PMJP
Parque Solon de Lucena (Lagoa)
Praça da Paz (Bancários)
Praça Lauro Wanderley (Funcionários I)
Praça Bela (Funcionários II)
Praça do Caju (Bessa)
Praça Coqueiral (Mangabeira)
Praça Alcides Carneiro (Manaíra)
Praça Tiradentes (Torre)
Supermercados Hiperbompreço:
(Lagoa, Epitácio Pessoa, Jaguaribe e BR-230)
Supermercado Extra (Epitácio Pessoa)
Supermercado Carrefour (BR-230); Banco de Alimentos de João Pessoa (Av. Waldemar Naziazeno, 322 – Geisel)
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Casas podem desabar nos Funcionários III
Dezenas de casas correm risco de desabar na comunidade Maria de Nazaré, no Conjunto Funcionários III, na capital. Paredes infiltradas, barreiras deslizando, tetos caindo, cômodos alagados e móveis destruídos pela chuva são resultado da água que tem invadido as casas nos últimos meses.
Famílias vivem cotidianamente com medo de terem suas moradias destruídas pelas chuvas. “Estou vendo a hora o teto cair na nossa cabeça e matar eu e meus três filhos. Não posso sair, porque não tenho para onde ir”, declarou a dona-de-casa Erinalva Alves, que mora de favor numa casa onde as paredes estão com rachaduras e o teto com buracos. Segundo Erinalva, há dois anos a casa em que morava foi demolida pela Prefeitura por apresentar risco de desabamento, mas até agora não recebeu a nova residência.
Na casa de Margarida Domingos, o muro já caiu e a parede está reforçada por tábuas. “A Defesa Civil esteve aqui na semana passada e me mandou sair, mas eu não posso abandonar minha casa, nada garante que outra vai ser construída e tem pessoas esperando há muito tempo”, declarou.
Cleide Romão, que mora com o marido e dois filhos em uma casa onde o teto está sustentado por escoras, afirmou que passa as noites de chuva forte acordada com medo da casa desabar. “Faz cinco anos que espero me tirarem daqui, é muito sofrimento”, declarou Cleide.
O vão estreito onde Cremilda de Santana mora com seus três filhos é constantemente invadido por ratos e baratas devido aos buracos na parede. Segundo ela, um tijolo já caiu sobre a cabeça da sua filha de quatro anos e todos os filhos sofrem com problemas respiratórios por causa da umidade.
DEFESA CIVIL
Segundo Manuel Duré, coordenador da Defesa Civil, na próxima semana será realizada uma visita à área para análise das casas. De acordo com Duré, os moradores das residências que apresentem risco de desabamento serão relocados o mais rápido possível. “A situação da comunidade Maria de Nazaré é séria, porque as famílias não querem deixar as casas, isso complica nosso trabalho”, declarou. O coordenador afirmou ainda que outro problema é que o Auxílio Social, que paga os aluguéis das moradias provisórias, é proibido pelo Ministério Público Eleitoral nas proximidades das eleições. (Luzia Santos)
72 açudes estão sangrando na Paraíba
Riacho dos Cavalos, em R. dos Cavalos
Soledade, em Soledade;
Bruscas, em Curral Velho;
Caraibeiras, em Picuí;
Tapera, em Belém do Brejo do Cruz;
São Paulo, em Prata;
Albino, em Imaculada;
Arrojado, em Uiraúna;
Baião, em José do Brejo do Cruz;
Campos, em Caraúbas;
Timbaúba, em Juru;
Escondido, em B. do Brejo do Cruz;
Olivedos, em Olivedos;
Serra Vermelha I, em Conceição;
Campos, em Caraúbas;
Mucutu, em Juazeirinho;
São José IV, em S. J. do Sabugi;
Lagoa do Arroz, em Cajazeiras;
Jangada, em Mamanguape;
Piranhas, em Ibiara;
Várzea, em Várzea;
Saco, em Nova Olinda;
Jatobá I, em Patos;
Jeremias, em Desterro;
Jatobá II, em Princesa Isabel;
Capoeira, em Santa Teresinha;
Chupadouro I, em S J. do Rio do Peixe;
Gamela, em Triunfo;
Jenipapeiro Buiú, em Olho D’ Água;
Bom Jesus II, em Água Branca;
Bartolomeu I, Bonito de Santa Fé;
Soledade, em Soledade;
Acauã, em Itatuba;
Santa Rosa, em Brejo do Cruz;
Queimadas, em S. dos Garrotes;
Paraíso, em São Francisco;
Olho D’ Água, em Mari;
Vazante, em Diamante;
Cachoeira dos Cegos, Catingueira;
Gamela, em Triunfo;
Poleiros, em Barra de S. Rosa;
Pilões, em S. J. do R.do Peixe;
São Mamede, em S. Mamede;
Emas, em Emas;
Epitácio Pessoa, em Boqueirão;
Cachoeira da Vaca, C. dos Índios;
Bom Jesus, em Carrapateira;
Cachoeira dos Alves, Itaporanga;
Livramento, em Livramento;
Catolé I, em Manaíra,
Felismina Queiroz, em Seridó;
Cafundó, em Serra Grande;
São Gonçalo, em Sousa;
Jenipapeiro, em S. J. da L. Tapada;
São José I, em S. J. de Piranhas;
São José III, em S. J. dos Cordeiros;
Tavares II, em Tavares;
Santa Luzia, em Santa Luzia;
Araçagi, em Araçagi;
Manoel Marcionilo, Taperoá;
Frutuoso II, em Aguiar;
Cochos, em Igaracy;
Açude da Farinha, Patos;
Riacho Verde, Boa Ventura;
Cacimba da Várzea, C. de Dentro;
Video, em Conceição;
Engenheiro Arcoverde, Condado;
Coremas/Mãe D’Água, Coremas;
Carneiro, em Jericó;
Glória, em Juru;
São Domingos, em S. D. do Cariri;
Pimenta, em S. J. da Caiana.
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Ajuda da Sedec deve chegar hoje
A assessoria de comunicação da Defesa Civil do Estado informou que, além das roupas e alimentos recolhidos pelas campanhas das entidades, aguarda a chegada de donativos enviados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) do governo federal. As 115 toneladas de alimentos encontram-se armazenados nos Estados de Pernambuco e do Piauí e devem chegar à Paraíba ainda hoje. A distribuição será feita por etapas para os municípios em situação mais crítica, que já representam 89 localidades em estado de alerta.
Todo o material arrecadado será encaminhado aos órgãos oficiais que estão fazendo a distribuição no interior do Estado. A PMJP está fazendo contato com a Defesa Civil Estadual e Exército Brasileiro para acertar os detalhes do transporte até os municípios em situação de calamidade. (MM)
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Chuva faz dobrar o número de vítimas da dengue na Paraíba
Data: 12/04/2008
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LARVA - Fêmea do Aedes aegypti pode dar origem a até 350 mosquitos
| O número de casos de dengue dobrou entre o período de março a abril deste ano, devido à chegada das chuvas na Paraíba. Segundo o boletim divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), as notificações registradas de 1º de janeiro de 2008 até ontem chegam a 2.882 casos, enquanto o boletim que contabilizou as incidências de 1º de janeiro até 7 de março deste ano revelava 1.394 pessoas infectadas pelo Aedes aegypti. “O comportamento histórico da doença revela que esse aumento é comum nos meses mais chuvosos do ano, como abril, maio e junho. Por isso, precisamos reforçar o controle, principalmente nessa época de chuvas em que o acúmulo de água provoca doenças”, explica a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Dionéia Garcia.
A gerente informa que não apenas os casos de infestação da dengue como também o de doenças como leptospirose, hepatite A, febre tifóide e diarréias tendem a aumentar com a chegada das chuvas. “Como muitos lugares ficam alagados nesse período, as chuvas e enchentes vão levando tudo, desde lixo, tralhas e até águas de esgotos e córregos. Tudo isso misturado com a população”, justifica.
REPRODUÇÃO
A Seção de Controle de Vetores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também faz um alerta à população para os cuidados com o mosquito no período de chuvas, em que apenas uma fêmea do Aedes aegypti pode dar origem a até 350 novos transmissores da dengue em menos de um mês. “Temos basicamente duas estações no ano: uma de chuva e outra de estiagem. Na estação não-chuvosa, os mosquitos aproveitam o período de estiagem para depositarem seus ovos em tudo o que é recipiente com umidade”, conta o chefe da Seção, Nilton Guedes. “Assim, quando as primeiras chuvas se precipitam, há uma eclosão em massa desses ovos, multiplicando rapidamente a população de Aedes”.
Nilton Guedes orienta que o aumento da fiscalização deve ser rigoroso em todos os municípios principalmente nesse trimestre, já que com a chegada das chuvas surgem também novos criadouros do mosquito. “Se a gente conseguir impactar essa população de transmissores que está eclodindo, conseqüentemente teremos menos mosquitos no decorrer dos meses desse ano”, explica. “Por isso é importantíssimo que as pessoas aproveitem as chuvas intercaladas para destruir os mosquitos que ainda não estão voando e nem se reproduzindo, exterminando os criadouros”, completa. “Pena que muitos estabelecimentos, como oficinas e sucatas, não estão contribuindo. Já chegamos a encontrar mais de 40 focos em apenas um local, que pode ser classificado como um foco gerador, devido à grande produção de mosquitos”, revela.
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Pacientes em CG vêm de outras cidades
Mais de 50% dos pacientes com suspeita de dengue atendidos nos hospitais de Campina Grande são de cidades como Patos, Catolé do Rocha, Emas, Lagoa Seca, Aroeiras, Livramento, Monteiro, Prata, São Mamede, Lagoa de Roça, Junco do Seridó e Cajazeiras. Os dados são da Vigilância Epidemiológica do município, que semanalmente recebe relatórios atualizados com as notificações.
Elília Pombo, coordenadora de Vigilância Epidemiológica, acredita que o baixo índice da doença em Campina, é resultado não só do trabalho de combate ao mosquito da dengue pelos agentes de vigilância ambiental, mas principalmente, da conscientização da população, que está atenta e cumprindo a sua parte. “Por dia, recebemos uma média de 30 denúncias de pessoas que nos avisam sobre os focos do mosquito transmissor. Todas as denúncias são verificadas e quando confirmadas, os agentes da vigilância tratam imediatamente de combater o foco. A responsabilidade no combate à dengue deve ser dividida, 50% para o poder público e 50% para a população. Se uma das partes não cumprir com a sua obrigação, não teremos resultados satisfatórios”, disse Elília Pombo.
As denúncias de focos do mosquito devem ser feitas pelos telefones 3310-7062/7063/7064.
Até agora, segundo Elília Pombo, nenhum dos casos notificados foi confirmado. “Na próxima segunda-feira vamos divulgar os resultados de alguns exames que estão sendo feitos no nosso laboratório”, disse.
Segundo ela, os casos suspeitos da doença são maiores do que os notificados pelos hospitais porque muitas pessoas que apresentam os sintomas não procuram atendimento médico. “Tem muita gente se tratando em casa e se recusando a procurar o serviço médico. Essas pessoas também se recusam a fazer a coleta de sangue para que possamos fazer o exame que comprova a doença. Isso dificulta as estatísticas e como não temos dados concretos, fica difícil traçar uma estratégia de combate ao mosquito”, comentou Elília Pombo.
Ela alertou para os perigos da medicação por conta própria e lembrou que o paracetamol, remédio utilizado pelos pacientes com dengue, pode causar problemas no fígado se tomado em excesso. “Muitas pessoas que se tratam por conta própria ficam tomando paracetamol por dias seguidos e nem se dão conta do perigo que correm. Mais de 1 grama por dia tomado por vários dias consecutivos pode gerar complicações hepáticas”, disse.
A coordenadora explicou que a coleta do sangue só pode ser feita após cinco dias da apresentação dos primeiros sintomas. Os exames dos pacientes notificados em Campina são feitos no Laboratório do município (Lacen) e os notificados em João Pessoa, são feitos no Lacen do Estado.
HEMORRÁGICA
Mais um caso suspeito de dengue hemorrágica foi registrado na Paraíba, dessa vez em Serra Branca. Depois de ser atendido no hospital com os sintomas da doença, um menino de seis anos de idade foi transferido para Campina Grande, onde passou dois dias internado no Hospital da Clipsi. A criança recebeu alta ontem. A menina de 5 anos, que estava internada com a suspeita da doença no Hospital Regional Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina, também recebeu alta ontem. (Paula Brito)
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Chuvas: prejuízos chegam a R$ 60 milhões
Data: 12/04/2008
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RELATORIO - O número de municípios em situação de emergência, por causa do volume das águas, subiu de 89 para 101, de acordo com a Defesa Civil
| As fortes chuvas, de janeiro até agora, deixaram um prejuízo médio de R$ 60 milhões nas cidades paraibanas atingidas pela força das águas ou enchentes. A estimativa foi anunciada ontem pelo governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, durante o encontro que reuniu 115 prefeitos e 20 representantes de prefeituras do Estado, no Espaço Cultural, em João Pessoa. O governador também agendou para o dia 21 uma mobilização estadual para prevenir e combater o mosquito da dengue na capital e interior paraibano.
“O prejuízo está na casa dos R$ 60 milhões, mas é um número que se altera a cada dia. A previsão é de mais chuvas pela frente. Então não podemos fechar esse valor agora porque ele é provisório. O governo federal já editou uma medida liberando R$ 600 milhões para o Nordeste e até agora não definiu quanto virá para cada Estado. Mas sabemos que a Paraíba é um dos mais atingidos pelas chuvas”, contabilizou o governador Cássio Cunha Lima. O prejuízo é equivalente à quantidade de casas danificadas, açudes destruídos e estradas interditadas para o trânsito.
O relatório divulgado, na tarde de ontem, pela Defesa Civil do Estado consta que o número de municípios em situação de emergência subiu de 89 para 101 em função dos graves danos à população e à infra-estrutura, com alagamentos, desabamentos e obstruções de pontes e rodovias pelo interior. A quantidade de mortos, em decorrência das águas, continua em 26.
No encontro, Cássio Cunha Lima e os prefeitos concordaram em realizar uma mobilização estadual no dia 21 desse mês com objetivo de conscientizar a população sobre os perigos da dengue. O evento será coordenado por membros das secretarias governamentais e prefeituras. “Realizaremos uma ampla mobilização estadual de combate à dengue com a participação de todos. Estudantes, Sindicatos, Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Imprensa, prefeituras e Estado estarão engajados. Nós vamos identificar os criadouros nos quintais das casas e até os jarros de plantas dos apartamentos. Lamentavelmente, tivemos o primeiro óbito de dengue hemorrágica e temos que agir como cidadãos para que a Paraíba possa se mobilizar contra a dengue”, declarou o governador da Paraíba.
Cássio Cunha Lima também solicitou que os gestores municipais enviem ao governo do Estado o relatório de Avaliação de Danos (Avadan), para que seja contabilizado o tamanho dos estragos feitos pelas chuvas e o valor necessário para a reconstrução das cidades, como, por exemplo, São João do Rio do Peixe, que segundo o prefeito Lavoisier Dantas (PP), somente a zona rural necessita de R$ 500 mil para distribuição de alimentos, recuperação do sistema de abastecimento de água e construção de casas. Toda a cidade está ilhada. O Avadan será encaminhado ao governo federal para liberação de verbas.
O governo do Estado está providenciando, em caráter de urgência, o transporte de 5.800 cestas básicas que estão armazenadas nas sedes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Recife (PE), e em Teresina (PI), para serem distribuídas nos municípios atingidos pelas chuvas e que estão com famílias desabrigadas. As cestas básicas fazem parte das primeiras doações do governo federal que foram garantidas pelo secretário nacional da Defesa Civil, Roberto Guimarães, durante audiência, no início dessa semana, com o governador Cássio Cunha Lima, quando garantiu assistência aos desabrigados por meio da distribuição de 115 toneladas de alimentos. A Defesa Civil estadual está providenciando a distribuição de colchões, cobertores, agasalhos e outros mantimentos com as famílias desabrigadas.
Previsões de chuvas - O setor de Meteorologia da Agência Executiva de Gestão das Águas no Estado da Paraíba (Aesa) prevêem mais chuvas pelo interior paraibano nos próximos meses. De acordo com o meteorologista Alexandre Magno, de janeiro até o final de abril, a incidência quadrimestral ficará na casa dos 1.200 milímetros no Sertão, no mês de fevereiro a média foi de 300 mm. Na cidade de Sousa foram 26 dias seguidas.
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Paraíba deve receber hoje 6,3 mil cestas para vítimas das enchentes
Data: 15/04/2008
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DESABRIGADOS - Muitas famílias abandonaram suas residências por causa dos estragos causados pelas chuvas
| Devem chegar hoje à Paraíba 6.300 cestas básicas, enviadas pela Secretaria Nacional de Defesa Civil para serem distribuídas com as vítimas das enchentes. O governo do Estado está providenciando o levantamento das cidades mais atingidas para começar a organizar a distribuição, segundo informou o secretário de Infra-Estrutura do Estado e coordenador da força-tarefa, Francisco Evangelista.
“As cestas serão entregues nos municípios em pior situação e às famílias que ainda se encontram em abrigos. Vamos entregar os alimentos a cada prefeito e eles se responsabilizarão pela distribuição. Vamos ter um cuidado especial para que a entrega seja feita somente entre as pessoas atingidas pelas chuvas, para que não tenhamos problemas políticos”, disse o secretário.
Em Sousa, um dos municípios mais atingidos, o nível do Rio do Peixe baixou aproximadamente 60 cm na semana passada e algumas pessoas começaram a voltar para casa. No entanto, o Exército permanece na cidade por tempo indeterminado e o trabalho agora se concentra no cadastramento das pessoas que permanecem nos abrigos e das casas que desabaram e das que estão em áreas de risco.
Os municípios de São Francisco e Santa Cruz, na região de Sousa, continuam isolados porque a ponte do Riacho Boi Morto que desabou há três semanas, ainda não foi consertada. Técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER) já estiveram no local e disseram que farão um desvio provisório até que a ponte seja totalmente recuperada.
A ponte do Rio São José que liga Cajazeiras ao Estado do Ceará, na BR-230, ficou interditada por 24 horas por causa do surgimento de uma fissura. A Polícia Rodoviária Federal só liberou o tráfego de veículos na BR na noite do último domingo, depois que o Dnit providenciou o conserto.
Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), o tempo permanece parcialmente nublado a nublado, com chuvas isoladas em todo o Estado. As chuvas que tinham reduzido um pouco na semana passada, voltaram a cair no final de semana, no Cariri, Sertão e Curimataú, regiões mais castigadas pelas enchentes.
Segundo o meteorologista da Aesa, Alexandre Magno, essa previsão se estenderá até o final de abril. “Até lá as pessoas devem permanecer atentas porque como os mananciais estão cheios, qualquer chuva é preocupante porque servirá para aumentar ainda mais o nível de água”, disse o meteorologista.
Em municípios como Sousa e Mato Grosso choveu 26 dias somente no mês de março. Já em Patos foram 25 dias de chuvas. “Essas chuvas regulares, além do normal foi o que ocasionou esses estragos na Paraíba. A partir de agora, a tendência é que as chuvas não sejam tão intensas, mas devemos ficar alertas”, comentou Alexandre.
Para a alegria da população, o sangradouro do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) foi liberado no último final de semana. O local estava interditado desde o último dia 3 de abril, quando a lâmina de água no sangradouro chegou a atingir 3,11 metros. De lá para cá, a lâmina já diminuiu cerca de 2,60 metros e até as 6h de ontem estava com 51 cm.
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Aesa vai orientar reconstrução de açudes
O diretor executivo da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), Laudízio Diniz, declarou ontem à reportagem do JORNAL DA PARAÍBA que o governo do Estado vai disponibilizar orientação e suporte técnico para a reconstrução de açudes particulares que romperam por causa das chuvas. Ele disse que a maioria dos mais de 200 açudes destruídos no Estado não suportaram a força da chuva porque foram construídos com irregularidades e falhas de engenharia. “Faremos um estudo hidrológico apropriado, de forma que corrijamos os erros cometidos anteriormente”, destacou.
Apesar do número aparentemente alto de açudes rompidos, no entanto, Diniz explica que o “impacto hídrico” sofrido na Paraíba foi mínimo, e que a quantidade de água que deixou de ser represada equivale a apenas 0,5% da capacidade de armazenamento do Estado. “A Paraíba tem hoje 10 mil açudes que têm capacidade para armazenar 5,5 bilhões de metros cúbicos. Dos açudes rompidos, todos eram de pequeno porte, de forma que o impacto será mais localizado em algumas áreas rurais”, explicou.
Laudízio Diniz declarou também que a Aesa vai colocar seus engenheiros à disposição de quem quiser reconstruir os respectivos açudes. Para tanto, os donos têm que preencher um formulário de solicitação na Aesa. Mais informações podem ser conseguidas pelo telefone 3225-5626. “É só ligar e conversar com nossa equipe para tirar qualquer dúvida”. Dos açudes rompidos, apenas dois (São Gonçalo, em Cubati e Namorados de São João do Cariri) são de propriedade do Estado, segundo garantia do diretor executivo da Aesa, que promete entrar em contato com o Ministério da Integração Nacional para solicitar verbas para a reconstrução desses. A prioridade inicial são para os dois estatais, mas ele não destaca que haja um financiamento para ajudar os particulares.
Para ele, contudo, as chuvas que caíram este ano só garantem segurança hídrica para as grandes cidades da Paraíba, já que os pequenos mananciais secam rapidamente. “A transposição do Rio São Francisco seria a única forma definitiva para acabar com todos os problemas de água que a Paraíba possui, e enquanto isto não acontece a gente tem que se virar como pode”, frisou. (Phelipe Caldas)
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Nevoeiro surpreende população de CG
Os campinenses foram surpreendidos na manhã de ontem por um nevoeiro que encobriu boa parte da cidade, em bairros da zona sul, como Jardim Paulistano, Cruzeiro e Presidente Médici, e as pessoas saíram às ruas logo cedo para admirar o tempo. As crianças faziam a festa: “Parece fumaça, só que é mais forte, não dá para ver nada na rua”, disse Ruan Henrique, de 12 anos, morador do bairro Jardim Paulistano. Muita gente encontrou dificuldade para chegar ao trabalho porque a neblina dificultava a visão dos motoristas. “Demorei 20 minutos a mais do que gasto normalmente para chegar ao trabalho porque fiquei com medo de causar um acidente e tive que dirigir bem devagar”, disse o comerciante Carlos Félix.
O meteorologista da Aesa, Alexandre Magno, explicou que o nevoeiro ocorre devido à variação na temperatura associada à alta umidade presente na atmosfera. Às 6h, a temperatura máxima foi de 21,6ºC e a mínima de 21,2ºC. Uma hora depois, a máxima foi 21,7ºC e mínima, de 21,2ºC. Já a umidade chegou a 93%. “Esses dois fatores associados podem causar esse nevoeiro, que é quando acontece a condensação do ar próximo à atmosfera”, explicou Alexandre. (PB)
Todos os pipeiros que atuam na Operação Pipa, coordenada pelo Exército no Compartimento da Borborema, devem comparecer na próxima segunda-feira ao 31º Batalhão de Infantaria Motorizado, sediado em Campina Grande, para receber as orientações de retomada das atividades. O abastecimento feito pelo Exército estava suspenso desde 27 de dezembro do ano passado, devido ao não envio de recursos por parte do Ministério da Integração e deve ser retomado na próxima semana.
A unidade de Campina Grande, responsável pela assistência à maioria dos municípios atendidos pela Operação Pipa, reativará as ações depois do anúncio do governo federal sobre a liberação da verba. Para isso, segundo o capitão Ulisses Tavares Neves, que coordena a operação na unidade, é necessário que todos os pipeiros, tanto os que estão na ativa, como os que estão no cadastro de reservas, compareçam ao quartel com a devida documentação e seus carros-pipa. “Eles vão receber as orientações necessárias ao retorno dos trabalhos”, comentou.
Além de Campina Grande, as outras unidades do Exército na Paraíba, o 15º Batalhão de João Pessoa e o 16º Regimento de Cavalaria, sediado em Bayeux, devem acionar na próxima semana os pipeiros que atendem as regiões monitoradas por cada uma para realizar o mesmo procedimento. Segundo informou o tenente-coronel Denis Borges, do 1º Grupamento de Engenharia, que fiscaliza as ações na Paraíba, os recursos para dar continuidade à operação devem ser liberados em, no máximo, três dias.
O valor total para o Estado não foi informado, mas só para o 31º BIMtz a verba é de mais de R$ 1 milhão, já que a corporação atende 58 dos 95 municípios paraibanos assistidos pelo Exército. O dinheiro será repassado para o comando do Exército em Recife (PE), responsável pela distribuição às unidades envolvidas na Operação no Nordeste. Atualmente, 130 municípios da Paraíba castigados pela estiagem e esvaziamento de açudes estão sendo abastecidos por carros-pipa, sendo 95 pelo Exército e os demais pelo governo do Estado e as prefeituras.
Segundo o tenente-coronel Denis Borges, o Exército suspendeu o atendimento por determinação do comando geral em Brasília para a adequação do orçamento das verbas para o exercício de 2008. O procedimento, de acordo com ele, foi normal e necessário para o ministério reavaliar a verba aplicada no ano anterior, e definir os novos valores a ser empregados no programa na etapa seguinte. (Rosângela Araújo) A Defesa Civil também foi acionada por moradores dos bairros de Bodocongó, Catolé, Bairro das Cidades, Centenário, Conceição, Novo Horizonte, Ramadinha, Presidente Médici, Santo Antônio, Catingueira e Cruzeiro. Várias ruas ficaram alagadas e muitos moradores não puderam sair de casa.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Ruiter Sansão, os principais problemas estão relacionados ao acúmulo de lixo nas galerias.
“Essas primeiras chuvas do ano causam mais alagamentos por causa do acúmulo de lixo nas ruas, mas daqui para a frente o risco é de desabamento. Por isso, continuamos atentos aos locais de risco e pedimos que a população nos avise quando tiver alguma ocorrência”, disse.
O órgão detectou 35 áreas de risco em locais como Vila Cabral de Santa Terezinha, Louzeiro, Invasão do Alto Branco, Rosa Mística e Pedregal, entre outros. Em casos de risco de desabamentos, a Defesa Civil se encarrega de fazer a remoção das famílias para casas de parentes ou abrigos públicos.
A Defesa Civil pode ser acionada pelos telefones 3310-6016 ou 199. Em caso de acúmulo de lixo, a população deve acionar a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Sosur) pelo telefone 3310-6118. (Da Redação)
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