. Acesso em: 12 jun. 2015.
2. O que é etnocentrismo, de Everardo P. Guimarães Rocha. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988.
A foto de abertura da unidade visa a motivar a discussão sobre diferentes modos de viver que podem se confrontar no nosso dia a dia. Mesmo no interior de um grupo, tais diferenças podem existir, mas elas podem ser ainda mais desafiadoras quando se trata de diferentes povos convivendo em um mesmo país. Com os constantes e diferentes fluxos migratórios na atualidade, cada vez mais essas diferenças convivem em um mesmo espaço — o que pode trazer mais conflitos resultantes dessas diferenças.
É importante comentar que não se trata de focar a discussão nas diferenças da cultura muçulmana para as ocidentais, mas de dar visibilidade à existência das diferenças desde o modo de se vestir — que pode estar associado não só a aspectos geográficos, mas morais e religiosos.
Ainda assim, para seu conhecimento, sugerimos a leitura de dois textos que discutem a polêmica que surgiu em 2011, em França, sobre a proibição do uso dos véus pelas muçulmanas, nas escolas e outros locais públicos. Esses textos são exemplares para a percepção da complexidade do tema e evidencia a necessidade de que as discussões sobre as diferenças sejam feitas de perspectivas menos etnocentradas, que permitam pensarmos o outro de diferentes perspectivas para compreendê-lo melhor.
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1. “A burca, o véu, o terno e o salto alto”. Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2015.
2. “Proibição à burca na França: oprimir para libertar?” Disponível em: . Acesso em: 12 jun. 2015.
p. 59
Converse com a turma
1. Professor: não é necessário que os alunos pensem sobre quais seriam as culturas em questão. O importante é que observem que, em muitos casos, o modo de se vestir já é um elemento visível de diferenças culturais. Mas você pode perguntar-lhes se sabem que povos se vestem assim, como as mulheres de preto.
Resposta: Pelos diferentes modos de se vestir: de um lado as duas mulheres muçulmanas, com roupas que cobrem todo o corpo e a cabeça — vestimenta conhecida como hijab (vestimentas semelhantes, mas que deixam apenas os olhos de fora são burka e niqab); e de outro, a garota que aparece com um vestido que deixa à mostra pernas, braços, costas.
2. Sim, é possível perceber o olhar de estranhamento das mulheres muçulmanas para o modo como a garota da esquerda está vestida. Professor: confira se na sua turma há alunos muçulmanos. Se sim, eles poderão ajudar a pensar na especificidade dos hábitos de vestimenta das mulheres muçulmanas.
3. Professor: o objetivo desta questão é possibilitar que os alunos façam o exercício de pensar sobre o estranhamento da cena, sob perspectivas diferentes. Seria um primeiro exercício de se colocar na "pele" do outro. Auxilie-os neste exercício e caso ache necessário e pertinente, esclareça para os alunos alguns dos princípios que motivam as mulheres muçulmanas a usarem burkas ou outras vestimentas do gênero.
4. Professor: você poderá auxiliar nesta discussão propondo outras questões: O espaço geográfico pode ser uma motivação pra o modo de se vestir? Por quê? E o conhecimento das ciências também pode gerar diferenças? E a condição econômica, que diferenças pode motivar?
p. 60-61
Capítulo 1 — Um mundo de credos, valores e costumes...
Abertura do capítulo
Neste capítulo, os alunos discutirão o sentido de pluralidade cultural e as suas implicações no convívio social.
Como preparação para a leitura, sugerimos a exploração da letra de canção “Inclassificáveis” que, de certa forma, retoma a discussão sobre a formação do povo brasileiro (realizada no volume 6 da coleção) e amplia para a percepção da diversidade de povos e culturas que constitui, hoje, o que chamamos de brasileiros.
Considerando que na seção de produção desse capítulo os alunos irão exercitar a elaboração de resumos e esquemas, sugerimos um trabalho diferente com o texto desta seção de leitura, que implica o exercício de procedimentos envolvidos em uma situação de leitura para estudo, tais como sublinhar ou destacar trechos importantes e fazer anotações sobre o que entendeu dos tópicos, sintetizando informações.
Visto que a introdução da unidade e do capítulo e a preparação para a leitura (com o Converse com a turma que traz a letra de canção) são atividades longas, sugerimos que você as realize em sala de aula (coletivamente, como sempre é proposto), e que a leitura do texto da seção de leitura seja proposta como lição de casa, uma vez que exigirá do aluno mais de uma leitura para a realização do que será proposto. Como se trata de livro não consumível, o ideal seria que os alunos pudessem fazer uma cópia do texto para vivenciar o procedimento de sublinhar os trechos e fazer anotações no próprio texto. Entretanto, você também poderá orientá-los para que indiquem o trecho importante e procurem sintetizar o que está sendo dito no trecho, em seu caderno.
Página 410
Orientações para a lição de casa:
Como preparação para a lição de casa, será importante explicitar aos alunos que encontrarão um texto que poderá representar um grau de dificuldade maior para a compreensão e que isso exigirá um trabalho diferente da parte deles nesta seção. Mais que das outras vezes, eles terão de ler e reler o artigo quantas vezes acharem necessário para realizar o que você irá propor. Eles deverão preparar em casa e apresentar em sala os destaques de cada subtítulo do texto, tentando fazer uma síntese. Para tanto, peça que observem a organização geral do texto de modo que percebam os subtítulos.
Em seguida, peça que, em casa, façam a leitura de cada subtítulo quantas vezes forem necessárias e escrevam com suas próprias palavras o que entenderam sobre o que leram. Se for possível que tenham uma cópia do texto, você poderá solicitar, ainda, que:
1) sublinhem as partes que acharam interessante — pode ser algo que lhes parece novo ou com o qual concordam ou discordam;
2) façam anotações sobre o que entenderam de certos trechos e que acharam importante, na lateral do texto;
3) sublinhem e anotem os trechos que acham difíceis (para compartilharem com os colegas).
A orientação para a leitura por subtítulos possibilitará, ainda, que observem a organização mais geral do texto para depois perceberem, durante o resgate do conteúdo lido, que tais subtítulos ajudaram o autor a organizar e desenvolver o texto e poderão compreender o que aparece como introdução (Questão para início de conversa), desenvolvimento (As diferenças culturais; Diferenças sociais, econômicas e políticas; Troca e preconceito; Tolerância e convívio da pluralidade cultural) e finalização do texto (Para outras conversas).
Outra possibilidade é que apresentem as ideias que sejam mais significativas no texto, partindo de uma compreensão mais ampla. Para tanto, proponha que pensem na seguinte questão:
O que considero importante nesse texto que fala sobre pluralidade cultural?
Pensando nessa questão mais geral, eles poderão fazer a leitura visando destacar o que é importante saber sobre pluralidade cultural. A nosso ver, ao menos três aspectos são importantes de serem destacados na leitura compreensiva desse texto. Eles precisam:
1) entender e conseguir definir o que é pluralidade cultural;
2) saber das vantagens e dos riscos implicados no convívio com a pluralidade;
3) reconhecer a importância da tolerância para o respeito à pluralidade cultural.
Na retomada da lição de casa, em sala de aula, você poderá questionar se a leitura e as anotações que fizeram possibilitaram pensar sobre esses três tópicos gerais. Depois dessa retomada mais geral, sugerimos que proceda à discussão das questões da seção Primeiras impressões e que, à medida que considerar necessário, sejam retomados para leitura conjunta os trechos que se referem às questões da seção.
Esses procedimentos serão importantes para o trabalho de pesquisa que irão realizar, na seção de produção.
p. 60-61
Converse com a turma
1. a) Está falando sobre como os outros a julgam mal e o quanto ela sofre por isso.
b) Nos primeiros quadrinhos parece triste, se sentindo vitimada. Já no último quadrinho parece irritada, indignada.
3. Professor: leve os alunos a considerar que matamos ou evitamos baratas por medo ou nojo; que as vemos e são, de fato, nocivas por serem transmissoras de várias doenças. Portanto, a interpretação que a personagem faz da situação não é correta: há uma razão para ser evitada ou “linchada”.
4. Espera-se que os alunos considerem que em geral nós, humanos, sentimos medo ou nojo de baratas. A sugestão de que ela sofre preconceito é absurda; por isso, torna a tira engraçada.
5. Espera-se que os alunos considerem que não: ser julgado pela aparência ou ser linchado não são atitudes engraçadas para se ter com outro ser humano. Elas demonstram preconceito, intolerância, violência.
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6. Resposta pessoal. Professor: o objetivo das questões 6 e 7 é possibilitar que os alunos tragam para a discussão situações em que sofreram ou tiveram alguma atitude preconceituosa, de modo a começar a problematizá-las.
7. Resposta pessoal.
p. 61-63
Converse com a turma
Sugerimos que antes da leitura você possibilite aos alunos acesso ao áudio ou vídeo da música. Assim, associados ao significado da letra, os alunos poderão analisar os sentidos que podem ser ampliados quando as outras linguagens entram em jogo: a melodia e harmonia da música e a interpretação que os artistas fazem dela.
1. a) É o advérbio aqui.
b) O aqui se refere ao Brasil. Além de falar de brancos, pretos e índios, também fala da mistura de etnias que é tipicamente brasileira, como, por exemplo, mulatos, mamelucos. Professor: há também palavras que misturam nomes de tribos indígenas com nomes de outras etnias, como em orientupis (tupis e orientais), e guaranisseis (guarani e nisseis). Nesses casos, basta que os alunos percebam as referências aos povos indígenas do Brasil. Outras palavras compostas serão exploradas em outras questões. É possível que os alunos tenham dificuldades de identificar as palavras que se referem às misturas de índios e negros (cafuzo), índios e brancos (mameluco), negros e brancos (mulato). Nesse caso, você poderá consultar com eles o dicionário, à procura das palavras da terceira estrofe.
2. Ele questiona a classificação que se costuma usar para definir a formação do povo brasileiro.
3. Para ele não somos apenas brancos, negros e índios, mas uma mistura mais diversa de etnias.
4. a) Professor: auxilie os alunos no exercício de localizarem os neologismos de palavras compostas, de modo que possam identificar as palavras que originaram cada um dos neologismos. Peça especial atenção para o verso “ameriquítalos luso nipo caboclos”, em que podemos identificar palavras que se referem a americanos, italianos (ítalos), portugueses (luso), nipo (japoneses) e caboclos (que pode ser tanto a mistura de índio com branco quanto de índio com negro) — nesse único verso, se faz referência à grande diversidade de povos que vieram constituir o que chamamos de povo brasileiro.
Não será necessário listar com eles todos os significados dos neologismos. Pergunte quais termos lhes pareceram mais estranhos ou engraçados e concentre-se neles.
Segue a lista. Crilouros: crioulos (negros nascidos no Brasil) e louros (referência ao branco); guaranisseis: guarani (povo indígena do Brasil) e nisseis (descendente de japoneses); judárabes: judeus e árabes; orientupis: orientais e tupis; iberibárbaros: ibéricos (que nasceram em países da península Ibérica, na Europa) e bárbaros (estrangeiros em geral que chegavam para dominar); ciganagôs: ciganos (povo itinerante que veio do norte das Índias) e nagôs (um povo do reino de Ketu na África ocidental, atual República de Benin); tupinamboclos: tupinambá (povo indígena do Brasil) e caboclos; americarataís: americanos e carataís (povo indígena do Brasil); yorubárbaros: yorubá (povo africano) e bárbaros; caribocarijós: cariboca (mistura de branco com índio) e carijós (povo indígena do Brasil); orientapuias: orientais e tapuias (povo indígena do Brasil); mamemulatos: mamelucos e mulatos; tropicaburés: tropical (que nascem na região dos trópicos) e caburés; mestiços: índios e negros, branco e índio; chibarrosados: chibarro (mestiço, mulato) e rosados.
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b) Para poder indicar as diferentes etnias que se misturaram na formação do que hoje chamamos de povo brasileiro.
5. a) Professor: chame a atenção para o reforço da ideia dos plurais neste trecho — com isso o eu lírico insiste na pluralidade das pessoas, das coisas do mundo (em ‘leis’, ‘deuses’, ‘dois’, ‘três’; ‘cores’).
b) Sim, pois o eu lírico expressa que não há “sol”, “luz”, estando-se sozinho, ou seja, mais uma vez, reforça o aspecto positivo da pluralidade.
6. A resposta é pessoal, embora se espere que os alunos considerem a validade da posição assumida pelo eu lírico: somos uma mistura de etnias, impossível de se classificar, uma vez que nossas ascendências são as mais diversas.
7. Resposta pessoal. Espera-se, entretanto, que os alunos possam concluir que com tal diversidade de origens é impossível pensar em apenas uma cultura, mas em culturas — também no plural).
p. 68-69
Primeiras impressões
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
1. a) Diferença de cor da pele, cor e formato dos olhos e cabelos, altura, sexo, etc.
b) Diferença de crenças, hábitos (alimentares, de vestimenta, de relação com a natureza, etc.), valores, modos de relacionar com a família ou com a sociedade.
c) Professor: espera-se que os alunos se refiram às diferenças culturais de modo geral que podem haver entre duas pessoas: como se relaciona com os outros, se aceita ou não os valores, hábitos e as crenças do grupo a que pertence, etc.
2. Segundo o autor, o que nos torna humanos é a convivência e o aprendizado com outras pessoas, em uma determinada cultura.
3. a) Com a ajuda do glossário, espera-se que os alunos relacionem os materiais com a condição econômica em que se vive — nosso poder de compra de bens materiais; e as simbólicas com os produtos culturais, os conhecimentos que são mais valorizados pela sociedade, como as artes de modo geral (música, pintura, teatro, literatura).
b) Espera-se que os alunos considerem que dependendo do maior ou menor acesso a essas riquezas podemos organizar a nossa vida de diferentes maneiras, uma vez que possuir mais ou menos bens materiais, ter mais ou menos conhecimento e cultura nos possibilita ter uma vida diferente, acreditar e valorizar coisas diferentes. Por exemplo, se temos acesso a maior variedade de produtos culturais (cinema, música, teatro e artes em geral...), aumenta a possibilidade das escolhas que podemos fazer e contribui para uma formação pessoal que pode nos levar a apreciar estilos que não apreciaríamos em outro contexto. Ou, se temos acesso a conhecimentos científicos ou tecnologia de ponta, podemos organizar nosso cotidiano e ter um estilo de vida diferente do que teríamos sem eles.
c) Para responder a esta questão os alunos precisam compreender o conteúdo do subtítulo “Diferenças sociais, econômicas e políticas”. Lá, o autor afirma que quando as diferenças se transformam em desigualdades elas não são positivas. Ele fala das relações de desigualdade e de dominação entre os povos ou dentro de uma mesma sociedade — o que significa que enquanto alguns têm muito outros podem ter pouco, o que acarreta diferenças sociais, econômicas e políticas e o surgimento das minorias as quais, por sofrerem preconceitos, serem discriminadas e dominadas, tendem a ser eliminadas. Professor: resgate com eles o exemplo dos povos indígenas, citado pelo autor e, se possível, solicite que pensem em outros exemplos.
4. a) Espera-se que os alunos consigam perceber a semelhança entre as duas citações. Na primeira, o autor fala da importância de garantir o direito de sermos ao mesmo tempo iguais e diferentes e destaca que é preciso sermos iguais quando o fato de sermos diferentes nos prejudica (como a diferença de acesso às riquezas materiais e simbólicas, discutida nas questões anteriores) e sermos
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diferentes quando ser igual significa perder a nossa identidade. A segunda citação fala da necessidade de defendermos o direito de sermos diferentes culturalmente e destaca que essa defesa deve estar associada a outra: à defesa dos direitos humanos que supõe igualdade de direitos.
Ambas defendem a existência da diversidade, destacando que não se pode usar o fato de sermos diferentes para ferir ou limitar os direitos humanos.
b) Espera-se que os alunos identifiquem trechos do subtítulo “Diferenças sociais, econômicas e políticas”. Nesse trecho, fala-se sobre a dominação de alguns grupos sobre outros, como aconteceu com os índios do Brasil.
5. Resposta pessoal. Sugestão: É a diversidade entre os grupos sociais de um mesmo povo e entre povos, no modo de ser, de pensar, de agir e de viver em sociedade. Professor: aceite as diferentes formulações, desde que coerentes com o que foi discutido sobre o tema.
6. Significa conviver com a diferença.
7. Resposta pessoal. Conviver com a pluralidade cultural pode favorecer trocas entre as culturas — uma influenciando, modificando e enriquecendo a outra — mas também pode gerar conflitos exatamente pelos diferentes modos de ver ou pensar certas atitudes, conflitos esses que podem resultar em preconceitos e intolerância. Professor: para responder a esta questão os alunos terão de ter entendido especialmente os itens “Troca e preconceito” e “Tolerância e convívio da pluralidade cultural”. Se perceber que eles têm essa dificuldade, retome com eles o que anotaram sobre tais itens e/ou releia com eles os trechos indicados para que possam resgatar seu conteúdo e refletir sobre a questão.
p. 69-70
O texto em construção
RESPOSTAS E ORIENTAÇÕES
1. Espera-se que os alunos percebam que os cinco primeiros itens (a, b, c, d, e) podem ser observados neste texto: (a) o assunto é resultado de estudos feitos sobre a organização dos povos; (b) o texto circula num site educacional; (c) é escrito por um especialista da área (sociólogo) e destinado a professores (vide site); (d) apresenta referências de outros autores que dão credibilidade ao texto — sociólogo e filósofo — além de citar um artigo de um documento e um relatório de um órgão internacional — a Unesco; (e) a linguagem é mais formal, com uso de termos comuns à área das ciências humanas (filosofia, sociologia, antropologia) como ética, povos autóctones, mundo subjetivo, riquezas materiais e simbólicas, etc. Professor: os aspectos relativos ao item f — que se refere aos recursos usados para ajudar o texto a ficar mais didático — serão tratados em outras questões, uma vez que o que mais chama a atenção neste texto é a organização do texto em subtítulos e também as perguntas que servem de organizador para dar continuidade ao texto. Caso os alunos citem este item, considere as observações feitas, desde que coerentes. É importante notar que nem a pontuação (embora seja importante para a clareza de qualquer texto), nem o uso de termos com sentido figurado são muito significativos como recursos didáticos neste texto.
2. Para concordar com o autor, reforçando o que ele tem a dizer e mostrando que outros também pensam assim — o que lhe dá maior credibilidade.
3. “Questão para início de conversa”; “As diferenças culturais”; “Diferenças sociais, econômicas e políticas”; “Troca e preconceito”; “Tolerância e convívio da pluralidade cultural”; “Para outras conversas”.
4. Espera-se que os alunos considerem que sim. A presença desses subtítulos facilita ao leitor a identificação dos focos (‘assuntos’) que são tratados pelo autor. Além disso, esse modo de organizar o texto, especialmente quando são extensos, também dá ao leitor a possibilidade de uma pausa entre um e outro tópico — o que pode resultar numa sensação de que a leitura fica menos densa, menos cansativa.
5. a) Professor: ajude os alunos a perceberem que o texto se desenvolve a partir desta questão: tudo que o autor apresenta nos tópicos seguintes visa a alimentar a resposta a esta pergunta: a partir dela, o autor fala sobre como nos organizamos em grupos (nascemos, vivemos e aprendemos coisas fazendo parte de grupos diferentes); em
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seguida destaca o fato de termos acessos diferentes aos bens materiais e simbólicos; depois fala que essa diferença no acesso gera desigualdades; no tópico seguinte diz que essas desigualdades geram preconceitos e maior possibilidade de conflitos.
b) Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o objetivo do texto é apresentar informações que possam ajudar a responder a essa questão. Uma possível resposta para essa questão seria: desenvolvemos modos de vida diferentes porque vivemos em grupos diferentes, em lugares (ambientes) diferentes, com experiências de vida diferentes; temos acesso aos bens materiais e simbólicos de modo diferente.
6. • Espera-se que os alunos percebam que sim.
Ela serve para introduzir a ideia da tolerância como fundamental para o respeito às diferenças — das quais tratou até no tópico anterior.
7. Professor: espera-se que os alunos acrescentem ao quadro o uso de subtítulos para organizar o assunto em pequenos tópicos e, também, o uso de perguntas lançadas ao leitor como pretexto para avançar no texto, apresentando novas informações.
p. 70-75
Produção: apresentação oral
Conhecendo o gênero: resumos de leituras para estudo visando à apresentação oral
ORIENTAÇÕES
Como anunciado na abertura da unidade e deste capítulo, os alunos irão produzir resumos e esquemas dos textos pesquisados, visando à preparação para a apresentação oral.
O objetivo é instrumentalizar os alunos para o ato de resumir textos, de expor por escrito, em poucas palavras, o que foi expresso de modo mais longo e detalhado. Para tanto, eles terão de aprender a discernir entre informações secundárias e essenciais, além de estabelecer relações entre as ideias de forma sintética — e, no caso dos esquemas, de forma ainda mais sintética. Entendemos que essas capacidades são essenciais para o desenvolvimento da competência leitora visando ao estudo, fundamental para a construção da autonomia do estudante em todas as disciplinas.
As atividades foram pensadas de modo que os alunos, primeiramente, exercitem a capacidade de síntese (o ato de resumir). Na sequência, será proposto que eles apresentem um resumo mais formal — quando trataremos de orientá-los à produção do resumo propriamente dito.
Em um terceiro momento, proporemos o trabalho com esquemas — que exigirá deles maior capacidade de síntese.
Como se trata de um trabalho processual, entendemos ser muito difícil que ele aconteça apenas no tempo das aulas de português. Para se dar nesse tempo, a duração das atividades voltadas à produção seria muito longa e pouco produtiva, correndo o risco de dispersão. Por isso, será importante planejar a distribuição das tarefas propostas aqui entre o tempo escolar e extraescolar: pense em quanto tempo será necessário para os alunos realizarem as atividades e prepararem a primeira etapa da produção. Você poderá propor que algumas atividades sejam realizadas em casa (como lição) e somente discutidas em classe.
Defina prazos para a elaboração das lições, inclusive para a entrega do que é solicitado na seção Produzindo o texto — que proporá a realização da pesquisa sobre o tema escolhido.
Sugerimos que após a realização das atividades aqui propostas, paralelamente ao trabalho sugerido na subseção Produzindo o texto e realizado pelos alunos, em casa, você prossiga com o estudo do Capítulo 2, no qual os alunos irão encontrar outros textos que abordam a mesma temática, com outra perspectiva.
p. 70-71
Atividade 1: resumindo textos — apagando e generalizando informações
1.
Texto original
A história humana coleciona casos de guerras motivadas pela intolerância contra pessoas de raças, classes sociais e opções — religiosas e políticas — diferentes. Recentemente, manifestações preconceituosas contra homossexuais (homofobia), negros (racismo), estrangeiros (xenofobia) e pessoas de religiões e classes diferentes têm surgido no mundo todo. As agressões vão de xingamentos e ameaças a
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assassinatos cometidos por jovens que tentam justificar o injustificável.
Revista Veja. Disponível em:
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