Português 8º ano
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- Emergente
- Servidão
- Fig. 1 (p. 272)
- O texto e o leitor 1.
- UMA SABEDORIA QUE ATRAVESSOU OS SÉCULOS E OS CONTINENTES Fig. 1 (p. 273)
GLOSSÁRIO Agronegócio: conjunto de atividades relacionadas à agricultura e à criação de gado. Ansiado: desejado. Ejetado: lançado para fora, expulso. Emergente: desenvolvido; com um alto padrão econômico e social. Esfera: campo ou setor no qual se desenvolve uma atividade. Obsoleto: antiquado, fora de uso. Precocemente: antes do tempo esperado. Promotor: que promove, que estimula. Resignar-se: conformar-se, aceitar sem questionamentos nem revolta; sujeitar-se. Servidão: estado de dependência, de subordinação. Fig. 1 (p. 271) Mirella Spinelli/ID/BR Página 272 Estudo do texto Responda sempre no caderno. Para entender o texto 1. No início do primeiro parágrafo, o autor faz uma afirmação sobre uma característica própria dos tempos atuais. a) Que característica é essa? A aceleração do tempo. b) Segundo o autor, qual é o motivo dessa característica? Segundo o autor, o motivo para essa aceleração é a tentativa de controlar o tempo.
2. Sugestões: “Em cada olimpíada, busca-se superar todos os tempos anteriores, especialmente na clássica corrida dos cem metros”; “Os carros devem ser cada vez mais velozes, os aviões e os foguetes têm que superar a velocidade da geração anterior”; “No agronegócio se utilizam promotores químicos de crescimento para encurtar o tempo e lucrar mais”; “A internet é de altíssima fluidez e sem cabos, pois, para ganhar tempo, tudo é feito via satélite”; “E a aceleração atingiu especialmente as bolsas. Quanto mais rapidamente se transferem capitais de um mercado para outro, acompanhando o fuso horário, mais se pode ganhar”. 3. Segundo o autor, essa corrida contra o tempo apresenta um aspecto positivo e outros negativos. Quais são eles? 3. O aspecto positivo é que essa aceleração do tempo é libertadora, o tempo deixa de ser vivenciado como servidão, como se dependêssemos dele. Os aspectos negativos são: o impacto sobre os ciclos da natureza; o impacto sobre a mente das pessoas que perdem a orientação daquilo que está acontecendo no mundo e com elas mesmas; todos são obrigados a se modernizar para não serem expulsos do mercado de trabalho. 4. Releia, no glossário, o sentido da palavra servidão. Por que Leonardo Boff afirma que “o tempo foi, em grande parte, vivenciado como servidão”? O tempo foi sempre vivido como algo a que estamos submetidos, pois não podemos congelá-lo, pará-lo; ele passa, deixa marcas – o envelhecimento – e aproxima os vivos da morte. 5. Discuta com os colegas esta questão: A corrida contra o tempo pode, de fato, trazer um elemento libertador? Por quê? 5. Resposta pessoal. Professor, embora pareça contraditório, a corrida contra o tempo dá a ilusão de que o monitoramos, aproveitamos mais o tempo, de forma que acreditamos que a subordinação ao tempo fica menor. (Sugestão: o filme “A morte lhe cai bem”, que discute como o tempo nos afeta fisicamente e o desejo que temos em atenuar essas mudanças.) 6. O teólogo Leonardo Boff afirma que a corrida contra o tempo produz impacto sobre os ciclos da natureza. a) Qual exemplo ele mostra no texto? Ele diz que uma árvore pode demorar 50 anos para crescer e, com o desenvolvimento tecnológico, com a motosserra, podemos derrubá-la em apenas 5 minutos. b) Por que a corrida contra o tempo produz esses impactos? 6b. O desejo de viver em um mundo pleno de tecnologias e os processos industriais que se desenvolvem cada vez mais nessa “irrefreável corrida” produzem poluição do ar, da água, do solo, destroem florestas, desequilibrando os ciclos da natureza.
a) Que elementos o autor está contrastando ao fazer essa observação? Boff contrasta o tempo natural do crescimento e amadurecimento de um ser vivo (a árvore) com o tempo tecnológico da motosserra, que é rápido, mas destrutivo. b) Qual é a ideia que ele pretende transmitir ao inserir essa observação em seu texto? 7b. A ideia é a de que a aceleração proporcionada pela tecnologia avançada nem sempre traz contribuições construtivas para a sociedade e para o meio ambiente. c) De que maneira a observação sobre a árvore se relaciona ao argumento principal de Boff sobre o tempo na sociedade contemporânea? É preciso de tempo para crescer e enriquecer-se espiritualmente, mas no veloz mundo contemporâneo não temos esse tempo, buscamos gratificações instantâneas.
MIrella Spinelli/ID/BR 8. No quinto parágrafo, o teólogo reflete sobre os diferentes tempos: o externo e o interno. a) Que elementos obedecem ao tempo externo? A tecnologia, a velocidade. b) Segundo Boff, que elementos cabem no tempo interno? O crescimento em sabedoria e maturidade, o crescimento moral.
[...] havia um homem que ficava tão perturbado ao contemplar sua sombra e tão mal-humorado com suas próprias pegadas que achou melhor livrar-se de ambas. O método foi da fuga, tanto de uma quanto de outra. Levantou-se e pôs-se a correr. Mas sempre que colocava o pé no chão aparecia a pegada e a sombra o acompanhava sem a menor dificuldade. Atribuiu o seu erro ao fato de que não estava correndo como devia. Então pôs-se a correr velozmente e sem parar, até que caiu morto por terra. O erro dele, comenta o Mestre, foi o de não ter percebido que, se apenas pisasse num lugar sombrio, a sua sombra desapareceria e caso ficasse parado, não apareceriam mais suas pegadas.
a) Que ensinamento o autor pretende expressar com essa reflexão? 9a. Ele pretende mostrar que a pressa nos impede de perceber do que realmente necessitamos e que aquilo de que realmente necessitamos é justamente desacelerar e parar para melhor alcançar nosso objetivo. b) Converse com um colega e depois responda: Em que medida essa reflexão de 2500 anos atrás pode responder à questão do título? Resposta pessoal. Professor, de certa forma, a reflexão ensina que estamos fugindo para o nada, pois correr não permite a concentração necessária para solucionar nossos problemas.
Para onde nos levará essa corrida contra o tempo? Como a reflexão do mestre Chuang-Tzu ajuda a responder a essa pergunta? 10. De acordo com a história, o homem que corria cada vez mais e mais para fugir de sua sombra e de suas pegadas acabou caindo morto. Parece que, embora ele fosse morrer um dia, a corrida desenfreada levou-o mais rapidamente à morte. Se esse homem tivesse ficado parado em um lugar sombrio, ele teria conseguido fugir de sua sombra e de suas pegadas. Assim, às vezes, precisamos desacelerar um pouco para alcançarmos a felicidade e a paz interior. 11. No último parágrafo desse artigo, Leonardo Boff questiona o leitor. Não é isso que hoje se impõe fazer? Dar uma parada? Encontre, no texto, três argumentos que justificam essa necessidade de parar um pouco. 11. Sugestões: O impacto na natureza que tem o seu tempo e seus ciclos; dificuldade, principalmente para os mais idosos para entender o que está ocorrendo no mundo ou com eles mesmos; alteração dos valores e do respeito quando aqueles que não se adaptam às mudanças tecnológicas perdem lugar no mercado de trabalho, tornam-se inúteis; aqueles que por alguma razão não conseguem se manter atualizados são classificados como velhos, retardatários; não temos tempo para amadurecer, ter sabedoria e conquistar o próprio coração; a reflexão do mestre Chuang-Tzu, que nos aconselha a parar e refletir. O texto e o leitor 1. Releia o título do artigo de opinião. Para onde estamos fugindo? a) Que recurso foi usado nesse título para chamar a atenção do leitor? Foi usada uma pergunta. b) Que efeito o uso desse recurso pode causar no leitor? Pode provocar curiosidade, interesse. Boff convida o leitor a refletir sobre o assunto antes de continuar a leitura.
a) A que público está dirigido o artigo? 2a. O texto é dirigido a pessoas interessadas pelas causas ecológicas, defensoras de um mundo mais saudável, mais justo e melhor. b) Releia. [...] O espaço terrestre praticamente o conquistamos. [...] [...] Ele simplesmente passa devagar ou acelerado como nos grandes túneis de aceleração de partículas. Que nível de conhecimento o autor pressupõe que seu público tenha? Leonardo Boff pressupõe um leitor familiarizado com o desenvolvimento científico e tecnológico e com seu impacto na vida diária das pessoas. 3. O artigo de opinião é um gênero textual no qual devemos empregar a linguagem formal. No texto, “Para onde estamos fugindo?”, de Leonardo Boff, há algumas expressões que são próprias da linguagem informal. a) Quais são elas? Sugestões: “Ai daqueles que não se adaptarem aos tempos”; “Dar uma parada?”. b) Qual pode ter sido a intenção do autor ao usar essas expressões? Dessa maneira, o autor aproxima o assunto tratado do leitor e torna a leitura mais fluente.
a) Em que pessoa ele se encontra? Primeira pessoa do plural (nós). b) Ao longo do texto, há outros verbos e usos da mesma pessoa do discurso. Faça um levantamento desses usos. 4b. “Conquistamos”, “poderemos”, “podemos”, “precisamos”, e há ainda o uso do pronome oblíquo nos em “nos levará” e “nos obrigam”. c) Como isso influencia a forma como o leitor lê o texto? O verbo na 1ª pessoa do plural gera uma aproximação e identificação entre o leitor e o autor.
Ike no Taiga. Chuang-Tzu sonhando com uma borboleta, século XVIII. Tinta sobre papel, 41 cm X 55,5 cm. Coleção particular. Fotografia: The Bridgeman Art Library/Keystone Chuang-Tzu (369-298 a.C.) é um dos maiores filósofos chineses. Ele foi um dos primeiros pensadores a contribuir para a filosofia que veio a ser conhecida como Taoismo ou a “escola do Caminho”. A filosofia de Chuang-Tzu defende um afastamento das ansiedades e dos incômodos da vida em sociedade, em prol de uma vida mais saudável e tranquila, em harmonia com a natureza. Para Chuang-Tzu, uma vida longe da agitação e rebuliço das cidades nos permite cultivar nossas habilidades naturais e ancestrais, proporcionando uma existência mais plena. Fonte de pesquisa: Internet Encyclopedia of Philosophy. Disponível em: Yüklə 3,47 Mb. Dostları ilə paylaş:
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