“São elementos que, quando incertos, nos colocam em situação de estresse. Quando já temos tudo isso garantido, somos livres para fazer só aquilo que queremos”, diz a psicóloga Angelina Corrêa Scardua.
(4), o dinheiro não garante uma amizade verdadeira e o amor, que são elementos essenciais para o ser humano se sentir feliz e completo.
Portanto, a cobertura total e completa do corpo da mulher (e só da mulher, os homens podem se vestir sem as mesmas restrições) resulta de imposição cultural, e não exatamente religiosa. Tanto que nem todas as muçulmanas usam o véu integral e nem por isso deixam de praticar suas crenças.
(7), é preciso lembrar que as regras mais elementares de segurança pública recomendam que as pessoas não cubram suas faces e não se ponham mascaradas ao frequentar espaços de uso comum. [...]
[...] quando algumas mulheres árabes se posicionam publicamente a favor da burca ou do niqab (os dois tipos de véu que cobrem o rosto, bem como todo o corpo e até as mãos), essas declarações demonstram a total falta de percepção da realidade e de sua própria condição. São pessoas que foram condicionadas a esse uso durante toda a existência e começaram a acreditar que são felizes assim.
Luiza Nagib Eluf é procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo. Foi secretária nacional dos Direitos da Cidadania no governo FHC e subprefeita da Lapa na gestão Serra/Kassab. É autora de A paixão no banco dos réus e de Matar ou morrer — o caso Euclides da Cunha, entre outros.
. Acesso em: 27 maio 2015. © Folhapress.
Converse com a turma
1. Observe o nome da seção do jornal em que o texto foi publicado (“Tendências/Debates”). O que está sendo debatido?
2. Por que a palavra “NÃO” aparece logo após a pergunta “A lei antivéu na França fere o Estado laico?
3. Se o texto fosse escrito por outra pessoa, poderia estar escrito “SIM” em vez de “NÃO”? Explique sua resposta.
4. Quais argumentos a autora usa para defender seu ponto de vista? Eles lhe parecem convincentes?
5. Podemos dizer que a autora apresenta um contra-argumento? Por quê?
2. Copie no caderno a tabela a seguir e preencha-a com as expressões da questão anterior. Uma delas já foi colocada na coluna certa.
MODELO
Palavra ou expressão que apresenta o argumento inicial para provar ou exemplificar uma afirmação anterior
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A primeira
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Palavra ou expressão que acrescenta um argumento ao(s) argumento(s) anterior(es)
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Palavra ou expressão que contrapõe uma ideia às ideias apresentadas anteriormente
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Palavra ou expressão que finaliza a argumentação
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3. Observe as palavras do quadro abaixo e escolha aquelas que também poderiam preencher as lacunas dos textos da atividade anterior. Faça adaptações ao texto, se necessário.
quando ao final de um ano inicialmente
para finalizar em segundo lugar além disso
por último em primeiro lugar durante muito tempo
onde essa entretanto
finalmente por fim aquilo
4. Agora, no caderno, volte ao quadro da atividade 2 e complemente-o com as expressões escolhidas.
Praticando
Chegou a hora de colocar em prática o que você e os colegas acabaram de aprender sobre a articulação e a organização de ideias em um texto!
Se liga nessa!
Na hora de escrever seu artigo de opinião, lembre-se de que as palavras ou expressões estudadas nesta atividade podem ajudá-lo muito a escrever um texto mais bem articulado.
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• Para começar, junte-se a um colega e leiam os dois textos a seguir. O primeiro faz parte de uma reportagem sobre adolescentes que têm dificuldade para acordar cedo quando recomeçam as aulas, pois, durante as férias, estavam acostumados a virar a noite na frente do computador. O segundo foi extraído de uma cartilha do Ministério do Meio Ambiente sobre sacolas plásticas.
Texto 1
EFEITOS DA FALTA DE SONO
Saiba por que não é legal ficar zumbi de manhã
• Dificuldade para fixar novos conteúdos na escola.
• A longo prazo, causa obesidade, pois você passa a comer mais.
• Mau humor constante.
Entre no ritmo
• Respeite seu horário de sono: durma cedo para acordar cedo.
• Faça atividades físicas regularmente, mas evite-as depois que escurecer.
• Evite sonecas durante o dia.
[...]
Folha de S.Paulo, 14 fev. 2011. Folhateen. (Fragmento). © Folhapress.
Texto 2
Alguns motivos para diminuir o consumo de sacolas plásticas
• A produção de sacolas plásticas utiliza combustíveis fósseis (petróleo e gás natural) como matéria-prima. Estes são recursos naturais não renováveis, ou seja, uma vez retirados do ambiente, a recomposição daquele estoque pela natureza levará milhões de anos.
• O processo de produção das sacolas plásticas consome água e energia e libera gases tóxicos para o ambiente, muitos dos quais contribuem para o efeito estufa.
• O plástico é um material de difícil degradação, chegando a durar até 400 anos na natureza.
• O acúmulo de sacolas plásticas em áreas urbanas pode agravar enchentes na época de chuvas, trazendo grandes prejuízos aos moradores.
• Sacolas jogadas em ruas e acumuladas em corpos d’água sujam e enfeiam as cidades (poluição visual), diminuindo a qualidade de vida de seus moradores.
• As sacolas plásticas também causam danos à fauna, sendo a causa da morte de milhares de animais todos os anos.
[...]
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Orientações sobre consumo consciente e propostas para redução de sacolas plásticas pelos consumidores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2011. p. 17. (Fragmento adaptado).
• Imaginem que vocês precisam transformar esses dois conjuntos de itens em “textos corridos”, divididos em parágrafos. O público dos textos será o mesmo do original: no primeiro caso, adolescentes; no segundo, cidadãos em geral.
• Para que as ideias e os parágrafos fiquem bem “costurados”, não se esqueçam de usar as palavras e expressões estudadas neste capítulo. Vocês também podem usar outros conectivos e organizadores que julgarem adequados.
• Façam todas as adaptações necessárias e, se quiserem, acrescentem informações ou exemplos para enriquecer os textos. O título de cada texto pode ser mudado.
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Produzindo o texto: artigo de opinião
Condições de produção
O quê?
Ninguém escreve um bom texto sem revisá-lo e reescrevê-lo diversas vezes. Até escritores profissionais escrevem, revisam e reescrevem seus textos diversas vezes antes de considerá-los prontos. Você já fez uma primeira revisão do seu artigo de opinião, mas, neste capítulo, deve ter aprendido mais coisas que ainda não sabia quando escreveu seu texto. Portanto, agora é hora de retomar o artigo que você começou a escrever no capítulo anterior para aperfeiçoá-lo. Vamos lá?
Para quem?
Enquanto estiver fazendo sua revisão, mantenha em mente a quem seu texto se dirige. Então, imagine que seus interlocutores sejam os mesmos que leem os jornais de grande circulação do seu Estado.
Lembre-se: depois que todos os artigos da turma estiverem prontos, vocês deverão encaderná-los num volume com o nome Gravidez na adolescência: diferentes olhares, que vai para a biblioteca da escola para servir de fonte de pesquisa e discussão para outros colegas da escola.
Se sua classe ou você tiver um blog, os artigos também poderão ser publicados lá para todo mundo ler.
Como fazer?
1. Releia seu artigo e veja se a estratégia escolhida está adequada.
• Para o seu texto, qual estratégia deveria prevalecer: sustentação, refutação ou negociação?
2. Reveja se seu artigo apresenta uma estrutura próxima da padrão:
• contextualização e/ou apresentação da questão polêmica;
• explicitação da posição assumida;
• uso de argumentos que sustentam a posição assumida;
• consideração de posição contrária;
• argumentos que refutam a posição contrária;
• retomada da posição assumida/conclusão ou proposição para a solução do problema.
3. Use os organizadores textuais estudados para dar maior coesão ao texto.
4. Não se esqueça: não basta dar sua opinião, é preciso usar argumentos para defendê-la.
• Veja se a leitura dos textos deste capítulo o ajudam a incluir novos argumentos em seu artigo.
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5. Continue usando linguagem formal.
6. Reescreva o texto com base nos critérios da ficha de avaliação 2, nesta página.
7. Avaliando a produção.
a) Faça uma autoavaliação: depois das alterações feitas, releia seu texto, mais uma vez, de acordo com os critérios da ficha.
b) Troque o seu artigo com o de um colega e avalie o texto dele de acordo com a mesma ficha.
c) Reescreva seu artigo de acordo com as observações do colega.
Ficha de avaliação 2 Critérios para produção e avaliação do artigo de opinião
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Adequação à proposta
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1. Elaborou um artigo adequado a um dos títulos propostos?
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Adequação às características estudadas do gênero
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2. Iniciou o artigo com uma contextualização e/ou apresentação da questão polêmica?
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3. Explicitou a posição assumida?
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4. Apresentou mais de um argumento para sustentar sua opinião?
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5. Recorreu a mais de um tipo de argumento (autoridade, princípio, exemplificação, causa/consequência)?
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6. Considerou uma posição contrária e refutou-a?
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7. No fim do texto, retomou a posição assumida ou apresentou uma conclusão?
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8. Fez uso de linguagem formal?
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Construção da coesão/coerência (textualidade)
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9. Utilizou adequadamente alguns dos organizadores textuais estudados?
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10. Utilizou adequadamente a pontuação?
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Uso das regras e convenções da gramática normativa
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11. O texto está correto em relação às regras de concordância entre as palavras?
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12. O texto está correto em relação à ortografia?
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Vamos repensar
Agora que você já discutiu bastante sobre o tema desta unidade e até já escreveu um artigo de opinião a respeito, chegou a hora de relembrar as questões propostas e as discussões feitas no início deste trabalho, para ver o quanto você e sua turma evoluíram em relação a este assunto.
• Por que tantas adolescentes engravidam?
• Quais são as consequências de uma gravidez não planejada na adolescência?
• Como me posiciono a respeito desse assunto?
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Roda de leitura: poema
Converse com a turma
Você vai ler um poema escrito no século XVII.
• Leia o título do poema. Sobre o que você acha que ele vai falar?
A pulga
Repara nesta pulga e aprende bem
Quão pouco é o que me negas com desdém.
Ela sugou-me a mim e a ti depois,
Mesclando assim o sangue de nós dois.
E é certo que ninguém a isto alude
Como pecado ou perda de virtude.
Mas ela goza sem ter cortejado
E incha de um sangue em dois revigorado:
É mais do que teríamos logrado.
Poupa três vidas nesta que é capaz
De nos fazer casados, quase ou mais.
A pulga somos nós e este é o teu
Leito de núpcias. Ela nos prendeu,
Queiras ou não, e os outros contra nós,
Nos muros vivos deste Breu, a sós.
E embora possas dar-me fim, não dês:
É suicídio e sacrilégio, três
Pecados em três mortes de uma vez.
Mas tinge de vermelho, indiferente,
A tua unha em sangue de inocente.
Que falta cometeu a pulga incauta
Salvo a mínima gota que te falta?
E te alegras e dizes que não sentes
Nem a ti nem a mim menos potentes.
Então, tua cautela é desmedida.
Tanta honra hei de tomar, se concedida,
Quanto a morte da pulga à tua vida.
DONNE, John. “A pulga”. In: Campos, Augusto de. O anticrítico. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.
Provocações
1. Hoje, como no século XVII, não ceder facilmente às “cantadas” do outro faz parte do jogo amoroso. Pode-se dizer que este poema foi escrito para uma pessoa que estava se “fazendo de difícil” para o eu lírico. Que trecho comprovaria isso?
• O que você imagina que a pessoa amada pelo eu lírico nega a ele?
2. Releia.
“Ela sugou-me a mim e a ti depois,
Mesclando assim o sangue de nós dois
E é certo que ninguém a isto alude
Como pecado ou perda de virtude.”
Glossário
Alude: faz referência a.
Cortejado: conquistado.
Logrado: desfruto, gozado, curtido.
Leito de núpcias: cama onde os recém-casados passam a primeira noite juntos depois do casamento.
Incauta: ingênua.
Cautela: cuidado.
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a) A que se refere o pronome “isto”?
b) O que ninguém considera pecado ou perda de virtude?
c) Se “isto”não é pecado, o que, de acordo com o poema, poderia ser pecado?
3. Leia novamente.
“Poupa três vidas nesta que é capaz
De nos fazer casados, quase ou mais.”
a) Quais são as três vidas a que esses versos se referem?
b) A que se refere o pronome “nesta”?
c) Por que a pulga os faz casados?
4. Releia.
“A pulga somos nós e este é o teu
Leito de núpcias. Ela nos prendeu”
a) A que se refere o pronome “este” nestes versos?
b) Por que o eu lírico diz que a pulga é o “leito de núpcias”?
5. Na primeira estrofe, o eu lírico pede que a pessoa amada observe a pulga e perceba que, assim como a união dos dois dentro da pulga não é pecado, a união íntima dos dois também não seria pecado algum.
• Que verbo foi usado para fazer esse pedido? Em que modo verbal está?
6. Qual pedido é feito na segunda estrofe?
7. No final, a pessoa amada mata a pulga. Que versos mostram isso?
8. Dê um título para cada estrofe.
9. Releia esta estrofe do poema lido no capítulo anterior.
“Tudo aquilo que a nossa
civilização rejeita, pisa e mija em cima,
serve para a poesia”
BARROS, Manoel de. Matéria de poesia. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1974. p. 17.
• Que relação você faria entre esses versos e o poema de John Donne?
10. O poema fala sobre aquilo que você imaginou antes de lê-lo? Justifique.
• O que você achou do poema? Por quê?
Quem é
Um dos poetas mais importantes de sua época, John Donne 1572-1631 viveu há mais de 350 anos na Inglaterra. Sua obra abrange desde sonetos, poesia amorosa, poemas religiosos, traduções, canções, sátiras, até sermões, já que, quinze anos antes de morrer, tornou-se pastor. Sua poesia é conhecida por sua linguagem viva e metáforas inteligentes.
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UNIDADE 2 - Diversidade cultural
Veja, no Manual do Professor, orientações sobre a abertura da unidade e sugestões de trabalho com vídeos sobre a temática do capítulo.
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Converse com a turma
1. Nessa foto, pode-se perceber a interação entre pelo menos duas culturas diferentes, perceptíveis pelo quê? Explique.
2. É possível perceber certo estranhamento de algumas das pessoas na foto? Explique.
3. Suponha que essas pessoas — que representam as duas culturas — tenham comentado o que pensaram uma sobre a outra, ao se cruzarem na rua. Que tipo de comentário você acha que fariam?
4. Em sua opinião, por que há diferenças como essas que você observou na foto? O que pode motivar essas diferenças?
Vamos pensar
• Por que ocorrem os choques culturais? Quais suas consequências?
• É possível conviver com as diferenças?
O que vamos fazer nesta unidade
Nesta unidade, você vai saber mais sobre pluralidade cultural e refletir sobre os desafios de se conviver com tal pluralidade. Vamos ler letra de canção, trechos de textos de divulgação e verbetes enciclopédicos.
Em grupos, a turma fará um estudo sobre o tema do capítulo, visando a uma apresentação oral. Na “Roda de leitura”, conversaremos sobre rap.
Página 60
Capítulo 1 - Um mundo de credos, valores e costumes...
Veja, no Manual do Professor, orientações sobre o trabalho com a abertura e sobre a sugestão de leitura para lição de casa.
Leia a tira.
Converse com a turma
1. Nessa tira, a personagem tem a nós, leitores, como interlocutores.
a) Sobre o que ela está falando?
b) Como ela está se sentindo? Por quê?
2. Veja o verbete de dicionário da palavra preconceito.
PRECONCEITO
substantivo masculino
1. qualquer opinião ou sentimento, quer favorável, quer desfavorável, concebido sem exame crítico
1.1 ideia, opinião ou sentimento desfavorável formado a priori, sem maior conhecimento, ponderação ou razão
2. atitude, sentimento ou parecer insensato, esp. de natureza hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância cf.estereótipo (‘padrão fixo’, ‘ideia ou convicção’)
‹ p. contra um grupo religioso, nacional ou racial › ‹ p. racial ›
3. conjunto de tais atitudes
‹ combater o p. ›
4. psic atitude, ger. negativa e hostil, que leva ao julgamento de objetos, opiniões, condutas e pessoas independentemente de suas características objetivas e se exprime ou é gerada por crença estereotipada
‹ p. alimentados pelo inconsciente individual ›
INSTITUTO ANTÔNIO HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
Página 61
3. Considerando os significados do verbete, faz sentido o uso que a personagem fez da palavra preconceito no contexto da tira? Explique.
4. Podemos afirmar que os sentimentos expressos pela personagem e a escolha da palavra preconceito são elementos da tira que podem levar ao riso. Por quê?
5. Se as falas dessa personagem fossem postas na boca de um ser humano, a tira teria alguma graça? Por quê?
6. Você já sofreu ou conhece alguém que já sofreu algum tipo de preconceito? Comente com seus colegas.
7. Você já viveu a situação inversa — de se ver em uma atitude preconceituosa em relação ao outro? Se sim, conte como foi e como você reagiu.
O que vamos fazer neste capítulo
Neste capítulo, faremos a leitura de textos que tratam de um assunto muito importante para nossa convivência em sociedade: a diversidade cultural. Exploraremos letra de canção e textos de divulgação científica. Na seção de produção, trabalharemos com resumos e esquemas de textos sobre o mesmo tema, já pensando na apresentação oral que finalizará o estudo da unidade.
Por último, vamos trocar ideias sobre raps, na “Roda de leitura”.
Leitura
Converse com a turma
Você e sua turma farão a leitura de um texto que aborda a noção de pluralidade cultural. Nos anos anteriores, falamos muito sobre a diversidade, sobre como somos diferentes em vários aspectos e como nos relacionamos com as diferenças, sob várias perspectivas. Com esta leitura iremos mais fundo nisso.
Antes, porém, leia a letra de canção de Arnaldo Antunes:
Inclassificáveis
que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?
que preto branco índio o quê?
branco índio preto o quê?
índio preto branco o quê?
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos mamelucos sararás
crilouros guaranisseis e judárabes
Página 62
orientupis orientupis
ameriquítalos luso nipo caboclos
orientupis orientupis
iberibárbaros indo ciganagôs
somos o que somos
inclassificáveis
não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não há sol a sós
aqui somos mestiços mulatos
cafuzos pardos tapuias tupinamboclos
americarataís yorubárbaros.
somos o que somos
inclassificáveis
que preto, que branco, que índio o quê?
que branco, que índio, que preto o quê?
que índio, que preto, que branco o quê?
não tem um, tem dois,
não tem dois, tem três,
não tem lei, tem leis,
não tem vez, tem vezes,
não tem deus, tem deuses,
não tem cor, tem cores,
não há sol a sós
egipciganos tupinamboclos
yorubárbaros carataís
caribocarijós orientapuias
mamemulatos tropicaburés
chibarrosados mesticigenados
oxigenados debaixo do sol
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