Português: contexto, interlocução e sentido



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. Acesso em: 26 fev. 2016.

REPRODUÇÃO/AGÊNCIA FCB BRASIL

Balões podem causar grandes incêndios. Soltar, portar ou fabricar é crime. Denuncie.

O céu parece mais perigoso quando alguém solta um balão.

Esse anúncio, que mostra um imenso dragão cuspindo fogo sobre uma casa, contém um enunciado que apresenta duas orações articuladas em um período composto: O céu parece mais perigoso quando alguém solta um balão. Vamos analisar a relação criada entre essas orações.

“O céu parece mais perigoso quando alguém solta um balão.”

quando alguém solta um balão
Esta oração funciona como um adjunto adverbial de tempo com referência à informação expressa na oração principal.

Em termos sintáticos, observamos que as orações não são independentes, porque a segunda funciona como adjunto adverbial da primeira, que é a oração principal. A segunda oração, nesse caso, está subordinada à primeira. Essa relação é estabelecida por meio da conjunção subordinativa temporal quando. Dizemos, portanto, que esse é um período composto por subordinação.



Tome nota
Período composto por subordinação é aquele constituído por uma oração principal à qual se subordinam as demais orações, que atuam, sintaticamente, como termos da oração principal (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo, aposto, agente da passiva, adjunto adnominal e adjunto adverbial).
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Período composto por coordenação e subordinação

É muito frequente encontrarmos períodos compostos em que a relação das orações se dá tanto por coordenação quanto por subordinação. Isso ocorre porque o modo de articulação das orações no discurso é determinado por exigências de ordem semântica. Observe.

Frank & Ernest

Bob Thaves



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© 2008 THAVES/DIST. BY UNIVERSAL UCLICK

THAVES, Bob. Frank & Ernest. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 12 jan. 2009.

A fala de Frank apresenta uma série de três orações desenvolvidas organizadas em um período composto por coordenação e subordinação. Quando desmontamos esse período, para analisá-lo, identificamos a função sintática e a relação estabelecida entre essas orações. Veja.



Oração principal: Dizem

Oração subordinada substantiva objetiva direta (objeto direto do verbo dizer): que sempre se deve sair da mesa com um pouco de fome

Oração coordenada sindética adversativa: mas nunca consigo esperar tanto.

No estudo dos períodos compostos, o mais importante é saber analisar o modo como as orações se articulam e, assim, identificar a função que exercem na construção do sentido.



ATIVIDADES

Leia com atenção o anúncio de óptica abaixo para responder às questões 1 e 2.

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REPRODUÇÃO

Se você consegue ler esta frase, agradeça ao seu oftalmologista.

Nossa homenagem ao Dia do Oftalmologista.

Clube de Criação de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 18 jun. 2013.

1. O enunciado no centro do anúncio é constituído por um período composto. Quais são as orações que o compõem?

a) A compreensão do enunciado central do anúncio depende da explicitação de algo que não foi dito acerca do papel dos médicos oftalmologistas. O que ficou implícito nesse enunciado?
Página 183

Os alunos não precisam classificar as orações coordenadas identificadas, já que só verão esse conteúdo no Capítulo 10.

b) Considerando o implícito que você identificou, que relação de sentido é estabelecida entre essas orações? Explique.

c) Qual é o termo do enunciado responsável por estabelecer essa relação de sentido? Classifique-o.

2. Qual é o objetivo desse anúncio?

> Para atingir esse objetivo, que estratégia foi utilizada na criação do anúncio?

Leia a tira abaixo para responder às questões 3 e 4.

Turma da Mônica

Mauricio de Sousa

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© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.

Disponível em: . Acesso em: 25 fev. 2016.

3. Na tira, uma formiga e um urubu observam a personagem Magali fazendo um piquenique. Por que, considerando o contexto da tira, os dois estariam observando a garota?

> A fala da formiga revela um pressuposto que ela tem sobre Magali. Que pressuposto é esse?

4. A fala da formiga está estruturada em um período composto por coordenação. Quais são as orações que compõem esse período?

a) Que termo estabelece a relação existente entre as orações do período?

b) Que ideia esse termo estabelece quando utilizado?

c) Explique por que o uso dessa estrutura sintática permite identificar o pressuposto que a formiga tem sobre a Magali.

Leia o poema abaixo para responder às questões 5 e 6.

O dia da criação

Macho e fêmea os criou.

Bíblia: Gênese, 1, 27

I

[...]


Hoje é sábado, amanhã é domingo
Amanhã não gosta de ver ninguém bem
Hoje é que é o dia do presente
O dia é sábado.

Impossível fugir a essa dura realidade


Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.

II


Neste momento há um casamento
Porque hoje é sábado.
[...]
Há um renovar-se de esperanças
Porque hoje é sábado.
Há uma profunda discordância
Página 184

porque hoje é sábado.


[...]
Há um vampiro nas ruas
Porque hoje é sábado.
Há um grande aumento no consumo
Porque hoje é sábado.
Há um noivo louco de ciúmes
Porque hoje é sábado. [...]

III

Por todas essas razões deverias ter sido riscado do Livro das Origens, ó Sexto Dia da Criação

MORAES, Vinicius de. In: FERRAZ, Eucanaã (Org.). Veneno antimonotonia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 69-72. (Fragmento). Os direitos relativos ao uso do poema de autoria de Vinicius de Moraes foram autorizados pela VM EMPREENDIMENTOS ARTÍSTICOS E CULTURAIS LTDA., além de:© VM e © CIA. DAS LETRAS (Editora Schwarcz).

5. Nesse poema, há a repetição sistemática de uma oração. Qual é ela?

a) Ao longo do poema, uma série de comportamentos e fatos são apresentados. Explique a relação estabelecida entre essa oração que se repete e os fatos e comportamentos descritos.

b) Qual é o tipo de relação sintática existente entre as afirmações feitas para expressar esses comportamentos e fatos e a oração que se repete?

6. O título do texto e a epígrafe apresentada revelam que o poema se refere ao momento de criação do homem e da mulher, segundo a narração bíblica. Transcreva no seu caderno o verso em que é feita essa referência intertextual.

a) Que opinião do eu lírico a respeito da criação dos seres humanos pode ser identificada nesse verso?

b) Explique qual é a relação de sentido entre esse verso e o verso que apresenta a estrutura sintática recorrente.

Usos do período composto

Em alguns textos é possível observar uma exploração intencional de determinadas estruturas sintáticas para obter um efeito de sentido particular. O autor do texto reproduzido a seguir decidiu recorrer a orações coordenadas, conectadas pela conjunção mas, para tornar mais claro o seu ponto de vista sobre o tema abordado. Observe.



Entre o otimismo e o pessimismo

Em tempos bicudos como o que estamos vivendo, uma boa dose de otimismo pode nos ajudar a enfrentar as dificuldades do dia a dia. Os otimistas costumam ser mais positivos mesmo diante das adversidades, e, com isso, têm mais chance não só de encontrar meios para sobreviver à crise como de criar alternativas para sair dela, independentemente dos acontecimentos ao seu redor.

Reconhecemos os otimistas de algumas maneiras. Uma delas é pelo tempo de seu discurso. [...] Outra maneira de diferenciar um pessimista de um otimista é pelo uso do “mas”. Sim, do mas... a conjunção coordenativa adversativa, a palavrinha de três letras muito usada quando dois pensamentos se complementam, e parecem ser opostos. Usamos esse artifício linguístico todos os dias e nem nos damos conta disso. Cada vez que você diz “agora faz sol, mas mais tarde vai chover”, ou “minha cabeça dói, mas já vai passar”, está usando uma conjunção que, assim como a preposição, tem a finalidade de ligar termos de uma mesma oração.

Lembra das aulas de língua portuguesa no colégio? Vale recordar. As conjunções podem ser aditivas, conclusivas, alternativas, explicativas e também adversativas, que são as que indicam oposição entre duas ideias. O mas é uma delas. As demais nós conhecemos: porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Pulando da gramática para a psicologia, quem abusa das conjunções adversativas passa uma imagem de certa indecisão perante os fatos da vida. Tipo: “Não sei bem o que quero, mas me dá este aqui”, ou “Acho que vou tentar, mas não tenho certeza se vou conseguir”.

Voltando ao tema do otimismo e do pessimismo, sabemos que esses dois estados, que demonstram a visão que as pessoas têm da situação em que se encontram, bem como das perspectivas futuras, se refletem no uso dos recursos linguísticos. Um deles é o uso do mas. Ou melhor, da ordem em que se colocam os termos da oração
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O objetivo dessa tarefa é fazer com que os alunos, a partir da reflexão encaminhada ao longo da seção, empreguem conjunções coordenativas e subordinativas de maneira consciente, intencional e, consequentemente, coerente com o ponto de vista a ser defendido. Assim, a ideia não é produzir um texto aos moldes do artigo de Eugenio Mussak (em que a discussão estaria centralizada na relação entre uma certa disposição para ver o mundo e o uso de conjunções na fala), mas sim defender uma tese sobre o tema proposto em um texto bem articulado, em que as conjunções, responsáveis pelo encaminhamento da argumentação, deverão revelar o ponto de vista do aluno.

Ao avaliar a produção, verifique especialmente se os alunos foram capazes de empregar adequadamente as conjunções, isto é, se as relações sintático-semânticas estabelecidas por elas tanto se mantêm coerentes no nível do período quanto contribuem para a defesa da tese.

Também é importante verificar se os alunos respeitaram a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo, contextualizando a questão no parágrafo inicial, organizando os argumentos apresentados para defender o ponto de vista adotado e garantindo que o tom da análise seja objetivo.

em torno dele. Explico. Uma coisa é dizer: “Eu sei que está ruim, mas vai melhorar”. Outra é afirmar: “Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está”. As duas frases acima envolvem exatamente os mesmos elementos em sua construção. Ambas fazem uma ponderação sobre a situação presente e uma consideração relativa ao futuro. A diferença está no foco.

[...] Essas são situações em que o mas serve para ponderar, analisar, criar uma imagem realista de um fato, uma situação, ou mesmo sobre uma pessoa, um profissional. O outro valor do mas é o de criar esperança. Quando algo não está bem, como o momento econômico, o crescimento da inflação e do desemprego, surgem dois pensamentos: o de que tudo vai piorar, e o de que daqui pra frente só é possível melhorar. “A situação é ruim, mas não será para sempre”, dizem alguns. Outros preferem afirmar: “A situação está ruim, mas ainda não chegamos ao fundo do poço”. E, já que é assim, proponho o otimismo consciente. Aquele que não nega a realidade, mas que acredita na solução, no recomeço, na recuperação, na melhoria, no crescimento. Nosso país está como está porque fizeram com ele o que fizeram. Mas ele será o que será porque faremos o que faremos. E, neste caso, como diz o ditado, “não tem mas nem meio mas”. Só depende de nós.

MUSSAK, Eugenio. Entre o otimismo e o pessimismo. Vida Simples. São Paulo, nov. 2015. (Fragmento adaptado).

De acordo com o autor do texto, o modo como articulamos as orações por meio da conjunção coordenativa adversativa mas revela muito sobre a nossa disposição para ver a vida de forma positiva ou negativa. Para ilustrar essa ideia, as seguintes construções são comparadas:

Eu sei que está ruim, mas vai melhorar.
Eu sei que vai melhorar, mas que está ruim, está.

O conteúdo associado a uma visão pessimista está, em cada período, marcado na cor verde, enquanto o conteúdo associado a uma visão otimista, na cor azul. Podemos observar que os dois períodos têm estruturas bastante parecidas e trazem o mesmo significado: nos dois casos, somos necessariamente levados à interpretação, por um lado, de que algo está ruim no momento em que a frase é enunciada e, por outro, de que esse estado de coisas irá se transformar para melhor.

O autor destaca, contudo, que o primeiro enunciado seria dito por uma pessoa otimista, enquanto o segundo, por alguém pessimista. A explicação para essa diferença está no modo como as orações são organizadas no interior do período, tomando-se como referência a conjunção mas: no primeiro enunciado, a conjunção introduz a oração “vai melhorar”, o que contribui para minimizar o efeito do conteúdo negativo da oração anterior; no segundo enunciado, o mas passa a introduzir a parte da frase que traz o conteúdo negativo, contribuindo para deslocar nosso foco de atenção para esta parte específica.

Em ambos os casos, percebemos que a intenção do falante é derrubar uma ideia e mostrar claramente qual é o seu ponto de vista acerca de algo. A sua visão, seja otimista, seja pessimista, opõe-se a algo que foi dito anteriormente: esse é o mecanismo das orações que chamamos de coordenadas adversativas.

É interessante notar que um efeito muito parecido poderia ter sido obtido se o autor do texto, em lugar de empregar a conjunção coordenativa mas, tivesse usado uma conjunção subordinativa concessiva, como embora ou ainda que. É possível readequar os dois períodos e manter o sentido pretendido pelo texto, modificando ligeiramente as estruturas sintáticas. Observe:

Embora esteja ruim, sei que vai melhorar.
Embora eu saiba que vai melhorar, a situação está inegavelmente ruim.

Nesses dois exemplos, notamos não somente a troca de conjunção, mas também uma mudança na posição em que ocorre. No primeiro exemplo, que revela uma visão otimista, a conjunção passa a introduzir a oração que traz um conteúdo negativo. No segundo exemplo, que revela uma visão pessimista, ocorre o contrário: a conjunção introduz a oração com conteúdo positivo.

Podemos perceber que, quando usamos embora no lugar de mas, o foco deixa de recair sobre a oração introduzida pela conjunção e passa a incidir sobre a oração principal. É nela que se manifesta a visão de mundo — otimista ou pessimista — que o falante pretende anunciar.

Nos dois casos estamos diante de orações articuladas em um período composto. A escolha por estruturas coordenadas ou subordinadas, como mostramos nesta análise, é determinada pela maneira como o autor decide articular as ideias em seu texto.



Pratique

Você viu que o modo como as orações se articulam por meio de conjunções coordenativas ou subordinativas revela diferentes pontos de vista. A sua tarefa será explorar o uso de conjunções para produzir um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:A autoestima. Ao refletir sobre o assunto, você certamente levará em consideração diferentes pontos de vista.

Antes de elaborar o seu texto, reúna-se com seus colegas para discutir questões relacionadas à autoestima: o que leva as pessoas a terem uma visão positiva ou negativa sobre si mesmas? A autoconfiança pode contribuir para melhorar nossa qualidade de vida? Que atitudes podem ser tomadas para melhorar a autoestima? Existe alguma relação entre o meio social no qual uma pessoa é criada e a sua autoestima? Uma autoestima excessivamente elevada pode atrapalhar, em vez de ajudar? Pessoas mais otimistas tendem a ter uma autoestima elevada?
Página 186

Capítulo 10 - Período composto por coordenação

As orações coordenadas

Leia com atenção o cartum abaixo para responder às questões de 1 a 3.

Robert Leighton



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© 2007 ROBERT LEIGHTON/THE NEW YORKER

LEIGHTON, Robert. New Yorker. Folha de S.Paulo. São Paulo, 23 fev. 2014.

Fizemos uma árvore com os exemplares encalhados do seu livro, mas não fica a mesma coisa.”



1. Descreva a situação apresentada no cartum.

2. A análise dos elementos, das pessoas e do texto do cartum permite fazer algumas inferências a respeito do sucesso do autor e da relação entre essa questão e o cenário no qual aparecem as personagens. Que inferências são essas?

a) Com base nas inferências feitas, como pode ser interpretada a fala do homem de óculos?

b) É evidente que a tentativa ilustrada no cartum estaria destinada a fracassar. Qual pode ter sido a intenção do autor ao criar essa cena?

3. Releia o cartum.

a) Considerando o que você aprendeu sobre períodos compostos, como classificaria o período presente no cartum? Por quê?

b) Que relação de sentido é estabelecida entre as orações desse período?

c) Que termo, no período, marca essa relação de sentido?
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Como vimos, orações sintaticamente independentes que participam de um mesmo período mantêm, entre si, uma relação de coordenação. É o que acontece nas duas orações que aparecem no cartum analisado. O fato de a oração coordenada inicial estar vinculada à segunda oração por meio da conjunção coordenativa adversativa mas faz com que entre elas se estabeleça uma relação de oposição.

Conheceremos, agora, os diferentes tipos de orações coordenadas e as relações de sentido que expressam nos períodos de que participam.

Orações coordenadas assindéticas

Observe o trecho abaixo, que aparece em destaque em uma matéria feita sobre a cantora norte-americana Beyoncé Knowles.



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REPRODUÇÃO



Rolling Stone. São Paulo: Spring Publicações, ed. 42, p. 64, mar. 2010. Especial Mulher.

No trecho, as orações do período “Escrevo minhas músicas, tenho minhas próprias ideias, ajudo com minhas roupas” aparecem justapostas, sem qualquer conjunção para estabelecer uma relação entre elas. Semanticamente, porém, estão relacionadas pelo conteúdo que expressam: uma adição entre as várias ações enumeradas pela cantora norte-americana, como exemplo da sua imagem de uma artista perfeccionista, que participa de todas as etapas envolvidas na produção de seus álbuns.

Como as orações estão coordenadas entre si, mas essa coordenação não é feita com o auxílio de uma conjunção coordenativa, dizemos que essas orações são coordenadas assindéticas.

Tome nota

Coordenadas assindéticas são as orações que se encadeiam sem a presença de uma conjunção. Aparecem justapostas, separadas por vírgulas.

Orações coordenadas sindéticas

Em muitos casos, a coordenação das orações é feita por meio de conjunções coordenativas. Observe a tira.

Garfield

Jim Davis



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GARFIELD, JIM DAVIS © 2006 PAWS, INC. ALL RIGHTS RESERVED/DIST. UNIVERSAL UCLICK

DAVIS, Jim. Garfield. Folha de S.Paulo. São Paulo, 3 abr. 2006.

No último quadrinho, o gato Garfield, depois de declarar ser hora de sair da cama e iniciar uma contagem preparatória para essa ação, conclui: “A mente é forte, mas a carne é fraca”.

Essa observação do gato deixa claro que, apesar de saber ser hora de levantar, ele cede à tentação e decide permanecer na cama. A fala de Garfield estabelece uma oposição entre sua vontade (“A mente é forte”) e sua disposição física (“a carne é fraca”).
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Para expressar essa oposição, Garfield faz uso de duas orações coordenadas (período com dois verbos) que são relacionadas por meio de uma conjunção. Veja.

“A mente é forte, mas a carne é fraca.”

Oração coordenada assindética: “A mente é forte,


Oração coordenada sindética adversativa: mas a carne é fraca.”

A primeira oração, que não apresenta conjunção, é assindética. A segunda, introduzida pela conjunção adversativa mas, é sindética.



Tome nota
Coordenadas sindéticas são as orações coordenadas que vêm articuladas umas às outras por meio de conjunções coordenativas.

Orações coordenadas sindéticas aditivas

Quando se está diante de uma série de orações coordenadas dispostas de modo a dar ideia de uma sequência ou adição de fatos ou acontecimentos, sem que entre elas se estabeleça alguma outra relação de sentido, diz-se que a coordenação é do tipo aditivo. Veja.

Bichinhos de jardim

Clara Gomes

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© CLARA GOMES

GOMES, Clara. Bichinhos de jardim. Disponível em:


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