Queda e salvaçÃO



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Para nos expressar de maneira mais rápida, abreviamos a palavra "Sistema", com a letra S; e a palavra "Anti-Sistema", que também teremos que usar muitas vezes, com as letras AS. Na figura tudo o que pertence ao S está marcado com cor vermelha, que


escolhemos como cor da positividade (+), e tudo o que pertence ao AS está marcado em verde, que escolhemos como cor da negatividade ( - ) .

A linha vermelha WXW1 representa a plenitude do S, é a base do triângulo WYWI, que contém o campo de forças positivas do S. A linha verde ZYZ1 representa a plenitude do AS, é a base do triângulo ZXZ1, que contém o campo de forças negativas do AS Estamos não no terreno da originária unidade do S, mas no dualismo em que fracassou o nosso universo. Por isso todos os valores, impulsos, movimentos, que nele vigoram, se realizam sempre em função da oposição entre os dois sinais + e -.

A figura é simétrica e está dividida ao meio em duas partes iguais, em sentido vertical pela reta XY - tanto para o triângulo vermelho do S, como para o triângulo verde do AS. Marcamos em verde uma linha central, que representa o caminho de descida ou involução; e em vermelho outra linha central, que representa o caminho de subida ou evolução - o nosso atual.

Esta figura nos oferece a representação completa da visão do fenômeno da queda nas suas duas fases de ida e volta, em que o ciclo se fecha chegando novamente ao que foi o seu ponto de partida. Tendo perante os olhos esta representação gráfica apta a fixar as idéias, poderemos melhor estudar o fenômeno nos seus pormenores. As duas cores diferentes nos permitem perceber à primeira vista qual é a natureza de cada ser e a sua posição, e qual dos dois campos, positivo ou negativo, ele pertence. Os limites geométricos da figura nos expressam o conceito da presença da Lei de Deus que, incluindo o desmoronamento do AS, abrange tudo dentro dos seus limites, com as suas regras dirigindo todo o movimento, com as suas reações contra a violação, retificando todo o erro, reconduzindo tudo à ordem, tudo o que procurou afastar-se dela.

Comecemos observando o ciclo nas suas fases de ida e volta. A figura contém dois campos de forças contrárias, as positivas e as negativas. Eis que elas se põem em movimento, determinando com isso uma série de ações que excitam reações opostas, proporcionadas e calculáveis, que a figura nos expressa com a posição e o comprimento das suas linhas.



O ponto de partida do ciclo na sua primeira metade involutiva é o ponto X situado na linha vermelha WW1 do S. O ponto de chegada daquela primeira metade involutiva do ciclo, é Y na oposta linha verde ZZ1 do AS. Aqui acaba a involução. Mas este ponto de chegada representa também o de partida da segunda metade do ciclo, isto é, da evolução. Então o ciclo que tinha iniciado o seu movimento de descida involutiva no ponto X do S, agora no ponto Y situado no AS, vira-se em sentido contrário, endireita o seu emborcamento, iniciando o seu caminho de volta, subindo. O ponto de chegada desta segunda metade evolutiva do ciclo é X, situado na linha do S, de onde se iniciou o processo da descida involutiva. Que quer dizer tudo isto?

Quer dizer que o impulso que saiu do S, dirigido para o AS, depois de se ter esgotado atingindo o seu objetivo que é a realização do AS, se autoneutraliza e anula, seguindo um movimento oposto que o leva novamente ao seu ponto de partida, ou seu estado de origem S. Tudo se reduz deste modo a um erro corrigido, a uma temporária doença curada, a um afastamento compensado pela aproximação de volta, a uma positividade perdida e recuperada e a uma negatividade adquirida e repudiada, a um processo compensado de ida e volta, a um intervalo de imperfeição na eterna e indestrutível perfeição de Deus.

Isto já foi dito naqueles dois livros; mas quisemos aqui dar-lhe uma expressão gráfica mais evidente e exata. E, se temos falado de erro corrigido, foi porque procuramos salientar melhor este aspecto do fenômeno, pelo fato de que um dos maiores problemas que agora teremos de encarar, será o da reação da Lei e correção dos nossos erros, entrando no terreno da ética que é o nosso assunto atual. A este respeito o fenômeno da queda .representa o primeiro e maior caso de erro cometido pela criatura e corrigido por Deus. A queda, erro máximo, atrás da qual ecoam e se vão repetindo todos os outros erros menores que o ser repete a toda hora, ao longo de sua escala evolutiva, é o que vamos ver agora.

Observemos primeiro o processo no momento do início do ciclo no ponto X do S, onde começa a viagem em descida para Y, ao longo da linha da involução. Na linha WXW1 o S se encontra na plenitude da sua positividade, enquanto o valor efetivo, atual, da revolta é apenas potencial e o volume da negatividade é apenas um ponto sem dimensões, situado na plenitude da positividade do S. Alas eis que essa potencialidade vai se tornando cada vez mais próxima do AS, e pouco a pouco a revolta vai se concretizando. Este fato está expresso na figura pela superfície sempre mais vasta que na descida a revolta conquista e domina, até atingir a plenitude de sua realização; uma plenitude às avessas, ao negativo, na linha ZZ1, em que o triângulo está completo por terem os seus lados atingido a abertura máxima. Assim a negatividade, com o processo da involução, vai cobrindo toda a superfície do triângulo do AS, cujo vértice é X e a base a linha ZZ1. No fim deste processo o ponto X se dilatou sempre mais até atingir as dimensões da linha ZZ1. A superfície sempre maior, coberta com o progredir do impulso da revolta ao longo da linha da involução XY, representa o dilatar-se do campo de forças dominado pelo AS, que assim se vai potencializando sempre mais, até a sua plenitude máxima na base ZZ1 do triângulo. Neste ponto o impulso da revolta atingiu


a sua completa realização com a criação do AS, que é o nosso universo material .

Que acontece ao mesmo tempo a respeito do S? Se o AS no início do ciclo, em X se encontra no estado puntiforme, só de valor potencial, o S se encontra ao contrário na sua plenitude WW1 E se na descida involutiva o ponto X, na gênese do AS, foi ampliando sempre mais o seu campo de ação até que se tornou a plenitude ZZ1, paralelamente á linha WW1, ou plenitude do S,


foi contraindo sempre mais o seu campo da ação, até que se tornou o ponto Y. As duas transformações inversas se realizaram uma em função da outra, a negatividade ganhando onde a positividade perdia, num processo de paralelos emborcamentos das dimensões dos próprios valores. O que era mínimo em S se tornou máximo em AS, e ao contrário. Passa-se assim da plenitude da positividade à plenitude da negatividade. Isto porque no processo da queda vai se realizando sempre mais a inversão das qualidades positivas do S nas negativas do AS, e porque à medida que se vai enfraquecendo o poder do S, se vai fortalecendo o do AS. Isso até que na linha

ZZ1 o poder positivo do S, que no início era expresso pela linha WW1, foi reduzido ao ponto Y; e o poder negativo do AS, que no início era expresso pelo ponto X, se tornou na linha ZZ1. Tudo

isto a figura nos indica com o progressivo aumentar da extensão da superfície ou campo de forças dominado pelo triângulo do AS e pelo paralelo diminuir da extensão da superfície ou campo de forças dominado pelo triângulo do S.

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