. Acesso em: 20 fev. 2015.
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Vale a pena ver e ler!
O Auto da Compadecida, Brasil, 2000.
Direção de Guel Arraes.
No vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba, João Grilo (Matheus Nachtergaele) e Chicó (Selton Mello), dois nordestinos sem eira nem beira, andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, “o filme mais arretado do mundo”. A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua. João Grilo e Chicó preparam inúmeros planos para conseguir um pouco de dinheiro. [...] Os planos da dupla, que envolvem o casamento entre Chicó e Rosinha e a posse de uma porca de barro recheada de dinheiro, são interrompidos pela chegada do cangaceiro Severino (Marco Nanini) e pela morte de João Grilo. Todos os mortos reencontram-se no Juízo Final, onde serão julgados no Tribunal das Almas por um Jesus negro (Maurício Gonçalves) e pelo diabo (Luís Melo).
Disponível em: . Acesso em: 16 abr. 2012. (Fragmento).
O santo e a porca é uma comédia dividida em três atos que narra a história de Euricão Árabe, um velho avarento, devoto de Santo Antônio, que esconde em sua casa uma porca cheia de dinheiro.
Disponível em: . Acesso em: 31 jan. 2012.
Oficina literária!
Que tal provocar a reflexão crítica, as emoções e o riso de outras pessoas por meio do teatro?
Condições de produção
O quê?
Vocês encenarão o(s) texto(s) estudado(s).
Para quem?
Para um público extraclasse, conforme a orientação de seu professor.
Como fazer?
Organizem os grupos de trabalho, conforme a sugestão do professor, planejem o cronograma e mãos à obra! Com seus colegas, preencha o quadro a seguir para organizar as etapas.
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Datas
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Espaços
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1. Releitura compartilhada do texto; discussão sobre a encenação (cenário, sonoplastia, iluminação, figurinos); divisão das tarefas.
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2. Exercícios de leitura dramática.
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3. Exercícios de atuação.
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4. Produção e ensaios.
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5. Apresentação para avaliação, ajustes e novos ensaios.
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6. Apresentação final.
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Para cada etapa, aproveitem estas dicas.
1. Releitura e idealização da encenação
Em um grupo de teatro, precisa haver muita “sintonia”, isto é, o trabalho de cada um precisa estar bem coerente com o dos demais. E todos os trabalhos precisam estar, claro, afinados com o texto e com o que se quer passar dele para o público. Por isso é fundamental a releitura compartilhada da peça, para que, em grupo, antes de decidir quem vai fazer o quê, haja a definição destes pontos:
• Como deve ser o cenário?
• Haverá efeitos de sonoplastia (música, sons com imitação de barulhos)?
• Como devem ser os figurinos?
• Quem do grupo ficará responsável por que tarefa?
Como os espetáculos não apresentarão as peças integralmente, é importante pensar em estratégias para situar o público sobre as cenas que serão apresentadas.
Vocês podem usar um narrador que fale com o público antes da apresentação.
Na comédia grega, isso pode acontecer por meio de um coro (como acontecia mesmo). Nos autos, vocês podem brincar com alegorias: um anjo ou um diabo pode fazer o papel desse narrador. Para qualquer um desses casos, o mais importante é decidir exatamente que informações são fundamentais para situar o público, sem que se comprometa a surpresa da encenação.
2. Exercícios de leitura dramática
Nessa etapa, os que “viverão” as personagens farão várias leituras dramáticas de suas falas, para expressar, por meio do ritmo e da altura da voz, como são, o que sentem e como se comportam as personagens, de acordo com as sugestões das rubricas e dos diálogos. É ocasião também para vocês, claro, darem “toques pessoais” às personagens, como fazem atores e atrizes profissionais. Além de ajudar vocês a construir as personagens, esses exercícios facilitarão bastante a decoração significativa e espontânea das falas. Caso sinta necessidade, o grupo pode decidir, nesse momento, adaptar uma ou outra passagem do texto.
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3. Exercícios de atuação
Agora é hora de aliar o trabalho com os corpos à interpretação verbal: a colocação das personagens no palco, a exploração de expressões faciais e gestos, a relação das personagens com os elementos cênicos (cadeira, manto, barca, etc). Lembrem-se de que tudo isso deve ser feito com uma dupla intenção de interação: as personagens falarão e agirão umas sobre as outras, como se estivessem vivendo os acontecimentos em um mundo à parte, mas, ao mesmo tempo, o público será interlocutor: tudo deve ser feito para causar nele sensações, emoções e reflexões!
4. Produção e ensaios
Tudo bem discutido e decidido? Então, é hora de trabalhar. Façam as produções do que foi combinado e ensaiem bastante!
5. Apresentação para avaliação, ajustes e novos ensaios
Um olhar externo ajuda bastante a perceber o que ainda pode ser melhorado. Por isso, quando o grupo estiver com tudo em ordem e bem ensaiado, deve fazer uma apresentação prévia para o professor. Nessa ocasião, anotem as observações e dicas recebidas, façam as correções e ajustes necessários e ensaiem novamente.
6. Apresentação final
Divulguem o Festival. Chegado o grande dia, procurem controlar o “friozinho na barriga” (que é normal!), concentrem-se e caprichem na apresentação para o público de vocês!
Chegamos ao fim desta unidade. Esperamos que você tenha gostado de conhecer mais sobre o teatro e sua origem, de ter lido e discutido peças trágicas e cômicas e, finalmente, de ter experimentado fazer teatro. Esperamos também que, vez ou outra, você busque viver outras experiências de leitura e espetáculos teatrais, revivendo o culto a Dionísio (ou Baco, na tradição romana), que, no fundo, é um culto dos homens à capacidade de reinventar a vida por meio da arte.
Vamos repensar
1. Retome as perguntas que motivaram suas aprendizagens nesta unidade:
• O que são tragédias?
• O que são comédias?
• Como aproveitar a escola para conhecer mais sobre elas?
2. Escreva um pequeno texto em seu caderno, sintetizando o que você discutiu e aprendeu nesta unidade e o que você considerou importante para ajudá-lo a construir respostas para as questões acima.
3. Compare seu texto com as anotações que você fez no caderno ao longo dos dois capítulos.
4. Conclua: hoje você sabe mais do que sabia antes?
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Caderno de Estudos de língua e linguagem
Apresentação
Um caderno de estudo e investigação das possibilidades da língua
Ei, você...
Já parou pra pensar que, em quase tudo o que você faz, a língua — falada ou escrita —
está presente?
E então, perguntamos:
Que coisa é essa que chamamos de língua?
Qual é a sua importância? Pra que ela serve?
O que podemos fazer com ela? Como podemos usá-la? Podemos modificá-la?
Já pensou nisso tudo?
Neste Caderno de Estudos de língua e linguagem, você terá a oportunidade de exercer o papel de curioso, de pesquisador dessa língua que chamamos de língua portuguesa e que você já conhece e usa muito bem!
Você vai dar uma de “filósofo da linguagem” e de gramático! Vai descobrir que há muito o que investigar e aprender sobre ela, apesar de tudo o que você já sabe!
Chegou a hora! Se liga nessa parada com a galera e se abra para conhecer as múltiplas faces de camaleão dessa nossa língua portuguesa!
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Unidade 1
Língua e linguagem
• Capítulo 1: Formação e significação de palavras na nossa língua
• Capítulo 2: Usos expressivos da língua: figuras fônicas
Unidade 2
Língua e gramática normativa
• Capítulo 1: Período composto por subordinação
• Capítulo 2: Orações subordinadas substantivas
• Capítulo 3: Orações subordinadas adjetivas
• Capítulo 4: Orações subordinadas adverbiais
Unidade 3
Ortografia e pontuação
• Capítulo 1: Ortografia
• Capítulo 2: Acentuação das palavras — retomada das regras de acentuação de hiatos e de ditongos
• Capítulo 3: Pontuação — ponto e vírgula e travessão
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Estudos de língua e linguagem
UNIDADE 1 - Língua e linguagem
O que é isso?
Observe esta reprodução da capa de um livro.
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Discuta com a turma
1. Focalize sua atenção no título.
a) Do que parece tratar o livro?
b) Agora, observe uma das palavras que o autor criou para compor o título: abensonhadas. Ela é formada por duas palavras. Você consegue identificá-las?
c) Considerando os sentidos das duas palavras que formam abensonhadas, que significado você daria a essa nova palavra criada pelo escritor, se tivesse que escrever um verbete de dicionário sobre ela?
d) Que sentido pode-se dar ao título Estórias abensonhadas?
e) O que teria levado o escritor a criar essa palavra em vez de optar por um título usando as duas palavras que a compõem?
f) Pense em outras palavras que foram formadas a partir de duas ou mais palavras, de modo semelhante a essa que compõe o título do livro, e apresente-as para a sala.
2. Agora veja esse poema concreto de Augusto de Campos.
CAMPOS, Augusto de. Rever. In: CAMPOS, Augusto de. Viva Vaia: poesia 1949-1979. São Paulo: Ateliê Editorial, 2008. p. 201-202.
a) O que compõe este poema concreto?
b) O que significa a palavra rever?
c) O que chama mais atenção na forma do poema?
d) A palavra rever é derivada de que palavra?
e) O que foi acrescentado à palavra primitiva para que esta ganhasse novo significado?
f) Compartilhe com seus colegas outras palavras às quais você poderia acrescentar essa mesma parte e mudar os seus significados.
Será que é mesmo?
Nesta unidade, estudaremos o nosso léxico: de onde vêm as palavras da nossa língua, como são formadas e que elementos ajudam a dar significado a elas. Também veremos como e por que podemos ampliar o repertório das palavras que compõem a língua, formando novas palavras com novos significados.
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Capítulo 1 - Formação e significação de palavras na nossa língua
Como é que é?
Nos volumes anteriores, ao discutirmos o que quer e o que pode a nossa língua, falamos sobre alguns tipos de relações entre as palavras (polissemia, antonímia e sinonímia) e estudamos alguns recursos expressivos aos quais podemos recorrer quando queremos produzir certos efeitos de sentido.
Agora é o momento de voltarmos a olhar um pouco mais de perto para as palavras como unidades que significam.
• De onde vêm as palavras da nossa língua?
• Como elas são formadas?
• Como podemos formar novas palavras, com novos significados?
• Qualquer um de nós pode formar novas palavras?
• Para que precisamos de novas palavras?
Língua e palavra
Converse com a turma
Vamos relembrar, por meio do esquema apresentado a seguir, uma das discussões de que você participou nos anos anteriores. Compartilhe com seus colegas a leitura do esquema.
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1. Entre os sistemas de signos mostrados no esquema, qual é o que mais utilizamos?
2. De acordo com o esquema, qual é a importância desse sistema de signos?
3. Esse sistema de signos é formado pelo quê?
Palavra e significação
Se por meio das palavras apreendemos o mundo, então as palavras não são feitas só de sons e letras, mas também de significados que damos a elas, certo?
• Então, como apreendemos esses significados?
1. Observe estas palavras.
guardar
tempo
comida
passar
roupa
chuva
Desde que nasce, você aprende o que cada uma delas significa ao usá-las no seu dia a dia, certo? Na maioria dos casos, não há nada nessas palavras que sinalize os seus significados. Em geral, simplesmente aprendemos essas palavras e o que elas significam.
Agora, se acaso juntamos duas palavras dessas para formar outra palavra que nomeará algo inventado pela humanidade ou que existe na natureza, teremos, por exemplo: guarda-sol.
a) Que outras palavras podem ser formadas a partir das que você observou?
b) Os significados dessas novas palavras têm relação com os significados das palavras que as compõem ou não? Analise-as e explique o que você observou.
2. Observe estas outras palavras.
pé de cabra
pé de moleque
girassol
a) Você sabe o que cada uma delas significa? Procure no dicionário, se preciso.
b) Copie no caderno a frase que melhor completa o trecho a seguir.
O significado dessas palavras:
• tem alguma relação com os significados das palavras que as compõem, por isso podemos inferi-lo.
• não tem nenhuma relação com os significados das palavras que as compõem, por isso precisamos memorizá-lo.
• tem alguma relação de semelhança (sentido figurado) com a forma ou característica do objeto que nomeiam ou designam.
Família de palavras
Damos o nome de família de palavras ao conjunto de palavras que se formam a partir de uma palavra primitiva, sejam simples ou compostas. Veja: pedra — pedrisco, pedregulho, empedrar, quebra-pedra, etc.
Como se vê, existe uma parte da grafia que permanece igual: é o chamado radical. Nesse caso, a partícula pedr é o radical das palavras simples. No caso da palavra composta, temos dois radicais: pedr e o radical da outra palavra que a compõe — quebr (quebrou, quebradeira).
As palavras da mesma família também têm algo em comum quanto ao significado.
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Vamos lembrar
Além do radical, há outras partículas que podem ajudar a formar palavras e que carregam algum significado:
Desinências — partes que servem para indicar:
• o gênero e o número dos nomes (desinências nominais): menino / menina / meninas.
• o tempo, o modo, o número e a pessoa dos verbos (desinências verbais): amo, amas; amemos, amem.
Afixos — partes afixadas às palavras para criar novas palavras:
• Prefixos: partículas que vêm no início: insatisfeito.
• Sufixos: partículas que vêm no fim: satisfatório.
3. Agora, observe estas frases.
Ele formou um novo grupo de amigos.
Eu transformei um grupo de amigos em inimigos.
Seu caráter foi deformado pelas más companhias.
As opiniões dos debatedores estão conformes.
• Considere as palavras destacadas e analise-as em relação à grafia e ao sentido delas nas frases. Identifique:
I. O que há de comum entre elas.
II. O que há de diferente.
As palavras e suas partículas significativas
Como você viu, as palavras podem ser formadas por diferentes partículas que carregam significados. Ao formar uma palavra, podemos acrescentar ou retirar essas diferentes partículas, dependendo dos significados que queremos construir. A essas partículas que carregam significados e que formam as palavras damos o nome de morfemas ou elementos mórficos.
O conjunto de palavras da língua portuguesa: o nosso léxico
Você já sabe que a língua portuguesa teve a sua origem na língua latina, falada pelos romanos — povo que na Antiguidade conquistou diversas regiões, incluindo aquela que hoje corresponde a Portugal.
Do latim, herdamos grande parte das palavras que existem na nossa língua. Quando usamos palavras como amor, calor, presente, mesa, casa, brinquedo, estamos fazendo uso dessa herança.
Mas há palavras que hoje fazem parte do português que vieram de outras línguas e há outras tantas que vamos inventando, conforme temos necessidade, usando o nosso conhecimento linguístico, muitas vezes sem nem percebermos. É o que vamos estudar agora.
Clipe
A formação do nosso léxico
Ao conjunto de palavras que compõem uma língua damos o nome de léxico. Desde o seu surgimento (século XII), a língua portuguesa vem se modificando. E, devido ao contato com outros povos, nosso léxico – de base latina – tem sido ampliado por palavras de outras origens. Veja:
• Bando, espora, luva, guerra: germânica
• Algodão, alecrim, açúcar, alfaiate, alfinete: árabe
• Arlequim, tenor, violoncelo: italiana
• Blusa, envelope, champanha: francesa
• Arapuca, jabuti, amendoim: tupi
• Quitute, cochilo, moqueca: africana
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Os empréstimos (estrangeirismos)
Uma das maneiras de aumentar ou renovar o nosso léxico se dá pelos empréstimos que fazemos de outras línguas.
Observe a tira de Calvin.
1. Qual é o drama do menino?
2. Na tira, aparecem duas palavras que são vocábulos próprios do universo dos computadores.
a) Quais são elas e o que significam?
b) Procure-as no dicionário e observe a etimologia (origem) de cada uma. Qual a origem delas?
c) Que outras palavras do universo dos computadores você conhece que vêm da mesma língua?
d) Por qual razão você acha que essas palavras passaram a ser usadas por nós?
A resposta ao item d da questão 2 será retomada na seção “Então ficamos assim...”. Não se esqueça, portanto, de registrá-la em seu caderno.
e) Que palavras próprias da nossa língua poderiam ser usadas no lugar das que Calvin usou?
3. Qual sentido a palavra reinicializou assume na fala de Calvin, no último quadrinho?
Palavras estrangeiras aportuguesadas
Muitas das palavras que “tomamos emprestadas” de outras línguas acabam passando por um aportuguesamento. Nesse processo, geralmente a base da palavra é mantida, mas sua pronúncia, morfologia e/ou grafia são adaptadas aos padrões do português.
Caubói: do inglês cowboy.
Quitute: do quimbundo kitutu.
Clicar: do inglês (to) click.
Palhaço: do italiano pagliaccio.
Ateliê: do francês atelier.
Jacaré: do tupi yaka’re.
Alfaiate: do árabe al-hayyât.
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Neologismos — os novos significados e as novas palavras
Além dos empréstimos, podemos ampliar o nosso léxico criando novas palavras a partir de palavras que já existem na nossa língua ou, ainda, criando novos sentidos para palavras que já existem.
Veja como isso acontece, observando e analisando os dois textos a seguir.
Texto 1 – mensagem de rede social
1. O que o autor dessa mensagem está informando?
2. Observe a primeira oração da mensagem:
“Opppaaaaaa brisei na vibe do showw” [...]
a) Você entendeu o que o autor da mensagem disse?
b) Qual é o verbo dessa oração?
c) Procure localizar no dicionário a palavra primitiva que originou esse verbo. Explique o que encontrou e quais são os sentidos possíveis da palavra primitiva.
d) Que sentido esse verbo tem no contexto em que foi usado?
3. Considere estas duas palavras usadas na mensagem: vibe e show. Ambas são empréstimos de outra língua. Uma delas já faz parte do nosso léxico e por isso é encontrada no dicionário. Já a outra, não.
a) Procure-as no dicionário e indique qual delas já faz parte do nosso léxico e a que língua pertence.
b) Seguindo as orientações do professor, descubra a origem da outra palavra e procure o seu significado.
c) Que palavras em português poderiam ser usadas no lugar delas?
Vamos lembrar
Os novos sentidos e a polissemia
Você já sabe que a maioria das palavras é polissêmica, ou seja, apresenta significados diferentes conforme o contexto. Sabe, também, que muitos desses significados nascem do uso figurado da linguagem. Pense, por exemplo, na palavra mala. Ela pode ser usada figuradamente com o sentido de “chato, inconveniente”, como em: “Ih! lá vem aquele mala do meu vizinho...”. Quando isso acontece, as palavras ganham novos sentidos.
Fique de olho, pois esse processo tem tudo a ver com o processo de neologia, que você vai estudar nesta seção.
Neologismos e gírias
Quando se cria uma palavra ou expressão nova, ou ainda quando se atribui novo sentido a uma palavra, dizemos se tratar de um neologismo. Geralmente, os neologismos são criados a partir dos processos de formação de palavras próprios da língua (os quais você conhecerá adiante). As gírias, por representarem novas palavras e/ou novos sentidos das palavras, também são neologismos. No entanto, elas têm a característica de, geralmente, identificar o falante como pertencente a determinado grupo social (por exemplo, surfista, internauta, fã de música sertaneja, etc.).
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Texto 2 – reportagem
Intoxicados de informação
O estresse causado pela hiperconectividade e a sensação de estar desatualizado causam a chamada infoxicação. Saiba quais são os sintomas e como se livrar desse mal.
A publicitária L. M., 24 anos, toma café da manhã com os olhos grudados num livro. No caminho para o trabalho, parada no trânsito de São Paulo, aproveita para escutar notícias pelo rádio do carro e ler mais um pouco. Passa o dia conectada, respondendo a e-mails, checando redes sociais e pesquisando sites relacionados ao trabalho. “Chego a ficar tonta com tanta informação, a ponto de ter de sair da frente do computador e esperar passar”, conta a paulistana, que recentemente abriu mão do celular com internet para tentar reduzir o estresse com a hiperconectividade.
Apesar de antenada com tudo, se sente constantemente desatualizada.
[...]
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