. Acesso em: 8 mar. 2016. (Adaptado).
> Bullying nas escolas: o testemunho de alunos
Viu colega ser maltratado
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Quantidade
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Percentual
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Não vi
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1.468
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28,4%
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Vi 1 ou 2
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1.834
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35,5%
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Vi de 3 a 6
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531
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10,3%
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1 vez por semana
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262
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5,1%
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Vários por semana
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461
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8,9%
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Todos os dias
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522
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10,1%
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Em branco
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90
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1,7%
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Total geral
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5.168
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100%
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Bullying escolar no Brasil: relatório final. São Paulo: CEATS/FIA, 2010. p. 24.
Os dados da tabela foram obtidos em pesquisa realizada com um total de 5.168 alunos, no ano de 2009. Foram escolhidas 5 escolas por região geográfica do país, sendo quatro escolas públicas municipais e uma particular.
De olho no filme
A difícil travessia da adolescência
Em As melhores coisas do mundo, acompanhamos um mês na vida de Mano, que, com o irmão mais velho, leva uma vida tranquila até o dia em que os pais resolvem se separar.
As muitas histórias do grupo de adolescentes que estudam em um colégio de classe média de São Paulo, e do qual Mano faz parte, ilustram temas e problemáticas comuns aos jovens não só da capital paulista mas de todo o Brasil e do mundo, entre os quais destacam-se a pressão do grupo sobre os indivíduos, dúvidas sobre a sexualidade, a fixação pela tecnologia e uma questão bastante atual, o cyberbullying (assédio virtual).
Seria a juventude “a melhor coisa do mundo”?
Sugere-se que o filme seja assistido em sala. Antes de exibi-lo para os alunos, porém, recomenda-se que o professor avalie se é adequado para a turma: há cenas de sexo e uma cena em que um aluno tenta o suicídio por meio da ingestão de comprimidos.
Cartaz do filme As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky. Brasil, 2010.
REPRODUÇÃO
Página 316
Após a exibição, as questões podem ser utilizadas como motivadoras de um debate entre os alunos sobre a prática do bullying. A intenção desta proposta é, além de promover o exercício oral da exposição e da argumentação, criar um contexto para que os alunos reflitam sobre a existência, na escola em que estudam, de situações semelhantes às retratadas no filme e, assim, tomem consciência do problema e sintam-se mais motivados para participar de uma campanha que combata o bullying entre seus colegas e conhecidos.
PRODUÇÃO ORAL
Que tal participar de um debate, com seus colegas, sobre a questão do bullying? Comecem o debate considerando as seguintes questões:
• Você conhece alguém que passou por uma situação de bullying?
• Você tomou algum partido durante o episódio? Qual? Por quê?
• Quando você vê um colega sendo humilhado por outro(s), qual costuma ser a sua reação?
• De que forma essa pessoa poderia buscar ajuda?
• O que você faria se estivesse no lugar dela?
Lembre-se de que, em um debate, é importante ouvir de modo atento as opiniões dos colegas, para depois apresentar a sua. Procure fundamentar sua opinião em fatos concretos e argumentos que possam convencer seus colegas.
>>Cyberbullying
Pesquisa realizada pela ONG Safernet em 2009 para conhecer os hábitos de crianças e adolescentes no espaço virtual apontou que 33% dos entrevistados já haviam tido algum amigo seu vítima desse tipo de humilhação [maus-tratos por meio da internet] na rede.
Tais maus-tratos consistem em práticas de difamação, humilhação, ridicularização e estigmatização por meio de ferramentas da internet. Com o atual aumento das facilidades para acesso ao mundo virtual por parte de crianças e adolescentes, esse tipo de agressão se torna cada vez mais frequente. Uma característica importante desse tipo de agressão é que consiste num “fenômeno sem rosto”, à medida que, na internet, o agressor pode, muitas vezes, não se identificar.
Bullying escolar no Brasil: relatório final. São Paulo: CEATS/FIA, 2010. p. 69. Disponível em: . Acesso em: 15 maio 2015. (Fragmento).
>> Os participantes do bullying
Normalmente existem três tipos de pessoas envolvidas nessa situação de violência: o espectador, a vítima e o agressor. O espectador é aquele que presencia as situações de bullying e não interfere. [...]
A vítima, por outro lado, costuma ser a pessoa mais frágil, com algum traço ligeiramente destoante do modelinho culturalmente imposto ao grupo etário em questão, traço este que pode ser físico (uso de óculos, alguma deficiência, não ser tão bonitinho...) ou emocional, como é o caso da timidez, do retraimento... [...]
Os agressores no bullying são, comumente, pessoas antipáticas, arrogantes e desagradáveis. Alguns trabalhos sugerem que essas pessoas vêm de famílias pouco estruturadas, com pobre relacionamento afetivo entre seus membros, que são debilmente supervisionadas pelos pais e vivem em ambientes onde o modelo para solucionar problemas recomenda o uso de comportamento agressivo ou explosivo.
Ballone, G. J. Maldade da infância e adolescência: bullying. Disponível em:
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