Português 8º ano



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. Acesso em: 16 mar. 2015.

Fig. 2 (p. 276)

Marcos Guilherme/ID/BR

a) O poema de Oswald de Andrade apresenta um diálogo rápido, momentâneo, marcado por traços de oralidade. Determine como aparecem esses traços no poema.

3a. Os traços de oralidade estão marcados pelo travessão, que indica fala de personagem, e pela grafia, determinando o modo de falar da personagem: qué por quer; apanhá por apanhar e sordado por soldado.

b) Qual metonímia está presente no último verso?

A metonímia presente nesse trecho é a parte pelo todo – cabeças e pernas para indicar o corpo todo.

c) Explique o efeito visual provocado pela metonímia no poema.

Ao usar a metonímia – parte pelo todo – no verso “Pernas e cabeças na calçada”, o poema torna-se dinâmico, a briga fica visível e a imagem que se vê são apenas as partes do corpo dos lutadores.



Página 277

4. Leia o poema de Mario Quintana e responda às questões.

O milagre

Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia…


E do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto…
Dias mágicos…
Em que os burgueses espiam,
Através das vidraças dos escritórios,
A graça gratuita das nuvens…

Mario Quintana. Nova antologia poética. 12. ed. São Paulo: Globo, 2007.



Fig. 1 (p. 277)

Marcos Guilherme/ID/BR

a) Explique o título desse poema.

O título dá a entender que apenas um milagre pode fazer com que a poesia e o encanto sejam incorporados ao cotidiano.

b) A palavra burguês pode ser usada para designar pessoas cujo principal interesse são os bens materiais. Nesse sentido, por que é um milagre a ação do burguês expressa no poema?

4b. Porque ele se atém a algo que não tem ligação com os bens materiais, a graça gratuita das nuvens.

c) Reescreva o segundo verso, iniciando-o pelo sujeito dessa oração.

E palavras de eterno encanto brotam do lábio do amigo.

d) Classifique o verbo dessa oração quanto à sua transitividade.

Verbo intransitivo.

e) Que função sintática o verso “A graça gratuita das nuvens” exerce?

A função de objeto direto.

f) Como se classifica o verbo espiar nessa oração?

Verbo transitivo direto.



5. Releia o verso a seguir.

E do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto...

O verso apresenta uma metonímia. Reescreva-a e explique sua importância no texto.

5. A metonímia é lábio (a parte pelo todo). É importante que os alunos percebam nesse trecho que a imagem criada é quase cinematográfica, é como se se tivesse dado um close nos lábios de quem profere as palavras de encanto. Não importa quem fala, mas, sim, suas p alavras, que, como o próprio título informa, seriam ditas em uma situação muito improvável, um milagre.



6. No mesmo trecho citado na questão anterior, o verbo brotar foi usado metaforicamente. Que sentido esse emprego metafórico do verbo imprime ao poema?

O uso do verbo brotar remete à planta, à ideia de germinar, desabrochar. A escolha desse verbo está intimamente ligada à temática do poema, que é a mudança do olhar egocêntrico das pessoas para um olhar para o mundo, para a beleza que a natureza oferece de graça.



7. Nesse poema, há palavras que explicitam o sentimento do eu lírico em relação aos dias descritos.

a) Que palavras são essas?

Maravilhosos, mágicos.

b) Qual é a função sintática delas?

São adjuntos adnominais.

8. Leia o bilhete a seguir e responda às questões.

Querido pai

Não deu para eu cumprir a promessa. A Mãe foi embora mesmo.

Mas a mala dela ficou. E eu acho que assim, sem mala, sem roupa para trocar, sem escova de dente nem nada, não vai dar para a Mãe ficar muito tempo sem voltar. Não sei. Vamos ver.

Eu arrastei a mala e escondi ela debaixo da sua cama, viu?

Um beijo da Rebeca.

Lygia Bojunga. Tchau. Rio de Janeiro: Casa Lygia Bojunga, 2003.

a) Qual é o assunto do bilhete?

Rebeca não ter conseguido cumprir a promessa feita ao pai de não deixar a mãe ir embora.

b) Qual é a esperança da menina?

Que sua mãe volte, já que deixou a mala com todos os pertences.

c) Por que, nesse trecho, a palavra mãe está escrita com inicial maiúscula?

A palavra mãe é classificada, geralmente, como substantivo comum. Ao escrevê-la com letra maiúscula, a menina a utiliza como uma palavra que designa uma mãe específica, a mãe dela.



Página 278

9. Compare as frases a seguir.

I. “Mas a mala dela ficou.”

II. Mas Rebeca ficou triste.

a) Como se classifica sintaticamente o verbo ficar nas duas orações?

Na primeira é verbo intransitivo. Na segunda, verbo de ligação.

b) Explique as diferentes classificações do verbo ficar nessas frases.

Dependendo do contexto em que é empregado, o verbo ficar pode ser verbo de ação, como no exemplo I; ou pode indicar um estado do sujeito, como no exemplo II.

10. Leia o texto.

Histórias para o rei

Nunca podia imaginar que fosse tão agradável a função de contar histórias, para a qual fui nomeado por decreto do Rei. A nomeação colheu-me de surpresa, pois jamais exercitara dotes de imaginação, e até me exprimo com certa dificuldade verbal. Mas bastou que o Rei confiasse em mim para que as histórias me jorrassem da boca à maneira de água corrente. Nem carecia inventá-las. Inventavam-se a si mesmas.

Este prazer durou seis meses. Um dia, a Rainha foi falar ao Rei que eu estava exagerando. Contava tantas histórias que não havia tempo para apreciá-las, e mesmo para ouvi-las. O Rei, que julgava minha facúndia uma qualidade, passou a considerá-la defeito, e ordenou que eu só contasse meia história por dia, e descansasse aos domingos. Fiquei triste, pois não sabia inventar meia história. Minha insuficiência desagradou, e fui substituído por um mudo, que narra por meio de sinais, e arranca os maiores aplausos.

Carlos Drummond de Andrade. A cor de cada um. 13. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 28-29.



Acervo PNBE

GLOSSÁRIO
Carecer: ter necessidade de, precisar de.
Facúndia: eloquência, facilidade para discursar.
Jorrar: brotar.

Fig. 1 (p. 278)

Marcos Guilherme/ID/BR

a) Por que o narrador acreditava não ter habilidades para contar histórias?

Porque acreditava não ter imaginação e achava que se expressava com certa dificuldade.

b) Que fato fez o narrador descobrir sua habilidade?

O fato de o Rei nomeá-lo um contador de histórias.

c) O que significa o dizer: “as histórias me jorrassem da boca à maneira de água corrente”?

Que ele contava histórias sem pausa, uma atrás da outra.



11. Releia este trecho.

[...] O Rei, que julgava minha facúndia uma qualidade [...]

a) Qual é o sujeito do verbo julgar nessa frase?

Sujeito desinencial.

b) Qual é o complemento do verbo julgar?

“minha facúndia”

c) A que termo da frase está ligada a expressão “uma qualidade”?

Está ligada ao termo facúndia.

d) Qual é a função sintática exercida pela expressão “uma qualidade”?

Funciona como predicativo do objeto.



Página 279

12. Releia.

[...] passou a considerá-la defeito […]

a) A que se refere a palavra em destaque?

Refere-se à “minha facúndia”.

b) Qual é a função sintática dessa palavra?

Objeto direto.

c) Reescreva a frase acrescentando um sujeito simples e substituindo a palavra em destaque pelo substantivo a que se refere.

O Rei passou a considerar a minha facúndia defeito.

d) Como se classifica o termo defeito nessa oração?

Classifica-se como predicativo do objeto.

e) Classifique o predicado dessa frase.

Predicado verbo-nominal.



13. Leia a tira.

Fig. 1 (p. 279)

Bill Watterson. Calvin e Haroldo – A hora da vingança. São Paulo: Conrad do Brasil, 2009.

Calvin & Hobbes, Bill Watterson © 1989 Watterson/Dist. by Atlantic Syndication/Universal Press Syndicate

Q1: VEJA SÓ ESTA LIÇÃO DE CASA IDIOTA! EU DEVO ESCREVER SOBRE UMA AVENTURA QUE EU TIVE!

Q2: EU NÃO TIVE NENHUMA AVENTURA! MINHA VIDA FOI UM GRANDE TÉDIO DESDE O COMEÇO!

Q3: EU JÁ FUI RAPTADO POR PIRATAS? EU JÁ ENFRENTEI UM RINOCERONTE FURIOSO? EU JÁ ESTIVE NUM TIROTEIO, OU NUM BOMBARDEIO? NÃO! EU NUNCA TENHO AVENTURAS!

Q4: QUE TAL A VEZ QUE VOCÊ ATRAVESSOU A PORTA DA GARAGEM COM O CARRO?
VOCÊ CHAMA ISSO DE AVENTURA? EU NEM CHEGUEI NA ESTRADA!

a) Por que Calvin está bravo?

Porque a professora pediu que ele escrevesse sobre uma aventura que tivesse vivido, mas o garoto acredita que nunca teve nenhuma.

b) O que seria, para ele, uma aventura?

Ser raptado por piratas, enfrentar rinocerontes furiosos, estar no meio de tiroteios ou de bombardeios.

c) Em que, provavelmente, Calvin se baseia para definir o que é aventura?

Provavelmente, em livros e filmes, com muita ação e aventuras fantásticas.

d) Por que ele não considera seus feitos uma aventura?

Porque seus feitos são apenas brincadeiras, não têm os perigos que aparecem na literatura e no cinema.

14. Releia.

I. [...] Minha vida foi um grande tédio desde o começo!

II. Você chama isso de aventura?

a) Classifique o predicado da primeira oração.

Predicado nominal.

b) Qual é o núcleo desse predicado? Como ele pode ser classificado?

“Grande tédio”. Predicativo do sujeito.

c) Classifique o predicado da segunda oração.

Predicado verbo-nominal.

d) Qual é o núcleo desse predicado? Como ele pode ser classificado?

Há dois núcleos nesse predicado: um núcleo verbal (chama) e um nominal (aventura), que pode ser classificado como predicativo do objeto (isso).

15. Releia parte da primeira oração da fala de Calvin no terceiro quadrinho.

Eu já fui raptado por piratas?

a) Classifique o sujeito dessa oração com relação à voz verbal.

Sujeito paciente.

b) Que função exerce a expressão “por piratas”?

Função de agente da passiva.

c) Em que voz verbal se encontra essa oração de Calvin?

Na voz passiva analítica.

d) Reescreva a oração modificando a voz verbal, mas mantendo o sentido original.

Piratas já me raptaram?

e) Compare essas duas orações. Que efeito de sentido provoca o uso da voz passiva em uma delas?

Na voz passiva, dá-se mais destaque a quem sofre a ação, o sujeito paciente; na voz ativa, recebe destaque quem executa a ação.



Página 280

16. Leia o texto de Carlos Drummond de Andrade.

Maneira de amar

O jardineiro conversava com as flores, e elas se habituaram ao diálogo. Passava manhãs contando coisas a uma cravina ou escutando o que lhe confiava um gerânio. O girassol não ia muito com sua cara, ou porque não fosse homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos de natureza.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria. Era uma situação bastante embaraçosa, que as outras flores não comentavam. Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra, na ocasião devida.

O dono do jardim achou que seu empregado perdia muito tempo parado diante dos canteiros, aparentemente não fazendo coisa alguma. E mandou-o embora, depois de assinar a carteira de trabalho.

Depois que o jardineiro saiu, as flores ficaram tristes e censuravam-se porque não tinham induzido o girassol a mudar de atitude. A mais triste de todas era o girassol, que não se conformava com a ausência do homem. “Você o tratava mal, agora está arrependido?” “Não”, respondeu, “estou triste porque agora não posso tratá-lo mal. É a minha maneira de amar, ele sabia disso, e gostava.”

Carlos Drummond de Andrade. A cor de cada um. 13. ed. Rio de Janeiro: Record, 1997. p. 30.



Acervo PNBE

Fig. 1 (p. 280)

Marcos Guilherme/ID/BR

a) A atitude do girassol diferencia-se daquela que as outras flores tinham para com o jardineiro. Segundo o narrador, quais eram os possíveis motivos que levavam o girassol a ter essa atitude?

O fato de o girassol não o considerar um homem bonito, ou porque os girassóis são orgulhosos por natureza.

b) Como são classificadas as orações que indicam esses motivos?

Orações coordenadas sindéticas alternativas.

c) O que essas orações nos revelam a respeito do conhecimento do narrador sobre as razões do girassol?

Essas orações nos revelam que o narrador não tem certeza dos motivos do girassol. Ele apresenta duas hipóteses.

d) De que modo o fato de o girassol voltar-se contra a luz contribui para a caracterização de sua relação com o jardineiro?

Sendo o girassol uma flor cujo movimento natural segue o movimento do Sol, voltar-se contra a luz é ir contra sua própria natureza. A flor preferia ir contra sua natureza a ver o rosto do jardineiro.



17. Releia.

Em vão o jardineiro tentava captar-lhe as graças, pois o girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria.

a) Que relação de sentido a oração em destaque tem com a que a antecede? Explique.

A oração destacada explica a anterior. A conjunção (pois) aparece anteposta ao verbo, o que a caracteriza como conjunção explicativa.

b) Classifique a oração em destaque.

Oração coordenada sindética explicativa.

c) Reescreva o período acima em uma ordem diferente, começando pela oração “O girassol chegava a voltar-se…”. Faça as alterações necessárias.

17c. O girassol chegava a voltar-se contra a luz para não ver o rosto que lhe sorria; em vão, portanto, o jardineiro tentava captar-lhe as graças.

d) Que tipo de relação se estabeleceu entre as orações na nova construção?

A segunda oração estabelece uma ideia de conclusão em relação à primeira.



18. Copie do texto o período que mostra que o jardineiro não desistiu de cuidar do girassol.

“Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol e de renovar-lhe a terra na ocasião devida.”



19. Identifique e classifique as orações que formam esse período.

“Nunca, entretanto, o jardineiro deixou de regar o pé de girassol” – oração coordenada sindética adversativa; “e [nunca deixou] de renovar-lhe a terra na ocasião devida” – oração coordenada sindética aditiva.



Página 281

20. Observe o emprego do adjetivo triste nas frases.

I. […] as flores ficaram tristes […]

II. A mais triste de todas era o girassol […]

a) Em qual frase a tristeza parece ser momentânea e em qual delas pode ser uma condição permanente?

Na primeira frase, a tristeza das flores é momentânea; na segunda, permanente.

b) Qual é a classificação sintática do adjetivo triste nas orações?

Predicativo do sujeito.

21. Leia a tira.

Fig. 1 (p. 281)

Níquel Náusea, de Fernando Gonsales.

Fernando Gonsales/Acervo do artista

Q1: ESTAMOS ENCURRALADOS!

Q2: PRECISAMOS NOS SEPARAR!

Q3: NÃO FOI BEM ISSO QUE EU PENSEI!

a) O verbo separar-se pode ser entendido de mais de uma maneira. Quais são os sentidos possíveis?

Separar um ser do outro e separar as partes do mesmo ser.

b) No segundo quadrinho, qual era o sentido imaginado pelo rato?

Separar um rato do outro.

c) Copie da tira uma oração em que há um verbo na voz reflexiva.

“Precisamos nos separar!”

22. Leia as frases a seguir.

I. Em tempos como os de hoje em dia, falar sobre o medo me parece atual, propício e mais do que tudo necessário.


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