Português 8º ano



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. Acesso em: 24 mar. 2015.

Fig. 2 (p. 249)

Marcos Guilherme/ID/BR

a) Que características o eu lírico atribui a si mesmo nessas estrofes?

b) Quais são as características da pessoa com quem ele fala?

c) Que tipo de conjunção predomina nesse poema? Dê exemplos que justifique sua resposta.

d) Que tipo de oração essas conjunções introduzem? Qual é a função, no poema, dessas orações?



ANOTE

A repetição intencional das conjunções tem um caráter intensificador no discurso em que é aplicada. Essa repetição atua no nível da semântica do texto (sentido), que se torna mais expressivo e desperta a atenção do leitor.



Página 250

LEITURA 2

Debate

O que você vai ler

Hoje em dia, há no Brasil mais domicílios com aparelhos de TV do que com aparelhos de rádio. Mesmo assim, o rádio ainda é um meio de comunicação extremamente popular. O texto que você vai ler a seguir é a transcrição de um trecho de um programa veiculado pela Rádio USP (FM 93,7 MHz), uma emissora de rádio ligada à Universidade de São Paulo. Trata-se de um programa de debates, em que o apresentador e mediador Milton Parron convida especialistas para conversar sobre temas variados. No programa transcrito, o tema em debate é o Carnaval.

• .Procure recordar se você já ouviu algum debate pelo rádio. Se sim, tente lembrar qual era a rádio e qual foi o tema debatido.

• .Caso você já tenha participado de algum debate, relate para a turma como foi.



Programa USP Debate

Milton: Rede USP de Rádio apresenta: USP Debate. Muito bom dia, senhoras e senhores. E o assunto de hoje será o Carnaval. [...] certamente, né?, o assunto só poderia ser Carnaval, porque o Carnaval hoje é um dos maiores espetáculos da Terra. Contagia toda a nação e atrai turistas do mundo inteiro. E nós, aqui, aprimoramos, adequamos aos nossos costumes, porque o Carnaval não é propriamente uma invenção nossa. Suas origens estão na Europa, em Veneza, na Itália. Outros dizem que tá no Egito. No Brasil, ele chegou por volta do século XVII. Nessa época, o Carnaval ocorre na forma de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Os personagens eram a Colombina, o Pierrô, o Arlequim e o rei Momo. Todos eles incorporados definitivamente ao Carnaval brasileiro. E também no ritmo, como valsas e minuetos. O que o diferenciava dos bailes comuns eram as fantasias. Bem, nem vou continuar aqui com a abertura porque já estão discordando do que eu estou dizendo aqui às minhas convidadas. Então quero apresentá-las: Olga Rodrigues de Moraes von Simson, que é professora e coordenadora do Centro de Memória da Unicamp [...]. Bom dia, como vai a senhora?

Olga: Bem, obrigada.

Milton: A senhora vai ter a oportunidade agora de colocar tudo o que a senhora discordou. Professora Dilma de Melo e Silva, da Escola de Comunicação e Artes da USP [...]. Bom, vamos começar por tudo aquilo que a senhora discordou, professora Olga?

Fig. 1 (p. 250)

Carnaval em Veneza, Itália.



Andrea Merola/ANSA/epa/Corbis/Latinstock

Página 251

Olga: Bom dia a todos, é um prazer muito grande estar aqui. [...] eu comecei a discordar, aqui, porque essa transformação que ele narrou... ahn... do século XVII, na verdade aconteceu no século XIX. Até meados do século XIX, o Carnaval era o Carnaval aldeão português, o entrudo, ahn, quando havia aquilo que hoje a gente conhece por “mela-mela”, que era jogar água perfumada, farinha, pó preto e uma brincadeira que se fazia entre as famílias, dos sobrados para a rua, ou então na rua, mas na qual sempre o senhor... ahn... tinha primazia, podia atirar a laranja, a farinha... ahn... naqueles que estavam abaixo de si na escala social, e os escravos, na verdade, não tinham direito de revidar. [...] Na verdade, a transformação com a europeização do Carnaval, com a influência do Carnaval veneziano e francês, vai acontecer depois de 1850, então é muito mais recente. Mas as raízes mais antigas do Carnaval, pelas pesquisas que os folcloristas franceses fizeram, estão no norte da Al..., da Europa, quando a população, ainda antes da invasão romana, se escondia nas grutas e nas cavernas para passar o longo inverno, e o urso era o que dava, na verdade, a informação de que o inverno tava terminando, que a primavera ia chegar. Então eles iam observar, na primeira lua cheia de fevereiro, se o urso tinha saído da hibernação. Se ele tinha saído da hibernação, era necessário uma... comer toda a carne e toda a gordura que eles tinham guardado pro longo inverno, porque a gordura e a carne apodreceriam. Então era uma grande festa de consumo de carne e de regozijo e de homenagem à deusa da fertilidade [...].

Milton: [...] a professora Dilma, ela tem, não exatamente ela, mas um de seus alunos [...], ele fez um trabalho sobre a importância do processo desse trabalho dos barracões, é... é um momento oportuno para falar sobre isso, porque a cidade do Carnaval no Rio parece que vai acabar com os barracões, né?

Dilma: É [...], bom dia a todos e a todas [...] mas, então, a questão é o meu aluno Carlos Manuel Ribeiro, um aluno meu que fez um mestrado muito interessante [...]. E lá na... na sua permanência no Rio, ele teve oportunidade de estar junto com alguns empresários japoneses que tinham vindo ao Rio de Janeiro, ao Brasil, para coletar informações de como eles poderiam adaptar, entre aspas, né?, se apropriar, digamos assim, de todo esse processo de trabalho, isto é, é um processo de trabalho fragmentado: as costureiras estão num lugar, os adereços noutro, os sapatos noutro e... nesta semana, que é esta agora que nós estamos, é a junção... como é que você vai, ao final de meses de trabalho disperso... no caso do Rio de Janeiro todo... Hoje de manhã eu estava ouvindo outra rádio [...] é... o comentário que os carros já estão indo... [...] os carros já estão começando a se aproximar do sambódromo. Bom... mas lá... então, aí nessa semana cê tem que juntar um alemão, um suíço que está vindo

Fig. 1 (p. 251)

O Carnaval nas ruas do Rio de Janeiro, no século XIX, na pintura Cena de Carnaval, de Jean-Baptiste Debret, cerca de 1835. Litografia.

Jean Baptiste Debret. Cena de Carnaval. Em: Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, século XIX. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

Página 252

com sua perspectiva, não é?, de usar uma fantasia, de brincar, de fazer parte de uma escola. E tem que ir no tal endereço, no tal lugar, provar sua fantasia... enfim... Essa fragmentação e depois a junção do trabalho tem que funcionar. E não tem ensaio, né? Quer dizer, os passistas ensaiam...



Olga: Cada um no seu local de origem...

Dilma: Isso, cada um no seu local de origem, mas na hora de juntar...

[...]


Olga: Clima de cooperação total.

Dilma: E... é um clima de... de... de energia vital, né?, que perpassa, que é capaz de superar divergências, dificuldades, etc., e esse resultado fabuloso que nós conhecemos. [...]

[...]


Milton: [...] Professoras, Carnaval e turismo: um binômio a favor ou contra as manifestações culturais? Porque, olha aqui, estão ensaiando turistas para participarem, lá no Rio, a gente sabe disso de longa data [...], mas não descaracteriza essa festa de origem tão nossa, aqui?

Olga: Nós não vivemos o tempo da mundialização e da globalização? Carnaval tem que refletir isso.

Dilma: É, ele também está em sintonia com isso que está acontecendo.

Olga: E aí o Carnaval não pode se fechar só com os brasileiros...

Milton: E com isso...

Olga: Tem que saber absorver os outros que desejam dele participar.

Milton: E com isso...

Dilma: Tem escola de samba no Japão...

Olga: Nossa, no mundo todo...

Milton: E com isso... mas também tem futebol no Japão...

Olga: Pois é, são as marcas, na verdade as grandes marcas de identidade brasileira e da sociedade brasileira que...

Dilma: Estão sendo exportadas...

Olga: Estão sendo absorvidas...

[...]


Programa USP Debate, veiculado pela Rádio USP FM em 9 fev. 2007.

GLOSSÁRIO
Adereço: enfeite.
Aldeão: relativo à aldeia; rústico, simples.
Arlequim: personagem da commedia dell’arte, brincalhão, cujo traje era feito de retalhos coloridos.
Binômio: associação de dois elementos.
Carnavalesco: aquele que brinca o Carnaval.
Colombina: personagem da commedia dell’arte, mulher sedutora e esperta.
Entrudo: festa popular realizada nos três dias que precediam a entrada da Quaresma (até o século XIX).
Folclorista: pessoa que investiga e estuda material colhido nas tradições, nos usos e nas artes populares.
Hibernação: inatividade parcial de certos animais durante o inverno.
Meado: que está no meio ou perto da metade.
Minueto: forma musical clássica de origem francesa, surgida no século XVII.
Perpassar: avançar em um caminho sem se deter.
Pierrô: personagem da commedia dell’arte, ingênuo e sentimental, usa roupa longa e enfeitada com pompons e gola grande e franzida.
Pó preto: pó de sapato; pó escuro produzido pela fuligem ou pela combustão de certas substâncias e que entra na composição da graxa.
Primazia: primeiro lugar, prioridade; superioridade de categoria.
Regozijo: grande alegria.
Rei Momo: personagem a quem tradicionalmente se atribui o reinado da folia no período do Carnaval.
Revidar: vingar uma ofensa ou uma agressão com outra.

Página 253

Estudo do texto

Responda sempre no caderno.

Para entender o texto

1. Quem participou do debate da rádio USP?

2. Segundo alguns estudiosos franceses, o Carnaval originou-se de um costume europeu antigo, anterior à invasão romana na Europa.

a) Explique esse costume.

b) Qual dos participantes do debate deu essa informação?

3. Releia este trecho da apresentação que Milton Parron fez do tema que seria debatido.

[...] Bem, nem vou continuar aqui com a abertura porque já estão discordando do que eu estou dizendo aqui às minhas convidadas.

a) Qual das convidadas discordou de Milton?

b) Para o apresentador, onde o Carnaval se originou?

c) E para a professora?

d) De acordo com Milton, como era o Carnaval brasileiro no século XVII?

e) E a professora, o que diz sobre o Carnaval no Brasil do século XVII?

4. Releia este trecho.

Milton: [...] Professoras, Carnaval e turismo: um binômio a favor ou contra as manifestações culturais? Porque, olha aqui, estão ensaiando turistas para participarem, lá no Rio, a gente sabe disso de longa data [...], mas não descaracteriza essa festa de origem tão nossa, aqui?

Fig. 1 (p. 253)

João Lin/ID/BR

a) Explique com suas palavras qual é a questão apontada pelo apresentador às professoras nessa passagem.

b) As professoras têm a mesma opinião sobre a questão. Que opinião é essa e que argumento(s) elas apresentam para sustentá-la?

c) Ao propor essa questão, o apresentador também explicita sua opinião. Copie o esquema abaixo no caderno e complete-o.

Fig. 2 (p. 253)

Opinião do apresentador

O turismo é negativo para o Carnaval.

Opinião das professoras

Argumento

Contra-argumento



ANOTE

Em um debate, para convencer os interlocutores quanto à validade de sua opinião, os debatedores usam argumentos.

Existem vários tipos de argumento, entre eles o discurso de autoridade (em que se apresenta o depoimento de um especialista na área) e o contra-argumento (em que se expõe um argumento para combater outro).

Página 254

Responda sempre no caderno.

5. As duas debatedoras discordaram em relação a alguma das questões a seguir? Qual?

a) Por volta de 1850, o Carnaval brasileiro passou a mostrar influência do Carnaval de Veneza e da França.

b) No Rio de Janeiro, o processo de preparação para a festa é fragmentado, mas, no momento de juntar fantasia, adereços, carros alegóricos, música, etc., o clima é de cooperação.

c) A presença de estrangeiros não prejudica o Carnaval brasileiro.



ANOTE

O debate é um gênero em que duas ou mais pessoas expressam seu ponto de vista sobre um tema, cada uma procurando convencer o interlocutor e o público da verdade e da validade de sua posição.

Em alguns debates, denominados debates regrados, há regras a serem seguidas pelos participantes. Os debatedores, por exemplo, devem falar no tempo predeterminado, seguindo a ordem estabelecida pelo mediador. Os debates regrados são muito frequentes no período pré-eleitoral, em que os candidatos confrontam suas ideias procurando convencer os eleitores de que sua proposta de governo é a mais adequada.

O texto e o leitor

1. A quem cada um dos participantes do debate (o mediador e as debatedoras) se dirige quando fala? Comprove sua resposta com trechos do texto.

2. Por que o apresentador iniciou o debate dando informações sobre o assunto a ser discutido? A quem são dirigidas essas primeiras informações sobre o Carnaval?

3. O debate foi transmitido por uma emissora de rádio ligada à Universidade de São Paulo. Com base nessa informação, pense no público desse debate e responda.

a) Quem se interessaria por ouvir, em uma emissora de rádio, um debate sobre o Carnaval?

b) Observe que o debate foi travado não entre pessoas que participam diretamente do Carnaval, como sambistas e carnavalescos, e sim entre duas estudiosas do assunto. Por que o programa optou por convidar estudiosas para o debate sobre o Carnaval?

c) Que público pode ter interesse em ouvir pessoas com essa formação falarem sobre Carnaval?



ANOTE

O tema do debate determina seu público, assim como a formação dos debatedores e o tipo de envolvimento que eles têm com o assunto. Por exemplo, o tema futebol pode atrair um público, se for debatido por jornalistas esportivos e jogadores, e outro público, se for debatido por sociólogos e psicólogos.



COLOMBINA, PIERRÔ E ARLEQUIM

Fig. 1 (p. 254)

Pierrô e Arlequim, na tela de Paul Cézanne. Terça-feira gorda, 1888. Óleo sobre tela.

Paul Cézanne/Museu Pouchkine, Moscou

No final do século XVI, surgiu na Itália um gênero de comédia que ficou conhecido como commedia dell’arte, que misturava mímica e acrobacia circense.

Entre suas personagens estavam a Colombina, o Pierrô e o Arlequim, cujos trajes passaram a ser copiados como fantasias de Carnaval.

Página 255

4. Releia este trecho da fala da professora Olga, em que ela corrige a informação dada pelo apresentador sobre o local de origem do Carnaval.

[...] Mas as raízes mais antigas do Carnaval, pelas pesquisas que os folcloristas franceses fizeram, estão no norte da Al..., da Europa [...]



Fig. 1 (p. 255)

João Lin/ID/BR

a) Suponha que ela não tenha mencionado as informações destacadas acima. É possível entender onde estão as raízes mais antigas do Carnaval? Explique.

b) Por que, provavelmente, a professora acrescentou a explicação destacada?



5. Em sua forma original, esse debate sobre o Carnaval é oral. Copie no caderno trechos em que foram registradas interrupções, repetições e hesitações próprias da fala.

6. Observe as características da linguagem empregada pelas participantes do debate.

a) Releia o texto buscando palavras e expressões próprias da linguagem informal. Anote-as no caderno.

b) Apesar das palavras e expressões que você encontrou, a linguagem das participantes do debate é diferente da que seria usada em uma situação de comunicação oral informal, como uma conversa entre amigos na escola, no intervalo das aulas. Explique essa diferença.

Comparação entre os textos

1. Você leu neste capítulo dois textos pertencentes a gêneros diferentes. Copie a tabela abaixo no caderno e complete-a com informações sobre cada um deles.





Onde foi publicado

Forma original (gênero oral ou escrito)

Interlocutores envolvidos na situação de comunicação

Leitura 1: carta do leitor










Leitura 2: debate










ID/BR

2. Qual dos textos lidos tem linguagem mais formal?

3. Como pode ser explicada a diferença quanto à formalidade entre esses dois textos?

Sua opinião

1. Você leu exemplos de dois gêneros argumentativos, um escrito e um oral (transcrito). Em qual deles os argumentos parecem ser mais bem elaborados? Por quê?

Ouvir, pensar, mudar

Ao longo deste capítulo, temos falado em argumentação e contra-argumentação, em fazer valer um ponto de vista. Na prática, porém, não é tarefa simples levar alguém que pense diferente de nós a desistir de sua posição e adotar a nossa. Mesmo assim, debater temas diversos, incluindo os mais polêmicos, é uma prática saudável e que, se nem sempre promove mudanças imediatas de opinião ou atitude, pode contribuir para que aperfeiçoemos nossa maneira de pensar. Discuta com os colegas e o professor as questões a seguir.



I. Como você costuma reagir quando alguém discorda de sua opinião?

II. Quando uma pessoa muda de opinião, o que demonstra sobre si mesma? Por quê?

Página 256

PRODUÇÃO DE TEXTO

Debate regrado

AQUecimento

O debate é uma troca de ideias em que cada participante pode expressar sua opinião e avaliar os argumentos dos demais envolvidos. Assim, todos os participantes devem estar atentos ao que os demais envolvidos no debate dizem, para, caso discordem de sua opinião, refutá-la com argumentos bem fundamentados.

• .No quadro a seguir, apresentamos duas opiniões diferentes sobre o mesmo tema. Escolha uma delas e pense em um argumento para sustentá-la. Em seguida, procure em seu argumento um aspecto que pode ser questionado e, colocando-se no lugar de um oponente em um debate, crie um contra-argumento. Anote o argumento e o contra-argumento no caderno.


Opinião

Argumento

Contra-argumento

Os pais têm o direito de mexer nos objetos pessoais dos filhos adolescentes, como mochila, cadernos e celular.







Os pais não têm o direito de mexer nos objetos pessoais dos filhos adolescentes, como mochila, cadernos e celular.







ID/BR

Fig. 1 (p. 256)

Fabiana Salomão/ID/BR



Proposta

Você vai participar – como debatedor, mediador ou espectador – de um debate sobre o tema proposto a seguir. O evento acontecerá na escola em um dia definido com o professor, e você terá tempo de preparar-se, pesquisando o tema e formando uma opinião sobre ele.



Fig. 2 (p. 256)

Frituras e refrigerantes, alimentos considerados vilões da alimentação saudável.

João Virissimo/Dreamstime.com/ID/BR

Tema do debate

Proibir a venda de determinados alimentos nas cantinas escolares, como frituras, balas e refrigerantes, é uma iniciativa correta ou uma intromissão na vida particular dos alunos?



Planejamento e elaboração do texto

1. Assuma uma posição sobre o tema escolhido para o debate: Em sua opinião, é certo ou errado proibir a venda de determinados alimentos nas cantinas escolares?

2. O professor vai selecionar os participantes do debate e o mediador. Caso você deseje tomar parte, apresente-se a ele.

Página 257

3. Se você foi selecionado para participar do debate, defendendo ou refutando a proibição de venda de determinados alimentos nas cantinas, prepare-se.

a) Pesquise, em sites, revistas e jornais, o que é uma alimentação saudável, quais seus benefícios, quais as consequências de não comer bem, etc.

b) Copie ou imprima o material obtido e leia-o atentamente, buscando informações que possam ser aproveitadas como argumentos para comprovar sua opinião: exemplos, dados numéricos, depoimentos e opiniões de especialistas, etc.

c) Se for possível, converse com pessoas ligadas ao tema do debate, como nutricionistas, merendeiras, donos de cantina, médicos, etc. Anote ou grave as informações obtidas.

d) Liste no caderno os argumentos que pretende usar no debate.

e) Prepare os contra-argumentos. Para isso, coloque-se no lugar de seus oponentes: Que pontos fracos eles podem apontar em seus argumentos? Há algum aspecto que você deixou de lado e que eles podem explorar a fim de fragilizar seu ponto de vista? Como você pode rebater essas críticas? Anote no caderno, também, seus contra-argumentos.

f) Monte uma ficha com argumentos e contra-argumentos para ter em mãos durante o debate.

4. Se você foi escolhido como mediador, informe-se sobre o tema para, na introdução do debate, apresentar brevemente os dois lados da questão.

Fig. 1 (p. 257)

Fabiana Salomão/ID/BR

DEBATE

5. Eis algumas regras para o momento do debate.

a) O mediador abre o debate falando um pouco sobre o tema e apresentando os dois lados da questão (razões para proibir e razões para não proibir a venda de alimentos não saudáveis nas cantinas escolares). Em seguida, apresenta cada um dos debatedores e passa a palavra a eles. Durante o debate, é o mediador que indica a vez de cada participante se manifestar.

b) Os participantes devem falar um de cada vez, expondo seus argumentos com clareza e mantendo uma atitude de respeito em relação à opinião alheia. Lembre-se: discordar não é brigar. Pode haver uma rodada em que os participantes façam perguntas uns aos outros.

c) Os alunos da plateia devem permanecer em silêncio e atentos à participação de cada debatedor, pois terão de avaliar seu desempenho.

d) Ao final do tempo determinado, o mediador passa a palavra à plateia, que tem o direito de fazer perguntas aos participantes.

Avaliação do texto

1. Com a orientação do professor, os alunos que compuseram a plateia farão a avaliação do debate respondendo a estas questões.


Que tipos de argumento foram apresentados?




Houve argumentos repetidos? Quais?




Quais foram os argumentos mais consistentes?




Os participantes souberam contra-argumentar? Explique.




Os debatedores souberam tomar a palavra de modo adequado, respeitoso?




Que ponto de vista prevaleceu? Por quê?




É possível dizer que um aluno ou um grupo de alunos venceu o debate, ou seja, soube fazer valer sua opinião? Explique.




ID/BR

Página 258

REFLEXÃO LINGUÍSTICA

Orações coordenadas sindéticas explicativas e conclusivas

1. Leia a tira.

Fig. 1 (p. 258)

Charlie Brown, de Charles Schulz.

Schultz © 1960 by United Features Syndicate Inc./Ipress

Q1: MINHA EQUIPE DE BEISEBOL LÁ, SENDO DERROTADA....

Q2: ... E EU AQUI, SEU TÉCNICO, FORÇADO A ASSISTIR À NOSSA DERROTA PORQUE NÃO POSSO JOGAR!

Q3: E POR QUE NÃO POSSO JOGAR? PORQUE TENHO QUE LEVAR MINHA IRMÃZINHA POR AÍ!

Q4: NINGÚEM GOSTA DE MIM!

a) Por que Charlie Brown diz que é forçado a assistir à derrota do time?

b) O menino tenta explicar para si mesmo os motivos que o impedem de jogar. Que conjunção introduz sua explicação?

Em dois momentos na tira, Charlie Brown dá explicações. Ele explica seus motivos para assistir à derrota de seu time e para não jogar. Para isso, usa orações coordenadas sindéticas explicativas, introduzidas por conjunções coordenativas explicativas.

ANOTE

Orações coordenadas sindéticas explicativas exprimem uma explicação, uma justificativa, e iniciam-se por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas explicativas: que, pois, porque, já que, uma vez que.

Atenção: a conjunção pois será explicativa quando estiver antes do verbo. Exemplo: Venceu a prova de natação, pois treinou muito.

Observe a frase.

Eu não estou jogando, porque tenho de cuidar de minha irmãzinha.

Charlie Brown apresenta a explicação para não jogar na segunda oração do período, que é classificada como coordenada sindética explicativa. Mas ele poderia referir-se a essa mesma situação de outra maneira. Observe.

Tenho de cuidar de minha irmãzinha, portanto não poderei jogar beisebol.

Sua afirmação sobre não poder jogar beisebol é resultado direto da ideia expressa na primeira oração. A oração que apresenta uma conclusão resultante do conteúdo de outra oração recebe o nome de coordenada sindética conclusiva.

ANOTE

Orações coordenadas sindéticas conclusivas são aquelas que exprimem uma conclusão ou consequência da ideia presente na oração anterior. Essas orações iniciam-se por conjunções ou por locuções conjuntivas coordenativas conclusivas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, então.

Atenção: a conjunção pois será conclusiva quando estiver após o verbo e entre vírgulas. Exemplo: Treinou muito; venceu, pois, a prova de natação.



Relacionando

Releia a introdução do apresentador do programa USP Debate: “E o assunto de hoje será o Carnaval. [...] certamente, né?, o assunto só poderia ser Carnaval, porque o Carnaval hoje é um dos maiores espetáculos da Terra. Contagia toda a nação e atrai turistas do mundo inteiro. E nós, aqui, aprimoramos, adequamos aos nossos costumes, porque o Carnaval não é propriamente uma invenção nossa.” Observe que, no início do programa, para explicar a razão do tema do dia, o apresentador une as orações, empregando a conjunção porque.



Página 259

REFLEXÃO LINGUÍSTICA Na prática



Responda sempre no caderno.

1. Leia a última estrofe de um poema de Murilo Mendes.

Noturno resumido

[...]
O tinteiro caindo me suja os dedos


e me aborrece tanto:
não posso escrever a obra-prima
que todos esperam do meu talento.

Murilo Mendes. Disponível em:


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