Português 8º ano



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. Acesso em: 8 maio 2015.

Página 274

LEITURA 2

Poema

O que você vai ler

Fig. 1 (p. 274)

Manuel Bandeira (1886-1968), poeta pernambucano. Fotografia de 1954.

Acervo Iconographia/Reminiscências

Nesta segunda parte do capítulo, você vai ler um poema escrito por Manuel Bandeira, um poeta que viveu no século XX. Seus textos são um retrato de seu tempo e dos problemas que lhe chamaram a atenção.

Manuel Bandeira nasceu no Recife, em 1886. Em seus poemas, usou o verso livre e a linguagem coloquial para abordar temas do cotidiano.

• .Levante hipóteses com base no título, tentando imaginar de que bicho tratará o poema.

O bicho

Vi ontem um bicho


Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,


Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,


Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. © do poema de Manuel Bandeira, do Condomínio dos Proprietários dos Direitos Intelectuais de Manuel Bandeira (Em: Estrela da vida inteira – Editora Nova Fronteira) Direitos cedidos por Solombra – Agência Literária (solombra@solombra.org)

Acervo PNBE

Fig. 2 (p. 274)

Guilherme Vianna/ID/BR



Página 275

Estudo do texto

Responda sempre no caderno.

Para entender o texto

1. O poema descreve uma cena observada pelo eu lírico. Qual é a importância do uso da primeira pessoa nessa descrição?

O eu lírico é testemunha do fato, e o uso da primeira pessoa acentua seu sentimento de indignação.



2. Na primeira estrofe, que palavras são usadas para mostrar a degradação do indivíduo a quem o poema se refere?

Imundície, detritos.



3. Quais são os verbos que caracterizam as ações do indivíduo nas duas estrofes iniciais? O que eles revelam sobre essas ações?

Catando, achava, examinava, cheirava, engolia. Revelam o modo desesperado com que o sujeito procura alimento e o come. Ele cata os detritos e os engole, sem examiná-los.



4. Na segunda estrofe, há uma expressão que reforça essas ações.

a) Que expressão é essa?

“com voracidade”.

b) Que sentidos ela acrescenta ao poema?

Mostra o modo animalesco do indivíduo ao comer o que encontra entre os detritos.

5. A terceira estrofe apresenta uma estrutura que se repete.

a) Copie, no caderno, os versos em que essa repetição ocorre.

“O bicho não era um cão, / Não era um gato, / Não era um rato.”

b) Qual é o efeito de sentido produzido por essa repetição?

Reforçar o elemento a que o homem está sendo comparado.

6. Nessa estrofe, o eu lírico relaciona o indivíduo observado a outros elementos.

a) Que elementos são esses?

Animais. O eu lírico compara um homem a animais que costumam procurar alimentos no lixo (cão, gato e rato).

b) Há uma gradação dos elementos que são relacionados ao indivíduo. Explique essa afirmação.

Parece que, a cada elemento comparado, mais o homem se aproxima do animal que não só procura alimento na sujeira, mas que também vive nela – no caso, o rato.

7. Releia este verso.

O bicho, meu Deus, era um homem.



Fig. 1 (p. 275)

Guilherme Vianna/ID/BR

a) Que sentimento do eu lírico é expresso nesse verso?

Indignação.

b) Qual palavra ou expressão reforça esse sentimento?

“meu Deus”.



O texto e o leitor

1. Ao ler o título, antes mesmo de conhecer o poema, o que o leitor pode supor sobre o tema que será apresentado no texto?

O título leva o leitor a pensar que o poema vai tratar de um animal.



2. Releia o poema “O bicho”.

a) No poema, há um jogo de afirmações e negações. Copie dois exemplos que justifiquem essa frase.

“Quando achava alguma coisa,/ Não examinava nem cheirava:/ Engolia com voracidade.”/ “O bicho não era um cão,/ Não era um gato,/ Não era um rato./ O bicho, meu Deus, era um homem.”

b) Nesse jogo de afirmações e negações, há um verso que quebra as expectativas do leitor. Qual?

O verso “O bicho, meu Deus, era um homem” quebra as expectativas do leitor, pois o que se esperava é que realmente se tratasse de um bicho.

Comparação entre os textos

1. Você leu, neste capítulo, dois textos de gêneros diferentes. Compare as principais características de cada um deles, completando a tabela a seguir no caderno de acordo com as informações dos textos.





Tema

Linguagem

Intencionalidade

“Para onde estamos fugindo?”

a aceleração do tempo e a sua relação com o ser humano;

denotativa com o uso de argumentos;

intencionalidade: convencer o leitor das ideias apresentadas.

“O bicho”

crítica a um problema social;

poética com o uso de imagens;

emocionar o leitor e criticar uma situação.

ID/BR

Página 276

REFLEXÃO LINGUÍSTICA

Revisão

1. Leia o poema a seguir, do poeta Mario Quintana. Ele apresenta, de forma poética, uma definição.

Vento

Pastor das nuvens

Mario Quintana. Da preguiça como método de trabalho. Rio de Janeiro: Globo, 1987. p. 51.

Fig. 1 (p. 276)

Marcos Guilherme/ID/BR

a) O que faz um pastor?

1a. Um pastor é aquele que guia o rebanho, é o responsável pelas ovelhas.

b) Explique a metáfora que aproxima o pastor ao vento.

Assim como o pastor de ovelhas guia o rebanho, o vento guia as nuvens.

c) Que outra metáfora está presente nessa definição?

1c. A outra metáfora ocorre entre ovelhas e nuvens: além da ideia de elas serem guiadas – no caso das ovelhas, por um homem (o pastor), no caso das nuvens, pelo vento –, ambas têm a brancura e, de certo modo, o formato e a graça em comum.

d) O que você acha dessa forma de explicar o vento?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam a delicadeza e a pertinência dessa imagem.



2. Leia o fragmento de uma crônica de Fernando Sabino.

Albertina

Chamava-se Albertina, mas era a própria Nega Fulô: pretinha, retorcida, encabulada. No primeiro dia me perguntou o que eu queria para o jantar:

– Qualquer coisa – respondi.

Lançou-me um olhar patético e desencorajado. Resolvi dar-lhe algumas instruções: mostrei-lhe as coisas na cozinha, dei-lhe dinheiro para as compras, pedi que tomasse nota de tudo que gastasse. [...]

Fernando Sabino. Crônicas 5. 15. ed. São Paulo: Ática, 2011 (Coleção Para Gostar de Ler).

a) Observe os verbos do terceiro parágrafo. Que tipo de sujeito o narrador utiliza nesse trecho?

Sujeito desinencial.

b) Reescreva esse parágrafo empregando o sujeito simples.

2b. Ela lançou-me um olhar patético e desencorajado. Eu resolvi dar-lhe algumas instruções: eu mostrei-lhe as coisas na cozinha, eu dei-lhe dinheiro para as compras, eu pedi que ela tomasse nota de tudo que ela gastasse.

c) Compare o parágrafo que você reescreveu com o parágrafo original. Que diferença você percebe quanto ao emprego do sujeito?

O emprego do sujeito desinencial no trecho elimina as repetições.

3. Leia a seguir um poema de Oswald de Andrade.

O capoeira

– Qué apanhá sordado?


– O quê?
– Qué apanhá?
Pernas e cabeças na calçada.

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