Português 8º ano



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. Acesso em: 18 mar. 2015.

a) Pelas perguntas e respostas lidas, qual pode ter sido o tema geral do debate?

b) Você se recorda de outro debate no qual as pessoas trocavam ideias sobre um tema e precisavam defender seus pontos de vista? Relate essa situação.



Produção de texto: debate regrado

O que você vai fazer

Você e os colegas vão realizar um debate regrado na classe.



Debate regrado, ou simplesmente debate, é um gênero em que duas ou mais pessoas expressam seu ponto de vista sobre um tema, cada qual procurando convencer o interlocutor e a plateia da validade de sua posição por meio de argumentos.

A interação entre os debatedores é organizada pelo mediador, que controla o momento da intervenção de cada um e a duração das falas, de acordo com critérios predeterminados.



Seleção do tema

Escolham por votação o tema. Sugestões:

a) Algumas escolas proíbem a venda de refrigerantes, balas e chicletes na cantina. Você é a favor dessa medida?

b) A forma como os alunos se vestem e a sua aparência geram algum tipo de discriminação entre os alunos da sala?

c) Existem brincadeiras, atividades e esportes que são exclusivos das meninas e outros que são só de meninos?

Fig. 1 (p. 234)

Marcos Guilherme/ID/BR



Página 235

Funcionamento do debate

1. Para realizar o debate, a classe deve ser dividida em grupos. Cada grupo vai se responsabilizar por um aspecto diferente do debate.

Mediador — o mediador deve gerenciar o debate, garantindo que ele se realize de forma adequada. São tarefas dele: apresentar o tema do debate e os debatedores para a plateia; estipular o tempo de fala de cada participante e que ele seja cumprido; encerrar o debate fazendo um resumo das ideias levantadas.

Debatedores a favor — grupo que apresentará oralmente argumentos favoráveis à questão proposta.

Grupo de apoio dos debatedores a favor — esse grupo vai acompanhar o debate, realizar anotações, preparar argumentos para os debatedores de seu grupo.

Debatedores contra — grupo que apresentará oralmente argumentos contrários à questão proposta.

Grupo de apoio dos debatedores contra — esse grupo vai acompanhar o debate, realizar anotações, preparar argumentos para os debatedores de seu grupo.

Auditório — a plateia deve avaliar o desempenho dos debatedores, a elaboração dos argumentos e estratégias utilizadas e preparar questões para os grupos.

2. O debate pode ser dividido em blocos. No primeiro, cada um dos grupos terá um tempo (entre três e seis minutos) para expor sua posição sobre o tema. No segundo, os grupos preparam perguntas para os outros; cada debatedor terá três minutos para resposta. No terceiro, a plateia pode fazer perguntas para os grupos. E, no último, os grupos podem fazer as considerações finais.

Preparação dos argumentos

1. Converse com o grupo para definir sua opinião sobre o tema. Pesquise com os colegas sobre o assunto para conseguir argumentos. Anote no caderno:

• exemplos que demonstram que sua opinião é válida;

• opiniões de profissionais (professores, diretores, psicólogos, etc.).

2. Coloque-se no lugar de um colega que pensa diferente de você. Suponha o que ele lhe diria e planeje como vai contestar as razões que serão apresentadas por ele.

3. Tenha em mãos uma ficha com seus argumentos para não se esquecer de nenhum dado. Você pode contar também com as observações feitas pelo grupo de apoio.

Atitude

1. Respeite as opiniões diferentes das suas. Evite falar alto ou com agressividade e manifeste-se apenas quando o mediador lhe passar a palavra.

2. A plateia deve manter-se atenta aos argumentos dos grupos para poder elaborar questões pertinentes e ter uma avaliação adequada dos participantes.

Fig. 1 (p. 235)

Marcos Guilherme/ID/BR

DEBATE

Avaliação

Avalie o debate com os colegas e o professor.

• Quais foram os argumentos mais convincentes?

• O mediador conseguiu coordenar o debate de modo que cada participante falasse na sua vez, havendo um clima de respeito entre os grupos?

• A plateia ficou atenta ao debate e fez perguntas pertinentes no final?

Página 236

CAPÍTULO 8 - Carta do leitor e debate

CONVERSE COM OS COLEGAS

1. A fotografia ao lado mostra uma assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) ocorrida em Nova York, em 2015. A ONU organiza debates sobre diversos assuntos relevantes para a população mundial, realizados entre pessoas de diversos países do globo.

Fig. 1 (p. 236)

Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre prevenção de crimes. Nova York, EUA, 2015.

Devra Berkowitz/UN Photo

a) Descreva o que se vê nessa fotografia.

b) Por que as pessoas vão a um encontro como esse?

c) Qual a relação entre a forma como as pessoas estão dispostas no espaço e o objetivo do encontro?



2. O tema desse encontro foi: “Integrando prevenção de crimes e justiça criminal no pós-2015”.

a) Em sua opinião, há algo que pode ser feito por representantes de diversos países para ajudar na prevenção de crimes? Se sim, o quê?

b) Por definição, uma assembleia é uma reunião, um encontro de pessoas para debater e votar ideias. Quais são os temas mais discutidos nesse tipo de encontro?

c) De que forma as ideias discutidas na assembleia podem ser divulgadas entre as pessoas?



3. Em que situações, no dia a dia, você tem a oportunidade de expressar seus pontos de vista e de defendê-los?

Neste capítulo, você vai conhecer dois gêneros que têm fundamentalmente o objetivo de promover a troca de ideias e a expressão de opiniões: a carta do leitor e o debate.



Página 237

O que você vai aprender

• Características principais da carta do leitor e do debate


• A contra-argumentação
• Orações coordenadas assindéticas e sindéticas
• Usos do hífen

Página 238

LEITURA 1

Carta do leitor

O que você vai ler

A reportagem a seguir foi publicada depois da reação inesperada do brasileiro Daniel Alves, jogador do Barcelona, Espanha, ao ser atingido por uma banana atirada contra ele por um torcedor do time adversário durante um dos jogos do campeonato espanhol de 2014. O ato racista e, principalmente, a reação do lateral-direito geraram muitas discussões e polêmica na mídia.

Na sequência, você vai ler mais um texto: a reprodução de uma carta de leitor, publicada na edição seguinte da mesma revista, comentando o assunto da reportagem.

• .Você acredita que é importante os jornais e as revistas terem um canal aberto que permita aos leitores manifestarem sua opinião sobre os temas veiculados? Por quê?



Eles ficaram só com a casca

Ao reagir com fina ironia à provocação, o craque brasileiro venceu racistas que teimam em exibir seu primitivismo nos estádios de futebol de todo o mundo

No imaginário Livro das Espécies, que, teimosamente, repousa na estante da história do futebol, os brasileiros figuram como macacos no mínimo há mais de noventa anos. Em 1920, ao disputarem o campeonato sul-americano no Chile, os integrantes da equipe nacional foram chamados de “macaquitos” por um jornal argentino. […] No domingo 27 [abril de 2014], o tal Livro das Espécies ganhou, infelizmente, uma nova edição – mas, pelo menos, revista e atualizada. E, com isso, uma versão 2014 do “todos somos macaquitos”.

Eram trinta minutos do segundo tempo do jogo Villarreal versus Barcelona quando o brasileiro Daniel Alves, titular da equipe azul e grená, se encaminhou para bater um escanteio. Uma banana, então, foi atirada em sua direção. O lateral – um baiano de 30 anos, pardo, como se diz nos censos, e de olhos verdes – reagiu de forma inesperada para o público e certamente também para o agressor: pegou a fruta, descascou-a e a pôs na boca.

Aquele era o oitavo caso de racismo nos gramados espanhóis somente na atual temporada. Teria sido alvo de tímidos protestos não fosse a reação irreverente do jogador brasileiro – e a entrada em cena do craque Neymar, seu companheiro de Barcelona e de seleção brasileira.



Fig. 1 (p. 238)

Daniel Alves pegando a banana que jogaram no campo quando ele ia cobrar um escanteio no jogo entre Barcelona e Villarreal. Fotografia de 2014.

Reprodução/ESPN

Página 239

Na noite do próprio domingo, o atacante postou três imagens em sua conta no Instagram. Na última delas, aparecia empunhando uma banana ao lado de seu filho, Davi Lucca – que, por sua vez, segurava uma providencial banana de pelúcia. Na legenda, o ex-santista escreveu a hashtag #somostodosmacacos em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e catalão. Até a última quinta-feira, essa postagem havia recebido quase 580000 curtidas, enquanto uma legião de celebridades – dos esportes, das artes, da política etc. – repetia o gesto em apoio a Daniel Alves.

O que se soube depois é que a reação de Daniel contra a atitude racista do torcedor do Villarreal começou a nascer há um mês em conversas com Neymar. As insistentes agressões de teor racial fizeram acender uma luz vermelha entre os membros do estafe do atacante. […] Preocupados com provocações racistas ocorridas no campeonato espanhol, o pai do atacante e Eduardo Musa, um de seus assessores mais próximos, procuraram a agência de publicidade Loducca, de São Paulo. “Eles me disseram que Neymar não poderia ficar quieto”, conta Guga Ketzer, vice-presidente de criação e sócio da Loducca, que bolou a hashtag usada pelo jogador. “Foi uma ação pro bono”, garante Ketzer.

A notícia de que a foto de Neymar com o filho e também a avassaladora hashtag haviam sido resultado do empenho de publicitários pôs em xeque toda a reação antirracista, a começar pela atitude de Daniel Alves. O lateral negou qualquer relação entre sua resposta no estádio e a “ação” do ex-camisa 10 do Santos. […] “Ainda que Neymar e Daniel Alves tenham articulado a reação, a iniciativa foi bastante inteligente, Daniel engoliu os racistas. Não importa se ele programou ou não a ação. O torcedor que levou a banana ao estádio também programou essa atitude”, argumenta o antropólogo Roberto DaMatta. “Os jogadores negros, na imensa maioria das vezes, ganham mais do que seus detratores. Isso perturba os racistas.” Para o filósofo Luiz Felipe Pondé, “muita gente pegou carona e só quis parecer bonitinho na foto, mas a origem da campanha de Neymar é inteligente. Pegar uma banana e dizer que #somostodosmacacos é muito mais criativo do que abrir um processo”. [...]

Para além da estratégia de ação, a iniciativa de Neymar, bem mais do que o gesto de Daniel Alves, não encontrou unanimidade entre especialistas da causa negra. Para a historiadora Renísia Cristina Garcia Filice, de Brasília, “Daniel respondeu de forma madura às provocações; já Neymar, ao afirmar que somos todos macacos, referendou o mito da democracia racial. E ao lidar com essa situação fazendo brincadeira amenizou sua gravidade”. [...] Assustado com a extraordinária repercussão do caso Daniel Alves, o Villarreal rapidamente localizou o torcedor e o puniu, proibindo-o, para sempre, de entrar em seu estádio. A polícia espanhola prendeu o criminoso (por algumas horas) e revelou seu nome e seu rosto. David Campayo Lleo, de 26 anos, era instrutor das categorias de base do clube.

Fig. 1 (p. 239)

Daniel Alves no jogo entre Barcelona e Villarreal. Fotografia de 2014.

Heino Kalis/Reuters

Página 240

A ideia de que, mais do que em outros esportes, o futebol desperta emoções primitivas – capazes de levar os torcedores a infringir os códigos de civilidade – é recorrente entre estudiosos. “O movimento de chutar é um ato de agressão, por mais terna e flexível que seja a maneira com que o bom jogador saiba ‘cuidar’ da bola”, observa o ensaísta Anatol Rosenfeld (1912-1973) em Negro, Macumba e Futebol. “O futebol é a nossa versão moderna dos gladiadores de Roma”, analisa Luiz Felipe Pondé. “O problema não é o esporte, são as pessoas. Você continua encontrando hoje resquícios da base cultural e política que alimentou a escravidão; são as mesmas questões raciais que estão presentes na sociedade moderna”, afirma o sociólogo Harry Edwards, professor emérito da Universidade da Califórnia em Berkeley. [...]

Com seu gesto, Daniel Alves – nascido em Juazeiro, onde os negros, com seus cinquenta tons de negritude, têm uma inabalável autoestima – não contribuiu apenas para a própria causa, mas para a de todos nós, humanos, demasiado humanos.

Rinaldo Gama. Revista Veja, São Paulo, Abril, p. 84-91, 7 maio 2014.



Carta do leitor

Racismo

Parabéns pela reportagem “Eles ficaram só com a casca” (7 de maio). Sou espanhol, moro no Brasil e tenho vergonha do que aconteceu no estádio Villarreal e de outras ações racistas em meu país. Achei muito boa a reação de Daniel Alves e apoio seu movimento. Na reportagem […], acho que faltou destacar os vários apoios na Espanha ao jogador do Barcelona. Artistas, jornalistas... todos eles comendo banana no dia seguinte ao acontecimento e falando da estupidez de alguns torcedores. Infelizmente, na Espanha há ignorantes racistas – como em outros países, incluindo o Brasil. Temos muito a melhorar, mas não acho que a sociedade espanhola seja racista nem preconceituosa.

Diego Ballesteros González por e-mail

Revista Veja, São Paulo, Abril, p. 34, 14 maio 2014.



GLOSSÁRIO
Democracia racial: conceito inicialmente apresentado pelo sociólogo Gilberto Freyre, em obra de 1933, para afirmar que, no Brasil, não existia discriminação racial.
Detrator: difamador.
Emérito: experiente; prestigiado.
Estafe: conjunto de pessoas que auxiliam alguém; equipe.
Gladiador: homem que combatia na arena com outros homens e/ou com animais ferozes.
Grená: da cor vermelho-escura.
Pro bono: forma diminutiva da expressão latina pro bono publico, que significa “para o bem público”, ação feita voluntariamente.
Providencial: oportuno, apropriado.
Referendar: apoiar.

Fig. 1 (p. 240)

Capa da revista onde foi publicada a reportagem lida. Fotografia de 2014.

Abril/Arquivo da editora

VEJA


Página 241

Estudo do texto

Para entender o texto

1. De acordo com a reportagem, o racismo contra jogadores brasileiros não é uma novidade no futebol. Responda.

a) No primeiro parágrafo do texto, é citado um episódio de racismo na história do futebol brasileiro. Qual foi essa situação de racismo?

b) Qual é a relação desse episódio com o que ocorreu com Daniel Alves no campeonato espanhol de 2014?

c) O que fez com que o caso do lateral-direito Daniel Alves se destacasse e se configurasse de forma diferente dos demais casos de racismo contra jogadores brasileiros?



2. A reportagem afirma que a reação de Daniel Alves não foi espontânea, mas resultado de conversas com Neymar, cujo estafe já preparava uma campanha contra o racismo, o que colocou em questão a reação de Alves.

a) Que argumento o antropólogo Roberto DaMatta usa para mostrar que essa informação e irrelevante?

b) Em sua opinião, a reação de Daniel Alves ter sido fruto de uma preparação anterior tira sua forca? Justifique.

3. A campanha iniciada pelo jogador de futebol Neymar pela hashtag #somostodosmacacos foi um sucesso, mas também foi alvo de criticas.

a) Como o texto deixa explicito ao leitor que a campanha foi um sucesso?

b) Uma das criticas veio da historiadora Renisia Cristina Filice. Qual e a opinião dela a respeito do episodio e com que argumento ela o fundamenta?

4. O leitor Diego Ballesteros Gonzalez, um espanhol que vive no Brasil, enviou uma carta a revista após a publicação da reportagem.

a) O que pode ter motivado esse leitor a expressar sua opinião publicamente, enviando uma carta a revista?

b) Qual parece ser o sentimento do leitor ao escrever?

ANOTE

Vários motivos podem levar o leitor de uma publicação a querer manifestar-se por meio de carta: comentar uma notícia, criticar ou elogiar uma reportagem ou uma entrevista, rebater as opiniões expressas na carta de outro leitor, corrigir uma informação errada que tenha sido publicada, contar uma experiência pessoal relacionada a um assunto noticiado, etc.

Em geral, ao escrever para um jornal ou para uma revista, o leitor procura expressar sua visão sobre um assunto abordado na publicação, apresentando argumentos que justifiquem e façam valer sua posição. A carta do leitor é, portanto, predominantemente um texto argumentativo.

HASHTAG E INSTAGRAM

Hashtag e Instagram pertencem ao mundo virtual.

Tags são palavras-chave ou termos associados a uma informação, tópico ou discussão que uma pessoa quer indexar de forma explicita em redes sociais. Hashtags são compostas pela palavra-chave ou assunto precedido pelo símbolo #. As hashtags viram hiperlinks dentro da rede, propiciando que o usuário possa acessá-la para encontrar seu conteúdo, por exemplo. Devido ao amplo uso, a palavra foi incorporada ao Dicionário Oxford de Língua Inglesa, em junho de 2014.

O Instagram, por sua vez, e uma rede social de compartilhamento on-line de fotografias e vídeos.



Página 242

A argumentação e a contra-argumentação

1. Releia este trecho.

A ideia de que, mais do que em outros esportes, o futebol desperta emoções primitivas – capazes de levar os torcedores a infringir os códigos de civilidade – é recorrente entre estudiosos.

Agora, copie o quadro no caderno e complete-o com os argumentos de autoridade mencionados na reportagem.


Estudioso

Argumento

Anatol Rosenfeld




Luiz Felipe Ponde




ID/BR

ANOTE

Existem alguns recursos de argumentação usados para convencer o interlocutor de um texto. Veja alguns deles: argumento de autoridade (citação de autores renomados ou que dominam o tema); argumento baseado no consenso (ideias aceitas como inquestionáveis); argumentos com base em provas concretas (dados históricos, cifras e estatísticas); argumento fundamentado em raciocínio lógico (relações de causa e consequência); argumento da competência linguística (vocabulário adequado à situação).



2. Há um estudioso apresentado no texto que não concorda que a modalidade esportiva gera reações primitivas. Identifique esse estudioso e copie o contra-argumento que ele usa para justificar sua posição.

ANOTE

Em uma situação de argumentação, podem-se refutar argumentos apresentados primeiramente. Para mostrar argumentos que defendam o ponto de vista contrário ao que foi apresentado, usa-se o contra-argumento. Esse deve retomar algum trecho do discurso do oponente, para que fique claro qual ponto será combatido, por exemplo, atribuindo ao discurso do oponente um sentido que o desqualifique ou o diminua diante dos leitores.



3. Depois de ler os argumentos das atividades acima, elabore um argumento que defenda seu ponto de vista: a modalidade esportiva desperta emoções primitivas em seus praticantes e apreciadores?

4. Agora elabore um contra-argumento que defenda um ponto de vista contrário ao que apresentou na atividade 3. Lembre-se de que deve ficar explícita sua discordância em relação ao discurso anterior.

O contexto de produção

1. A campanha de Neymar em seu Instagram com a hashtag #somostodosmacacos teve grande e imediata repercussão. O fato de ela ter sido lançada em rede social da internet ajudou para que isso ocorresse? Explique.

2. A carta do leitor, por sua vez, tem um alcance de público mais limitado. Por que, provavelmente, o leitor preferiu escrever uma carta à revista em vez de manifestar-se em alguma rede social?

3. O leitor em sua carta, embora parabenize a reportagem, faz uma crítica. Qual é essa crítica?

Página 243

4. Releia este trecho do texto.

Com seu gesto, Daniel Alves […] não contribuiu apenas para a própria causa, mas para a de todos nós, humanos, demasiado humanos.

Na obra Humano, demasiado humano, Nietzsche afirma: “As convicções são inimigas da verdade, mais perigosas que a mentira”. Estabeleça uma relação entre essa frase e o ocorrido com Daniel Alves.

HUMANOS, DEMASIADO HUMANOS

Fig. 1 (p. 243)

Friedrich Nietzsche, 1887.

Everett Historical/Shutterstock.com/ID/BR

A frase com que o autor da reportagem fecha seu texto faz referência à obra Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, publicado em 1878. Trata-se de uma obra feita de aforismos — frases concisas que trazem um princípio moral. O autor, nessa sua primeira obra, alerta sobre o fato de que o homem do futuro seria aquele com um espírito livre, ou seja, que pense diferente daquilo que se espera dele, questionando tudo o que é considerado verdade absoluta. Assim, para o autor, o homem precisa descobrir-se como humano, demasiado humano.



A linguagem do texto

1. As cartas de leitor, ao chegar a revistas e jornais, são revisadas e resumidas em virtude do pouco espaço. A carta do leitor Diego traz um título e se inicia citando a reportagem sobre a qual vai falar.

a) Por que foi colocado um título na carta? Todas as cartas do espaço destinado ao leitor têm títulos?

b) Por que é importante constar referência à reportagem? Explique.

2. Por que neste trecho foi usada a primeira pessoa do plural?

[...] Temos muito a melhorar, mas não acho que a sociedade espanhola seja racista nem preconceituosa.



3. Releia.

[...] Infelizmente, na Espanha há ignorantes racistas – como em outros países, incluindo o Brasil.

Esse trecho poderia ter sido escrito dessa maneira: “Infelizmente, na Espanha e no Brasil ha ignorantes racistas”. Qual das duas formas é mais eficiente para a estratégia argumentativa?

4. Releia este trecho da carta.

[...] Artistas, jornalistas… todos eles comendo banana no dia seguinte ao acontecimento e falando da estupidez de alguns torcedores.

Os pronomes indefinidos destacados apresentam uma oposição. Qual é a intenção do autor ao empregá-los no texto?

ANOTE

A linguagem de um texto argumentativo está ligada aos objetivos do texto e pode servir para o autor valorizar seu discurso e desqualificar o discurso do oponente, para emocionar ou conquistar a simpatia do leitor, etc.



Não ao racismo!

Discuta com os colegas e o professor as seguintes questões:



I. Como a escola pode ajudar na luta contra o racismo?

II. Como incentivar sua comunidade a ter uma convivência de respeito à diversidade?

Página 244

PRODUÇÃO DE TEXTO

Carta do leitor

AQUecimento

Bullying é o nome que se dá a atitudes agressivas, intencionais e repetidas, adotadas por um ou por mais estudantes em relação a um colega.

Suponha a seguinte situação: uma instituição de ensino, em sua semana de conscientização a respeito do bullying, pediu aos alunos que respondessem se as escolas devem proibi-los de dar apelidos aos colegas. Leia a resposta de um dos alunos.

˝Dar apelidos aos colegas é brincadeira. Por que proibir uma brincadeira em que várias pessoas estão se divertindo?˝

•.Você saberia enumerar pelo menos dois contra-argumentos para rebater o argumento acima? Conte um caso em que o apelido dado não era brincadeira, e sim revelava preconceito; questione o que o aluno entende por brincadeira e diversão.



Fig. 1 (p. 244)

Elena Elisseeva/Dreamstime.com/ID/BR



Proposta

Você e os colegas vão escolher uma notícia ou uma reportagem, publicada recentemente em algum jornal, revista ou em sites da internet. Vocês podem escolher uma notícia/reportagem que tenha um assunto de seu interesse, desde que seja um tema considerado polêmico.

Em seguida, escreva uma carta para o veículo no qual a notícia/reportagem foi publicada manifestando sua opinião sobre o tema abordado.

Fig. 2 (p. 244)

Kues/Shutterstock.com/ID/BR



Fig. 3 (p. 244)

Dmytro Vietrov/Shutterstock.com/ID/BR



Fig. 4 (p. 244)

Orange Line Media/Shutterstock.com/ID/BR



Planejamento e elaboração do texto

1. A notícia aborda um assunto muito polêmico. Portanto, para começar, defina sua opinião sobre o assunto tratado.

2. Releia a notícia, observando o ponto de vista dos entrevistados.

Página 245

3. Planeje seu texto.

a) Que argumentos você usará para defender sua opinião? Em que ordem eles serão apresentados para que se tornem mais convincentes?

b) Faça uma pesquisa sobre o assunto em outros jornais e revistas, a fim de levantar informações que enriqueçam seus argumentos, como dados estatísticos e exemplos de situações que comprovem sua opinião.

c) Contra qual(is) opinião(ões) apresentada(s) na notícia você argumentará?



4. Ao escrever, tenha em mente que, quando refuta um argumento, você não se dirige somente à pessoa que o formulou, mas a todos os leitores do jornal, pois eles podem ler sua carta se ela for publicada no veículo.

5. Preste atenção a estes aspectos.

a) Deixe claro o ponto de vista que vai defender.

b) Apresente contra-argumentos para combater as opiniões contrárias às suas.

c) Exponha novos argumentos a favor de seu ponto de vista.



6. Copie o quadro a seguir no caderno e complete-o. Ele pode ajudá-lo a organizar sua argumentação.

Opinião do entrevistado a ser contestada




Argumento do entrevistado




Sua opinião/contra-argumento




Argumentos a favor de seu ponto de vista




ID/BR

Lembre-se de utilizar uma linguagem adequada ao tipo de veículo em que a notícia/reportagem foi publicada e ao perfil dos leitores da publicação.



Avaliação e reescrita do texto

1. Troque seu texto com o de um colega e avalie-o, preenchendo o quadro a seguir. Acrescente as observações que julgar pertinentes.




Sim

Não

A carta expressa a opinião do autor sobre o tema?







Há argumentos que justificam e fundamentam a opinião do autor da carta?







A linguagem empregada é adequada ao leitor e ao veículo?







ID/BR

2. Leia as observações do colega sobre sua produção e reelabore o que for necessário.

3. Com os colegas e o professor, em um dia combinado, confiram o modo como vocês enviarão as cartas. Leia na própria seção “Carta do leitor” do veículo o modo como eles recebem as cartas. Geralmente, há dois modos: por e-mail e pelo correio. O meio mais usado atualmente é o e-mail. Porém, muitos veículos ainda disponibilizam o endereço físico ou a caixa postal para que os leitores enviem suas cartas pelo correio.

Se vocês tiverem algum dificuldade, peçam ajuda ao professor ou aos pais para postarem as cartas.



Fig. 1 (p. 245)

Marcos Guilherme/ID/BR



4. Pode ser que nem todas as cartas sejam publicadas, pois o espaço é limitado. Mas, depois de as enviarem, é só aguardar as próximas edições do veículo para ver se sua carta foi publicada.

Página 246

REFLEXÃO LINGUÍSTICA

Orações coordenadas assindéticas e sindéticas aditivas, adversativas e alternativas

1. Releia este trecho da reportagem.

[...] No domingo 27 [abril de 2014], o tal Livro das Espécies ganhou, infelizmente, uma nova edição – mas, pelo menos, revista e atualizada. E, com isso, uma versão 2014 do “todos somos macaquitos”.

Eram trinta minutos do segundo tempo do jogo Villarreal versus Barcelona quando o brasileiro Daniel Alves, titular da equipe azul e grená, se encaminhou para bater um escanteio. Uma banana, então, foi atirada em sua direção. O lateral – um baiano de 30 anos, pardo, como se diz nos censos, e de olhos verdes – reagiu de forma inesperada para o público e certamente também para o agressor: pegou a fruta, descascou-a e a pôs na boca.

Aquele era o oitavo caso de racismo nos gramados espanhóis somente na atual temporada. Teria sido alvo de tímidos protestos não fosse a reação irreverente do jogador brasileiro – e a entrada em cena do craque Neymar, seu companheiro de Barcelona e de seleção brasileira.

a) Como o jornalista apresenta o caso de racismo sofrido por Alves?

b) Qual é a função do termo mas, em destaque no 1º parágrafo, e que ideia ele expressa nesse contexto?



2. Em sua apresentação, o jornalista informa que o jogador agiu de forma inesperada: “pegou a fruta, descascou-a e a pôs na boca”.

a) Nesse período, aparecem três verbos, portanto ele tem três orações. Como se conectam as orações dos verbos pegar e descascar?

b) Como se unem as orações dos verbos descascar e pôr?

Percebemos, nesse caso, que as orações podem ser unidas de duas formas: com conectivos ou sem conectivos. Observe este outro texto.

Tem atitude mais grosseira que atirar lata ou outros dejetos pela janela do carro? O castigo para essa gafe é garantido: os resíduos despejados na rua são arrastados pela chuva, entopem bueiros, chegam aos rios e represas, causam enchentes e prejudicam a qualidade da água que consumimos.

Manual de etiqueta do planeta sustentável. Disponível em:


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