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Chuva arrasta carro e mata mãe e três filhos



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Chuva arrasta carro e mata mãe e três filhos

Data: 22/03/2008



  • PAULA BRITO


    

TRAGEDIA-1 - A cratera dividiu a pista ao meio e arrastou o veículo onde a família estava; o motorista e pai de três vítimas sobreviveu
Por volta das 19h da última quinta-feira, o riacho do Feijão que corta um trecho da PB 148, distante 3 km da entrada de Boqueirão, transbordou. Com a força da água, a estrada se partiu ao meio, abrindo uma cratera que engoliu um carro, onde viajavam sete pessoas da mesma família. O veículo caiu de uma altura de mais de cinco metros e foi arrastado pela correnteza.
A dona-de-casa Maria Bonfim Bezerra, 37 anos, e três filhos morreram na tragédia. A mais velha, Renata Bezerra da Silva, havia completado 13 anos de idade no dia do acidente. Ela foi a única vítima encontrada dentro do veículo, um Gol vermelho. Os corpos de Emanuel Bezerra da Silva, 4 anos, e Lucas Gabriel da Silva, de 11 meses de idade, foram encontrados a alguns metros do veículo.
A irmã deles, Mariana da Silva, 8 anos, conseguiu sobreviver porque se segurou em um galho de árvore. “Ela estava quietinha agarrada numa árvore”, contou Luciano Menezes Bezerra, tio das crianças, que ajudou nas buscas.
O pai das crianças, Reginaldo Silva Sobrinho, que estava dirigindo o carro, e Francisco de Assis Costa, tio de Maria Bezerra, também sobreviveram. Eles foram jogados para fora do veículo quando o pára-brisa se quebrou durante a queda. A família morava no bairro do Catolé, em Campina Grande, e estava indo passar o feriado em Boqueirão, na casa da mãe de Maria Bezerra.
Depois de cair de uma altura de mais de cinco metros, o carro foi arrastado pela correnteza até uns 400 metros de distância do local do acidente. Moradores de Boqueirão e familiares das vítimas ajudaram no resgate. Equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam até tarde para encontrar o corpo da mãe das crianças. “Ela só foi encontrada por volta de 11 horas da noite. O corpo estava muito distante do carro”, contou o motorista Erivelton Guimarães, que ajudou na operação.
“O Gol parecia um carrinho de brinquedo caindo na cratera”, contou o policial militar Givaldo Souza, que testemunhou o acidente. Ele estava logo atrás do carro que despencou da estrada e contou os momentos de horror vividos pelos motoristas que presenciaram o acidente. “Tinha uma fila imensa de veículos nos dois sentidos da estrada. Chovia fino e a pista estava molhada. Quando vimos o redemoinho no riacho, ficamos com medo de passar, mas tinha muita gente incentivando para que os motoristas seguissem viagem. Algumas pessoas desceram dos carros e atravessaram a pé. Dois carros passaram  e a estrada continuou intacta, mas quando o Gol seguiu atrás, a estrada se abriu ao meio e o carro foi arrastado. Ficamos perplexos, vendo aquela cena e sem poder fazer nada”, contou Givaldo.  As vítimas do acidente foram enterradas ontem à tarde em Caturité.
A Polícia Militar interditou o local e ontem pela manhã, funcionários da Prefeitura Municipal de Caturité utilizaram uma Caterpillar para abrir uma estrada na lateral da rodovia, que ficou repleta de curiosos.
A chuva também provocou estragos em mais quatro trechos da PB 148. Nos 23 km que ligam Boqueirão a Cabaceiras, outros riachos se romperam e derrubaram boa parte da estrada. Em alguns trechos, só é possível trafegar de moto, mas o risco de desabamento é iminente.  Ao longo da rodovia, vários barreiros estão cheios e há risco de novos rompimentos.
No bairro Bela Vista, em Boqueirão, muros e casas caíram, deixando famílias desabrigadas. “Começou a chover por volta de 5 horas da tarde e foi uma hora de chuva forte sem parar”, contou o motorista Antônio Carlos Souza. Com a morte da família, já são cinco vítimas fatais em decorrência das chuvas na Paraíba. A outra vítima é Fagner José de Brito, de 17 anos. Ele caiu da ponte de Cabaceiras quando foi atravessá-la a pé na última quinta-feira à tarde. O corpo só foi encontrado às 5 horas de ontem pelos bombeiros.

  • Açude Boqueirão está sangrando

O segundo maior açude da Paraíba sangrou ontem, garantindo o abastecimento de água por mais dois anos em mais de 20 municípios, polarizados por Campina Grande. O transbordamento do Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que tem capacidade para acumular 411 milhões de metros cúbicos de água ocorreu pela manhã, por volta das 9h30. No sangradouro, dezenas de curiosos visitaram o local durante todo o dia de ontem para assistir ao espetáculo. Muitos aproveitaram para tomar banho.
“Em virtude das chuvas que caíram só nessa última semana, o açude de Boqueirão, que já se encontrava com 60% de sua capacidade hídrica, aumentou em 40% e está sangrando desde as 9 horas de hoje”, informou o presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), José Ernesto Souto Bezerra. A última vez que o manancial havia sangrado foi no ano de 2006.
Entre os mananciais monitorados pela Aesa, além de Boqueirão, estão sangrando os açudes de Cachoeira das Vacas, em Cachoeira dos Índios; Cachoeira dos Alves, em Itaporanga; Cafundó, em Serra Grande; São Gonçalo, em Sousa; Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada; São José I, em São José de Piranhas; e Tavares II, em Tavares, somando oito reservatórios com capacidade máxima em todo o Estado. Mais quatro: Araçagi, em Araçagi; Vazante, em Diamante; Jangada, em Mamanguape; e Felismina Queiroz, em Seridó, estão com mais de 90% da capacidade.

CABACEIRAS


Em Cabaceiras, as chuvas continuaram durante a noite de anteontem, mas o nível de água do Rio Taperoá baixou e os moradores não estão mais ilhados. “A água chegou a subir até as calçadas e pensamos que ia haver uma nova inundação, mas graças a Deus, isso não aconteceu”, disse a moradora, Darlene de Sousa.


Em Carrapateira, no Alto Sertão, onde uma ponte que dá acesso à cidade caiu, os moradores continuam ilhados e para deixar a cidade têm que atravessar o rio a pé, já que a travessia de carros é impossível. A energia elétrica foi normalizada e a água encanada já chegou na maioria das casas.


  • Cássio sobrevoa áreas e decide decretar estado de emergência

Data: 22/03/2008



  • ROSÂNGELA ARAÚJO


    

ESTRAGOS - A pista que dá acesso à cidade de Boqueirão foi uma das áreas visitadas pelo governador da Paraíba ontem
O  governador Cássio Cunha Lima sobrevoou, na manhã de ontem, os municípios de Cabaceiras e Boqueirão, que foram os mais atingidos pelas fortes chuvas nos últimos dias na Paraíba e informou que irá decretar estado de emergência para atender de forma mais rápida as cidades afetadas. Cássio foi conferir in loco os estragos causados pelas  chuvas, acompanhado do superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Inácio Bento de Morais, e fotografou os locais atingidos. Ele desembarcou em Campina Grande no aeroporto João Suassuna, por volta das 9 horas, de onde partiu para as áreas atingidas, em um helicóptero.
O governador alegou que vai decretar estado de emergência tendo em vista a situação enfrentada pela população e pelos municípios paraibanos em decorrência das fortes chuvas que caem incessantemente no Estado. “Não podemos esperar pela burocracia para atender as populações mais atingidas”, afirmou o chefe do Executivo. O decreto será publicado na próxima edição do Diário Oficial do Estado.
Cássio, que sobrevoou a região do Cariri acompanhado ainda do ex-secretário do Gabinete Civil, Carlos Dunga, determinou ao DER que priorize o restabelecimento das estradas para que a vida das pessoas volte à normalidade o mais rápido possível.
O governador também ordenou ao DER que construa, em caráter emergencial, acessos às cidades que tiveram as suas estradas atingidas enquanto a recuperação definitiva não for concluída.
O Corpo de Bombeiros, juntamente com a Defesa Civil, DER, Secretaria da Infra-Estrutura, Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa), Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), Polícia Militar, entre outros órgãos, está atuando de maneira ininterrupta na região desde a quinta-feira quando foram detectados os problemas mais sérios.

  • Situação é tranqüila em Campina, garante Sosur

Graças a várias ações da Prefeitura de Campina Grande, o problema com as chuvas em bairros que antes sofriam com alagamentos, está sob controle, segundo garantiu o secretário de Obras e Serviços Urbanos (Sosur), Alexandre Almeida. Segundo ele, bairros como o Pedregal, José Pinheiro, Quarenta, Centenário, Jeremias, Distrito dos Mecânicos, Itararé e outros, praticamente não tiveram chamados da Defesa Civil neste período chuvoso porque as ruas foram pavimentadas, casas foram reconstruídas e foram feitos investimentos em galerias e em redes de esgoto.
O secretário lembrou que poucos bairros tiveram ocorrências com as últimas chuvas, como na ponte do Cruzeiro, problema que será sanado com o reinício nos próximos dias da segunda etapa do Canal de Bodocongó. “Tivemos ainda socorro a famílias nos bairros das Cidades e Catingueira, mas nos locais estamos construindo 337 novas casas, edificando banheiros em outras unidades. Nestas duas áreas estão sendo investidos mais de R$ 10 milhões”, destacou Alexandre.
Já o coordenador da Defesa Civil em Campina Grande, Ruiter Sanção, informou que o trabalho que o órgão está fazendo em reeducar a população que mora nas chamadas áreas de risco tem sido também importante, mostrando a estas pessoas que medidas preventivas devem ser tomadas durante as chuvas, como não acumular lixo em galerias, observar rachaduras, estar sempre em contato com o órgão, bem como se unir em associações para cobrar dos poderes constituídos melhorias para as ruas.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, nos últimos três dias foram recebidas cerca de 150 ocorrências pelos telefones 199 e 3310-6016 e 21 famílias estão sendo assistidas pela Prefeitura. “E estamos, com o apoio da Semas, do Samu e do Corpo de Bombeiros, dando apoio às famílias”, informou Ruiter.

  • Defesa Civil alerta para mais chuvas no Estado

Mais chuvas vão continuar no Estado neste final de semana e a previsão é de que sejam intensas. Ontem, a Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional, encaminhou à Defesa Civil do Estado alerta sobre  a permanência de áreas de instabilidade, que formarão nuvens carregadas e profundas e provocarão pancadas de chuva em boa parte da Paraíba. O alerta do órgão nacional foi para os dias 21 (ontem), 22 (hoje) e 23 (amanhã).
No alerta, a Secretaria Nacional de Defesa Civil recomenda orientar a população para evitar áreas de alagamentos e para o risco de deslizamentos de encostas, morros e barreiras. Além disso, evitar lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios e ventos fortes. Com a divulgação de alertas, a Sedec pretende evitar a perda de vidas, danos ao patrimônio e ao meio ambiente e também incentivar a adoção de medidas preventivas pela população, governos estaduais e municipais.
Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), a previsão do tempo para hoje no Estado é de céu parcialmente nublado a nublado com chuvas esparsas em áreas isoladas, no Litoral;  céu parcialmente nublado com chuvas esparsas, no Brejo; céu parcialmente nublado a nublado com chuvas isoladas, no Agreste; céu oscilando entre parcialmente nublado e claro com ocorrência de pancadas de chuvas isoladas, no Cariri e Curimataú; e céu nublado com ocorrência de chuvas, no Sertão e Alto Sertão do Estado.

PATOS

As chuvas continuam intensas no Sertão da Paraíba, principalmente na cidade de Patos, onde o acumulado de janeiro a março já chega a casa dos 416,7 milímetros, o que representa metade de um inverno regular. Segundo dados do Núcleo de Apoio em Psicultura de Patos, a Barragem da Farinha já chega a 8.876.855 m³, o que corresponde a 34,5% dos 25.738.500 de sua capacidade; o Jatobá que tem capacidade de 17.516.000, encontra-se atualmente em 7.525.949,  43%, enquanto Capoeira, em Santa Terezinha está com 31.901.612 – 59,7% dos 53.450.000 que comporta.


  • Força-tarefa será criada pelo governo

Durante rápida entrevista concedida à imprensa antes do embarque, o governador Cássio Cunha Lima disse que a prioridade neste instante é o atendimento às pessoas atingidas diretamente pelas chuvas e o restabelecimento da infra-estrutura das cidades. “O governo vai reunir vários órgãos numa força-tarefa para socorrer as vítimas das chuvas”, garantiu.
A situação mais grave é nos municípios de Cabaceiras, Boqueirão e Carrapateira. O governador Cássio Cunha Lima disse que vai reunir dirigentes do DER, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil para definir as ações de uma força-tarefa que leve solidariedade e assistência direta à população atingida pelas chuvas.
A força-tarefa será coordenada pelo superintendente do DER, Inácio Bento. Segundo ele, o Governo do Estado também já pediu a ajuda do Exército Brasileiro para disponibilizar pontes metálicas que serão usadas em áreas isoladas, onde a água derrubou ou cobriu as pontes.
“Algumas estradas não podem ser recuperadas de imediato porque a chuva continua”, afirmou Inácio Bento, que alertou os motoristas para o cuidado nas estradas, pois o rompimento de pequenas barragens é o que tem causado a destruição de alguns trechos das pistas.


  • Defesa visita áreas de risco e igreja faz campanha para desabrigados

Data: 25/03/2008



  • PAULA BRITO


    

EM CAMPINA - Equipes da Defesa Civil iniciaram ontem vistoria nas casas que apresentam risco de desabamentos
As chuvas deram uma trégua em Campina Grande, mas 22 famílias ainda estão desabrigadas desde a semana passada. São mais de 100 pessoas, que estão temporariamente na Escola Municipal Maria das Vitórias, no bairro das Cidades. Algumas perderam móveis, eletrodomésticos e roupas, e outras, as próprias casas que desabaram com as chuvas.
Ontem pela manhã, o bispo de Campina Grande, d. Jaime Vieira Rocha, lançou uma campanha para arrecadar alimentos não perecíveis, roupas e colchões para as vítimas das enchentes, não só da cidade, mas também de Cabaceiras, onde algumas famílias ficaram desabrigadas por causa da cheia do Rio Taperoá. As doações podem ser entregues no secretariado de Pastoral, que fica localizado na Rua Afonso Campos, 251, centro de Campina.
A Defesa Civil também montou um esquema de trabalho para receber doações para as vítimas das chuvas. Quem quiser contribuir, é só ligar para o telefone 3310-3016 e repassar o endereço para que uma equipe do órgão possa pegar a doação.
Campina Grande possui atualmente 32 áreas de risco, tanto na cidade, como na zona rural. Os bairros das Cidades, Tambor, Novo Horizonte, Bodocongó, Malvinas, Santa Cruz, Catingueira, Dinamérica, Araxá, Cruzeiro, Distrito dos Mecânicos, Jardim Europa, Jardim América e Velame estão na lista.
Em algumas áreas rurais do município, pequenos barreiros se romperam e os moradores dos sítios Lucas e Santo Isidro estão em estado de alerta. No bairro Mutirão, 15 casas correm risco de inundação se chover forte, já que no local, um barreiro também se rompeu. “Estamos fazendo a limpeza de sangria, para quando a água atingir a capacidade total, possa fluir dentro da normalidade e evitar inundações, e no primeiro sinal de risco, faremos a remoção imediata das famílias”, disse o coordenador da Defesa Civil do município, Ruiter Sansão.
Ontem, equipes da Defesa Civil iniciaram um trabalho de vistoria nos imóveis em situação de risco espalhados por vários pontos da cidade. Uma das casas visitadas foi a da aposentada Noêmia Martins Amâncio, de 82 anos, moradora do bairro do Pedregal. A residência onde ela mora há 20 anos é de alvenaria, mas não oferece segurança alguma, principalmente, no período chuvoso. “Quando dá um trovão, me agarro nas cadeiras e fico esperando a casa cair. Não posso pagar aluguel senão vou ter que pedir esmola. Não me resta outra saída a não ser esperar a boa vontade dos governantes”, disse Noêmia, que mora sozinha e tem vários problemas de saúde.
Há quatro anos inscrita num programa habitacional, a aposentada reclama da demora em ser contemplada com uma casa. “Queria saber o motivo por que eles (os governantes) não fazem as casas para pessoas como a gente. Sei que o dinheiro não sai do bolso deles”, comentou.
Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Campina, existem mais de 10 mil casas em situação de risco, algumas de taipa e outras de alvenaria com a estrutura comprometida. Ruiter Sansão disse que as famílias que vivem em áreas de risco são encaminhadas aos programas habitacionais. “A gente faz um cadastro e envia para a secretaria de Planejamento do município. Essas pessoas têm prioridade”, disse.
Tentamos entrar em contato com o secretário de Planejamento do município para saber qual a previsão de construção de casas populares para as pessoas que moram em áreas de risco, mas não conseguimos até o fechamento desta edição.

  • Famílias do Sertão e Cariri ficam isoladas

A PB-148, que liga Queimadas ao município de Boqueirão, continua interditada desde a última quinta à noite, depois que uma cratera de mais de 5 m de profundidade se abriu no meio da estrada, por causa da chuva forte que caiu na região. Uma mãe e três filhos morreram. Além desse caso, que foi o mais grave, outros quatro trechos da rodovia foram parcialmente destruídos.
O tráfego de veículos está sendo feito por uma estrada de barro, aberta na lateral da rodovia pelo Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER), em caráter de emergência. O superintendente do DER, Inácio Bento Moraes Filho, informou, por meio da assessoria de imprensa, que a estrada deve ser liberada até amanhã. “Uma série de problemas está acontecendo em virtude do excesso de chuvas, provocando o rompimento de pequenas barragens, pontes e bueiros que não resistem, pela grande quantidade de água que chega”, disse Inácio Bento, lembrando que estas obras não foram projetadas para receber um grande volume de água. Ele declarou que já determinou um levantamento completo dos estragos para que possam ser feitos os serviços de recuperação da obra.
Em Cabaceiras, a única saída para quem pretende deixar a cidade continua sendo a estrada que dá acesso ao município de Boa Vista, já que a outra opção seria a PB-148. “Mesmo assim, a gente corre o risco de ficar sem poder sair da cidade, porque um açude da comunidade Bravo, que fica na divisa entre Cabeceiras e Boa Vista está sangrando e se chover muito, não dá para passar”, disse o secretário de Assistência Social do município, Valdemiro Pombo de Sousa Júnior. Ele informou que as cinco famílias desabrigadas por causa da cheia do Rio Taperoá já voltaram para as suas casas, mas a Prefeitura continua arrecadando roupas e alimentos. A energia elétrica na cidade foi normalizada, mas ainda não tem água encanada em todas as residências e constantemente acontecem panes nas linhas telefônicas.
Em Carrapateira, Alto Sertão, onde semana passada a ponte que dá acesso à cidade desabou com força da água, os moradores continuam ilhados e para sair do município são obrigadas a nadar até o outro lado do rio, para continuar a viagem de carro. No último final de semana, choveu forte no município, o que dificultou o deslocamento das pessoas.
Já no município de São José de Lagoa Tapada, as chuvas que caíram no final de semana também provocaram estragos nas estradas e a população teme ficar ilhada. Em Serra Grande, algumas famílias tiveram que ser removidas para o hotel da cidade depois que a água invadiu as suas residências. Nem a casa do prefeito Cláudio Antônio escapou e ele também precisou se mudar temporariamente para o hotel.
Em Sousa, no Sertão, moradores das ruas próximas ao Rio do Peixe tiveram que abandonar as casas no último domingo, depois que uma forte chuva aumentou o nível do rio e provocou o alagamento das casas. (PB)

  • Paraíba recebe alerta de fortes chuvas

A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração Nacional, enviou alerta de chuva forte nesta terça-feira para as defesas civis de 13 estados, entre eles a Paraíba. De acordo com a Sedec, a chuva poderá ser de forte intensidade e acompanhada de descargas elétricas, particularmente no centro-oeste da Paraíba.
Áreas de instabilidades tropicais continuam formando nuvens carregadas e profundas que provocarão pancadas de chuva também nos estados do Acre, Pará, Amapá, Rondônia, Amazonas, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Tocantins e oeste e noroeste da Bahia.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil recomenda orientar a população para evitar áreas de alagamentos e para o risco de deslizamentos de encostas, morros e barreiras.
De domingo para ontem, choveu em 153 municípios paraibanos. O maior índice pluviométrico foi registrado em Paulista (129,6 milímetros). Em mais 27 cidades, choveu acima de 40 mm. Confira os maiores índices: Aguiar (96,6 mm), Aparecida (44,2 mm), Bom Jesus (78,6 mm), Cachoeira dos Índios (45 mm), Cacimba de Areia (53 mm), Cajazeiras (65,2 mm), Cajazeirinhas (42,2 mm), Catolé do Rocha (64 mm), Condado (40,2 mm), Emas (45 mm), Imaculada (55,8 mm), Jericó (69,3 mm), Livramento (99,6 mm), Mãe D’Água (77,5 mm) e Piancó (45,2 mm).
Já em Pombal, choveu (74,4 mm), Riacho dos Cavalos (93 mm), São Bentinho (53 mm), São Bento (96 mm), São Domingos de Pombal (57 mm), São José de Piranhas (57,2 mm), São José de Princesa (57,5 mm), São José do Bonfim (51,8 mm), Tavares (44,4 mm), Teixeira (52,4 mm), Vieirópolis (46 mm) e Várzea (48,1 mm). A Aesa também divulgou a relação dos açudes que estão sangrando no Estado, confira no quadro. (PB)



 Açudes que estão sangrando no Estado

Epitácio Pessoa (Boqueirão), em Boqueirão;
Cachoeira da Vaca, em Cachoeira dos Índios;
Bom Jesus, em Carrapateira;
Cachoeira dos Alves, em Itaporanga;
Livramento, em Livramento;
Catolé I, em Manaíra;
Felismina Queiroz, em Seridó;
Cafundó, em Serra Grande;
São Gonçalo, em Sousa;
Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada;
São José I, em São José de Piranhas;
São José III, em São José dos Cordeiros;
Tavares II, em Tavares;
Santa Luzia, em Santa Luzia;
Araçagi, em Araçagi;
Manoel Marcionilo, em Taperoá


  • Chuva e vento forte derrubam casas e árvores

Data: 26/03/2008



  • ROSÂNGELA ARAÚJO


    

PREJUISO - No Cangote do Urubu, em Patos, as casas não agüentaram a força das águas; em Santa Luzia, os muros estão danificados
Os transtornos provocados com as fortes chuvas no Sertão da Paraíba estão aumentando a cada dia. Na última segunda-feira à noite, as cidades de Patos e Santa Luzia foram palcos de mais estragos causados pelas águas e vento forte. Casas foram invadidas e derrubadas pelas enxurradas, que ainda destruíram muros e derrubaram árvores. Em Patos, onde 51 famílias estão desabrigadas, os alagamentos ocorreram principalmente nas comunidades das Sete Casas e Vila Nova (Cangote do Urubu), Monte Castelo e São Sebastião. No Cangote do Urubu, três residências não suportaram as chuvas e caíram. 
Por sorte, os moradores da casa tinham deixado o local minutos antes do desabamento, segundo relatou James da Silva Ribeiro, dono do imóvel. “Nós saímos assim que ouvimos o estalo da madeira que avisava o que iria acontecer”, relatou. No leito de um riacho, uma quarta casa, que estava obstruindo a passagem das águas, teve que ser demolida pela Prefeitura Municipal para evitar que outras na área caíssem. Durante toda a manhã de ontem, o prefeito Nabor Wanderley esteve visitando as áreas onde existem casas com ameaças de desabamento.
Nabor ainda acompanhou os serviços que estão sendo feitos nas localidades atingidas, buscando resolver o problema de quem ficou sem teto e conversando com os moradores. Acompanharam o prefeito, o coordenador da Defesa Civil municipal, Rubens Nogueira, a secretária de Ação Social, Elisabeth Sátyro e o pessoal da Secretaria de Saúde e da Infra-Estrutura. Na ocasião, Nabor determinou que todas as secretarias dessem atenção especial às áreas de risco, já que os problemas precisam de rápida solução, e que as 51 famílias desabrigadas fossem transferidas para o ginásio O Rivaldão. Todas já se encontram no local, recebendo medicamento e alimentação da Prefeitura.
A secretária de Ação Social do município, Elisabeth Sátyro, disse que a preocupação maior no momento é evitar novos desabamentos. As famílias que tiveram suas casas derrubadas pelas chuvas já estão cadastradas para receber, ainda neste ano, habitações de alvenaria. No Cangote do Urubu serão 84 novas casas construídas. Até as construções, todas serão relocadas para imóveis alugados pelo município, segundo declarou o prefeito.
À tarde, o secretário de Infra-Estrutura do Estado, Guaray Martins, esteve em Patos, visitando as famílias atingidas com as chuvas e informou que o governador Cássio Cunha Lima determinou à Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), fazer um levantamento sobre os estragos na cidade para a adoção das medidas necessárias. “De imediato, nós vamos fornecer colchões e mantas para os desabrigados”, garantiu o secretário, ressaltando que após as chuvas, um projeto para a construção de um canal - no rio que inundou as casas – será viabilizado pelo governo.
SANTA LUZIA
Em Santa Luzia, o prefeito Antônio Ivo também foi acompanhar de perto ontem os estragos causados pela ventania e as chuvas. Vários pontos da cidade sofreram danos, com muros, casas, paredes e banheiros caídos. Calçamentos ficam danificados e muitos buracos foram feitos nas pistas, prejudicando a passagem dos automóveis. No total, foram detectados 21 pontos de estragos. Por conta da situação, o prefeito já acionou a Defesa Civil do Estado para tomar as devidas providências, uma vez que a previsão é de mais chuvas para o município nos próximos dias. Um dos problemas diz respeito ao Açude do Albino, localizado em cima da Serra de Santa Luzia, com mais de quatro milhões de metros cúbicos e que está sangrando e com vários problemas na sua estrutura física, o que pode ocasionar o seu arrombamento e consequentemente, um aumento no volume do Açude de Santa Luzia, podendo inclusive causar o arrombamento deste.


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