Português 9º ano



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. Acesso em: 2 jun. 2015.

1. O que há de comum nos textos e imagens?

• O que você já sabe sobre isso?



2. Relacione em seu caderno.

I. Versos da canção Tendo a lua.

II. Pintura de Marc Chagall.

III. Cena coreográfica do espetáculo Varekai.

IV. Poema de Solange Firmino.

a) Os versos sugerem formas e ações da natureza sobre o homem.

b) Sugere-se identidade entre o corpo que cai e a terra que o aguarda, por meio da exploração de cores quentes.

c) O eu lírico se identifica com o mito, projetando nele sua própria história.

d) O corpo humano, por meio dos gestos, expressividade e equilíbrio, imita o voo de um pássaro.

Cada uma dessas manifestações artísticas contemporâneas reconta com liberdade o mito de Ícaro. Leiao a seguir:



Texto 2

Voar... voar

O rei Minos, em tempos que já vão longe, mandou prender em uma torre o arquiteto Dédalo — construtor do célebre Labirinto de Creta — e seu filho Ícaro.

A torre dava, de um lado, para o mar, onde navios armados guardavam as águas, e de outro lado, para a terra, onde um exército vigiava a torre. A fuga dos prisioneiros era impossível.


Página 128

Dédalo pensou:

— O rei Minos controla a terra e o mar, mas não pode controlar os ares. Hei de fugir pelos ares com meu filho.

Dédalo era muito engenhoso e, assim, decidiu fazer dois pares de asas: um grande, outro pequeno. Se bem pensou, melhor executou. Seu trabalho foi penoso, porque o menino Ícaro, sempre irrequieto, ora soprava as penas, ora derrubava a cera com que o pai armava as asas. Trabalhando com persistência, Dédalo conseguiu terminar a tarefa.

Que lindas asas! Dédalo experimentou as suas, soergueu-se, manteve-se no ar. Depois, como um pássaro que ensina ao filhote os primeiros voos, exercitou o filho no manejo das asas. As tentativas foram coroadas de êxito.

Dédalo fez as últimas recomendações:

— Ícaro, meu filho, mantém-te sempre em altura equilibrada; não voes muito baixo, porque a umidade das águas próximas pode fazer melar tuas penas, nem subas alto demais, porque o sol pode derreter a cera e desmanchar as tuas asas.

Dédalo beijou o filho, e ambos saíram voando.

O pai ia um pouco à frente para dar coragem a Ícaro — mas volvia sempre a cabeça a fim de verificar se o menino se mantinha com segurança. Voavam... voavam...

No fim de algum tempo, o pequeno Ícaro sentiu-se dono dos ares... e tentou um voo mais alto como se quisesse alcançar o céu. Dédalo perdeu de vista o filho.

Pouco depois as penas de um parzinho de asas boiavam nas águas do mar... E um pai, aflito, gritava:

— Ícaro, Ícaro, onde estás?

[...]

OLIVEIRA, Alaíde Lisboa de. Histórias que ouvi contar. São Paulo: Peirópolis, 2004. p. 20. (Fragmento).



1. O que Dédalo buscava com a construção das asas?

2. O que Ícaro buscou com suas asas?

3. Que cena descrita no texto anuncia implicitamente a morte de Ícaro?

Clipe

O planador

Otto Lilienthal foi um engenheiro alemão que no século XIX publicou uma importante obra sobre o voo dos pássaros contendo informações que serviram de base para a aviação. Ele construiu o planador, em que realizou vários voos, alcançando alturas de até 25 m. O último deles foi em 1896, quando uma queda acabou causando sua morte. Suas últimas palavras referiamse à aviação: “Sacrifícios precisam ser feitos”.

Disponível em: http://www.museutam.com.br/quem_lilienthal.php>. Acesso em: 3 jun. 2015. (Fragmento adaptado).
Página 129

4. Muitos leem nesse mito uma lição de moral a ser tirada pelos mais jovens. Qual seria ela?

5. Outros preferem ler no mito uma representação de características tipicamente humanas. Quais seriam elas?

6. E, para você, o que esse mito lhe diz hoje?

Viver preso e submisso a um rei ou ousar os riscos de conquistar a liberdade? Respeitar nossos limites ou arriscar formas de ampliá-los? O que se pode aprender com a experiência dos pais? Vale ou não a pena considerála?

Quantas questões a história do menino que bateu por demais as asas ainda suscita, não é mesmo?

Se você quiser conhecer outros mitos, inclusive o que gerou o castigo que o rei Minos impôs a Dédalo e a seu filho, não deixe de conferir esta dica de leitura!



Vale a pena ler!

FRANCHINI, A. S.; SEGANFREDO,

Carmen. As 100 melhores histórias da mitologia.

Porto Alegre: L&PM, 2003.

A Guerra de Troia. Os Doze Trabalhos de Hércules. A história de amor de Cupido e Psique. A desgraça de Édipo. O retorno de Ulisses a Ítaca. As maiores batalhas do mundo antigo, o nascimento dos mais célebres heróis de então, os principais episódios envolvendo deuses e deusas do Olimpo, mortais, imortais, monstros e bestas são aqui relatados na sua forma original: com o vigor da ficção. Nas cem histórias que compõem este livro, as forças da natureza [tomam] vida, formase o Universo, nasce o homem, surgem os animais e explicamse, segundo a ótica mágica da mitologia grecoromana, os primórdios da existência e da história da humanidade. Os mitos não são mitos, mas personagens vívidos e de carne e osso, que pensam, sentem e amam – tudo isso contado numa prosa acessível – e que compõem o berço da cultura ocidental.

Disponível em: . Acesso em: 19 abr. 2012.

Página 130

Caderno de Práticas de literatura

Apresentação

Um caderno de textos que “não servem para nada”

Você já parou para pensar em sua relação com a linguagem? Se o fez, sabe muito bem que, da hora em que você acorda até a hora em que vai dormir, você lida com textos. Textos só de palavras, ou de palavras com gestos. Ou de palavras, gestos, cores e formas. Textos falados. Textos escritos. Ou textos falados e escritos. O tempo todo você está produzindo textos ou significando os textos que o cercam. Textos que servem para convencer. Textos que servem para explicar. Textos que servem para informar... Enfim, tantos textos, como são tantas as nossas necessidades de viver em sociedade.

Aprender a ler e a produzir melhor esses textos na escola, afinal de contas, é aprender a viver melhor nesse “mundo de textos”. Precisa defender seu ponto de vista? Use o que aprendeu sobre debates e artigos de opinião. Precisa entender o que está por trás de uma informação? Use o que aprendeu sobre notícias e reportagens. Precisa contar para alguém suas experiências? Use o que aprendeu sobre relatos e depoimentos, e por aí vai...

A essa altura você já deve estar impaciente: já entendi, mas para que servem os textos deste caderno aqui? Não se espante: eles não servem para nada! E talvez por isso, na correria do dia a dia, as pessoas encontrem cada vez menos tempo para lê-los... Uma pena: deixam de dar sons, imagens e sentidos inesperados às palavras em estado de poesia; deixam de imaginar uma história bem narrada, de se emocionar com as personagens; deixam de experimentar a sensação mágica de ver histórias no palco, como se acontecessem ali, pela primeira vez...

Ainda bem que você e sua turma terão um caderno de textos que não servem para nada, com o qual, aliás, descobrirão que o uso de duas palavras negativas pode significar uma afirmação. Já estranhou de novo? Pense bem: se não serve para nada é porque serve para alguma coisa. O quê? Ah, esse é um enigma da literatura que só se resolve por seus leitores. E já avisamos, não é nada elementar, meu caro jovem!



Página 131

Entre leitores e leituras: práticas de literatura

Capítulo 1: Pode se chocar e se emocionar, porque as tragédias foram feitas para provocar isso mesmo!

Capítulo 2: Ridendo Castigat Mores ou Rind, castigam-se os cstumes viciss
Página 132

Práticas de literatura

Entre leitores e leituras: práticas de literatura

Graças a um deus: conta-se que assim teve origem o teatro!
Página 133

Conversa afinada

Observe a reprodução da tela de Dosso e leia as informações sobre Dioniso. Depois, com base nas questões a seguir, converse com seus colegas e professor.



1. Como a pintura sugere a superioridade de Dioniso em relação ao espaço dos homens?

2. Que características físicas do deus são destacadas? Explique.

3. Observe detalhadamente o manto e a posição do corpo: o que Dioniso parece estar fazendo? Explique.

4. O quadro criado por Dosso combina com os motivos pelos quais os devotos de Dioniso o celebravam? Explique.

Dioniso, também conhecido como Baco na mitologia romana

O deus Dioniso, além de favorecer a fertilidade, ensinou os homens a cultivar uvas e a produzir o vinho. Seus devotos achavam que esses eram bons motivos para agradecer-lhe por meio de cerimônias, que incluíam cortejos, danças, cantoria, bebidas. Por volta do século VII a.C., passou a fazer parte dessas cerimônias um hino, um canto sagrado, chamado ditirambo. Os próprios devotos improvisavam o texto com passagens do mito de Dioniso. A princípio, isso era feito por um coro de homens, os coreutas, até que um deles foi ganhando mais falas, o corifeu. Conta-se que, em certa ocasião, um corifeu, chamado Téspis, começou a representar o próprio Dioniso, demonstrando alegria nos momentos felizes, chorando nas passagens tristes. Com isso [...] nasceu a tragédia.

As celebrações dionisíacas incluíam um cortejo ruidoso, irreverente e alegre, que cultuava Dioniso principalmente como deus da fertilidade. Dançando freneticamente e cantando a plenos pulmões, esse cortejo, chamado comos, dirigia gracejos à multidão, que também passou a responder a eles. Desse desafio verbal nasceu a comédia, várias décadas depois da tragédia.

FEIST, Hildegard. Pequena viagem pelo mundo do teatro. São Paulo: Moderna, 2005. p. 5-6. (Fragmento adaptado).



Quem é

Pintor renascentista que liderou a Escola de Ferrara, no século XVI, Giovanni Luteri, ou Dosso Dossi, como era conhecido, foi influenciado pelo conceito romântico no qual a paisagem é um elemento importante e as figuras devem ficar à vontade e bem iluminadas.


Página 134

5. Considere o uso da palavra tragédia nas seguintes situações.

Tragédia! Jovem do Wolfsburg morre em acidente de carro na Alemanha


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