Português 9º ano



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. Acesso em: 28 maio 2015. (Fragmento).

Clipe

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)

O IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de 0 a 1.

Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2015.

Primeiras impressões

1. De onde foram retirados os dados apresentados nos gráficos que integram a reportagem?

2. O segundo gráfico aponta o número de crianças e jovens envolvidos em trabalhos de risco no mundo. Como o primeiro gráfico ajuda a melhor entendê-lo?

a) Em quais regiões há o maior número de crianças e jovens exercendo trabalhos perigosos?
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b) Considerando o total de habitantes nessa faixa etária, em qual região o percentual é proporcionalmente maior?

c) Qual é o percentual de crianças e adolescentes que moram no mesmo continente do Brasil e exercem trabalho perigoso?

3. O número de crianças e adolescentes que exercem trabalhos perigosos no mundo corresponde a que parte do total de crianças e adolescentes que trabalham? Copie no caderno o parágrafo que apresenta esses dados.

4. Quais representantes do governo brasileiro iriam acompanhar o evento em que esses dados seriam divulgados?

a) Você conhece quem ocupa esses cargos hoje?

b) O que pode sinalizar a ida desses representantes ao evento mencionado?

5. Quais são as principais atividades de risco em que crianças e adolescentes brasileiros trabalham?

a) Quais riscos atividades como essas podem oferecer para crianças e adolescentes?

b) Releia.

“— Se, por um lado, foi um avanço imensurável o país ter aprovado a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é inadmissível ainda ter crianças e jovens trabalhando nos lixões”.

• Em sua opinião, quais medidas poderiam ser oferecidas para erradicar o trabalho de crianças e adolescentes nos lixões?

Clipe Lei 12.305 — Do Plano Nacional de Resíduos Sólidos

[...]


Art. 15. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o Plano

Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazo indeterminado e horizonte de 20

(vinte) anos, a ser atualizado a cada 4 (quatro) anos, tendo como conteúdo mínimo:

[...]


V — metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

[...]


Disponível em: . Acesso em: 28 maio 2015. (Fragmento).

Vamos lembrar

Verbos de elocução

Quando apresentamos no texto a fala de outra pessoa – de modo direto ou indireto –, podemos usar verbos de elocução que indicam o conteúdo de fala que atribuímos a essa pessoa, em nossos textos.

Eles podem ser declarativos como falar, contar, conversar, declarar; ou similares, como comentar, argumentar, revelar; ou podem ser aqueles que expressam o sentimento, o estado de espírito de quem fala, como sorrir, reclamar, lamentar, etc.

Luana comentou que não sabia de nada.

E ele revelou: Eu sou seu irmão!

O médico argumenta que não pode fechar um diagnóstico sem os exames.

– Eu não quero ir! – choramingou a menina.

O texto em construção

Organize-se em dupla e converse com seu colega sobre as questões a seguir.



1. Quantas crianças e jovens trabalham no Brasil? De que fonte esse dado foi tirado?

• É possível afirmar qual porcentagem desse número está envolvida em trabalhos considerados perigosos? Por quê?



2. Que conclusão é apresentada a respeito desse número?

a) Quem elabora essa conclusão e por que provavelmente a opinião dessa pessoa foi destacada na reportagem?

b) De que forma as falas diretas dessa pessoa são sinalizadas no texto da reportagem?

• De que outro jeito isso poderia ser feito?



c) Localize os verbos de elocução usados para marcar algumas dessas falas.
Página 112

d) Que outros verbos poderiam ser empregados nesse contexto para sugerir efeitos de sentido semelhantes?

• Observa e comenta.

• Conta e explica.

• Fala e protesta.



3. Releia.

“Mas, curiosamente, iniciativas de combate ao trabalho infantil made in Brazil estão sendo exportadas para os países de língua portuguesa da África”.

A palavra destacada estabelece, entre as informações que foram apresentadas antes e as que virão depois, uma relação de:

• Consequência.

• Contradição.

• Explicação.



a) A expressão made in vem do inglês e é típica da linguagem comercial: sinaliza em que país um produto foi produzido. A que ela se refere no texto?

b) Que região brasileira tem sido considerada modelo em relação a isso e por que uma cidade, em especial, é citada?

c) Em sua opinião, por que isso não aconteceu em todos os municípios brasileiros? Argumente.

4. Considere a referência de onde essa reportagem foi publicada, as linguagens usadas no texto (a verbal e a não verbal), o tema discutido e os conhecimentos que ela pressupõe. Com base nesses elementos, você acha que o texto se destina a um público leitor com pouca ou muita competência de leitura?

5. Que outras formas de reportagem você conhece além da impressa?

Texto 2

A imagem e o texto a seguir referem-se a uma reportagem sobre o trabalho infantil mostrada pela TV Justiça de Brasília, em junho de 2010.



Repórter: Nas ruas de Brasília, é comum encontrar meninos e meninas trabalhando. Mas, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é responsabilidade do Poder Público, dos pais e da sociedade ajudar a acabar com a exploração infantil, que é crime. A pena do crime de abandono de incapaz, que é quando os pais permitem que as crianças trabalhem nas ruas – como é o caso de um jovem de apenas 16 anos que vende panos neste semáforo aqui de Brasília –, pode dar até oito anos de cadeia. Já no caso da exploração do trabalho infantil, quando os pais obrigam as crianças a trabalhar e ajudar nas despesas de casa, pode dar mais de quatro anos de detenção.

Entrevistado 1 – Wanderley Melo – delegado da Polícia Civil: Ela [a lei] está prevista numa parte administrativa do ECA, do Estatuto da Crian-
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ça [e do Adolescente]. Agora [sic] nós podemos trabalhar com algumas possibilidades. O trabalho excessivo, realizado por uma criança ou um adolescente, pode configurar o mau-trato, previsto no Código Penal, e submeter uma criança a um vexame, a um constrangimento (como a exploração nesses semáforos, nesses pontos do centro de Brasília) é configurado como crime, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.



Repórter: Dados recentes divulgados pela Organização Internacional do Trabalho, a OIT, revelam que 250 milhões de crianças entre 5 e 14 anos trabalham em todo o mundo; 120 milhões, em período integral. O Brasil está entre os países com altos índices de trabalho e exploração sexual infantil.

Entrevistado 2 – Paulo Blair – juiz do Trabalho: Não se pode mais imaginar que uma criança vai construir caráter trabalhando desde pequenininha. Ela vai, sim, perder escolarização, tornando-se um trabalhador menos competitivo em um mercado altamente tecnológico que exige uma presença em sala de aula, que exige uma presença educacional muito forte.

Repórter: Atualmente, o crescimento do setor de serviços, dos empregos de meio expediente e de relações de trabalho precarizadas em todas as áreas facilita a entrada de crianças no mercado de trabalho.

Entrevistado 3 – Vicente Faliros – assistente social: O adulto passa pra criança a obrigação que é dele, de trabalhar e de sustentar a casa. Então a criança... ela carrega no ombro uma responsabilidade que passa a assoberbá-la.

Repórter: Esse especialista [Vicente Faliros] alerta: O trabalho infantil traz riscos e traumas para a vida adulta.

Entrevistado 3 – Vicente Faliros – assistente social: A brutalidade com que isso é feito – porque a criança não tem escolha – tem repercussões profundas na vida adulta dessa criança, que se sente oprimida, dominada.

Repórter: Para evitar que a infância dessas crianças seja roubada, o MPT [Ministério Público do Trabalho] fiscaliza e incentiva ações de erradicação do trabalho infantil. Um exemplo é esta escola de tempo integral, em Brasília. Lá, professores e coordenadores dão aulas extracurriculares, com direito a brincadeiras. A medida evita o trabalho precoce, já que as crianças têm apenas duas obrigações: estudar e brincar.

Entrevistado 4 – Mariane Josviak – procuradora do Trabalho da 9ª Região/PA: Nós estamos efetivamente de portas abertas para que os prefeitos também possam agendar conosco reuniões, etc. para tirar dúvidas e esclarecer a melhor forma de aplicar o projeto para que políticas públicas possam, sim, ser cobradas na área da Justiça do Trabalho, se relativas à erradicação do trabalho infantil.

Trabalho legal. Brasília: TV Justiça, 9 jun. 2010. Programa de TV (Reportagem transcrita).

Glossário
Assoberbá-la: deixá-la muito atarefada.
Página 114

Converse com a turma

1 Copie em seu caderno o que dá início à reportagem:

• Estatísticas sobre o problema no Brasil.

• Exemplos do problema na capital do país.

• Informações sobre problemas decorrentes do trabalho infantil.



2. O que é citado para problematizar isso?

a) Observe a reprodução da cena em que a repórter faz a abertura da reportagem. Explique como essa cena ajuda a entender o problema.

b) Explique como a citação do Estatuto da Criança e do Adolescente amplia a compreensão do que é mostrado.

c) Entre os responsáveis pelo trabalho infantil, qual foi o mais destacado pela reportagem?

d) Considerando quem é o produtor da reportagem, com que possíveis intenções foi feito esse destaque?

e) Você acha que a apresentação da fala de um delegado está ligada a essa intencionalidade? Por quê?

3. Que fonte apresentada no texto 1 é citada nessa reportagem?

• Com que possível intenção foi feita essa citação?



4. Leia novamente a fala do juiz do Trabalho Paulo Blair, que se coloca contra um discurso sobre infância e trabalho. Qual das falas a seguir pode ser considerada um exemplo do discurso que o juiz procura combater?

• Você concorda com o ponto de vista defendido por Paulo Blair? Por quê?



5. A fala do assistente social Vicente Faliros tem a mesma preocupação que a do juiz? Explique.

Se liga nessa!

Quando estabelecemos relações entre discursos presentes em um texto e outros discursos, há a interdiscursividade. Saber confrontar discursos pode ser bastante interessante para termos posições mais críticas diante do que nos traz um texto!


Página 115

6. Compare os textos 1 e 2.

a) O que há de comum quanto à variedade e ao registro do português empregados pela “voz” do jornalista/repórter?

b) E quanto à pessoa do discurso?

c) Como é introduzida a fala dos entrevistados em cada uma delas?

7. Pense em reportagens a que você já tenha assistido. Certamente teve a impressão de que tudo aconteceu naquele momento, mas, na verdade, houve um processo de elaboração que começou muito antes que você as tivesse visto. Na sua opinião, que ações e decisões são tomadas antes que os telespectadores vejam a reportagem?

Uma reportagem pode ser escrita, televisiva ou radiofônica. Ela trata de assuntos e acontecimentos de interesse público, como a notícia, mas com mais profundidade. Em uma boa reportagem, além da fala de introdução do jornalista, há entrevistas com pessoas envolvidas no acontecimento ou com aquelas que possam ter opiniões interessantes sobre o fato. Com isso, o telespectador/ouvinte/leitor pode formar melhor a sua própria opinião.



Produção: reportagem audiovisual

Por trás da reportagem audiovisual...

Quem decide e quem faz o quê?

Atividade 1: o papel do pauteiro

1. Leia as pautas seguintes e indique qual delas pode estar relacionada à reportagem de que você leu a transcrição.

Pauta 1

1. Resumo do fato: divulgação das metas de combate ao trabalho infantil anunciadas pelo Ministério do Trabalho

2. Direcionamento (perguntas ou hipóteses):

a) Quais são as metas?

b) Pontos positivos: clareza na distribuição das responsabilidades de estados e municípios.

c) Quais são as principais críticas feitas a essas metas? Especialmente a falta de previsão no orçamento da União.



3. Relação das fontes (que serão consultadas ou entrevistadas):

a) Assessoria do ministro do Trabalho.

b) Dados da OIT.

c) Algum deputado federal da oposição, preferencialmente ligado às comissões de trabalho e justiça.



4. Imagens: cenas de trabalho infantil em contextos urbanos e rurais.

5. Tempo: 3 minutos.
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Pauta 2

1. Resumo do fato: Ministério Público denuncia trabalho escravo de menores em oficinas clandestinas de costura a serviço de marca internacional famosa.

2. Direcionamento (perguntas ou hipóteses):

a) Qual é a responsabilidade da marca envolvida?

b) Como os menores foram aliciados?

c) Quais são as condições em que trabalhavam?



3. Relação das fontes (que serão consultadas ou entrevistadas):

a) Representante do Ministério Público envolvido na ação de denúncia.

b) Representante da empresa que terceirizou o serviço.

c) Menores que trabalhavam nas oficinas.



4. Imagens: tomadas internas em uma dessas oficinas.

5. Tempo: 3 minutos.

Pauta 3

1. Resumo do fato: ações promovidas pelo Ministério Público do

Trabalho para conscientizar a sociedade civil (especialmente pais) sobre o trabalho infantil que, segundo os últimos dados da OIT, ainda é alarmante no Brasil.

2. Direcionamento (perguntas ou hipóteses):

a) Qual é a responsabilidade dos pais?

b) Quais são as implicações do trabalho infantil para as crianças e os adolescentes?

c) O que o MPT tem feito?



3. Relação das fontes (que serão consultadas ou entrevistadas):

a) Representante do Ministério Público do Trabalho.

b) Especialista em desenvolvimento infantil ou em educação.

c) Dados da OIT.



4. Imagens: cenas de trabalho infantil, cenas de ações do MPT.

5. Tempo: 3 minutos.

2. Considere as informações que você viu em cada uma das pautas e conclua: para que serve uma pauta?

Quem faz as pautas?

O pauteiro é quem elabora as pautas (sugestões de matérias). Ele precisa conhecer bem a linha editorial do telejornal e estar muito bem informado para definir temas e abordagens. Além disso, deve ser uma pessoa bem relacionada, isto é, ter vários contatos para facilitar entrevistas com as fontes. Seu trabalho funciona como um planejamento, um roteiro do que o repórter e o câmera deverão fazer quando saírem a campo. Muitas vezes, a função de pauteiro é cumprida pelo editor.

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