas e, coletivamente, procurem sanar os problemas que surgiram na história.



Que tal uma troca de histórias?

Após a avaliação e a reorganização dos aspectos destacados pelo grupo, os alunos de cada classe podem se organizar e escrever a história criada por sua turma e depois apresentá-la para as outras classes da escola. Depois, as turmas da escola podem juntar suas histórias em um Caderno de contos orais.



Página 78

CAPÍTULO 3 - Diário íntimo e diário virtual

CONVERSE COM OS COLEGAS

1. Observe a imagem.

Fig. 1 (p. 78)

Composição de fotos de pessoas com diferentes expressões.

Ollyy/Shutterstock.com/ID/BR

a) Podemos observar diversas fotos. O que elas têm em comum?

b) O que diferencia uma imagem da outra?

c) Ao olhar para a imagem, o que mais chama a sua atenção: as semelhanças ou as diferenças entre o que está representado?

d) De qual figura você mais gostou? Por quê?

2. Na imagem ao lado, pode-se notar a presença de vários sentimentos e sensações humanas. Ao observar esses rostos e suas expressões formando uma única imagem, o que é possível inferir sobre a diversidade humana?

3. Conforme pode ser observado nas fotos, as pessoas são, ao mesmo tempo, muito parecidas e muito diferentes entre si. E não precisa ir muito longe para perceber isso. Pense em seus colegas de classe, por exemplo. Cite algumas semelhanças entre você e eles.

4. Em que momentos ou espaços de sua vida você sente que tem mais oportunidades de expressar plenamente seus gostos, opiniões e sentimentos?

5. De que forma você registra ou expressa suas ideias?

É pela expressão do que temos de mais característico, de mais particular em nós, que mostramos nossa individualidade. Porém, nem sempre o cotidiano permite a manifestação plena dessa individualidade, ou seja, de nossos sentimentos, gostos, desejos, opiniões – o que explica por que tanta gente recorre aos diários, sejam escritos em cadernos e agendas, sejam virtuais.

O diário é um espaço para a expressão mais sincera de nossa subjetividade. Neste capítulo você vai conhecer melhor as características do diário íntimo e do diário virtual.

Página 79

O que você vai aprender

• Características principais do diário íntimo e do diário virtual


Relação entre autor e interlocutor
Predicativo do objeto e predicado verbo-nominal
Parônimos

Página 80

LEITURA 1

Diário íntimo

O que você vai ler

Fig. 1 (p. 80)

Zlata Filipovic´ (1980- ), escritora. Fotografia de 2008.

Dragana Jurisic/Arquivo da fotógrafa

A menina Zlata Filipovi´c tinha 11 anos quando sua cidade natal, Sarajevo, foi cercada por tropas sérvias e tornou-se o principal palco da guerra civil que dissolveu a Iugoslávia.

Era abril de 1992 e a vida dessa pré-adolescente — cujos interesses até então giravam em torno de amizades, notas na escola, ídolos da música, programas de TV, viagens e sonhos — foi subitamente invadida por granadas, franco-atiradores, falta de água, de luz, de comida, e pela dolorosa perda de amigos e parentes.

O texto que você vai ler, extraído de O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra, mostra como algumas dessas vivências, reais, foram registradas em papel no calor dos acontecimentos.

O diário de Zlata

Sábado, 23 de maio de 1992

Dear Mimmy,

Nunca mais falei de mim para você. Falo de guerra, de morte, de ferimentos, de granadas, de tristeza e de sofrimento. Quase todos os meus amigos partiram. Mas mesmo que eles estivessem aqui, será que a gente ia conseguir se ver? O telefone não funciona, e não íamos poder nem conversar. Vanja e Andrej também foram embora; para Dubrovnik, para a casa de Srdjan. Lá a guerra acabou. Tanto melhor para eles. Essa guerra em Dubrovnik me deixava tão infeliz. Nunca, nem em sonhos, eu teria imaginado que ela também chegaria até aqui, que se instalaria em Sarajevo. Verica e Bojana também foram embora.

Passo o tempo todo com Bojana e Maja Bobar. Agora minhas melhores amigas são elas. Bojana é um ano e meio mais velha que eu, já acabou a sétima série e temos muitas coisas em comum. Maja está no último ano da escola. É bem mais velha que eu, mas é fantástica. Ainda bem que tenho essas duas, senão ia ficar totalmente sozinha no meio dos grandes.

No noticiário anunciaram a morte de Silva Rizvanbegovic´, uma médica do serviço de urgência que também era amiga de mamãe. Ela estava numa ambulância. Transportavam um ferido que precisava ser atendido. Um monte de gente que papai e mamãe conheciam morreu. Meu Deus, o que está acontecendo?

Zlata, que ama você.



Fig. 2 (p. 80)

Companhia das Letras/Arquivo da editora



Segunda-feira, 25 de maio de 1992

Dear Mimmy,

A Zetra queimou. A vila olímpica. O mundo inteiro conhecia essa maravilha e agora ela desaparece no meio das chamas. Os bombeiros tentaram salvá-la, nosso Žika deu uma mão aos bombeiros. Mas não conseguiram. As forças da guerra ignoram o amor e a vontade de salvar as coisas. Elas destroem, incendeiam, suprimem. Elas quiseram que a Zetra deixasse de existir. Estou triste, Mimmy.

Tenho a impressão de que aqui não vai sobrar nada, nenhuma pessoa viva.

Sua Zlata.

Página 81

Terça-feira, 26 de maio de 1992

Dear Mimmy,

Penso sem parar em Mirna. No dia 13 de maio foi seu aniversário. Como eu teria gostado de ver Mirna outra vez! Sempre peço a papai e mamãe que me levem à casa dos avós dela, onde ela está morando com o pai e a mãe. A casa deles de Mojmilo foi bombardeada e foi preciso demoli-la.

Estes últimos dias não houve bombardeio, reina a calma. Pedi a papai para me levar à casa de Mirna pois preparei um presentinho de aniversário para ela. Estou muito ansiosa em voltar a vê-la. Sinto saudade dela.

Eu estava tão triste que ele resolveu me levar até lá. Fomos, mas a porta do edifício estava trancada. Não conseguimos que nos ouvissem e voltei para casa decepcionada. O presente vai ter que esperar e eu também. Um dia a gente se encontra outra vez.

Zlata, que ama você.



Fig. 1 (p. 81)

Zlata em seu quarto, em Sarajevo. Fotografia de 1993.

Companhia das Letras/Arquivo da editora

Quarta-feira, 27 de maio de 1992

Dear Mimmy,

UMA CARNIFICINA! UM MASSACRE! UM HORROR! UMA ABOMINAÇÃO! SANGUE! GRITOS! CHORO! DESESPERO!

Eis a rua Vaso Miškin hoje. Duas granadas caíram na rua Vaso Miškin, outra no mercado. Mamãe estava por perto na hora. Ela foi correndo refugiar-se na casa de vovô e vovó. Papai e eu estávamos ficando quase loucos porque ela não voltava. Vi essas coisas pela televisão e não consigo acreditar que vi mesmo. É inacreditável. Minha garganta estava apertada, meu estômago doía. O pânico. Estavam transportando os feridos para o hospital. Para um abrigo. Passávamos o tempo todo olhando pela janela na esperança de ver mamãe chegar e nada. Ela não voltava. Comunicaram a lista das vítimas e feridos. Nada sobre mamãe. Papai e eu desesperados. Será que mamãe estava viva? Às 16h00 papai resolveu ir procurar no hospital. Vestiu-se para sair e eu já estava indo para a casa dos Bobar para não ficar sozinha em casa. Olhei uma última vez pela janela e... Vi mamãe atravessar a ponte correndo! Depois que ela chegou ao apartamento, começou a tremer e caiu no choro. Atrás das lágrimas, disse que tinha visto gente despedaçada. Aí todos os vizinhos chegaram, de tanto que haviam ficado preocupados com ela. Obrigada, meu Deus, mamãe já está conosco. Obrigada, meu Deus.

UM DIA PAVOROSO. IMPOSSÍVEL DE ESQUECER.

QUE HORROR! QUE HORROR!

Sua Zlata.

Zlata Filipovic´. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. Trad. Antônio de Macedo Soares e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 59-62.



Acervo PNBE.

GLOSSÁRIO
Abominação: coisa repulsiva, que causa aversão.
Carnificina: grande massacre; extermínio, matança.
Dear: querido, em inglês.
Dubrovnik: primeira cidade da ex-Iugoslávia a ser bombardeada; atualmente integra a Croácia.
Mimmy: nome que Zlata deu ao diário, em homenagem a um peixinho dela que morrera.
Sarajevo: (pronuncia-se “Saraievo”) capital da Bósnia-Herzegovina.
Zetra: trata-se da arena que sediou as Olimpíadas de Inverno de 1984.

Página 82

Estudo do texto

Responda sempre no caderno.

Para entender o texto

1. Mesmo que você não conhecesse o título do livro, poderia saber que se trata de um diário pela presença de elementos que são característicos desse gênero. Quais?

2. O texto que você acabou de ler pode ser dividido em quatro partes.

a) Que elementos marcam a divisão das partes?

b) Por que os autores de diários costumam anotar as datas de seus registros?

c) O que Zlata relata em cada uma das partes do texto que você leu?



ANOTE

O autor de um diário íntimo registra nele fatos acontecidos a cada dia. Como não é possível relatar todos os momentos de um dia, o autor do diário escolhe registrar o que, de alguma maneira, tem maior importância para ele.



3. Releia este trecho do relato do dia 23 de maio de 1992.

Quase todos os meus amigos partiram. Mas mesmo que eles estivessem aqui, será que a gente ia conseguir se ver?

a) Esse fragmento mostra que os registros de um diário não se limitam ao relato de ações. Por que a narradora elabora questões para si mesma?

b) Registre em seu caderno mais três trechos do texto que comprovem que um diário abriga, além do registro de fatos, também o de pensamentos, comentários da pessoa sobre si mesma, avaliações sobre o contexto em que se escreve, etc.



ANOTE

No diário íntimo, registram-se não apenas fatos acontecidos a cada dia, mas também pensamentos e impressões que esses acontecimentos provocam.

Por ser confidencial, o diário funciona, para seu autor, como um interlocutor em quem confia e ao qual pode revelar segredos e reflexões íntimas.

4. Releia o trecho escrito por Zlata no dia 25 de maio de 1992.

As forças da guerra ignoram o amor e a vontade de salvar as coisas. Elas destroem, incendeiam, suprimem.

a) Apesar de viver em um mundo em que predominam “as forças da guerra”, Zlata relata, em outros trechos do diário, gestos de companheirismo e solidariedade. Cite alguns deles.

b) Não só ações boas e más se alternam nos relatos, mas também estados de espírito contraditórios. Releia a última frase registrada por Zlata no dia 25 de maio e a última frase do dia seguinte. O que elas revelam a respeito do estado emocional da autora?



Fig. 1 (p. 82)

Fabio Cruz/ID/BR



Página 83

A relação entre autor e interlocutor

1. Normalmente, quando uma pessoa fala ou escreve, dirige-se a determinado interlocutor.

a) Qual é o interlocutor de Zlata nas passagens que ela registra em seu diário?

b) Quais são as características desse interlocutor?

c) Quais as vantagens de se estabelecer uma relação de interlocução como essa que caracteriza o diário íntimo?

d) A maior parte das pessoas que mantêm um diário não pensa na publicação de seus textos. Em sua opinião, o que as motiva a escrever, já que não têm expectativa de que um dia seus textos sejam lidos?

OS DIÁRIOS FICCIONAIS

Fig. 1 (p. 83)

Capa do livro O diário da princesa, de Meg Cabot.

Record/Arquivo da editora

O DIÁRIO DA PRINCESA

Muitas das obras publicadas como “diários” são, na verdade, obras ficcionais. É o que acontece, por exemplo, com O diário da princesa, de Meg Cabot, e O diário de Bridget Jones, de Helen Fielding.

2. Leia o que Zlata escreveu em 21 de outubro de 1992.

[...]


Mimmy, vou explicar uma coisa a você: como você sabe, todos os dias (ou quase), escrevo para você. Bom, você está sabendo da história dos cursos de verão no centro comunitário local. As pessoas se encontravam, faziam teatro, recitavam, e o mais interessante é que também escreviam. [...]

Maja continua estudando com nossa professora Irena Vidovic. Um dia, você sabe o que a Maja me perguntou?

– Você tem um diário, Fipa? (Esse é o meu apelido.)

– Tenho – respondi.

– E no diário você conta os seus segredos ou fala da guerra?

– Agora, é sobre a guerra.

– Fipa – me disse ela –, você é divina!

Ela disse isso porque andam querendo publicar um diário de criança. E esse diário seria, poderia ser o meu. Ou seja, você, Mimmy! Por isso eu passei você a limpo num outro caderno e você, Mimmy, foi ao Conselho Municipal para ser lido.

Acabam de me avisar, Mimmy, que você vai ser publicado. Na semana da Unicef vão editar um livro. Escrito por mim! É genial. Simplesmente genial.

[...]


Zlata Filipovic´. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. Trad. Antônio de Macedo Soares e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 96-97.

Acervo PNBE

GLOSSÁRIO
Unicef: Fundo das Nações Unidas para a Infância.

a) Quando Zlata escreve “andam querendo publicar”, a quem ela possivelmente está se referindo?

b) Qual era o tipo de diário de criança que o Unicef procurava?

c) Quais seriam os motivos que levariam o Unicef a ter interesse em publicar um diário infantil com registros sobre a guerra?

d) Qual providência foi tomada por Zlata ao saber que seu diário tinha chance de ser publicado? Em sua opinião, o que a motivou a fazer isso?

Fig. 2 (p. 83)

Fabio Cruz/ID/BR



Página 84

Responda sempre no caderno.

3. No dia 19 de novembro de 1992, Zlata fez uma das mais longas anotações de todo o seu diário. Leia seu início.

Dear Mimmy,

Em política, nenhuma novidade. Estão votando resoluções, os “moleques” discutem, e enquanto isso nós morremos, congelamos, passamos fome, nos despedimos dos amigos, nos separamos das pessoas que mais amamos.

O tempo inteiro tento entender essa sacanagem que é a política. Acho que foi ela que provocou a guerra e que é por causa dela que nosso cotidiano é a guerra. A guerra suprimiu o tempo que passa, substituiu-o pelo horror. Hoje o que passa não é o tempo, mas o horror. [...]

Zlata Filipovic´. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. Trad. Antônio de Macedo Soares e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 102.

Acervo PNBE

a) Observe o assunto e a linguagem do trecho. Quais são as semelhanças e quais as diferenças entre esse fragmento e os outros que você leu anteriormente?

b) A expectativa de vir a ser lida por outras pessoas teria alterado de alguma forma a escrita da menina?

ANOTE

Geralmente, o autor de um diário íntimo tem apenas a si mesmo como interlocutor. Essa situação é alterada quando ocorre a publicação do diário em livro. A edição de um diário tende, de algum modo, a alterá-lo com vistas a proteger os interesses das pessoas envolvidas no relato.



O contexto de produção

1. O trecho abaixo é parte das anotações que Zlata fez no dia 6 de outubro de 1991. Antes, portanto, da eclosão da guerra.

Eu assisto o TOP 20 americano na MTV. Impossível lembrar quem está em que posição.

Estou me sentindo superbem porque comi uma pizza Quatro Estações com presunto, queijo, ketchup e champignons. Estava suculenta. [...]

Sei todas as minhas lições e amanhã posso ir à escola com o pé nas costas, sem perigo de tirar nota ruim. [...]

Zlata Filipovic´. O diário de Zlata: a vida de uma menina na guerra. Trad. Antônio de Macedo Soares e Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 21.

Acervo PNBE

a) O que se revela sobre Zlata e seus interesses?

b) Quais são as duas frases contidas no texto inicial deste capítulo que melhor sintetizam as transformações vividas pela menina depois que Sarajevo entrou na guerra?

Fig. 1 (p. 84)

Fabio Cruz/ID/BR



O FIM DA IUGOSLÁVIA

Fig. 2 (p. 84)

Vista da cidade de Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina. Fotografia de 2014.

mura/iStock/Getty Images

MTV


Criada após a Segunda Guerra Mundial, a Iugoslávia era uma federação de repúblicas (Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro e Macedônia) que reunia povos e culturas muito diferentes sob um mesmo poder central.

Em 1991, Eslovênia e Croácia declararam independência.

Em 1992, a Bósnia, dividida em três etnias (sérvios, croatas e bósnios), fez o mesmo. No entanto, nessa república, a minoria sérvia era contra a emancipação. Nesse contexto, radicais sérvios promoveram massacres contra croatas e bósnios, dando início à guerra.

Página 85

2. Em uma obra de ficção, elementos narrativos como tempo e espaço podem ser absolutamente distintos daqueles vividos pelo autor.

a) O diário íntimo também assegura essa possibilidade?

b) Caso Zlata não tivesse vivido uma situação histórica tão dramática quanto a da guerra, o diário dela teria sido publicado?

A linguagem do texto

1. Releia as seguintes construções.

Quase todos os meus amigos partiram.

Essa guerra em Dubrovnik me deixava tão infeliz. Nunca, nem em sonhos, eu teria imaginado que ela também chegaria até aqui.

Fig. 1 (p. 85)

Fabio Cruz/ID/BR

a) Copie em seu caderno os pronomes pessoais e possessivos presentes nesses fragmentos. A que pessoa do discurso se referem?

b) Relacione seu emprego às características do gênero diário íntimo.



2. Que recursos gráficos e de pontuação Zlata utiliza para relatar as situações da guerra e expressar seu espanto? Exemplifique.

ANOTE

Diz-se que um texto é subjetivo quando se percebe nele a opinião do autor, revelada não só nas frases claramente opinativas, mas também na escolha dos fatos relatados, na seleção do vocabulário, no emprego de pronomes, etc.



Diários íntimos são textos muito subjetivos, já que aquele que escreve procura apresentar sua visão pessoal desses fatos e o valor que atribui a eles.

3. Apesar de Zlata ser uma autora muito jovem à época em que escreveu seu diário, é visível no texto o uso de alguns recursos próprios da linguagem literária. Observe a passagem destacada.

As forças da guerra ignoram o amor e a vontade de salvar as coisas. Elas destroem, incendeiam, suprimem.

a) Qual é o recurso utilizado e qual é o impacto que ele cria sobre o leitor?

b) Avalie, agora, este outro trecho.

UMA CARNIFICINA! UM MASSACRE! UM HORROR! UMA ABOMINAÇÃO! SANGUE! GRITOS! CHORO! DESESPERO!

O que essas frases têm em comum e que efeito elas criam?



Tempo para pensar na vida

Nos dias atuais, é comum as pessoas viverem com pressa, voltadas para seus afazeres e obrigações. Sobra pouco tempo para atividades que não tenham utilidade prática ou retorno imediato. Converse com seus colegas e o professor sobre estas questões.



I. Qual é a importância de reservar um tempo do dia para refletir e escrever sobre os acontecimentos, as pessoas, a vida?

II. Diários são coisa de menina? Adultos também escrevem diários?

III. Qual é a importância desses registros ao longo da vida?

Página 86

PRODUÇÃO DE TEXTO

Diário íntimo

AQUecimento

Os registros feitos em um diário íntimo devem, necessariamente, seguir uma sequência cronológica, ainda que se possa intercalar a lembrança de fatos mais antigos ao relato dos acontecimentos do dia.

O trecho a seguir foi extraído de um diário ficcional, O diário de Débora, porém a ordem dos parágrafos foi alterada. Leia com atenção.

8/7 — Domingo à noite

Na volta do clube, os meninos estavam na rua e eu apresentei a Bia a eles. Fiquei morrendo de ciúmes e me arrependi de ter levado a Bia porque todo mundo se deu superbem. Ela e o Felipe não pararam de conversar. Aí eu inventei uma desculpa e subi com ela. Ela disse que achou o Felipe simplesmente maravilhoso, e nessa hora eu não gostei nada, nada. [...]

Hoje de manhã eu fui ao clube com meu pai e a Bia, e foi ótimo. [...] Eu e a Bia nadamos, tomamos sauna...

[...] No sábado, eu fui para a casa do meu pai depois do almoço e fiquei a tarde inteirinha na rua com os meninos. Teve uma hora que eu fiquei só com o Felipe, porque o Alexandre e o Gabriel foram jogar computador na casa de não sei quem. [...] ficamos sentados no meio-fio só conversando. Ficamos assim até umas oito da noite, quando o meu pai pagou o mico de me chamar da janela.

Liliane Prata. O diário de Débora. São Paulo: Marco Zero, 2003. p. 120.



Fig. 1 (p. 86)

Fabiana Salomão/ID/BR

• .Reescreva o texto no caderno, reorganizando-o a fim de construir uma sequência narrativa coerente.

Proposta

Agora escreva um relato como se fosse de um diário íntimo. As imagens a seguir mostram situações corriqueiras na vida de um adolescente. Observe-as e verifique quais delas estão relacionadas ao seu cotidiano.



Fig. 2 (p. 86)

Chris Schmidt/iStock/Getty Images



Fig. 3 (p. 86)

Stock Image/Latinstock



Fig. 4 (p. 86)

Chris Schmidt/iStock/Getty Images



Fig. 5 (p. 86)

Jim Kolaczko/iStock/Getty Images



Página 87

Planejamento e elaboração do texto

1. Primeiramente, use uma folha de rascunho para anotar, em tópicos, tudo o que aconteceu em seu fim de semana. Depois, releia sua lista. Você facilmente perceberá que nem tudo o que fez foi singular ou especial para a sua vida. Selecione para o diário apenas aquilo que considerar relevante.

2. Ao elaborar seu texto, relembre as características principais de um diário e siga estas orientações.

a) Comece pela data e pelo horário; se quiser, anote também o local.

b) Escreva como se estivesse se dirigindo a uma pessoa bem íntima; imagine, por exemplo, que o diário seja seu (sua) melhor amigo(a).

c) Não se preocupe em relatar somente o que acredita ser adequado ou bonito. É próprio do ser humano ter sentimentos contraditórios, agir por impulso, etc. O leitor principal — e na maioria das vezes exclusivo — de um diário é quem o escreve; dessa forma, você pode escrever com franqueza, sem medo de expor-se.

d) Empregue expressões que marcam o tempo, como hoje, ontem, aquela hora, quando cheguei, quando percebi, etc.

e) Por ser um texto subjetivo, cujo principal leitor é quem o escreve, você pode utilizar uma linguagem informal, com abreviações, gírias e expressões cotidianas.



Avaliação e reescrita do texto

1. Preencha a tabela a seguir para fazer uma autoavaliação.




Sim

Não

O diário apresenta a data e o horário em que o texto foi escrito?







O texto foi escrito na primeira pessoa?







Há marcadores de tempo?







Além do relato de fatos, há a expressão de opiniões e sentimentos?







ID/BR

2. Reescreva o que for necessário. Se quiser, mostre sua página de diário a um colega ou ao professor.

Dicas para ilustrar seu diário íntimo

• O diário apresenta marcas de seu autor. Insira na sua folha alguma imagem (fotografia, recorte, ilustração) relacionada ao assunto abordado.

• Além disso, você pode colar papéis e pequenos objetos relacionados a esse fim de semana, como um ingresso de cinema ou de um jogo de futebol; alguma matéria que você leu em jornal, revista ou na internet; a embalagem de um bombom; o palito de um picolé; etc.

• Use canetas coloridas para destacar alguma ideia ou fato.



Fig. 1 (p. 87)

Fabiana Salomão/ID/BR



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REFLEXÃO LINGUÍSTICA

Predicativo do objeto

1. Leia o trecho a seguir, de um dos relatos presentes em O diário de Zlata.

Quarta-feira, 6 de janeiro de 1993

Dear Mimmy,

Está horrivelmente frio. O inverno se instalou na cidade para valer. Eu, que gostava tanto do inverno e esperava impacientemente que ele chegasse, agora o considero um hóspede indesejável em Sarajevo. [...]

Zlata Filipovic´. O diário de Zlata. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

a) Sarajevo, cidade onde vive Zlata, tem inverno intenso, sendo o mês mais frio janeiro, com temperatura média de –10 °C. Considerando essa informação, qual fato você supõe ter provocado em Zlata a mudança de sentimento em relação a essa estação do ano?

b) Transcreva a oração do relato de Zlata que revela o sentimento de inconveniência em relação ao frio.

c) Qual a expressão presente nessa oração explicita o sentimento de Zlata sobre o frio?

“agora o considero um hóspede indesejável em Sarajevo.”
agora: adjunto adverbial de tempo
o: objeto direto
considero: verbo transitivo direto
um hóspede indesejável: termo que exprime característica do objeto direto
em Sarajevo.: adjunto adverbial de lugar

Observe que na oração “agora o considero um hóspede indesejável em Sarajevo”, o termo o (pronome oblíquo que indica 3ª pessoa do singular, nesse caso, ele) é objeto direto do verbo considero, e o termo hóspede indesejável exprime uma característica desse objeto direto.

Os termos que exprimem estado ou característica do sujeito são chamados de predicativos do sujeito. Quando um estado ou uma característica são atribuídos ao objeto direto ou indireto, dizemos que se trata de um predicativo do objeto. Assim, “um hóspede indesejável” é predicativo do objeto “o”.

O predicativo do objeto é utilizado para indicar uma consideração, um julgamento ou uma opinião. Dessa maneira, é comum o predicativo do objeto acompanhar verbos como julgar, considerar, achar, supor, crer ou acreditar. Geralmente, o predicativo do objeto é composto de adjetivo, locução adjetiva ou substantivo.

Eu acho você inteligente.
você: objeto direto
inteligente: predicativo do objeto

ANOTE

Enquanto predicativo do sujeito é o termo que atribui característica ou estado ao sujeito, predicativo do objeto é o termo que atribui característica ou estado ao objeto direto ou indireto.



Relacionando

Ao expressar sentimentos e opiniões em diários, é comum o uso de predicativos do objeto acompanhando verbos como achar, acreditar, considerar, crer. Veja um exemplo de um diário escrito pela judia Inge Pollak em meio à Segunda Guerra Mundial. No trecho, a garota apresenta um diálogo entre sua irmã e um inglês que ajudou as duas jovens: “Lincelotte: ‘Não podíamos ir aos parques, nem aos teatros e cinemas, nem usar transporte público. Na rua, qualquer um podia fazer o que quisesse conosco, os homens eram encarcerados, éramos expulsos de nossos lares...’. Sr. R.: ‘Ah, entendo’. Ele achou aquilo impossível de compreender, mas pareceu triste e aparentou ter compaixão de nós.”

Zlata Filipovic´; Melanie Challenger (Org.). Vozes roubadas: diários de guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 119.

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REFLEXÃO LINGUÍSTICA Na prática



Responda sempre no caderno.

1. Leia este trecho de uma notícia.

Alunos fazem Enem apenas como teste no Pará

Alunos do primeiro ano do ensino médio inscreveram-se no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para treinar conhecimentos e para conhecer melhor o estilo da prova, que é requisito para a entrada em diversas universidades brasileiras, inclusive a Universidade Federal do Pará (UPFA) – que este ano adotou o exame como prova única.

Por volta das 16h, alunos que faziam a prova do Enem neste domingo na Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, começaram a deixar as salas de aula. Muitos alunos acharam a prova cansativa, pelo fato de haver muito texto de contextualização das questões. A partir das 17h alunos começaram a sair portando o caderno de provas, conforme previsto no edital do exame. [...]

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