Português 8º ano



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. Acesso em: 25 mar. 2015.

Produção de texto: mesa-redonda

O que você vai fazer

Você vai participar de uma mesa-redonda em que será discutido um tema relevante para os jovens de sua comunidade. Para tanto, com a orientação do professor, a classe deve eleger um dos temas abaixo, considerando as preocupações imediatas de seu grupo:

• O jovem e o acesso à cultura.

• O jovem e a educação.

• O jovem e o trabalho.

Preparação: pesquisa sobre o tema escolhido

• Depois de o tema ter sido escolhido, dividam-se em grupos de quatro alunos, conforme os critérios estabelecidos pelo professor.

• Faça uma pesquisa sobre o tema em jornais, revistas, livros. Você pode, ainda, conversar com um adulto que esteja ligado intimamente ao tema escolhido: o diretor da escola, as assessorias de imprensa dos órgãos públicos — estaduais ou municipais — ligados à cultura ou ao trabalho.

Os estados e prefeituras dividem a administração pública em secretarias. Pesquise no site de sua cidade ou estado como elas estão organizadas e qual é o canal de comunicação disponível ao público.

• Em dia e hora previamente marcados pelo professor, os grupos vão comparar as informações. Escreva, no caderno, os dados colhidos por seu grupo, ampliando sua pesquisa inicial.

• Com base nessa pesquisa inicial, cada grupo deve preparar cinco perguntas a serem feitas na mesa-redonda, a qual será produzida em sala. Lembre-se de que as perguntas devem sugerir aprofundamento do tema para que todos possam aprender no momento da mesa-redonda.

• O grupo deve escolher um relator para participar da mesa-redonda. Esse aluno deve escrever um texto a ser lido com todas as informações colhidas.

A mesa-redonda

• Professor e alunos devem combinar previamente as seguintes tarefas:

• Quem será o moderador?

Página 267

• Quais serão os participantes da mesa-redonda?

• Como será a participação do público debatedor?

O moderador é aquele que vai fazer a mediação. Ele deve iniciar a atividade, apresentar os participantes, explicar as regras da mesa-redonda e, por último, organizar a ordem das perguntas.

Olá, estamos aqui para…”

Os participantes aqui presentes são…”

Vamos começar as perguntas. O primeiro a levantar a mão foi...“

Para encerrar, agradeço a atenção de todos…”

O moderador determina o tempo e a ordem das falas de cada participante, como serão feitas as perguntas e como serão controlados os excessos, caso ocorram. É preciso que sejam respeitadas as falas de todos, sem interrupções abruptas ou desrespeitosas.

Os participantes devem apresentar as informações colhidas pelo grupo, a fim de expor alguns aspectos a serem analisados pelo público, conforme a orientação do moderador. Para tanto, a linguagem utilizada deve ser adequada à formalidade do momento e deve sugerir seriedade.

Olá a todos, obrigado(a) pela oportunidade de estar aqui…”

Obrigado(a).”

Depois da apresentação de cada participante, serão feitas as perguntas.

• De participante para participante

• Do público para os participantes

Observação importante: a mesa-redonda promove o debate entre ideias, por isso é comum que as divergências apareçam. Cabe ao moderador fazer intervenções ponderadas para que não se perca a oportunidade de aprender o gênero oral em questão!

Fig. 1 (p. 267)

Mirella Spinelli/ID/BR



Avaliação

Após o término da mesa-redonda, reflita sobre os seguintes aspectos:

• O moderador foi capaz de:

• Apresentar-se e despedir-se de forma adequada, promovendo ambiente favorável à discussão de diferentes ideias?

• Estabelecer a ordem das falas dos participantes?

• Ordenar as perguntas do público?

• Os participantes foram capazes de:

• Apresentar um texto inicial coeso, com ideias claras e com informações relevantes ao tema proposto?

• Responder de forma objetiva e clara ao que foi perguntado?

• Argumentar e contra-argumentar, com informações ou ideias adequadas ao assunto proposto?

• Justificar seus argumentos adequadamente?

• O público foi capaz de:

• Ouvir com atenção as orientações do moderador e a fala dos participantes?

• Formular perguntas pertinentes à discussão?



Página 268

CAPÍTULO 9 - Revisão

CONVERSE COM OS COLEGAS

1. Observe a fotografia ao lado. Ela retrata uma escultura do artista polonês, naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg.

Fig. 1 (p. 268)

Escultura de Frans Krajcberg exposta no Parque de Bagatelle, em Paris. França, 2005.

Hubert Fanthomme/Paris Match/Getty Images

a) Descreva a forma e as cores dessa escultura.

b) Em que lugar ela está?

2. Uma obra de arte pode ser uma forma de denúncia. Krajcberg, em seu trabalho, procura mostrar os problemas existentes em nosso planeta. Suas esculturas são construídas com restos de árvores queimadas.

a) Qual seria o motivo de ele utilizar esse tipo de material em suas obras?

b) Se essa escultura estivesse exposta em um museu, e não no espaço aberto, causaria um impacto diferente. Por quê?

3. Você estudou, nos capítulos anteriores, alguns gêneros que têm como característica defender alguma ideia.

a) Quais são esses gêneros?

b) Quais são suas principais características?

4. Imagine que você tenha de escrever um artigo de opinião sobre o problema denunciado por Frans Krajcberg em sua obra.

a) A que público será dirigido o seu artigo?

b) Qual é a sua opinião sobre esse tema?

c) Quais argumentos você utilizaria em seu artigo para defender suas ideias?

Neste capítulo, você vai ler dois textos que tratam de questões que precisam ser discutidas, como a convivência do ser humano com o seu espaço e com seus semelhantes.

O primeiro texto é um artigo de opinião, e o segundo é um poema.



Página 269

Figura em página dupla com a página anterior.



Página 270

LEITURA 1

Artigo de opinião

O que você vai ler

Fig. 1 (p. 270)

Leonardo Boff (1938- ), teólogo catarinense. Fotografia de 2010.

Pedro Serapio/AGP/Estadão Conteúdo

O artigo de opinião que você vai ler foi escrito pelo teólogo, professor universitário e escritor Leonardo Boff. Entre os temas a que dedica seus textos e reflexões, encontram-se a defesa das causas sociais, a questão ambiental e o futuro da humanidade.

Atualmente, é comum ouvir as pessoas se queixar de que o tempo está passando muito rápido. Será que a necessidade de estar sempre atualizados com todos os avanços tecnológicos, informados de tudo o que acontece a cada minuto no mundo, não é a responsável em parte por essa impressão? Neste artigo, você encontrará algumas reflexões de Leonardo Boff sobre essas questões.

Para onde estamos fugindo?

Uma das característica[s] principais do atual momento é a aceleração do tempo. O espaço terrestre praticamente o conquistamos. Mas o tempo continua sendo o grande desafio: poderemos dominá-lo? A corrida contra ele se dá em todas as esferas, a começar pelo esporte. Em cada olimpíada busca-se superar todos os tempos anteriores, especialmente na clássica corrida dos cem metros. Os carros devem ser cada vez mais velozes, os aviões e os foguetes têm que superar a velocidade da geração anterior. No agronegócio se utilizam promotores químicos de crescimento para encurtar o tempo e lucrar mais. A internet é de altíssima fluidez e sem cabos, pois, para ganhar tempo, tudo é feito via satélite. E a aceleração atingiu especialmente as bolsas. Quanto mais rapidamente se transferem capitais de um mercado para outro, acompanhando o fuso horário, mais se pode ganhar. Como nunca antes “tempo é dinheiro”.

Logicamente, em todo esse processo há um elemento libertador pois o tempo foi, em grande parte, vivenciado como servidão. Não podemos detê-lo. Por outro lado produz um impacto sobre a natureza que possui seus tempos e ciclos. O impacto não é menor sobre as mentes das pessoas que se sentem atordoadas, particularmente as mais idosas, perdendo os parâmetros de orientação e de análise daquilo que está ocorrendo no mundo e com elas mesmas. Vale a pena essa irrefreável corrida? Para onde estamos fugindo?

Fig. 2 (p. 270)

Chuang-Tzu. Desenho do século IV a.C.

Coleção particular. Fotografia: The Granger Collection/Other Images

Página 271

Ai daqueles que não se adaptam aos tempos. Em termos de trabalho são ejetados do mercado pois suas habilidades ficaram obsoletas. Os que se resignam perdem o ritmo do tempo e são considerados precocemente envelhecidos ou simplesmente retardatários. Isso pode ocorrer com países inteiros que não incorporam os avanços da tecnociência. Todos são obrigados rapidamente a se modernizar e a ser emergentes.

Para onde nos levará essa corrida contra o tempo? Ele sempre nos ganha pois não podemos congelá-lo. Ele simplesmente passa devagar ou acelerado como nos grandes túneis de aceleração de partículas.

Mas importa considerar que há tempos e tempos. O tempo natural do crescimento de uma árvore gigante pode demorar 50 anos. O tempo tecnológico de sua derrubada com a motosserra pode durar apenas 5 minutos. Quanto tempo precisamos para crescer em maturidade, sabedoria e conquistar o próprio coração? Às vezes uma vida inteira de 80 anos é curta demais. O tempo interior não obedece ao tempo do relógio. Precisamos de tempo para trabalhar nossos conflitos interiores que às vezes nos obrigam a parar.

Uma reflexão do mestre zen Chuang-Tzu de 2500 anos atrás nos parece muito inspiradora. Ele conta que havia um homem que ficava tão perturbado ao contemplar sua sombra e tão mal-humorado com suas próprias pegadas que achou melhor livrar-se de ambas. O método foi da fuga, tanto de uma quanto de outra. Levantou-se e pôs-se a correr. Mas sempre que colocava o pé no chão aparecia a pegada e a sombra o acompanhava sem a menor dificuldade.

Atribuiu o seu erro ao fato de que não estava correndo como devia. Então pôs-se a correr velozmente e sem parar, até que caiu morto por terra. O erro dele, comenta o Mestre, foi o de não ter percebido que, se apenas pisasse num lugar sombrio, a sua sombra desapareceria e caso ficasse parado, não apareceriam mais suas pegadas.

Não é isso que hoje se impõe fazer? Dar uma parada? Aqui reside o segredo da felicidade e da ansiada paz interior.

Leonardo Boff. Disponível em:


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