Queda e salvaçÃO



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Eis que estas nossas elucidações nos explicam porque a existência do nível vegetal, animal e humano se baseia numa guerra contínua de todos contra todos, que não conhecem outras relações senão as do ataque e defesa. Isto é fruto do AS e do esforço evolutivo para sair dele. Nos níveis de vida mais adiantados, porque nos avizinhamos do S, tudo isto vai desaparecendo no pacifismo evangélico do: "ama o teu próximo como a ti mesmo". Podemos compreender assim qual é a origem, razão e objetivo da fundamental lei de evolução, que é a da luta pela vida.

Deus é vida e tudo tende para a vida que é Deus. A luta pela vida, é a luta para o S, contra o AS. Ela representa o esforço do ser para emergir da negatividade que o sufoca. Através dessa dura lição ele vai experimentando, aprendendo, reconstruindo. Tudo isto é trabalho pesado, mas o ser está apegado à vida, princípio do S, e não pode deixar de defendê-la desesperadamente. Então ele tem que fazer esse esforço. Mas isso quer dizer também desenvolver a inteligência, o que significa volta para o S. Então a função da lei de luta pela vida não se esgota na sua mais próxima finalidade que é a seleção do mais forte, mas adquire e contém um significado mais profundo, que é o de representar um meio para abrira mente, acordar o espírito adormecido, para ele se potencializar e progredir- emergindo da materialidade, e subir até regressar ao S, Esta é a história de nossa evolução planetária, entendida no seu sentido substancial, concebida na mais vasta amplitude do ciclo inteiro da queda e salvação.




II



A SABEDORIA DA LEI
Antes de entrar no estudo dos pormenores da maravilhosa técnica de funcionamento da Lei, que nos mostra a sua expressão gráfica em nossa figura, continuamos observando as razões que a explicam e justificam.

Falamos no capítulo precedente do constrangimento ao qual o ser está sujeito para que se realize a sua salvação. A este respeito surge expontânea a pergunta: como se pode conciliar de um lado essa absoluta necessidade de salvação que leva ao constrangimento, e de outro lado a liberdade do ser, sua qualidade fundamental e inviolável? Como se pode conciliar essa invencível vontade da Lei de realizar a salvação, com o livre arbítrio do ser? Se é a Lei que tem de atuar, e se o ser está fechado dentro dela sem possibilidade de evadir-se- então, ele não é mais livre. Eis que encontramos aqui a Lei em conflito consigo mesma, porque vemos existir nela dois princípios opostos: o do domínio absoluto da Lei e o da liberdade do ser. Posição de plena contradição, porque num momento a Lei quer a liberdade do ser, e num outro ela quer a sua obediência. Como se resolve esse conflito?

O fato é que a Lei foi elaborada para o ser funcionar nela por convencimento, para ser obedecida espontaneamente e não à força. O constrangimento não existia no S e somente apareceu fora dele com a revolta, com a necessidade de salvação dos rebelados. Nem a Lei é responsável pela desobediência. Previu porém,

a doença e a cura, que atinge com o constrangimento, de outro modo não seria necessário. Ele não é concebível no S, e sim fruto do AS.

Se a Lei, porém, realiza essa coação, ela o faz somente para o bem de quem errou. Quando um homem se enlouquece e ameaça matar-se, aí alguém, mesmo respeitando o máximo possível sua liberdade, o constrange a salvar-se da autodestruição, pode ser chamado de escravagista? É isto escravagismo ou um ato de bondade? Representa isto para o ser um ataque ou um ato de defesa? E como poderia não ter que fazer isto uma Lei baseada na justiça e na bondade? E de fato é justo que o rebelde sofra as conseqüências da desordem que semeou e no sofrimento experimente para aprender a lição e assim não cair mais. É também ato de bondade o de constranger um louco suicida a salvar-se, tirando-lhe até para isso a liberdade, quando esta nas suas mãos se torne um instrumento de mal e um prejuízo para ele.

Mas será que o Deus verdadeiro escraviza recorrendo à força? Toda a ação Dele neste caso não vai além do que chamamos: a reação da Lei. Mas isto não é escravidão, porque o ser não fica de modo algum constrangido pela força. Aqui não há nem força, nem coação direta. Deus não tira, nem poderia tirar a liberdade á criatura, porque deste modo faria dela um autômato. Se isto houvesse sido possível, Deus teria antecipadamente resolvido todo o problema da queda, criando u'a máquina perfeita e, por isso, totalmente obediente, e não um ser livre e consciente.

Mas os fatos nos mostram o contrário. Tudo o que aconteceu no tirania da revolta é exatamente o efeito da inviolável liberdade do ser. Se a Lei reage é porque o ser foi deixado livre para violá-la; e se ela continua reagindo, é porque o ser está livre de continuar violando-a quantas vezes quiser. Mas isto não pode significar que Deus renuncie aos Seus planos e deixe nas mãos da criatura o poder de emborcar e destruir toda a Sua obra. Tanto mais que isto seria a destruição também do rebelde que a quis Tudo que o ser pode realizar com a revolta transforma-se em seu próprio prejuízo. Eis perfeita justiça e equilíbrio, o efeito tem de ser proporcionado à causa.

A criatura não gosta de receber punição e quereria uma liberdade que lhe permitisse fazer o mal sem ter de ficar sujeito às conseqüências. O poder de violar a Lei e ter, por isso, de pagar, não é liberdade para o ser, que a chama de escravidão. Ele se rebela ao amargo remédio. Mas como pode o médico não procurar curar a doença e, para satisfazer o doente, suprimir o amargo remédio e assim paralisar a sua ação salvadora? Como pode Deus deixar de impulsionar a criatura para o caminho da evolução se, embora duro, esse é o único que leva para o S, onde somente é possível encontrar a salvação? Com a revolta o ser se tornou ignorante e agora ele é tão louco que vai procurando a plenitude da vida na morte, no AS. O ser é um emborcado, e quer continuar a descer. Se ele não fosse pela dor constrangido a endireitar o seu caminho para a subida, ele se aprofundaria sempre mais no pântano, até à sua destruição. Esta não pode ser uma solução, nem a pode permitir um Deus que gerou a criatura para a vida e não para a morte. Eis, então, que no meio do triângulo verde (AS), aparece a linha vermelha da Lei, ou evolução, que representa a salvação. Todo o fenômeno se desenvolve em cada momento com perfeita logicidade.

Ora, a sabedoria da Lei tem de conciliar as soluções de dois problemas opostos: o da necessidade de salvação e o do respeito à liberdade individual. A salvação tem de ser atingida, porque se o não fora, fracassaria toda a obra de Deus. Mas ao mesmo tempo ela não pode ser realizada à força, porque o ser não pode regressar ao S como escravo. No S não há lugar para escravos. Eis então que a solução dos dois problemas é dada pela reação da Lei. A função dela não é a de impor-se à força, mas a de ensinar e educar. E à força não se educa. Então a Lei deixa o ser livre de experimentar para aprender. Com a sua reação ela não escraviza, mas educa. Com a dor a Lei ensina a lição e com essa aprendizagem, ela reergue o ser para salvá-lo.

Se olharmos bem veremos que há uma razão mais profunda para tudo isto. A reação da Lei em substância não é o que ela parece, isto é, o resultado duma vontade contrária inimiga, no terreno do ataque e defesa; mas é o automático efeito da negatividade que o ser com a revolta produziu na positividade o S. Trata-se duma auto-reação contra si mesmo, devida à posição emborcada em que o ser se quis colocar com a revolta. Com esta ele só renegou a si mesmo, não alterou a Lei como pensava, mas só mudou a si próprio dentro dela que continuou indestrutível, apesar de tudo, indelevelmente escrita dentro de si, porque constituía a sua própria natureza. Pensando renegar a Deus, com a revolta a criatura só renegou a si mesma. Sendo ela um elemento do Sistema de Deus, agindo contra Deus ela agiu contra si, de modo que o que agora aparece como reação da Lei não é na realidade senão a reação da íntima e própria natureza do ser contra a sua revolta, que o levou para a dor e para a morte, enquanto ele não pode deixar de querer a felicidade e a vida.

Não há escravagismo algum nisso. O ser ficou perfeitamente livre de continuar a aprofundar-se à vontade na dor, até anular-se. Por isso, para que não seja violada a sua liberdade, foi que tivemos de admitir a possibilidade até da sua destruição final como individuação ou eu pessoal, "eu sou", no caso limite de ele querer insistir na revolta e aprofundar-se na negatividade até ao aniquilamento da sua positividade como elemento do S.

Então, se há reação da Lei, esta na substância não é senão a reação do ser que não quer sofrer e morrer. A escravidão dele é dada pelo fato de ser ele indestrutivelmente cidadão do S, filho de Deus, isto é, da felicidade e da vida. O constrangimento depende apenas do fato de que o ser não pode viver fora do S, nem deixar de ter de voltar para o S. E se ele hoje se encontra nesse impasse de estar situado no AS, isto foi devido exatamente ao fato de ser ele livre, e de ter querido sê-lo demais. Enquanto o ser estava no S, estava cheio de liberdade, mas perdeu-a pelo mau uso que fez dela. Assim o ser se lançou por si próprio na falta de liberdade não lhe restou senão o endireitamento do erro, se não quiser piorar sempre mais as suas condições e sofrer mais ainda. Não há coisa alguma que possa sair de Deus e da sua Lei, feita de justiça e ordem, e a Ele não voltar. se os equilíbrios foram deslocados, não resta outra alternativa senão reequilibrá-los. Se o ser quis lançar-se na negatividade do AS, agora não há para ele outro caminho a não ser o de reconstruir a positividade perdida do s. Tudo isto é conseqüência natural e automática da estrutura do S. Não se trata de escravidão, mas da necessidade de reintegrar os rebeldes na posição de filhos do Pai.



Esta é a lição a aprender: é absurdo e impossível encontrar a positividade da negatividade, a felicidade na revolta, uma vantagem no emborcamento. Isto nos explica a função educadora e saneadora da dor, cuja presença assim se justifica, de acordo coma bondade de Deus, como instrumento seu para atingir o nosso bem. A este Ele nos leva, respeitando a nossa liberdade e usando um método duplo, isto é, o do livre arbítrio nas causas, e do determinismo nos efeitos: o primeiro temperado, corrigido e retificado pelo segundo. É o método da livre semeadura e da colheita obrigatória. Assim a sabedoria de Deus soube conciliar a necessidade de o ser ficar livre, com a necessidade de que ele seja salvo. Maravilhosa escola na qual os alunos, ficando livres, têm necessariamente que aprender e subir.

Eis então a série dos momentos sucessivos com os quais, por um encadeamento lógico, se desenvolve o processo da salvação:

1) Deus é bom e quer o nosso bem e felicidade. 2) Bem e felicidade não podem ser atingidos, a não ser no seio do s. 3) Deus, respeitando a liberdade do ser, o deixou afastar-se do S, e com isso cair no mal e na dor do As. 4j Para regressar ao seio do

s é necessário evoluir. A salvação está na evolução para recuperar o que foi perdido. 5) Por não haver outro caminho para a salvação, Deus nos impulsiona para que avancemos ao longo de nossa trajetória evolutiva. 6) O ser não pode voltar ao seio do S, senão livre e consciente. 7) Então Deus não pode escravizá-lo. U'a máquina ou autômato, embora perfeito e obediente, não serve. 8) O ser, para voltar ao S, tem absolutamente de transformar-se, ficando livre, sem coação. 9) Não resta a Deus outra coisa senão educar-nos, sem usar a força e a escravidão, que não educam. Deus não pode querer o absurdo. Ele não age loucamente, mas com sabedoria e poder. 10) Por isso não há para Deus outro caminho, senão o de nos educar, para nos fazer conscientes cidadãos do S. 11 ) Para se tornarem tais, os alunos têm de aprender a lição, experimentando-a livremente. 12) O que significa: aprender à sua custa; livres de cometer erros, sem que depois seja possível fugir às suas conseqüências; livres de se afastarem do carrinho da Lei, mas não dos dolorosos efeitos que esse afastamento produz. 13) Por isso Deus usa o único método que satisfaz a todas essas exigências, isto é, o método do constrangimento indireto. 14) Esse constrangimento é representado pelas reações da Lei, que nos devolve em forma de dor cada violação nossa contra sua ordem, golpeando-nos, até que aprendamos a lição, ensinando-nos a não errar mais.

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