Projeto de pesquisa


Previsão da Aesa é de mais chuvas na PB



Yüklə 439,07 Kb.
səhifə3/12
tarix25.10.2017
ölçüsü439,07 Kb.
#12800
1   2   3   4   5   6   7   8   9   ...   12

Previsão da Aesa é de mais chuvas na PB

Das 114 cidades onde foram registradas chuvas, os maiores índices pluviométricos, além de Cabaceiras, foram nos seguintes municípios: Condado (145 mm), Boa Vista (53 mm), Cajazeiras (62,1 mm), Camalaú (45 mm), Caraúbas (78 mm), Catingueira (32,6 mm), Congo (64,2 mm), Coremas (34,3 mm), Cubati (69 mm), Emas (52,2 mm), Malta (114 mm), Mãe D’Água (30 mm), Nova Floresta (41,2 mm), Nova Olinda (31,6 mm), Olho D’Água (48,2 mm), Olivedos (38 mm), Patos (78,8 mm), Pedras de Fogo (30 mm), Princesa Isabel (61 mm), Salgadindo (37,2 mm), Santana dos Garrotes (33,3 mm) e  São Domingos do Cariri (95 mm).
Para as próximas 24 horas, a previsão da Aesa é de pancadas de chuvas em áreas do Sertão, Cariri e Curimataú. “A maior concentração de umidade, associada ao calor, favorece a formação de nuvens”, explicou a meteorologista da Aesa, Carmem Becker. No Litoral, Agreste e Brejo, o sol continua predominando na maior parte das cidades, mas podem ocorrer chuvas isoladas. (PB)

  • Agricultores acreditam em São José

Hoje é Dia de São José, o santo padroeiro dos agricultores do Nordeste. A crença do sertanejo diz que se chover no dia 19 de março, o inverno será bom, caso contrário, o ano será de seca.
Apesar do ano ter começado com chuvas em várias cidades do Sertão paraibano, a maioria dos agricultores ainda não começou a plantar e parece que decidiu esperar o sinal dos céus. “Por aqui, muita gente deixou para plantar depois do Dia de São José para não correr o risco de perder as plantações. Mas, pela chuva de ontem, acreditamos que o santo não vai nos decepcionar”, disse o agricultor Uélio Andrade, 20 anos, do sítio Malhada da Pedra, que fica a 10 km de Cabaceiras.
Na região, encontramos poucos agricultores que já tinham plantado, a exemplo de Severino de Freitas, que desde a semana passada, começou a plantar milho e feijão. Devoto de São José, ele aposta num bom inverno. “Esse ano, tenho fé em Deus e em São José que ainda vai chover muito pra que a gente possa lucrar. Não vejo a hora de ver o milho embonecando”, comentou o agricultor.
Se depender da previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a expectativa do homem do campo será atendida. Há previsão de chuvas para hoje no Sertão paraibano e em João Pessoa.
São José é o padroeiro de várias cidades paraibanas, que costumam fazer grandes festas religiosas para comemorar a data. São missas e procissões, além da parte profana da festa, que inclui a realização dos tradicionais pavilhões e shows artísticos. Este ano, como a data coincidiu com a programação religiosa da Semana Santa, na maioria dos municípios só haverá mesmo a missa e a procissão, como é o caso de Juazeirinho, onde o santo tem milhares de devotos.
A crença sobre a relação do Dia de São José com as chuvas é explicada pela passagem do equinócio, que acontece justamente na data em que se comemora o dia do santo padroeiro dos sertanejos. Em virtude do fenômeno, é comum a ocorrência de chuvas nesse dia.  (PB)

  • Águas dos rios elevam volume de Boqueirão

Depois de contabilizar os estragos, muitos curiosos foram até a ponte conferir o volume de água do Rio Taperoá, que antes da chuva estava completamente seco. “Tava tudo torrado, só tinha areia”, disse Damião de Sousa. O rio ficou lotado de pescadores e crianças que se divertiam tomando banho. No Rio Paraíba, o volume de água foi ainda maior. As águas dos dois rios chegaram rapidamente ao açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que teve um acréscimo de 28 cm de lâmina de água, o que corresponde a um volume de 8 milhões 493 mil e 755 metros cúbicos. A capacidade total do açude é de 411 milhões e 755 metros cúbicos de água.
Atualmente, o açude está com 272 milhões 187 mil e 339 metros cúbicos de água, o que corresponde a 66,11% de sua capacidade total. Para sangrar, ainda faltam quatro metros e três centímetros. Isso representa 239 milhões 493 mil e 948 metros cúbicos de água. O açude sangrou por três anos seguidos, de 2004 a 2006. Atualmente, o açude, que foi inaugurado em janeiro de 1957, abastece mais de 20 cidades.
SANGRANDO
Com as últimas chuvas, mais dois açudes do Estado sangraram, o Jenipapeiro, em São José de Lagoa Tapada, e Tavares II, no município de Tavares. Além desses dois, estão sangrando os açudes Cachoeira da Vaca, em Cachoeira dos Índios, Cachoeira dos Alves, em Itaporanga, Cafundó, em Serra Grande, e São José I, em São José de Piranhas.
As chuvas que caíram este ano serviram para recuperar a capacidade de armazenamento de todos os açudes do Sertão e Alto Sertão, além de alguns do Cariri paraibano, que começaram a tomar água nos últimos dias. A informação foi repassada pelo engenheiro civil do setor de monitoramento da Aesa, Lucílio Vieira. (PB)


  • Chuva deixa casas e ruas alagadas em Campina

Data: 19/03/2008



  • ROSÂNGELA ARAÚJO

As fortes chuvas registradas ontem, em Campina Grande, causaram grandes estragos em várias partes da cidade, sendo os maiores problemas provocados pelo entupimento de bueiros. Por conta desse transtorno, ruas nos bairros do Catolé, próximo ao Shopping Luiza Motta, Jardim Borborema, Cruzeiro, Centro e outros locais foram inundadas. Muitas residências foram atingidas pelas águas. A situação foi pior próximo da Ponte do Cruzeiro que liga o bairro às Malvinas, nas casas construídas às margens do riacho de Bodocongó. Cerca de 10 famílias tiveram prejuízo total com a enchente repentina.
Um dos moradores, Aldo Ermínio de Andrade, disse que a água levou quase todos os seus móveis e ainda arrastou um monte de lama para o interior da casa. A situação foi igual em todas as cerca de 10 casas construídas no lugar. Na hora que o riacho subiu de nível, o desespero tomou conta dos moradores, que saíram correndo tentando salvar o que podiam. O muro de uma casa foi derrubado, segundo informou Aldo Ermínio. Até o início da noite, o Corpo de Bombeiros já havia recebido centenas de chamados de urgência.
No entanto, nenhuma ocorrência de gravidade foi registrada até o fechamento desta edição, de acordo com relatos da corporação e da Defesa Civil, que manteve o pessoal em alerta toda a noite, atendendo chamados de inundações e alagamentos de ruas. MAIS EM CIDADES 3

  • Período chuvoso não vai atrapalhar obras em JP

A obra de duplicação da Avenida Pedro II segue em ritmo acelerado e a Prefeitura de João Pessoa já tomou as medidas necessárias para que o período chuvoso que se aproxima não interfira no andamento dos trabalhos. O secretário de Infra-Estrutura da PMJP, João Azevêdo, informou ontem que os serviços para evitar possíveis infiltrações na obra já foram efetuados. A pista deverá ser concluída no final de maio e entregue à população em junho.
João Azevedo disse que todas as precauções para driblar os efeitos da chuva foram adotadas. “Nós corremos com o corte da barreira e a terraplanagem, porque esse trabalho é prejudicado em época de chuva. Depois dessa fase, a água não atrapalha nem atrasa os serviços”, garantiu.
Atualmente, está sendo executada terraplanagem no sentido bairro-centro da via. Desse mesmo lado, os trabalhos ficam concentrados também na concretagem da ponte sobre o rio Jaguaribe.
Depois que esses dois serviços forem concluídos, será a vez da implantação das camadas de revestimento asfáltico.


  • Chuvas derrubam árvores, muros e deixam 18 famílias sem moradias

Data: 20/03/2008



  • PAULA BRITO


    

RESULTADO - Muro do Convento das Clarissas caiu e quase atingiu um carro; casas desabaram no Bairro das Cidades
Casas, árvores e muros derrubados, famílias desabrigadas, móveis destruídos. Esse foi o saldo da forte chuva que caiu na última terça-feira em Campina Grande, onde choveu  73,9 milímetros. No bairro das Cidades, casas desabaram com a força da água, depois que o Rio  Pianguá subiu. Dezoito famílias estão abrigadas numa escola municipal do bairro, aguardando providências da Prefeitura.
A casa de Walison Farias de Lima, 20 anos, foi uma das que desabaram com a chuva. Ele e mais oito pessoas, incluindo um bebê de oito meses de idade, tiveram que ser resgatados pelos bombeiros. “Só deu tempo da gente sair da casa para ela cair. Se a gente tivesse lá dentro, tinha morrido todo mundo”, contou.
Várias casas do bairro foram inundadas pela água e os moradores perderam móveis, roupas e eletrodomésticos. 25 famílias que moram perto da ponte do Cruzeiro também sofreram prejuízos. Ontem pela manhã, eles contabilizaram os estragos, enquanto relembravam os momentos de horror. “Meus filhos subiram no sofá e começaram a gritar quando viram a água subindo. Só nesse beco onde moro, tinha mais de 25 crianças e nós tivemos que tirar todas para que não morressem afogadas. Quando os bombeiros chegaram, a gente já tinha saído”, disse a dona-de-casa Janete Vicente da Silva.
Além de água e lama, os moradores foram surpreendidos com cobras, ratos e baratas que foram arrastados para dentro das residências. “Matei uma cobra e dois ratos dentro da minha casa”, contou a empregada doméstica Ivani Costa de Lima, 45 anos.
A água também inundou ruas e casas nos bairros do Catolé, Centro, Novo Horizonte, Cruzeiro, Catingueira, Dinamérica, Vila dos Teimosos e Jardim Borborema, entre outros. No bairro das Malvinas e Ramadinha II árvores caíram, mas ninguém ficou ferido.
Parte do muro da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), no bairro do Catolé, desabou. O mesmo aconteceu com o muro do convento das Clarissas, no bairro da Prata, e por pouco não causou um acidente grave. “Um motorista ia passando na hora de carro e um pedaço da parede ainda atingiu o veículo. Só não foi pior porque ele acelerou e conseguiu sair do local”, contou um trabalhador que juntava os restos do muro.

 
CHAMADOS


A Defesa Civil recebeu mais de 30 chamados desde terça-feira até ontem. “Já estamos tomando as providências necessárias. As famílias que perderam as casas vão receber um auxílio aluguel e serão cadastradas em programas habitacionais”, informou Antônio Lopes, da Defesa Civil.  Ele informou também que a Prefeitura já iniciou a limpeza dos bueiros e canais para evitar novas inundações. A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) prevê mais chuvas em Campina hoje, mas não com a mesma intensidade de terça-feira.


Em Queimadas, os moradores também tiveram prejuízos com as chuvas. Casas foram inundadas não só na periferia da cidade, mas no Centro. Comerciantes perderam mercadorias e alguns muros caíram, mas ninguém se machucou. “Em frente a minha casa, se abriu uma cratera. Foram duas horas de chuva forte”, disse Maria das Neves de Lima.

DEFESA CILVIL


Ontem, a Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, enviou alerta de chuva forte para os Estados do Tocantins, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Bahia, Alagoas e Paraná. Entre a tarde de ontem e hoje, áreas de instabilidades tropicais manterão as condições de chuva.



  • Açude Boqueirão tem acréscimo de 57 cm

Por causa das últimas chuvas, o açude Frutuoso II, em Aguiar, está sangrando e agora já são sete mananciais que chegaram à capacidade máxina. Os outros são Jenipapeiro, em São José de Lagoa Tapada, Tavares II, no município de Tavares, Cachoeira da Vaca, em Cachoeira dos Índios, Cachoeira dos Alves, em Itaporanga, Cafundó, em Serra Grande, e São José I, em São José de Piranhas.
O açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) também teve um acréscimo de 57 cm de lâmina de água e está com 290 milhões 367 mil e 155 metros cúbicos de água, o equivalente a 75% de sua capacidade total. De segunda-feira até ontem, o reservatório já recebeu mais de 26 milhões de metros cúbicos de água, em conseqüência das chuvas, mas ainda faltam 3 metros e 46 cm para  que ele possa sangrar.
De terça-feira para ontem, segundo a Aesa, choveu em 125 municípios paraibanos. O maior índice foi na cidade de Pombal, onde choveu 105 mm. Em 36 cidades, choveu acima de 40 mm e a previsão é de que continue chovendo de forma isolada em todo o Estado. (PB)


  • Chuva deixa população ilhada em duas cidades

Data: 21/03/2008



  • PAULA BRITO


    

ESTRAGOS - Estradas estão interditadas em Carrapateira e no município de Cabaceiras prédios e ruas foram alagados
As chuvas continuam causando estragos na Paraíba. Em duas cidades, mais de sete mil moradores estão ilhados. Em Carrapateira, no Alto Sertão paraibano, a população está impedida de sair do município desde quarta-feira, depois que o açude João Batista transbordou e levou junto a ponte que dá acesso ao município de São José de Piranhas.
Cabaceiras, no Cariri, conhecida nacionalmente por possuir o menor índice pluviométrico do País, está contrariando as estatísticas oficiais. O município enfrenta problemas causados pelas fortes chuvas que vêm caindo na região desde o início da semana. Ontem pela manhã, para piorar a situação, o açude de São João do Cariri estourou e o rio Taperoá inundou a cidade. A Prefeitura alugou três canoas, um bote e um jet ski para fazer o deslocamento das pessoas.  A última cheia do rio tinha acontecido na década de 80.
A estrada que liga Carrapateira a Nazarezinho está interditada por causa das péssimas condições, e por isso, quem precisa sair da cidade é obrigado a atravessar o rio, que passa por baixo da ponte que caiu. Uma grávida de nove meses foi carregada nos braços até o outro lado do rio, onde havia um carro a aguardando para levá-la até o hospital de Cajazeiras.
“A correnteza não é muito forte, mas não é muito seguro atravessar. Nem todo mundo se arrisca”, disse o secretário de Finanças do município, Marcos Alves Lira. Segundo ele, a ponte está em situação irregular há oito anos, quando outro açude estourou. “Na época, o DER só colocou terra e de lá para cá não foi tomada nenhuma providência. Com as chuvas dos últimos dias, ela não resistiu e caiu de vez”, disse o secretário. “Nunca vi tanto relâmpago e trovão. Foi muita chuva”, disse Marcos.
Além de não poder sair da cidade, a população também sofre com a falta de água, já que há seis dias ela não chega às torneiras. Ele também disse que quando chove, o município fica sem telefone e energia elétrica.
O prefeito de Carrapateira, José Ardison Pereira, está em João Pessoa tentando resolver a situação. O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER), Inácio Bento de Morais, disse que o conserto da ponte só pode ser feito quando a água do rio baixar. “Uma equipe do DER já esteve no local, mas no momento não era possível fazer a obra por causa da cheia do rio. Enquanto isso, estamos providenciando a melhoria da estrada que liga Carrapateira e Nazarezinho para que a população possa se deslocar”, disse Inácio Bento. Na região de São José de Piranhas e Cajazeiras, também no Sertão, seis açudes foram levados com a força da água.

  • Famílias ficaram desabrigadas

Em Cabaceiras, onde no início da semana as chuvas haviam feito vários estragos, a água invadiu casas localizadas na parte histórica da cidade. Os prédios do Fórum e dos Correios também ficaram alagados. Cinco famílias ficaram desabrigadas e foram removidas para casas de parentes e pousadas da cidade. “Elas conseguiram salvar os móveis porque agiram rápido. Quando vimos que a água ia subir, providenciamos a retirada dos móveis não só das casas, como também do Fórum e dos Correios”, informou a secretária de Educação do município, Rosilene Albuquerque.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros está de plantão na cidade para agir em casos de emergência, e a Defesa Civil também foi acionada. “Estamos em alerta porque o tempo está fechado e vem mais chuva por aí. As escolas estão prontas para receber as pessoas que porventura venham a ficar desabrigadas”, disse a secretária. A cidade está sem energia elétrica e água nas torneiras.
O prefeito do município, Ricardo Aires, estava a caminho de Natal (RN), onde iria embarcar em um navio para Fernando de Noronha, mas decidiu retornar a Cabaceiras quando soube o que tinha acontecido. Este mês, ele ganhou o prêmio Prefeito Empreendedor e a viagem fazia parte da premiação. 
Os dois dias de chuva forte em Cubati também causaram prejuízos. Casas e muros foram destruídos e alguns comerciantes perderam várias mercadorias, a exemplo de Geovânia Cavalcante, que perdeu R$ 14 mil em mercadorias.  “A água arrombou a porta da casa onde eu guardava a mercadoria e na loja, também entrou água. Perdi quase tudo e passei mal quando vi o tamanho do estrago. Agora, vou procurar um meio para pagar os fornecedores”, disse a comerciante.
Em Queimadas, a chuva abriu uma cratera numa das principais ruas do centro e por pouco não atingiu uma residência. O açude Dora Maia, que fica dentro da cidade, pode estourar a qualquer momento. “Estamos preocupados porque se o açude for embora vai atingir a cidade e o estrago será feio. Por isso, enviei ofício ao promotor da cidade, pedindo providências”, disse o prefeito Saulo Ernesto. Uma chuva forte arrombou o açude em 1984. (PB)


  • Chuvas preocupam os moradores das áreas de risco de João Pessoa

Data: 21/03/2008



  • LUZIA SANTOS


    

SATURNINO DE BRITO - A comunidade é uma das 34 áreas de risco de João Pessoa, segundo a Defesa Civil Municipal
As fortes chuvas que caíram nas últimas 24 horas em João Pessoa trouxeram preocupação para moradores das áreas de risco.  Na Comunidade Saturnino Brito, uma das 34 áreas de risco, segundo a Defesa Civil Municipal, a catadora de lixo Damiana Paulo da Silva, de 30 anos, contou que nas noites de chuva  não consegue dormir. Morando com três filhos pequenos, com idades de três, seis e nove anos, numa pequena casa com apenas dois cômodos, à beira de uma barreira, ela não tem sossego. “É só a chuva começar a cair que fico com medo de tudo desabar. Eu fico acordada e não consigo tirar um cochilo”, disse.
A catadora, que mora há três anos na comunidade, diz que não tem renda para sair do local. “Eu não tenho como sair daqui, o que ganho como catadora mal dá para alimentar meus filhos”, confidencia. Além da preocupação com a queda de barreira existe o medo das cobras. “Nesta época de chuvas até cobras passam perto do barraco da gente”, declarou.
Os moradores de áreas ribeirinhas também estão preocupados. Na comunidade Tito Silva, à margem do rio Jaguaribe, o vigia Severino Ramos de Melo, de 37 anos, já começou a viver o drama de ter a casa invadida pelas águas. Na noite da última quarta-feira, as águas entraram pela cozinha e acabaram se espalhando por todos os cômodos. Segundo o vigia, o problema é que o quintal é mais elevado que a casa e aí a água entra e inunda todo o interior da residência. “Não tem outra solução, a não ser erguer os móveis e rezar para não perder tudo”, contou Ramos de Melo.
Segundo o coordenador da Defesa Civil do Município, Manuel Duré, um plano de contingência foi realizado este ano com o objetivo de preparar as áreas para o período chuvoso. Segundo Duré, até o final da manhã de ontem houve apenas um registro de chamada. “Recebemos apenas um comunicado na avenida Beira Rio. Mas o caso já foi contornado. Será necessário cobrir uma barreira com lona”, explicou.
Ainda de acordo com o coordenador, as ações preventivas já executadas visam a minimizar os problemas causados pelas chuvas, como desmoronamentos e alagamentos. No plano de contingência estão estabelecidas ações de desobstrução de galerias e esgotos, limpeza de topo e sopé de barreiras e de rios, recolhimento de lixos e entulhos e ainda ações educativas, com a distribuição de panfletos através de agentes ambientais, orientando a população a acondicionar o lixo em sacos plásticos.
O coordenador da Defesa Civil lembrou a população que, em casos de urgências, o órgão pode ser acionado durante 24 horas através do telefone 0800 285 9020.

PREVISÃO



A previsão é de chuva em todo o Estado durante o final de semana, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Na Paraíba, o tempo deve permanecer nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, com período de melhoria.  Os dados do Inmet revelaram que nas últimas 24 horas as maiores precipitações ocorreram em João Pessoa, com 85 milímetros  (mm) de chuva. Apesar das fortes chuvas, o meteorologista Eládio Barros, do Inmet, afirmou que as precipitações continuam abaixo da média registrada no mês. Segundo ele, a média é de 227 mm, mas até agora foram registrados apenas 98 mm no mês.

  • Queimadas: população teme desabamentos

Conhecida pela beleza natural e por seus mais de 40 sítios arqueológicos, a serra do Bodopitá, que atravessa vários municípios, vem causando medo e apreensão na população de Queimadas. Na época de chuva, como agora por exemplo, a terra escorre da serra e invade as ruas próximas. O risco de desabamento das pedras que ficam em cima da serra é iminente. São dezenas, e algumas chegam a pesar até 30 toneladas.
O desmatamento feito ao longo dos anos na serra é uma das principais causas do desequilíbrio ambiental. Dezenas de famílias que moram próximo ao local temem uma tragédia.
“A gente vive com medo, imaginando que a qualquer momento uma pedra pode cair em cima das nossas casas. Quando chove, desce tanta terra que as ruas ficam uma lama só”, disse a dona-de-casa Inaldete Barbosa dos Santos.
A vizinha dela, Andréa Matias, apela para Deus, já que as autoridades políticas não tomam providências. “Moro aqui há mais de 20 anos e nunca vi nenhuma ação para mudar essa situação. Só Deus para proteger a gente”, disse.
A serra serve de ponto turístico e recebe a visita de várias crianças e adolescentes de escolas de Queimadas e de outras cidades. “Se uma pedra dessa rolar, o desmantelo é grande”, disse Maria das Neves de Lima, proprietária de uma escola do município.
O prefeito do município, Saulo Ernesto, disse que existe uma lei estadual proibindo o desmatamento da serra, que pertence a vários proprietários. Ele disse que não há fiscalização dos órgãos ambientais. “A cidade cresceu ao longo da serra e toda a zona leste ficou na zona de perigo. Já solicitei várias vezes uma fiscalização mais rigorosa, mas ninguém toma providência. Não tenho autonomia para proibir o desmatamento no local”, disse o prefeito. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou entrar em contato com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado, mas, até o fechamento desta edição, não obteve. (PB)

  • Boqueirão aumentou o nível de água

Desde a última terça-feira, o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), em Boqueirão,  teve um acréscimo de 1,28 metro de lâmina de água, o que equivale a 40 milhões de metros cúbicos. Somente de quarta-feira para ontem, o manancial ganhou mais 43 centímetros. Agora, o açude que abastece mais de 20 cidades, está com 304 milhões de metros cúbicos de água. Isso representa 73,91% de sua capacidade total. No entanto, ainda faltam 3 metros e 3 centímetros para o reservatório sangrar. 
De quarta-feira para ontem, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), choveu em quatro municípios paraibanos. O maior índice pluviométrico foi em Parari, com 158,4 mm.

1   2   3   4   5   6   7   8   9   ...   12




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin