Queda e salvaçÃO



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Este, em síntese, é o terreno dentro do qual se movimenta a nossa conduta ética, num jogo de ações e reações, entre os 1mpulsos do ser e a vontade da Lei, da qual nunca se pode esquecer a presença. O ser age livremente, porque tem de experimentar para aprender e subir; a Lei reage deterministicamente para que o ser suba para o Sistema e nele encontre a sua salvação. O afastamento da Lei é o que se chama: erro; a reação da Lei ao erro é o que se chama: dor. No esquema gráfico o comprimento da linha do erro, na direção da negatividade, nos expressa a medida do mal cometido; o comprimento da linha da dor, que leva o ser na direção da positividade, nos expressa a medida do trabalho do endireitamento necessário para voltar à ordem da Lei. O ser está livre de cometer erros, mas tem depois de aceitar a reação corretora da Lei, à força, cujos equilíbrios não podemos violar, sem devolver tudo à justiça de Deus, pagando á nossa custa.

Pode-se assim chegar a estabelecer o princípio de reação nestes termos: "Cada ação do ser contra a vontade da Lei excita e gera uma reação inversa e proporcional, de mesma natureza ou qualidade e de mesma medida ou quantidade".


Estudando as regras que dirigem o funcionamento da Lei, pode-se chegar a calcular as conseqüências fatais dos nossos ates, podendo deste modo, com uma conduta mais inteligente, eliminar o mais possível as causas primeiras de tantos sofrimentos, que agora vemos como sejam devidos ao rato de nos querermos colocar fora do caminha certo da Lei. Mas o homem não sabe ou não quer saber estas coisas e continua errando e pagando. Não adianta explicar. Então para ensinar a um ser que tem de ficar livre, não resta, na inviolável lógica da Lei, senão o azorrague da dor, que é o raciocínio compreendido por todos.

Deus nos corrige com a dor porque Ele quer a nossa felicidade, e para atingi-la não há outro caminho a não ser o da Sua Lei. E o desejo de felicidade não é o nosso instinto fundamental? Mas procuramo-la fora do caminho certo. Então a Lei, que nos ama e protege, com a sua reação nos avisa e nos endireita, constrangendo-nos com a dor a irmos para onde nos convém. O homem continua rebelando-se, porque busca uma vantagem onde, pelo contrário, está o seu prejuízo. E a Lei com grande paciência volta sempre a corrigi-lo, e não pára de golpeá-lo até que a lição seja toda aprendida.

Assim, o homem vai experimentando e aprendendo. A verdade que possuímos é fenômeno em evolução. Ela é relativa e progressiva, e conquistamo-la por sucessivas aproximações à medida que vamos amadurecendo. Chegaremos assim a compreender cada vez mais o pensamento de Deus que está escrito na Sua Lei, e alcançaremos maior progresso possível, que nos permite dirigir mais inteligentemente a nossa conduta, libertando-nos cada vez mais do sofrimento.

Quisemos nesta introdução, para orientar o leitor, apresentar os conceitos fundamentais que desenvolveremos neste livro, ao mesmo tempo resumindo numa rápida síntese o plano de nosso sistema filosófico, tanto no seu aspecto teórico, como no prático, nos seus princípios gerais, como nas suas conseqüências a respeito de nossa conduta na realidade da vida, plano que vai da primeira criação de Deus até à realização do ciclo involutivo-evolutivo e à salvação final de todos os seres.

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ESQUEMA GRÁFICO: INVOLUÇÃO-EVOLU
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