Português 9º ano



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. Acesso em: 27 maio 2015.

Artigo de opinião 3

A greve dos coveiros

A greve dos coveiros em São Paulo, a segunda em dois meses, cria um problema a mais em um momento que já é muito difícil para as famílias.

Não bastasse perder alguém querido, as pessoas ainda são obrigadas a aguardar horas e horas pelo enterro, que acaba acontecendo no improviso. O corpo de uma aposentada que morreu em casa ficou 14 horas no chão da cozinha, à espera de remoção.

Como essa, há muitas outras histórias pela cidade, de gente que teve seu sofrimento ampliado por uma paralisação que pode até ser justa, mas produz um efeito cruel, desumano.

A greve passada, em junho, foi considerada ilegal pela Justiça do Trabalho.

O salário é de fato baixo. Mesmo com abono, chega a R$ 630. O sindicato que representa os cerca de 1.350 funcionários do setor defende um reajuste de 40%.

A verdade é que um serviço tão essencial como esse deveria obedecer às mesmas regras da saúde e do transporte público, por exemplo. Eventuais paralisações precisam garantir ao menos um mínimo de atendimento.

Felizmente, nesse caso, a Guarda Civil Metropolitana assumiu parte das tarefas do serviço funerário.

Uma assembleia dos funcionários está marcada para hoje. A primeira providência que deveriam tomar é voltar ao trabalho.

Os coveiros têm todo o direito de negociarem condições melhores para seu duro trabalho. Mas não é deixando a população paulistana desamparada em um momento de tristeza que eles vão conseguir apoio para sua causa.

Disponível em: . Acesso em: 27 maio 2015.
Página 48

Atividade 3: a estrutura do artigo de opinião

Leia o artigo de opinião a seguir e depois responda às questões.



TENDÊNCIAS/DEBATES

Pirateiem meus livros

PAULO COELHO

Em meados do século 20, começaram a circular na antiga União Soviética vários livros mimeografados questionando o sistema político. Seus autores jamais ganharam um centavo de direitos autorais.

Pelo contrário: foram perseguidos, desmoralizados na imprensa oficial, exilados para os famosos gulags na Sibéria. Mesmo assim, continuaram escrevendo.

Por quê? Porque precisavam dividir o que sentiam. Dos Evangelhos aos manifestos políticos, a literatura permitiu que ideias pudessem viajar e, eventualmente, transformar o mundo.

Nada contra ganhar dinheiro com livros: eu vivo disso. Mas o que ocorre no presente? A indústria se mobiliza para aprovar leis contra a “pirataria intelectual”. Dependendo do país, o “pirata” — ou seja, aquele que está propagando arte na rede — poderá terminar na cadeia.

E eu com isso? Como autor, deveria estar defendendo a “propriedade intelectual”. Mas não estou. Piratas do mundo, uni-vos e pirateiem tudo que escrevi!

A época jurássica, em que uma ideia tinha dono, desapareceu para sempre. Primeiro, porque tudo que o mundo faz é reciclar os mesmos quatro temas: uma história de amor a dois, um triângulo amoroso, a luta pelo poder e a narração de uma viagem. Segundo, porque quem escreve deseja ser lido — em um jornal, em um blog, em um panfleto, em um muro.

Quanto mais escutamos uma canção no rádio, mais temos vontade de comprar o CD. Isso funciona também para a literatura: quanto mais gente “piratear” um livro, melhor. Se gostou do começo, irá comprá-lo no dia seguinte — já que não há nada mais cansativo que ler longos textos em tela de computador.

1 — Algumas pessoas dirão: você é rico o bastante para permitir que seus textos sejam divulgados livremente. É verdade: sou rico. Mas foi a vontade de ganhar dinheiro que me levou a escrever?

Não. Minha família, meus professores, todos diziam que a profissão de escritor não tinha futuro. Comecei a escrever — e continuo escrevendo — porque me dá prazer e porque justifica minha existência. Se dinheiro fosse o motivo, já podia ter parado de escrever e de aturar as invariáveis críticas negativas.

2 — A indústria dirá: artistas não podem sobreviver se não forem pagos. A vantagem da internet é a divulgação gratuita do seu trabalho.

Converse com a turma

1. Nos tempos atuais, o que pode ser considerado “pirataria”?

2. Você acha certo consumir ou divulgar produto pirateado?
Página 49

Em 1999, quando fui publicado pela primeira vez na Rússia (tiragem de 3.000 exemplares), o país logo enfrentou uma crise de fornecimento de papel. Por acaso, descobri uma edição “pirata” de “O Alquimista” e postei na minha página. Um ano depois, a crise já solucionada, eu vendia 10 mil cópias.

Chegamos a 2002 com 1 milhão de cópias; hoje, tenho mais de 12 milhões de livros naquele país.

Quando cruzei a Rússia de trem, encontrei várias pessoas que diziam ter tido o primeiro contato com meu trabalho por meio daquela cópia “pirata” na minha página.

Hoje, mantenho o “Pirate Coelho”, colocando endereços (URLs) de livros meus que estão em sites de compartilhamento de arquivos. E minhas vendagens só fazem crescer — cerca de 140 milhões de exemplares no mundo.

Quando você come uma laranja, precisa voltar para comprar outra.

Nesse caso, faz sentido cobrar no momento da venda do produto.

No caso da arte, você não está comprando papel, tinta, pincel, tela ou notas musicais, mas, sim, a ideia que nasce da combinação desses produtos.

A “pirataria” é o seu primeiro contato com o trabalho do artista.

Se a ideia for boa, você gostará de tê-la em sua casa; uma ideia consistente não precisa de proteção.

O resto é ganância ou ignorância.

PAULO COELHO, escritor e compositor, é membro da Academia Brasileira de Letras. É autor de, entre outros livros, O Alquimista e A bruxa de Portobello.

Folha de S.Paulo, 29 maio 2011. © Folhapress.

1. Onde este artigo de opinião foi publicado?

2. Qual é a questão polêmica por trás desse artigo de opinião?

3. Qual é a posição do autor em relação à questão polêmica? Você concorda com ele?

4. Por que você acha que o autor desse artigo foi convidado pelo jornal para escrever sobre essa polêmica?

5. Você acha que as empresas que publicam esse tipo de artigo convidam qualquer pessoa para escrevê-los?

6. Os tópicos abaixo representam as partes de que os artigos de opinião geralmente se compõem. Eles estão em uma ordem aleatória.

• Argumentos que refutam a posição contrária.

• Retomada da posição assumida / conclusão.

• Explicitação da posição assumida.

• Uso de argumentos que sustentam a posição assumida.

• Contextualização e/ou apresentação da questão polêmica.

• Consideração de posição contrária.

Como você percebeu, cada trecho do texto está destacado por uma cor. Cada cor representa uma das partes apresentadas acima. Explique qual parte está identificada por qual cor.



7. Explique por qual das partes mencionadas acima o artigo é iniciado e discuta com os colegas: por que é importante que os artigos sejam iniciados dessa forma?
Página 50

Atividade 4: os organizadores textuais

Você sabia que existem palavras e expressões que nos ajudam a organizar a apresentação de argumentos em textos? Vamos ver como elas pode ser usadas?



1. Nos textos a seguir, algumas palavras foram substituídas por números. Leia os textos e, depois, reescreva no caderno as frases em que há números entre parênteses, trocando-os por uma das palavras ou expressões do quadro abaixo.

primeiro em terceiro lugar por outro lado outro

segundo por último no entanto a primeira

Texto 1

Você é o crítico

Não há tempo para quem não se esforça

CASSIUS OLIVEIRA

ESPECIAL PARA A FOLHA

Nós, os jovens que iniciamos numa carreira profissional, temos uma série de dificuldades pela frente.

(1) delas é encontrar uma empresa que queira contratar-nos sem termos qualquer experiência.

(2) obstáculo é o relacionamento com os colegas de trabalho. Eles são pessoas novas, diferentes de nós.

(3), há o problema de nós estarmos num espaço diferente daquele da escola. O ambiente de trabalho é cheio de responsabilidades e de obrigações e exige um rápido amadurecimento.

É difícil ter esse amadurecimento em um curto espaço de tempo e, infelizmente, a vida é um pouco injusta. Assim, temos de escolher entre amadurecer rapidamente e ser passados para trás por alguém com mais experiência.

O mercado de trabalho é muito competitivo, e não há tempo para quem não corre atrás de seus sonhos ou batalha por eles.



CASSIUS OLIVEIRA, 18, é estudante.

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