3 Os argumentos apresentados destacam aspectos positivos (cadastros na internet permitem ofertas personalizadas; o aumento da capacidade de prevenir e resolver crimes traz mais segurança) e negativos (as agências governamentais utilizam os avanços tecnológicos para espionar as pessoas).
4 A estratégia presente no segundo parágrafo é o uso de perguntas retóricas (“Empresas podem reter dados faciais de seus clientes? Devem obter autorização para fazê-lo? E o que dizer do governo?”) para tornar evidente para os leitores quais são os riscos potenciais relacionados à questão tematizada. A partir da introdução dessas perguntas, o texto passa a tratar especificamente dos aspectos nelas mencionados nos parágrafos seguintes, direcionando, assim, o raciocínio do leitor.
5 A conclusão de que é imprescindível a determinação dos limites para o uso das tecnologias já existentes para que não corramos o risco de, no futuro, vivermos em uma sociedade totalmente controlada, como a apresentada na obra de ficção 1984, de George Orwell.
Em defesa de um ponto de vista: produção de editorial (p. 303)
Sugestão
A tarefa do aluno, ao redigir o editorial, é definir uma posição, fundamentada em análise prévia, sobre o eventual impacto das redes sociais nos modos de relacionamento entre os jovens. Os textos oferecidos como ponto de partida para a reflexão sobre a questão proposta trazem pontos de vista bem claros a respeito dessa questão. Os Quadrinhos ácidos procuram demonstrar, por meio de várias situações relacionadas ao uso intenso de diferentes redes sociais, que a internet afasta as pessoas, ao contrário do que sugere o título “A internet aproxima as pessoas”. É importante observar que, em cada um dos quadrinhos, os balões azuis oferecem contrapontos às falas dos jovens. O segundo texto traz as considerações do sociólogo polonês Zygmunt Bauman sobre o caráter efêmero e “descartável” das relações construídas no ambiente virtual. Para ele, “A atratividade do tipo de amizade do Facebook está na facilidade de se conectar. Mas o maior atrativo mesmo é a facilidade para se desconectar. Você só pressiona excluir, e pronto! Ao passo que romper relações reais, olho no olho, é sempre um evento traumático”.
No momento de avaliar os textos, o professor deve considerar, portanto, se o aluno foi capaz de definir uma posição clara com relação à questão proposta e se traz exemplos e argumentos que sustentem essa posição. Deve, ainda, verificar se a defesa do ponto de vista escolhido é encaminhada de modo compatível com a estrutura de um editorial.
Por fim, merece atenção o contexto de circulação definido na proposta: o editorial deverá ser publicado em um caderno de tecnologia, voltado para o público adolescente, mas inserido em um jornal de grande circulação. A partir desse contexto específico, é preciso atentar para o grau de formalidade da linguagem a ser utilizada no texto. É importante observar, ainda, se o título escolhido colabora para enfatizar o conteúdo opinativo do editorial.
Enem e vestibulares (p. 305)
Unidade 7
1 Alternativa C.
2 Alternativa E.
Unidade 8
1 Alternativa D.
2 Alternativa A.
Unidade 10
1 Alternativa D.
2 A proposta apresenta dois textos que tratam da aprendizagem de línguas estrangeiras no Brasil. O primeiro informa sobre o interesse de países como Argentina, Peru e Chile em realizar intercâmbios no Brasil, uma vez que, diante do crescimento das relações comerciais, o espanhol tem se tornado uma língua procurada no país. O segundo apresenta um programa de ensino de inglês promovido pelo Governo do Espírito Santo. A partir dessas informações, o aluno deve escrever um editorial em que discuta a importância de se implementar como política pública um programa diferenciado de ensino de línguas estrangeiras.
Página 408
Bibliografia
Os textos indicados a seguir constituem a base de fundamentação teórica desta obra. Podem ser consultados pelo professor que desejar aprofundar-se no estudo de determinados aspectos ou conceitos.
Textos de fundamentação teórica
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_______. PCN + ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Volume Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002b.
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CITELLI, Adilson (Coord.). Aprender e ensinar com textos não escolares. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2002. v. 3. (Coleção Aprender e Ensinar com Textos).
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GERALDI, João Wanderley; CITELLI, Beatriz (Coord.). Aprender e ensinar com textos de alunos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004. v. 1. (Coleção Aprender e Ensinar com Textos).
MACHADO, Anna Rachel; LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília S. Resenha. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2004.
_____________. Resumo. São Paulo: Parábola, 2004.
_____________. Planejar gêneros acadêmicos. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2005.
MARCUSCHI, Luiz Antonio; XAVIER, Antonio Carlos (Org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.
MARTINS, Zeca. Redação publicitária: a prática na prática. São Paulo: Atlas, 2003.
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