No texto a seguir, Gregorio Duvivier trata de forma bem-humorada de uma questão polêmica: o conflito entre taxistas e motoristas particulares que usam o aplicativo chamado Uber. Leia-o atentamente para responder às questões de 3 a 5.
Nós, taxistas, gostaríamos de protestar contra o excelente serviço prestado pela empresa Uber. Do jeito que a coisa anda, tudo indica que, em breve, todo passageiro vai querer respeito, conforto e educação.
Outro dia um passageiro veio me pedir pra abaixar o som. Aí você me pergunta: o carro é dele? Não. Então por que é que ele quer mandar no volume? Se o motorista quer digitar no WhatsApp enquanto dirige falando no Nextel e ouvindo a rádio do pastor é um direito dele.
. Acesso em: 3 mar. 2016. (Fragmento).
Caso os alunos não saibam, explicar a eles que o Uber é um serviço oferecido por uma empresa norte-americana. Os motoristas se cadastram e oferecem transporte com o próprio veículo. Os passageiros também precisam se cadastrar para usar esse serviço. Todo o processo — chamada ao motorista, atendimento ao passageiro e cálculo para cobrança da viagem — é controlado por um aplicativo de celular da empresa Uber. Acusado de não atender a exigências legais, em algumas cidades brasileiras o Uber chegou a ser proibido, mas continuou a ser usado, mesmo ilegalmente.
3. Para tratar da questão abordada no texto, Gregorio Duvivier se vale de um recurso interessante. Que recurso é esse?
4. Explique como o uso da ironia pode ser percebido no título do texto.
a) De que forma os taxistas e os motoristas associados ao Uber são caracterizados?
b) É possível afirmar que a caracterização dos taxistas é feita com base em uma visão estereotipada desse profissional. Por quê?
5. Qual é a função da ironia no texto de Gregorio Duvivier?
Humor
Leia atentamente o diálogo abaixo.
Hagar
Chris Browne
© 2016 KING FEATURES SYNDICATE/IPRESS
BROWNE, Chris. Hagar. Folha de S.Paulo. São Paulo, 18 nov. 1996.
Página 172
1. Considerando as falas das personagens no primeiro quadrinho, explique por que Hagar imagina que o homem com quem conversa seria “sentimental”.
2. A resposta dada pelo homem à pergunta de Hagar é a esperada? Justifique.
3. Qual pode ter sido a intenção do autor da tira ao mudar o foco do diálogo? Explique.
Uma das características que distinguem os seres humanos das demais espécies é a capacidade de rir e de provocar o riso.
Muitas vezes relacionado a um uso específico da linguagem, esse comportamento manifesta-se em diferentes circunstâncias. Rimos de situações que parecem absurdas, cômicas, inesperadas, surpreendentes (como o diálogo da tira da página anterior).
O discurso humorístico
Certamente você já ouviu e contou piadas. Mas já parou para analisá-las? Já se perguntou o que, nesse gênero textual, desencadeia o riso? Veremos, a seguir, que a raiz de humor das piadas liga-se a duas situações: ao que é tematizado ou ao modo como a linguagem é utilizada.
No texto abaixo, o riso nasce da resposta inesperada dada pelo filho a uma pergunta da mãe. Trata-se, portanto, de um humor gerado pela questão tematizada: a reação de filhos à notícia de que “ganharão” um irmão ou uma irmã de “presente”.
O presente
A mãe de Juca estava grávida e perguntou a ele o que preferia ganhar: um irmãozinho ou uma irmãzinha.
Juca respondeu:
— Mamãe, se não for pedir muito eu preferiria uma bicicleta.
Disponível em: . Acesso em: 3 mar. 2016.
Como nosso objetivo é analisar os efeitos de sentido associados aos usos da linguagem, vamos nos concentrar na segunda das situações que provocam o riso, aquelas criadas pela manipulação das estruturas da língua.
• Riso e linguagem
Duplo sentido, interpretação literal de algo que precisa ser entendido em sentido figurado, representações estereotipadas de variedades linguísticas estigmatizadas são recursos associados à linguagem presentes em muitas piadas. Observe.
Haja coração!
A professora pergunta:
— Quantos corações nós temos?
O aluno:
— Temos dois, professora!
— Dois?
— Sim: o meu e o seu!
Disponível em: . Acesso em: 3 mar. 2016.
A graça desse texto está na interpretação que o aluno faz do pronome nós utilizado pela professora. Em situações como essa, geralmente o pronome deve ser entendido como fazendo referência à raça humana.
O aluno faz uma interpretação mais específica e entende que o pronome se refere a duas pessoas: ele e a professora.
Cuidado com o preconceito
Verbos
A professora pergunta para a Mariazinha:
— Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.
— Bicicreta! — respondeu a menina.
— Não se diz “bicicreta”, e sim “bicicleta”. Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro, me diga você um verbo.
— Prástico! — disse o garoto.
— É “plástico”, não “prástico”. E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo correto de verbo — pediu a professora.
— Hospedar! — respondeu Laura.
— Muito bem! — disse a professora. Agora, forme uma frase com este verbo.
— Os pedar da bicicreta é de prástico!
Disponível em:
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