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Inmet diz que precipitações devem diminuir no Sertão



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Inmet diz que precipitações devem diminuir no Sertão

Um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) revela que a partir de abril as chuvas no Estado deverão se concentrar na região do Cariri, Agreste, Brejo e, principalmente, do Litoral paraibano. A redução da incidência de chuvas no Sertão foi apontada pelo prognóstico trimestral do instituto, divulgado na última terça-feira, que demonstra a previsão climatológica para os meses de abril, maio e junho deste ano. “A expectativa é de que, de agora em diante, aumente a concentração de chuvas em João Pessoa e Campina Grande até o mês de agosto, já que em municípios do Sertão, como São Gonçalo, já choveu a média equivalente ao ano inteiro”, explica o chefe da seção de Previsão do Tempo do Inmet do Recife, Ednaldo Correia de Araújo.
Segundo as informações do prognóstico, a previsão geral para este ano varia entre a média normal e acima da normal histórica na Paraíba e nos Estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
O estudo indica que os valores máximos de precipitação nesse trimestre ocorrerão no leste da Paraíba, com oscilações entre 300 mm e 420 mm em abril, caindo para 300 mm e 360 mm no mês de maio e variando entre 240 mm e 400 mm durante o período de junho. “A tendência é de que a chuva no Sertão do Estado vá se reduzindo até a primeira semana de maio, acabando por completo e se concentrando apenas entre o Cariri e o Litoral do Estado no restante do ano”, explica Araújo.
De acordo com o especialista, está chovendo menos na capital em relação aos três primeiros meses do ano passado. “A chuva está abaixo da média em João Pessoa, chegando a apenas a 8,8 mm no último mês de fevereiro, o equivalente a menos de 10% da média histórica, que é de 98 mm”, compara Ednaldo Araújo.
O chefe da seção de Previsão do Tempo informa que a média histórica utilizada nas comparações é calculada com base nos dados dos últimos 30 anos, levando em consideração os períodos mais chuvosos e menos chuvosos de cada mês. “Somamos os índices de chuva de todos os meses de janeiro, por exemplo, e dividimos por 30. Assim se chega à média histórica”, explica Araújo.
Para ele, a alta incidência de chuvas no Sertão registradas neste mês, que levou o município de São Gonçalo a superar a média histórica de 248,6 mm, atingindo 518,2 mm antes mesmo de chegar ao fim de março, serviu sobretudo para o armazenamento de água. “Ainda não teremos o melhor inverno da década este ano, como ocorreu em 2004, quando todos os reservatórios da Região Nordeste sangraram”, compara o especialista. “Porém, dessa vez, a chuva chegou em bom tempo, pois irrigou cidades que estavam sem água há cerca de oito meses”, finaliza. (Marina Magalhães)


  • Cássio ordena recuperação de moradias e das estradas

Após reunião ontem com o secretário da Infra-Estrutura, Francisco Evangelista, e o diretor-superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Inácio Bento de Morais, o governador Cássio Cunha Lima determinou que os dois auxiliares façam visitas às áreas atingidas pelas chuvas nas regiões do Cariri e Sertão. Cássio também determinou que empresas sejam contratadas imediatamente para executar obras de emergência nos locais mais críticos.
Hoje, está previsto um sobrevôo em algumas áreas do Estado por Evangelista e Inácio Bento. O secretário de Infra-Estrutura adiantou que a equipe do governo verificará também in loco os problemas nas áreas atingidas por enchentes nos municípios de Carrapateira (três mil habitantes) e São José da Lagoa Tapada (oito mil habitantes), no Alto Sertão paraibano, na região polarizada por Cajazeiras.
A determinação do governador Cássio é de que seja acionada de imediato a contratação de empresas para executar obras de emergências de acessos a cidades, vias alternativas de acesso a estradas; habitações danificadas ou destruídas, reconstrução de trechos destruídos e de pontes, dentre outras ações de assistência às populações ribeirinhas. Francisco Evangelista destacou que o Decreto de Estado de Calamidade Pública faculta a contratação emergencial de empresas sem licitação.
De posse do relatório da viagem de hoje, o governo do Estado dará início a ações concretas objetivando assistir o quanto antes as populações atingidas pelas chuvas e enchentes. (Da Redação)

  • Belém registra o maior índice pluviométrico

De quarta-feira para ontem, choveu em 148 municípios paraibanos, segundo a Aesa. O maior índice pluviométrico foi em Belém, com 92,2 milímetros. Em outras 48 cidades também choveu acima dos 40 mm. Confira: Aguiar (90,8 mm), Arara (64,5 mm), Areia (91 mm), Areial (58,3 mm), Bananeiras (78,7 mm), Belém (92,2 mm), Boa Ventura (44,3 mm), Borborema (72,2 mm), Brejo do Cruz (48,3 mm), Cacimba de Areia (45 mm), Campina Grande (75 mm), Campo de Santana (43 mm), Carrapateira (67 mm), Casserengue (46,4 mm), Catingueira (46,3 mm), Condado (50,2 mm), Cubati (75 mm), Dona Inês (57 mm), Esperança (55,4 mm), Esperança (42,3 mm), Imaculada (47,5 mm), Itaporanga (52,2 mm), Juru (48,2 mm), Lagoa Seca (45,2 mm), Mãe D’água (47,5 mm), Montadas (55,1 mm), Monte Horebe (54,2 mm), Olivedos (86,2 mm), Pedra Branca (40,2 mm), Pedra Lavrada (75,4 mm), Piancó (44 mm), Pilões (56,8 mm), Pirpirituba (91 mm), Pocinhos (63,4 mm), Puxinanã (43,4 mm), Queimadas (80,8 mm), Serra da Raiz (55,3 mm), Serra Grande (57,8 mm), Serraria (71,6 mm), São Bentinho (48,3 mm), São João do Rio do Peixe (70,1 mm), São José da Lagoa Tapada (53 mm), São José de Piranhas (64,6 mm), São José dos Cordeiros (45 mm), Solânea (88,6 mm), São Sebastião de Lagoa de Roça (47,3 mm), Sousa (75 mm) e Triunfo (49,7 mm). (PB)

  • Chuva e vento continuam atingindo a cidade de Patos

Com o acumulado de 500 milímetros, em pleno mês de março, o município de Patos vem registrando chuvas diárias, algumas das quais acompanhadas de fortes ventos, a exemplo do que aconteceu na última segunda-feira, quando dois casebres ruíram no Cangote do Urubu, onde 51 famílias ficaram desabrigadas e foram transferidas para o Ginásio de Esportes o Rivaldão, onde continuam sendo assistidas.
A Barragem da Farinha, um dos principais reservatórios da ‘Capital do Sertão’, com capacidade para 25.700.000 m³, está transbordando desde a última terça-feira, às 18h02, atraindo um grande número de populares. O açude do Jatobá, com capacidade para 17 milhões de metros cúbicos, continua aumentando o seu nível, já que existe uma interligação com a Farinha através de um canal construído na década passada, o que possibilita maiores chances de transbordamento.
No tocante à barragem de Capoeira, que tem capacidade para 54,5 milhões de metros cúbicos, as informações procedentes do município de Mãe D’Água dão conta de que o nível tem aumentado consideravelmente, com previsões de sangria para o final de semana.

ESPINHARAS


Em São José de Espinharas, município localizado a 23 quilômetros de Patos, alguns açudes de pequeno e médio porte não resistiram ao grande nível das águas e acabaram arrombando, levando consigo plantações em estágios avançados, em sua maioria de milho e feijão.


Os agricultores de pequeno porte lamentam apenas a ausência de um programa de distribuição de sementes, uma vez que o governo do Estado disponibilizou apenas as variedades de algodão branco e colorido. O secretário Francisco de Assis Quintans, em visita ao Vale do Sabugy, disse que o problema decorre da falta de sinalização do governo federal na parceria que objetivava beneficiar a clientela do Seguro Safra. (Com Informações de Damião Lucena).


  • Governo libera R$ 2 mi para vítimas da chuva

Data: 28/03/2008




  • BARTOLOMEU HONORATO


    

PROVIDENCIAS - Plano de ação foi discutido ontem na capital
O governo do Estado vai aplicar R$ 2 milhões para socorrer as vítimas das chuvas das últimas semanas sobre a Paraíba. Uma reunião, realizada ontem, na Secretaria de Infra-Estrutura, na capital, definiu ações preventivas contra os problemas ocasionados pelas precipitações, como rompimento de barragens e destruição de estradas. Haverá disponibilização de técnicos, veículos,  número de telefones para atendimento à população atingida pelas águas.
“O governo do Estado disponibilizará R$ 2 milhões para atender as pessoas prejudicadas pelas fortes chuvas na Paraíba. A forma como o dinheiro vai ser empregado será definida em uma reunião hoje com o governador Cássio Cunha Lima, que decidirá qual é a melhor estratégia para socorrer a população”, declarou o secretário Executivo de Infra-Estrutura,  Guaray Martins de Medeiros.
De acordo com o secretário, a Paraíba está em estado de emergência. Pessoas estão desalojas por conta das chuvas, há trechos interrompidos para o tráfego de veículos e pessoas ilhadas nas cidades.
O plano emergencial de ação contra as chuvas prevê medidas nas áreas de infra-estrutura,  saúde e segurança. Guaray Martins de Medeiros disse que a Defesa Civil está em alerta e disponibilizou o número 199 para as pessoas entrarem em contato, caso sejam vítimas das chuvas ou para que comuniquem estragos pelo interior, como o rompimento de barragens. A Secretaria de Saúde terá profissionais prontos para atender a casos de urgência e emergência. O Corpo de Bombeiros e Polícia Militar colocarão homens para socorrer a população. Além disso, Exército e Marinha se dispuseram para participar das ações coordenadas pelo governo do Estado. Técnicos de diversas áreas e veículos estão previstos no plano.
Segundo o meteorologista da Aesa, Alexandre Magno, a previsão é de mais chuvas no interior da Paraíba. “As chuvas continuarão no Estado. Só a partir de maio haverá redução das precipitações no Semi-Árido e aumento das chuvas na região litorânea, que registrarão média de 2.200 mm a 2.500 mm”, afirmou. A média normal de chuvas do Litoral fica entre 1.800 milímetros (mm) a 2.000 mm.

  • Cubati: açude São Gonçalo se rompe

Em Seridó, distrito de São Vicente do Seridó, mais de mil pessoas tiveram que abandonar as casas na última quarta-feira à noite por causa do risco de rompimento do açude São Gonçalo, localizado em Cubati. Alguns homens tentaram rebaixar o sangradouro do manancial utilizando explosivos e chegaram a colocar sacos de areia nos buracos, mas a parede do açude não resistiu à pressão da água e se rompeu na madrugada de ontem. “Por sorte, os moradores já tinham saído das casas senão o estrago teria sido feio. E é porque o balde do açude ainda não se rompeu de vez”, disse o vereador Eduardo Dantas.

RESGATE

Ontem pela manhã, em Boqueirão, uma família que mora na localidade do sangradouro do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), teve que ser retirada pelo Corpo de Bombeiros  depois de três dias ilhada. O açude continua sangrando e até ontem estava com 1,54 metro de lâmina d’água. “No local, moram várias famílias, mas essa que foi retirada, estava no centro da correnteza e a casa ficou cercada pela água”, disse Everaldo Jacobino de Moura, do Dnocs de Boqueirão.
O proprietário da casa, identificado como Genival, se recusou a deixar o local e os bombeiros fizeram a remoção apenas da sua esposa e dos dois filhos, entre eles uma criança de três anos de idade.

SOLEDADE



A situação também está complicada em Soledade, onde o açude Tapuia, que fica na divisa do município com São Vicente do Seridó, está sangrando e corre o risco de estourar. “Se isso acontecer, três barragens serão atingidas e levarão água para o açude Santa Tereza, que também está transbordando. O problema é que a água desse açude passa por dentro da cidade e pode chegar até uma ponte que dá acesso à BR-230”, explicou Rubens Leite, morador da cidade. 
Em Patos, cerca de 200 famílias continuam desabrigadas, e em Campina Grande, mais de 100 pessoas continuam alojadas em uma escola municipal. A Prefeitura de Campina está em estado de emergência e não descarta a possibilidade de decretar estado de calamidade.  (PB)



 Confira os açudes que estão sangrando

 Cachoeira dos Cegos, em Catingueira;
 Gamela, em Triunfo;
 São Gonçalo, em Cubati;
 Poleiros, em Barra de Santa Rosa;
 Ministro José Américo, em Soledade;
 Pilões, em São João do Rio do Peixe;
 São Mamede, em São Mamede;
 Emas, em Emas;
 Epitácio Pessoa (Boqueirão), em Boqueirão;
 Cachoeira da Vaca, em Cachoeira dos Índios;
 Bom Jesus, em Carrapateira;
 Cachoeira dos Alves, em Itaporanga;
 Livramento, em Livramento;
 Catolé I, em Manaíra,
 Felismina Queiroz, em Seridó;
 Cafundó, em Serra Grande;
 São Gonçalo, em Sousa;
 Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada;
 São José I, em São José de Piranhas;
 São José III, em São José dos Cordeiros;
 Tavares II, em Tavares;
 Santa Luzia, em Santa Luzia;
 Araçagi, em Araçagi;
 Manoel Marcionilo, em Taperoá;
 Frutuoso II, em Aguiar;
 Vazante, em Diamante;
 Cochos, em Igaracy;
 Açude da Farinha, em Patos;
 Riacho Verde, em Boa Ventura;
 Cacimba da Várzea, em Cacimba de Dentro;
 Video, em Conceição;
 Engenheiro Arcoverde, em Condado;
 Coremas/Mãe D’gua, em Coremas;
 Carneiro, em Jericó;
 Glória, em Juru;
 São Domingos, em São Domingos do Cariri;
 Pimenta, em São José de Caiana

  • 24 mil pessoas estão ilhadas em 5 cidades

A Defesa Civil Nacional e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertaram para fortes chuvas na Paraíba hoje e os estragos não param de aumentar. Cerca de 24 mil pessoas de cinco municípios continuam ilhadas depois que dezenas de barreiros se romperam e destruíram estradas e pontes. Não existem números oficiais, mas calcula-se que mais de 3.500 pessoas estão desabrigadas, a maioria de comunidades ribeirinhas do Alto Sertão paraibano.
No perímetro irrigado de Sousa, no Alto Sertão, cerca de 1.500 moradores de comunidades ribeirinhas, tiveram que ser removidas depois que as comportas da barragem de Engenheiro Ávidos (Boqueirão), em Cajazeiras, foram abertas e aumentaram o volume da sangria do açude de São Gonçalo, que está transbordando há oito dias.
As famílias se recusavam a abandonar as casas e tiveram que ser retiradas por equipes do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. Elas estão abrigadas em creches e escolas públicas. Em dois dias, o Engenheiro Ávidos liberou 13 milhões de metros cúbicos de água, segundo o engenheiro agrônomo Adalberto Nogueira.
O prefeito de Sousa, Salomão Gadelha, decretou estado de emergência e encaminhou um pedido de auxílio à Secretaria Nacional de Defesa Civil no início da semana. Diariamente, são enviados relatórios ao secretário do órgão sobre a situação da região. A prefeitura disponibilizou alimento e medicação para as famílias atingidas. O governo do Estado e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) também já foram cientificados.
Em Aparecida, na mesma região, o encontro do Rio Piranhas com o Rio do Peixe, na fazenda Acauã, deixou cerca de 200 pessoas desabrigadas. O alerta agora é em relação  ao açude da Lagoa do Arroz, localizado entre os municípios de Santa Helena, Cajazeiras e São João do Rio do Peixe. Até o fechamento dessa edição, o reservatório estava com mais de 90% da capacidade total, faltando pouco mais de um metro para sangrar.
A situação é crítica porque se o açude transbordar, levará ainda mais água ao Rio do Peixe, que corta Sousa, Aparecida, São João do Rio do Peixe e outras cidades. Isso significa que milhares de ribeirinhos serão atingidos caso não abandonem suas casas.  O açude foi construído há mais de 20 anos e nunca sangrou. 

SEM ACESSO


Em São José da Lagoa Tapada, que também fica no Alto Sertão, somente este ano choveu quase 300 milímetros. Mais de 500 pessoas tiveram as casas inundadas pela água do Rio Trapiá e estão alojadas em prédios públicos. Na região, 13 açudes pequenos foram embora e mais dois, que estavam sendo construídos no leito da estrada, estão transbordando. Com os acessos bloqueados, não é possível entrar nem sair da cidade.


A população dos municípios de Cabaceiras, Olivedos, Sossego e Carrapateira também está ilhada. Em Sossego, os moradores chegaram a ficar 30 horas sem energia elétrica e as pessoas doentes são carregadas nos braços durante a travessia do Rio Bom Sucesso. “Aqui está chovendo há mais de oito dias e na última quarta-feira, a estrada se rompeu e nós ficamos ilhados. A única maneira de sair ou entrar na cidade é atravessando um dos dois rios que estão cheios, mas tem hora que não dá para passar de jeito nenhum por causa da força da água”, disse o assessor parlamentar Mailton Santos. Uma barragem da região começou a sangrar e ameaça se romper e invadir residências. Por precaução, as famílias foram retiradas e estão na casa de parentes e amigos. (Paula Brito)


  • Acauã atinge capacidade máxima e águas começam a transbordar

Data: 29/03/2008



  • PAULA BRITO


    

SEGURANÇA HIDRICA - A barragem de Acauã sangrou por três anos consecutivos, de 2004 a 2006
A barragem de Acauã, localizada no povoado de Melancia, município de Itatuba, sangrou às 10h30 de ontem. Até o fechamento dessa edição, dos 123 reservatórios monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), 43 haviam atingido a capacidade máxima. Com 253 milhões de metros cúbicos, Acauã é o quarto maior reservatório do Estado. Depois da conclusão da adutora de Acauã, a barragem passará a abastecer também Ingá e cidades vizinhas, segundo Lucílio Vieira, da Aesa.
“Aqui está uma festa. Tem  dezenas de pessoas em cima do balde da barragem comemorando. A gente estava contando os minutos desde ontem para ver a barragem sangrar”, disse a comerciante Maria José Alves de Freitas, 57 anos de idade, que possui um restaurante em frente ao reservatório.
A barragem de Acauã sangrou por três anos consecutivos, de 2004 a 2006. O manancial começou a receber água desde o último dia 21 de março, quando o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) começou a sangrar. Segundo a Aesa, além de servir de fonte de abastecimento, a barragem também regulariza o fluxo de água do rio Paraíba, um dos mais importantes do Estado.
De acordo com dados da Aesa, até ontem, quatro açudes apresentavam mais de 90% da capacidade total, podendo sangrar a qualquer momento. São eles: São José II, em Monteiro; Jenipapeiro, em Olho D’Água; Capoeira, em Santa Terezinha e Bom Jesus II, em Água Branca. Apenas 13 reservatórios estão com menos de 20% do volume total e outros três com menos de 5% (Chã dos Pereiras, em Ingá; Serrote, em Monteiro e Prata II, em Prata).



 Confira os açudes que estão sangrando
Bartolomeu I, Bonito de Santa Fé;
Soledade, em Soledade;
Acauã, em Itatuba;
São Gonçalo, em Sousa;
Santa Rosa, em Brejo do Cruz;
Queimadas, em Santana dos Garrotes;
Paraíso, em São Francisco;
Olho D’ Água, em Mari;
Vazante, em Diamante;
Cachoeira dos Cegos, em Catingueira;
Gamela, em     Triunfo;
Poleiros, em Barra de Santa Rosa;
Pilões, em São João do Rio do Peixe;
São Mamede, em São Mamede;
Emas, em Emas;
Epitácio Pessoa (Boqueirão), em Boqueirão;
Cachoeira da Vaca, em Cachoeira dos Índios;
Bom Jesus, em Carrapateira;
Cachoeira dos Alves, em Itaporanga;
Livramento, em Livramento;
Catolé I, em Manaíra,
Felismina Queiroz, em Seridó;
Cafundó, em Serra Grande;
São Gonçalo, em Sousa;
Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada;
São José I, em São José de Piranhas;
São José III, em São José dos Cordeiros;
Tavares II, em Tavares;
Santa Luzia, em Santa Luzia;
Araçagi, em Araçagi;
Manoel Marcionilo, em Taperoá;
Frutuoso II, em Aguiar;
Cochos, em Igaracy;
Açude da Farinha, em Patos;
Riacho Verde, em Boa Ventura;
Cacimba da Várzea, em Cacimba de Dentro;
Video, em Conceição;
Engenheiro Arcoverde, em Condado;
Coremas/Mãe D’Água, em Coremas;
Carneiro, em Jericó;
Glória, em Juru;
São Domingos, em São Domingos do Cariri;
Pimenta, em São José da Caiana

  • Quixaba registra maior índice pluviométrico

De quinta-feira para ontem, choveu em 93 municípios paraibanos. O maior índice pluviométrico foi registrado em Quixaba (137 mílimetros). Em outras 13 cidades, também choveu acima de 40 mm. Confira: Amparo (58,6 mm), Bonito de Santa Fé (58 mm), Carrapateira (48,4 mm), Curral Velho (57,2 mm), Mãe D’ Água (44 mm), Nova Olinda (79,8 mm), Patos (42,8 mm), Santana dos Garrotes (56,3 mm), Santa Terezinha (50,8 mm), Serra Grande (75 mm), São José da Lagoa Tapada (51 mm), São José de Piranhas (71 mm) e São Mamede (64,2). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê  chuvas moderadas a fortes, com rajadas de vento ocasionais, em áreas isoladas da Paraíba durante todo o dia de hoje até as 23h de amanhã. Já a Aesa diz que continuará chovendo no Cariri, Sertão e Curimataú. (PB)

  • Sete cidades paraibanas estão sem abastecimento

Cerca de 60 mil pessoas continuam sem água nas torneiras em sete cidades paraibanas depois que a correnteza do rio Boa Vista, que fica entre Boa Vista e Soledade, levou parte da tubulação da adutora do Cariri. Segundo o assessor de imprensa da Cagepa, Ricardo Avelino, o primeiro acidente aconteceu no último domingo.
“Fizemos o conserto e quando nos preparávamos para ligar a água, deu outra chuva e levou tudo embora de novo. Agora, temos que esperar o nível de água do rio baixar para que possamos refazer o serviço”, explicou Avelino. As cidades atingidas são Soledade, Juazeirinho, Olivedos, Cubati, Seridó, São Vicente do Seridó e Pedra Lavrada.
Até ontem, quatro cidades paraibanas e seis comunidades rurais não dependiam mais de carros-pipa para garantir o abastecimento. Na zona rural, a água chegava através da operação pipa do governo federal, que é operacionalizada e fiscalizada pelo Exército. No caso das cidades, o abastecimento estava sendo feito por carros-pipa da Cagepa.
Segundo o órgão, o programa foi suspenso em Areial, Pocinhos, Fagundes e Queimadas. Em várias outras cidades, a quantidade de carros-pipa vem diminuindo em decorrência das chuvas.
O coronel Márcio Saraiva, comandante do 31º Batalhão de Infantaria Motorizado, com sede em Campina Grande, informou que até agora, nenhum dos 60 municípios pediu suspensão da operação pipa. No entanto, segundo ele, em diversas comunidades, o número de carros-pipa diminuiu em até 50%. “Se continuar chovendo, a previsão é de que nos próximos dias, o programa seja suspenso em várias comunidades. Estamos fiscalizando para saber quais comunidades já têm água suficiente para que possamos orientar os responsáveis pelo programa para solicitar a suspensão da operação pipa”, disse o comandante. (PB)

  • População rural de Patos festeja sangria de açude

A população da comunidade Mocambo de Baixo, zona rural de Patos, está bastante eufórica pelo fato do açude Mocambo, inaugurado em 15 de abril do ano passado, ter sangrado na última quinta-feira. Diariamente centenas de pessoas se deslocam para aquela localidade para admirar a descida das águas no sangradouro, cuja lâmina d’água já ultrapassa 50 centímetros de altura. O prefeito de Patos, Nabor Wanderley, visitou ontem várias comunidades rurais, em especial a do Mocambo e falou sobre a importância dessas reservas hídricas para o homem do campo, que terá água de qualidade para beber, bem como desenvolver atividades produtivas que vão garantir melhorias de vida para elas.
 Ao todo mais de 50 famílias do Mocambo serão beneficiadas com essas águas do inverno registrado este ano.  “Para uma região como a de Patos, inserida no Semi-Árido nordestino, que enfrenta as adversidades do clima seco, é uma bênção para todos nós recebermos essa quantidade de chuvas, e, mais importante ainda para essa comunidade, para qual estamos dando condições dela trabalhar, produzir, tirar seu sustento da terra”, disse Nabor Wanderley. (Da Redação)      


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