Projeto de pesquisa


Ponte cai e moradores pagam pedágio



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Ponte cai e moradores pagam pedágio

Com as fortes chuvas que caíram no último final de semana em João Pessoa, uma ponte de madeira construída de madeiras pelos moradores da comunidade São José, que serve para as pessoas fazerem a travessia até o Bairro de Manaíra, despencou, causando prejuízos para os moradores, que além de ficarem sem a ponte que é muito útil para ligar os dois lugares, ainda tem que pagar pedágio no valor de R$ 0,25 para fazer o trajeto de balsa (único veículo que consegue ligar os dois pontos do rio).
De acordo com a dona-de-casa, Sandra Maria Gonçalves, todas as vezes que começa a chover na região, a ponte que foi construída de forma improvisada pelos moradores, cai e as pessoas que precisam trabalhar ou estudar no Bairro de Manaíra têm de pagar um balseiro para chegar até o outro lado do Rio Jaguaribe. “Já nos acostumamos com está situação, pois sempre que chove, a estrutura feita por nós desaba e temos que pagar para poder fazer a travessia. Diariamente, pago R$ 1 para fazer as quatro passagens que preciso ao decorrer do dia”, explica.
Sandra Maria explicou também que a situação vivida pelos moradores acaba se tornando muito perigosa, já que o rio, além de ser muito fundo e poluído, a balsa utilizada para a travessia é feita de sobras de barcos que não são mais utilizados, e não oferece nenhuma segurança. “O perigo é grande, mas ou enfrentamos a aventura, ou temos que andar muito até chegar à próxima ponte”, argumenta.
O barqueiro José Carlos Santos que faz a travessia dos passageiros em uma balsa improvisada das 5h às 21h, e de segunda a domingo, relatou que ganha cerca de R$ 20 por dia de trabalho, e quando não está trabalhando nesse serviço, o seu meio de vida é a reciclagem de lixo pelos bairros da cidade. “Não gosto de fazer este serviço, mas as pessoas precisam fazer a travessia e eu preciso ganhar dinheiro, por isso venho todos os dias até a ponte quebrada e faço a passagem das pessoas do bairro”, afirma. “Na balsa cabem cinco pessoas em pé, mas se as pessoas estiverem com medo e preferirem estar sentadas, temos que diminuir o número para três”, disse o barqueiro.
Segundo o José Carlos, em média, atravessa 60 pessoas diariamente na balsa e todas têm de pagar adiantado para concluírem o trajeto. “Prefiro que as pessoas paguem adiantado, pois se não acabo levando calote do pessoal da comunidade e preciso do dinheiro para me manter e minha família”, afirma.
O padeiro Daniel Pereira, que precisa atravessar o percurso mais de quatro vezes por dia acredita que enquanto não construírem uma ponte de ferro no local, a situação da comunidade sempre será a mesma. “Já estou cansada desta situação, eu mesmo já refiz essa ponte inúmeras vezes. Enquanto a Prefeitura não construir uma ponte de ferro no local, vamos ter que pagar para poder trafegar no bairro”, esclarece.
A Secretaria de Infra-Estrutura da Prefeitura Municipal de João Pessoa (Seinfra) argumentou que já mediu toda a área e fez um levantamento de todo os gastos que serão feitos na região e até o final do 1º semestre do ano, estará realizando construções na região.
“Já concluímos os nossos estudos na região, só estamos esperando o dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ser liberado para começarmos a construção no local”, argumentou o secretário da Seinfra, João Azevedo. (Joceane Gomes)

  • Açude dos Namorados se rompe

Na noite da última quarta-feira, a cidade de São João do Cariri, interior da Paraíba, registrou o maior índice de chuvas das 262 estações monitoradas pela Aesa, 205,6 mm. A previsão para todo o ano seria de 381,4 mm. O Açude dos Namorados, construído em 1932 e com capacidade para mais de 5 milhões de metros cúbicos de água, começou a mostrar os primeiros sinais de erosão por volta das 3 horas da madrugada. Uma hora mais tarde, o reservatório não suportou a força da água e se rompeu. “O açude já estava cheio e com a chuva forte que deu, outros açudes pequenos acabaram caindo dentro, o que facilitou o estouro”, disse Elizabeth Queiroz, moradora da cidade.
O açude não abastecia a cidade, mas servia de sustento para algumas famílias do município. “Ninguém esperava uma chuva dessa, mas a Prefeitura e o governo do Estado vão construir outro açude”, disse o prefeito Marcone Medeiros.
Apesar da intensidade das águas, nenhuma pessoa ficou ferida e não foram registrados outros estragos no município. O bairro mais atingido foi o Conjunto da Cehap, onde algumas casas ficaram inundadas e aproximadamente 12 famílias tiveram que ser removidas para escolas públicas. “Graças a Deus, conseguimos tirar as famílias da situação de risco e impedir que o pior acontecesse”, concluiu o prefeito.
As estradas que cortam o município estão destruídas. “Há mais de 10 anos eu não via uma chuva dessa. A cidade inteira está mobilizada para refazer dos estragos”, disse Elizabeth Queiroz, referindo-se à grande quantidade de lama deixada pela perda do açude. Até o fechamento desta edição, continuava chovendo no município e a Aesa, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal, Polícia Militar e Defesa Civil estavam de prontidão para atender os casos de emergência. São João do Cariri tem uma população de 4.438 habitantes.
Atualmente, 63 dos 123 açudes monitorados pela Aesa estão sangrando.

CIDADES ILHADAS


As cidades de Santarém, Santa Cruz e Poço Dantas, no Sertão paraibano, amanheceram ilhadas na última quinta-feira, em virtude das chuvas fortes que caíram na região de Sousa.


As águas de riachos que alimentam o Rio do Peixe arrebentaram trechos das estradas que dão acesso às duas cidades, dificultando a entrada e a saída dos moradores. Em Santa Cruz, 80 famílias perderam as casas e o acesso a outros municípios está interrompido.
Já na cidade de Olivedos, estradas foram danificadas e os moradores também ficaram ilhados. “Foi muita água esta noite, como há muito tempo não se via”, disse Ranieri de Albuquerque, moradora de Olivedos. (PB)

  • Cabaceiras volta a ficar ilhada

Em Cabaceiras, no Cariri, a população voltou a ficar ilhada. Desta vez, a situação é pior do que a registrada 15 dias atrás, quando choveu 218 mm num único dia. Seis casas desabaram e mais de 100 pessoas estão desabrigadas. Elas perderam roupas, móveis, eletrodomésticos de documentos pessoais.
Os moradores contam que choveu durante toda a noite de quarta-feira na cidade, mas a inundação da cidade foi provocada pela cheia do Rio Taperoá, a maior dos últimos 61 anos, segundo os moradores mais velhos da região. “Em 1947, teve uma cheia grande e em 1985, aconteceu outra, mas essa de agora superou todas as outras. Nunca vi coisa igual”, comentou o advogado José Osvaldo de Castro, 61 anos. 
O Corpo de Bombeiros foi acionado para ajudar no resgate e transporte das pessoas ilhadas. A parte baixa e o centro da cidade ficaram inundados e além das casas, prédios públicos também foram tomados pela água, a exemplo da Prefeitura Municipal, do Fórum e da agência dos Correios. A estátua do bode, símbolo da Festa do Bode Rei, que fica na praça principal, estava dentro da água. O prefeito Ricardo Aires disse que a festa, marcada para o início de junho, terá de ser adiada.
Seis canoas, dois botes e um jet sky estão sendo utilizados para fazer a travessia das pessoas que precisam entrar e sair da cidade. Para piorar a situação, a ponte do Relva, a 20 km da cidade, que caiu há 15 dias, continua interditada e somente os veículos de grande porte conseguem passar.
Um policial militar que estava indo a Cabaceiras a trabalho desistiu e voltou do meio do caminho. Os médicos do Programa Saúde da Família também ficaram impedidos de chegar à cidade e os funcionários da Justiça foram dispensados do trabalho.“Se alguém adoecer, a gente tem que levar para Campina Grande, porque estamos sem médico. Já entrei em contato com a Defesa Civil do Estado e com o DER para pedir ajuda, porque a situação aqui é de calamidade”, disse o prefeito Ricardo Aires. Quatro trechos da PB-148, que liga Boqueirão a Cabaceiras, continuam interditados. O aposentado Manoel da Silva, 62 anos de idade, e mais cinco amigos ficaram três dias ilhados em São Domingos do Cariri por causa da cheia do Rio Paraíba e somente ontem conseguiram chegar a Queimadas, onde moram.
A Prefeitura Municipal contratou um caminhão F 4.000 para transportar as pessoas da Ponte do Relva até Cabaceiras e vários mototaxistas aproveitaram para ganhar um dinheiro extra. Segundo Ricardo Aires, os prejuízos causados pelas chuvas no município já passam de R$ 300 mil. (PB)



  • Rio Paraíba deixa desabrigados em 7 cidades

Data: 05/04/2008



  • JOCEANE GOMES


    

EMERGENCIA - Enchente pode levar a Ponte da Batalha; ribeirinhos são retirados das casas
A população ribeirinha das cidades de Bayeux, Santa Rita, Cruz do Espírito Santo, Salgado de São Félix, Itabaiana, Pilar e São Miguel de Taipu estão sendo retiradas urgentemente das suas residências devido à cheia do açude de Boqueirão (Epitácio Pessoa) que atualmente transborda com uma lâmina de 2,60 (mais baixa do que a registrada na última quinta-feira que era de 3 metros) e deságua na barragem de Acauã (Argemiro de Figueiredo), reservatório com 253 milhões de metros cúbicos que está com uma lâmina de 1,90 m transbordando há alguns dias no Rio Paraíba. Alguns moradores da cidade de Santa Rita estão ilhados em suas casas e a população da cidade de Cruz do Espírito Santo só consegue se locomover passando por dentro de Sapé, aumentando em mais de 50 km o percurso que antes era feito pela Ponte da Batalha, localizada sobre o Rio Paraíba, na PB-04, entre os municípios de Santa Rita e Cruz do Espírito Santo, região metropolitana de João Pessoa que foi interditada na noite de quinta-feira.
Segundo o diretor superintendente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Inácio Bento Morais, a interdição da ponte se trata de uma ação preventiva da força-tarefa estadual, objetivando prevenir possíveis desastres, tendo em vista que se trata de uma obra secular que poderá não suportar os efeitos de uma enchente. “A quantidade de água que está sendo despejada no Rio Paraíba é muito superior à que o rio pode suportar, por isso resolvemos interditar os pontos mais críticos percorridos pelas águas, visando, assim, a evitar desastres”, explica. “Existe 28 pontos críticos nas estradas da Paraíba, contudo já estamos monitorando dia e noite esses lugares e evitando o trânsito de carros e pessoas por esses locais”.
Inácio Bento afirmou que a ponte nunca passou por uma reforma de grande porte e sua liberação só poderá ser feita quando o nível da água baixar e for feito um estudo detalhado no local para ser realizado uma reforma estrutural na área. “Esta ponte precisa passar por uma reforma, visto que nunca passou por um processo de reestruturação. Sobretudo antes que isso ocorra, resolvemos fechar o tráfego na ponte”, disse.
O morador da cidade de Cruz do Espírito Santo, José Severino da Silva, que trabalha na cidade de Santa Rita como pedreiro, relatou que ninguém da cidade conseguiu dormir desde que receberam um comunicado da prefeitura do município, pedindo para que ficassem em alerta com o nível da água. “Ficamos sem dormir, pois recebemos uma carta da prefeitura, pedindo que arrumássemos nossas malas e ficássemos em alerta, pois a qualquer momento poderíamos ser transferidos das nossas casas para abrigos”, afirma. “Hoje (ontem), não pude sair para trabalhar, tendo em vista que a cidade está em pânico por causa do nível da água, várias famílias já saíram das casas e outras estão esperando para sair das residências”.

  • Alagamento atinge Santa Rita e Bayeux

A mesma situação também está sendo enfrentada pelos ribeirinhos de Santa Rita e Bayeux, que logo no início da manhã de ontem tiveram de desocupar as suas casas por causa da enchente que invadiu o local. De acordo com o subsecretário de comunicação de Santa Rita, Luiz Vieira, mais de 90 famílias estão desocupando as casas próximas do rio por causa da cheia que já entrou nos lugares. “Estamos disponibilizando um Centro de Educação de grande porte para levar as famílias desabrigadas até conseguirmos revitalizar toda a área atingida”, argumentou.
Outras duas áreas bastante atingidas com a cheia do Rio Paraíba foram: parte da BR 101, próximo ao Bairro de Várzea Nova, em Santa Rita, que teve cerca de 100 metros do seu alargamento submerso pelas águas e a estrada que liga Bayeux a Santa Rita que foi isolada depois que o rio invadiu a pista.
O secretário de Infra-Estrutura da Paraíba, Francisco Evangelista, explicou que a situação está controlada, já que as chuvas deram uma pequena trégua no início do final de semana e o acúmulo nos reservatórios está diminuindo. “A situação está começando a ser controlada, pois as chuvas estão diminuindo em todas as regiões, porém continuamos com uma equipe da força-tarefa do Estado, formada por representantes da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Dnocs, Defesa Civil do Estado e Secretaria de Recursos Hídricos, que está de prontidão no escritório do Dnocs, em Boqueirão, para monitorar o reservatório e tomar as providências necessárias em caso de emergência”, avalia.

AFOGAMENTOS


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada, ontem, duas vezes pela população de Santa Rita sobre dois possíveis casos de afogamento no Rio Paraíba. A instituição recebeu as ligações às 9h20 e 11h15. As viaturas da PRF foram até o local, mas não encontrou nenhum corpo nas águas. (Joceane Gomes e Bartolomeu Honorato)




  • Cássio antecipa o fim da licença para coordenar a força-tarefa

Data: 05/04/2008



  • DA REDAÇÃO

O governador Cássio Cunha Lima decidiu antecipar o fim da licença em uma semana e estará, neste sábado, acompanhando pessoalmente o trabalho da força-tarefa em algumas cidades do Sertão da Paraíba. A informação foi repassada, no início de ontem, pelo secretário Solon Benevides, da Comunicação.
De acordo com Solon Benevides, o governador resolveu dedicar o sábado e o domingo ao trabalho de assistência às vítimas das enchentes provocadas pelas fortes chuvas na região do Sertão.
Segundo a agenda divulgada pelo Palácio da Redenção, o governador chegará ao município de Sousa, no Alto Sertão, às 11h30 deste sábado. Está programado um sobrevôo sobre vários municípios da região do Vale do Rio do Peixe e também visita às áreas mais atingidas pelas chuvas.
O governador pretende também reservar parte de sua agenda em visitas à região do Cariri, onde a situação é também crítica em vários municípios.
Cássio Cunha Lima destacou, no telefonema para o secretário de Comunicação, o empenho pessoal do governador em exercício José Lacerda Neto em sua peregrinação, no início da semana, ao Sertão, coordenando pessoalmente o trabalho da força-tarefa, durante dois dias.
Para o governador, que esteve sempre acompanhando por telefone os trabalhos desenvolvidos pelas equipes do Estado, na força-tarefa que ele criou antes de se licenciar, na semana passada, é cada vez mais importante o trabalho parceiro e engajado das prefeituras, órgãos públicos de outras esferas e da própria sociedade de apoio às famílias desabrigadas.


  • Prejuízo causado pela chuva na Paraíba já ultrapassa R$ 24 mi

Data: 05/04/2008



  • PAULA BRITO


    

CARIRI . - Açudes sangraram, inundaram cidades e pessoas perderam casas
Os prejuízos causados pelas chuvas na Paraíba já ultrapassam R$ 24 milhões, segundo o chefe da Casa Civil da Paraíba, Rômulo Gouveia, com base num levantamento extra-oficial. Ele disse que esse valor diz respeito aos estragos provocados nas estradas, adutoras e barragens.
“Continua chovendo no Sertão e no Cariri, mas as medidas preventivas do governo estadual, junto com as prefeituras, fizeram com que as famílias fossem retiradas sem nenhum incidente”, disse Rômulo.
Várias estradas e algumas pontes foram destruídas em cidades do Cariri, Sertão e Curimataú. Dezenas de pessoas perderam as casas e milhares estão desabrigadas. Diversos açudes de grande, médio e pequeno porte se romperam, mas ainda não existem números concretos. “Estamos fazendo um levantamento para saber exatamente quantos reservatórios se romperam no Estado”, disse Laudízio Diniz, diretor-técnico da Aesa.
Em Brasília, Rômulo Gouveia se reuniu com o coordenador da Defesa Civil Nacional, Roberto Guimarães e expôs as dificuldades enfrentadas pela população paraibana.

  • Defesa Civil Nacional avalia situação no Sertão

O secretário estadual de Infra-Estrutura, Francisco Evangelista, recebeu, ontem em seu gabinete, o tenente César Santana, do Corpo de Bombeiros e integrante da Secretaria Nacional da Defesa Civil. O militar viajou com destino à cidade de Sousa, com objetivo de verificar in loco as condições das cidades paraibanas afetadas pelas chuvas.
O tenente Santana disse que estava na Paraíba para fazer uma avaliação da situação emergencial e elaborar relatório a ser entregue ao ministro Geddel Vieira, da Integração Nacional. Na visita, ele esteve acompanhado do engenheiro Antônio Brito, da Defesa Civil estadual.
Ainda no gabinete do secretário, o tenente César Santana recebeu um mapa da atual situação. Ele disse que, além de Sousa, visitaria os municípios de São João do Rio do Peixe, Aparecida, Patos e outras localidades na região do Vale do Rio do Peixe.
Segundo o militar, sua presença na Paraíba é uma determinação do ministro Geddel Vieira, após contato com o coronel Roberto Guimarães, da Secretaria Nacional da Defesa Civil.
Na próxima segunda-feira, o tenente César Santana pretende entregar o relatório da situação da Paraíba ao Ministério da Integração Nacional e salientou que a partir daí a Secretaria Nacional de Defesa Civil deverá  providenciar o envio de cestas básicas e outras ajudas às famílias afetadas pelas chuvas. (Da Redação)

  • Sangria de Boqueirão diminui lâmina

De quinta-feira até o início da tarde de ontem, a lâmina de água do sangradouro do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que chegou a atingir 3,11 metros às 14h da última quinta-feira, diminuiu mais de 65 cm. Com isso, foi descartada, temporariamente, a possibilidade do alargamento do sangradouro principal do reservatório e a força-tarefa do Estado já deixou o local.
As informações foram repassadas pelo presidente da Agência Executiva de Gestão das águas da Paraíba (Aesa), José Ernesto Souto, que tranqüilizou as comunidades ribeirinhas. “Tivemos uma diminuição significativa do nível de água em Boqueirão, que se reflete na barragem de Acauã, e por isso, não será necessário fazer uma intervenção de alargamento do sangradouro. Quero tranqüilizar as populações ribeirinhas, principalmente, em torno da Grande Itabaiana. Realmente, tivemos um momento de tensão na quinta-feira em Boqueirão, mas os nossos técnicos avaliaram, em conjunto com o Dnocs, a capacidade e a segurança no açude e foi cogitada a possibilidade de alagar o sangradouro, mas por enquanto, isso não será feito”, disse José Ernesto.  
Segundo ele, ontem o açude de Boqueirão começou a perder 5 cm de lâmina por hora. “Agora está acontecendo o inverso. Se ontem (quinta-feira), a barragem estava aumentando 10 cm por hora, hoje está perdendo 5 cm, o que nos dá uma estabilidade. Se houver uma chuva muita significativa, o cenário pode ser outro, mas atualmente, a situação está controlada”, garantiu. 
Por precaução, a Polícia Militar continua fazendo o bloqueio do acesso ao sangradouro e o Corpo de Bombeiros também está de prontidão no local. Segundo Jacobino Moura, chefe do Dnocs em Boqueirão, uma escavadeira também continua à disposição para caso de necessidade de alargamento do sangradouro principal.
Da última quinta-feira para ontem, mais quatro açudes passaram a sangrar em decorrência das chuvas, totalizando 67 reservatórios. Os últimos a atingir a capacidade máxima foram os seguintes: Açude Albino, em Imaculada; Arrojado, em Uiraúna; Baião, em São José do Brejo do Cruz e Campos, em Caraúbas.  A Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) disponibiliza os dados atualizados em sua página na internet (www.aesa.pb.gov.br). (PB)



 Açudes que estão sangrando

Albino, em Imaculada;
Arrojado, em Uiraúna;
Baião, em José do Brejo do Cruz;
Campos, em Caraúbas;
Timbaúba, em Juru;
Escondido, em Belém do Brejo do Cruz;
Serra Branca I, em Serra Branca;
Olivedos, em Olivedos;
Serra Vermelha I, em Conceição;
Campos, em Caraúbas;
Mucutu, em Juazeirinho;
São José IV, em São José do Sabugi;
Lagoa do Arroz, em Cajazeiras;
Jangada, em Mamanguape;
Piranhas, em Ibiara;
Várzea, em Várzea;
Saco, em Nova Olinda;
Jatobá I, em Patos;
Jeremias, em Desterro;
Jatobá II, em Princesa Isabel;
Capoeira, em Santa Teresinha;
Chupadouro I, em São João do Rio do Peixe;
Gamela, em Triunfo;
Jenipapeiro Buiú, em Olho D’ Água;
Bom Jesus II, em Água Branca;
Bartolomeu I, Bonito de Santa Fé;
Soledade, em Soledade;
Acauã, em Itatuba;
Santa Rosa, em Brejo do Cruz;
Queimadas, em Santana dos Garrotes;
Paraíso, em São Francisco;
Olho D’ Água, em Mari;
Vazante, em Diamante;
Cachoeira dos Cegos, em Catingueira;
Poleiros, em Barra de Santa Rosa;
Pilões, em São João do Rio do Peixe;
São Mamede, em São Mamede;
Emas, em Emas;
Epitácio Pessoa (Boqueirão), em Boqueirão;
Cachoeira da Vaca, em Cachoeira dos Índios;
Bom Jesus, em Carrapateira;
Cachoeira dos Alves, em Itaporanga;
Livramento, em Livramento;
Catolé I, em Manaíra,
Felismina Queiroz, em Seridó;
Cafundó, em Serra Grande;
São Gonçalo, em Sousa;
Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada;
São José I, em São José de Piranhas;
São José III, em São José dos Cordeiros;
Tavares II, em Tavares;
Santa Luzia, em Santa Luzia;
Araçagi, em Araçagi;
Manoel Marcionilo, em Taperoá;
Frutuoso II, em Aguiar;
Cochos, em Igaracy;
Açude da Farinha, em Patos;
Riacho Verde, em Boa Ventura;
Cacimba da Várzea, em Cacimba de Dentro;
Video, em Conceição;
Engenheiro Arcoverde, em Condado;
Coremas/Mãe D’Água, em Coremas;
Carneiro, em Jericó;
Glória, em Juru;
São Domingos, em São Domingos do Cariri;
Pimenta, em São José da Caiana.


  • Chuvas trazem doenças e médica alerta para risco de contaminação

Data: 06/04/2008



  • PAULA BRITO


    

AUMENTO DE CASOS - No período do inverno também é comum doenças respiratórias, principalmente, nas crianças
Durante as inundações provocadas pelas chuvas, a população fica exposta a doenças infecciosas, que se não forem tratadas corretamente, podem matar. As chamadas doenças de veiculação hídrica, como leptospirose, hepatite, diarréias e em menor grau, cólera e febre tifóide, são transmitidas através da água contaminada por vírus, bactérias e outros agentes infecciosos. As chuvas podem facilitar também a ocorrência de dengue, quando há o acúmulo de água em qualquer recipiente. No período do inverno, também é comum o aumento de doenças respiratórias, que acometem, sobretudo, as crianças.
As doenças infecciosas ocorrem com mais freqüência nas áreas onde não há saneamento básico ou quando a infra-estrutura é precária. “Como no nosso País, o sistema de saneamento básico é muito precário, as águas da chuva causam enchentes e a infestação dos ratos nas cidades e no campo é muito grande, possibilitando a transmissão dessas doenças”, disse Sônia Maria Souza, médica infectologista do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC).
Ela explicou que a leptospira penetra pela pele das pessoas, causando a leptospirose, doença grave que pode levar à morte. No caso da hepatite A, segundo ela, a transmissão é fecal-oral e pode ocorrer por meio da ingestão de água e alimentos contaminados ou ainda de pessoa para pessoa. “O indivíduo infectado transmite o vírus pelas fezes, contaminando o meio ambiente e a água, que se for ingerida por pessoas que ainda não tiveram a doença, pode transmiti-la. O mesmo acontece com alimentos contaminados”, disse a médica.
Diarréias virais ou bacterianas, como a febre tifóide, também são transmitidas desta forma. “Todas as pessoas com suspeita de qualquer uma dessas doenças devem procurar assistência médica imediata para o diagnóstico correto, tratamento e prevenção das complicações”, disse a infectologista.
Os sintomas dessas doenças são bem parecidos: febre, mal-estar, vômito e diarréia. A principal recomendação é de que a pessoa procure o serviço de saúde mais próximo  assim que surgirem os primeiros sintomas já que o diagnóstico precoce favorece o tratamento. É importante que o paciente não faça auto-medicação para não agravar o quadro. O HUAC é referência na região no tratamento de doenças infecciosas, mas outros hospitais de Campina Grande, também estão aptos a receber os pacientes, como o Hospital Regional de Urgência e Emergência, a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP) e Clipsi.
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