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RAMATIS: Não podemos vos transmitir a série progressiva dos elementos que conduzem os adeptos ao êxtase tão deseja­do. É uma sincronização coletiva e sob crescente dinamismo psíquico, que escapa ao vosso entendimento comum, exceto aos iniciados nos conhecimentos ocultos. Superficialmente, podemos vos notificar que o êxito depende das vibrações em uníssono, por parte dos presentes, que devem congregar seus pensamentos e ansiedades numa só pulsação rítmica. A medi­da que ocorre esse sucesso de ordem mais psíquica, o ambiente vai-se polarizando de uma luz imaterial, dominando, pouco a pouco, o carmim-rosado fundamental do templo. As novas cores que surgem, em maravilhosas tonalidades astrais, asse­melham-se a suaves cortinas de matizes transparentes, que sob o fundo carmim-rosa formam as mais fascinantes combinações policrômicas. Os pensamentos e as emoções dos devotos, em virtude do ambiente de magnetismo concentrado, projetam-se nessa "tela-energética" e produzem inconcebíveis figuras que se atraem, repelem, enlaçam-se ou se desagregam em suaves ondulações expansivas. Os recursos da luz, cores, perfumes e melodias que se casam em perfeita sincronia, oferecem o campo vibratório para a materialização das "formas-pensamen­tos" ou "figuras-emoção", assim como podeis apreciar as deco­rações que fizerdes com as tintas fosforescentes do vosso mundo. O êxito de tais agrupamentos religiosos, na clareza e interpretação dessas configurações mentais ou emotivas, depende, exclusivamente, da mais perfeita sintonia psíquica de todos. Os templos religiosos em Marte, sob esse diapasão ele­vado, constituem-se em verdadeiros templos, cujas lições memoráveis, em vez de se endereçarem à figura provisória do homem físico, dirigem-se à centelha imortal que é o espírito.

PERGUNTA: Há algum credo em Marte, que se possa consi­derar propriamente "religioso", como devoção pura, indepen­dente de preferências estéticas, intelectuais ou artísticas ou emotivas?

RAMATIS: O culto que mais se aproxima desse sentido reli­gioso, na acepção do termo que indagais, é o "Templo da Filosofia Divina"! Magnificamente decorado num azul-celeste, cuja cúpula vítrea é fundida sob um processo iniciático, que não podemos vos revelar, esse templo é um sublime "oásis" de intercâmbio com as altas esferas, onde atuam espíritos do "raio Divino"! Reúnem-se, nesse templo, todos os marcianos que se afinam pela absoluta meditação e contemplatividade; discípu­los da indagação mística e preferencialmente ascéticos. Não mencionamos o vocábulo "ascético", no sentido do irmão que foge do mundo de Deus, para viver sem o mundo do qual não saiu Deus. Servimo-nos da figura de ascetismo, como nos pare­cendo a mais ajustável para definir-vos um estado de absoluto desprendimento, de plena renúncia, embora sem o afastamento das responsabilidades cotidianas. Esses adeptos do "Templo da Filosofia Divina" são os que integram os quadros dos orienta­dores, despreocupados das contingências da forma, que vivem quase em função de pureza espiritual. São verdadeiras antenas vivas, sentinelas avançadas, que fluem para a vida humana a ciência de Deus para o homem. Atuam na vida física marciana, na função de preceptores e pensadores, que lembram um tanto

os vossos "mestres" ocidentais ou os "gurus" orientais. Ao mesmo tempo que conjeturam no campo científico da matéria, vivem a existência contemplativa de filósofos transcendentais e intermediários da "Verdade Única"!



É o "Templo da Filosofia Divina", no orbe marciano, o de menor freqüência devido ao seu alto índice espiritual, que pos­sui a mais deslumbrante e excelsa combinação de cores, luzes, perfume e melodias. No seu ambiente azul-celeste, puro e ini­gualável, se processa o "clímax" espiritual mais deslumbrante. É o êxtase mais religioso, em que o ego humano se funde ao Ego Superior, vivendo, em função. de transe, os reflexos ilimita­dos da Mente Cósmica. Para aqueles que nos lêem e compreen­dem nas entrelinhas, podemos assegurar que é no santuário da Filosofia Divina que o espírito melhor compreende o divino mistério do "Eu Sou", vivendo a saudade cruciante da Luz Eterna.

PERGUNTA: Existem cânticos, hinos ou preces sonoras nes­ses templos?

RAMATIS: Não conseguiríamos descrever os efeitos das vozes humanas nos templos de Marte, pois formam a esteira de luzes, pela qual descem as almas que confiam as mensagens do Amor Divino! Os resultados criadores que modificam o ambiente, na eclosão das vozes uníssonas, só podem ser conhe­cidos nos santuários iniciáticos do vosso mundo, através dos "mantrans" sincrônicos e coletivos, das hosanas e evocações que são os cânticos universais! Só os absolutos desprendimen­tos das configurações humanas, em estados de êxtase divino, podem vos delinear a maravilhosa combinação dos sons da voz marciana, com os deslumbrantes monumentos de sons e cores!

PERGUNTA: Essas instituições religiosas, constituídas por diferentes aspectos psicológicos, poderiam se unir, num traba­lho uníssono, sem conflito doutrinário?

RAMATIS: O nível de compreensão espiritual dos marcia nos não permite a eclosão de conflitos ou diferenças em postu­lados do mundo provisório, porque estão identificados pela mesma unidade de objetivos. Em épocas especiais, mais conhe­cidas como "festivas solarianas", eles reúnem-se no "Santuário Fraterno" e o co-participam, todos os cultos, na mais deslum­brante e elevada festividade de caráter fraterno e divino! Fundem-se todos os modos devocionais em uma só expressão de religiosidade, na mais vigorosa e esfuziante espiritualidade. Unidos pelo mesmo Ideal e vibrando sob a mesma emoção espiritual, projetam para a Fonte do Amor, que é Deus, a mais sublime e índescritível prece coletiva, onde a Fé se integra à Ciência, e formam a segurança biológica e psíquica do planeta.

PERGUNTA: Em Marte existem núcleos de Fraternidades Iniciáticas ou Instituições Ocultas, que preservam certos conhe­cimentos inoportunos à massa?

RAMATIS: Não existem instituições deliberadamente iniciá­ticas porque os marcianos não usariam para fins desregrados qualquer conhecimento superior.. Tudo lhes é oferecido à luz do dia; cada um absorve e assimila o que lhe é possível, sem necessidade de simbolismos que velem o que, sendo conheci­do, pode ser criminosamente utilizado. Vivem em harmonia constante com os valores estabelecidos pela Inteligência Suprema e não traçam divisões de momentos religiosos no inte­rior dos templos, e momentos profanos na vida exterior. Freqüen­tam os templos como os alunos comparecem à instituição esco­lar, a fim de desenvolverem suas energias criadoras.

PERGUNTA: Não há preocupações de congregarem-se em associações que reúnam, ao mesmo tempo, o desenvolvimento esotérico e a filantropia?

RAMATIS: A filantropia associada ao hermetismo, símile da maçonaria terrena, é dispensável em Marte, em virtude da absoluta correção do Governo, que exerce o seu mandato aten­dendo completamente todas as necessidades da população. Causaria imenso espanto a necessidade urgente de agremia­ções particulares, filantrópicas, a fim de atender o descaso ou a incompetência do conjunto governamental. Não podeis avaliar a lisura administrativa entre os marcianos, sem qualquer com­paração com os salteadores de "Traje a Rigor", que ainda pos­suís no vosso mundo!

PERGUNTA: Porventura todos são oniscientes? Não exis­tem mais avançadas concepções de vida ou forças perigosas, que aconselhem sigilo para com os menos credenciados?

RAMATIS: Essa justificável necessidade que tendes, no vosso mundo, de velar a luz dos símbolos iniciáticos, os conhe­cimentos transcendentais ao homem comum, é devido ao terrí­cola ainda viver em contradição com os valores sublimes do Alto. Há perigo para a vossa coletividade, se o cidadão terres­

tre fica de posse de energias poderosas ou de conhecimentos excepcionais, antes de sua evangelização integral. Assemelha-se ao infante terrível, sem controle ou senso de responsabilida­de, munido de bombas explosivas ou armas destruidoras. Se ainda não sabeis utilizar, sob critério superior, os recursos da energia atômica, o que não faríeis, tomando conhecimento de segredos de certas causas, se decidísseis intervir ostensivamente nas coletividades adversárias? Daí, os justos receios dos vossos Mentores Espirituais, que transmitem poderes excepcionais só aos dotados de consciência espiritual desenvolvida, capazes da renúncia ao "desejo" de mando no mundo material. Conseqüentemente, em Marte, é bastante a capacidade de assi­milação mental, para se estar de posse do máximo possível ao grau sideral do orbe. Na verdade, existe um grupo de eleitos em espírito, que podem compreender com mais profundeza certas revelações prematuras, enquanto outros, menos agracia­dos, sem intelecto ficam apenas com as luzes de superfície.



PERGUNTA: Há diferenças mentais, nas interpretações entre os adeptos dos vários templos religiosos?

RAMATIS: Inegavelmente, em todas as manifestações de vida cósmica, continuam as diferenças mentais entre os seres. A Suprema Unidade é resultante de inúmeros aspectos, apa­rentemente contraditórios, que se unem na mesma pulsação ascensional. Os marcianos também manifestam diferenças nas interpretações dos valores secundários da Revelação: mas não criam conflitos, noções de adversários ou afinidades sectaristas. Reconhecem que só há uma Realidade Divina, insofismável e indefinível pelo homem, guardando o mútuo respeito pelas opiniões e concepções alheias. Nenhum templo religioso se considera detentor de toda a Verdade, assim como viciais a função religiosa no vosso mundo. Cada instituição marciana se afirma possuir um "pouco de Verdade", concluindo que toda essa Verdade, para ser comprovada, terá que ser a soma de todas as concepções existentes no Cosmos. Desinteressam-se, portanto, de afirmações parciais ou de interpretações concep­tuais à parte.


9
Medicina.
PERGUNTA: Existem muitas enfermidades em Marte?'

RAMATIS: São muito poucas as de origem física e surgem só nas regiões rurais onde se congregam os remanescentes de gerações que se dedicam ao amanho da terra, usando máquinas ainda desconhecidas no vosso mundo. Cuidam, também, dos animais e os auxiliam na sua evolução biológica e no desenvol­vimento do seu instinto diretor.
PERGUNTA: Qual a natureza das enfermidades físicas que podem ocorrer?

RAMATIS: Embora sem o dramatismo das doenças existen­tes na Terra, aparecem alguns casos de perturbações circulató­rias que exigem intervenções biológicas. Algumas vezes entre esses habitantes manifestam-se estados opressivos de origem dietética, causados pela alimentação à base de frutos ingeridos em seu estado natural, que eles preferem em lugar das pastas, óleos aromáticos, comprimidos ou gelatinas com que se ali­mentam os residentes nas metrópoles. Também as almas emi­gradas doutros orbes, principalmente as do vosso mundo, nas primeiras reencarnações no ambiente marciano, devido à disso­nância de suas vibrações psíquicas, o seu corpo apresenta cer­tos desequilíbrios.
PERGUNTA: E nos centros metropolitanos não se manifes­tam quaisquer outras enfermidades?

RAMATIS: É de senso comum que não existe a doença, mas sim o doente. E o marciano, na acepção exata da palavra, não é

um enfermo. Sendo habitante de um mundo que pulsa mais intimamente com as vibrações etéricas do Cosmos, ele é afeta­do especialmente nas suas reações magnéticas. Em certas con­tingências do meio, sofre situações incômodas que lhe alteram um tanto o ritmo da rede sensorial; mas tal fenômeno não se enquadra no setor etiológico, pois seria absurdo que conside­rásseis caso patológico o cidadão que se sente mal porque está molhado da chuva ou suando sob o sol ardente.


PERGUNTA: E quais os síndromas psíquicos dissonantes do ambiente marciano, trazidos pelas almas de planetas mais inferiores?

RAMATIS: Normalmente, os espíritos emigrados da Terra trazem no seu perispírito os recalques astrais, um tanto rudes, do ambiente terráqueo. Manifesta-se, então, um desajuste psí­quico, semelhante ao que demonstraria o campônio rude, afeito à alimentação gastronômica e que, de repente, fosse submetido a alimentação exclusiva de caldos nutritivos, com a qual, embo­ra mais vitaminizada, o seu organismo não se adaptaria sem apresentar reações. Assim também sucede com o espírito recém-chegado da Terra; apesar de se encontrar num ambiente mais evoluído, a sua vibração, ainda condicionada ao magne­tismo terráqueo, impede-o de estábelecer perfeita sintonia com o seu novo "habitat", pois tal equilíbrio processa-se gradativa-mente e não "ex-abrupto".
PERGUNTA: Trata-se, então, de enfermidade puramente psíquica?

RAMATIS: Em sua verdadeira origem, todas as enfermida­des provêm de causas psíquicas. Mesmo a criança congenita­mente aleijada não passa de alma que resgata, em nova reen­carnação, os seus desequilíbrios do pretérito. Conseqüente­mente, a alma terrena, reencarnada em Marte, antes de se ajus­tar ao novo ambiente, o seu psiquismo condensa excessivo magnetismo em torno da glândula hipofisária, resultando certo desajuste no sistema endocrínico; e tais irmãos são facilmente identificados pelos espíritos do "habitat" marciano, devido aos "estigmas" inferiores que denunciam sua condição de emigran­tes planetários.

PERGUNTA: E quais os meios usados para curar esses enfermos?

RAMATIS: Os médicos marcianos aplicam a "psicoterapia pré-reencarnativa".

PERGUNTA: Como entender essa definição?

RAMATIS: É uma espécie de psicanálise freudiana, mas aplicada "aquém" e "além" de uma existência humana comum. Se Freud houvesse procurado identificar os conhecidos com­plexos da "libido" avançando numa psicoterapia "pré-reencar­natória", ou seja, que abrangesse a entidade psíquica ligada a outras vidas anteriores, ele se teria aproximado imensamente das verdadeiras causas ou origens desses distúrbios ou anoma­lias psicológicos.

PERGUNTA: Poderá formular um exemplo acessível à nossa mente, a respeito de um ser humano com complexos "pré-reencarnatórios"?

RAMATIS: O indivíduo que foi carrasco em vidas passadas estratifica no seu psiquismo a figura dantesca do cutelo san­grento, do cepo da guilhotina ou da sala de torturas; e pode manifestar um "complexo de culpa" freudiano, nas reencarna­ções futuras, ao defrontar, por exemplo, um açougue, o mata­douro ou os instrumentos do açougueiro. A lei de afinidade ou correspondência vibratória desperta-lhe as idéias acessórias: o tronco onde o magarefe retalha os despojos animais pode asso­ciar-lhe o cepo sangrento da decapitação; um simples braseiro de churrascaria evoca-lhe a tortura do ferro em brasa. O seu espírito, já um pouco sensibilizado, pode ter melhorado em reencarnações posteriores às de carrasco, contudo, no seu sub­consciente ainda se agita a censura ao verdugo do passado. É o "complexo de culpa" que não pode ser identificado nem defini­do pela psicoterapia que se restringe ao círculo de uma vida única. E tais contingências reflexas, de vidas anteriores, ocor­rem com muitos espíritos procedentes da Terra. O seu psiquis­mo estranha o novo "habitat" astral; e no seu intimo, ele sente o constrangimento de quem se julga indigno do ambiente em que se encontra, resultando fechar-se numa retração silenciosa. E nestes casos, somente a psicoterapia "pré-reencarnativa" conse­gue estabelecer o equilíbrio psíquico.

PERGUNTA: Nessa psicoterapia os médicos cuidam apenas do seu reajuste psíquico ou condicionam-lhe, também, as rela­ções de adaptação meio social?

RAMATIS: Além da assistência psíquica, dispensam-lhe a "terapêutica das contemporizações", a qual consiste em facul­tar a essas almas reencarnadas no planeta um desafogo natural ou tolerância para que não se conturbem mentalmente. O espí­rito emigrado da Terra, por exemplo, mesmo que possua senti­mentos elevados, não consegue dominar, integralmente, o ego­centrismo que lhe caldeou a personalidade durante milênios. Na sua intimidade espiritual há ainda recalques de lisonja, de admiração e outras afetações a que estava acostumado no seu mundo "anterior". Os médicos-clarividentes concedem-lhe, então, repouso num burgo rural onde seus habitantes e o ambiente são mais propícios ao reajustamento psíquico dos espíritos classificados como "doentes psiquico-planetários". Essa terapêutica de contemporizações é semelhante à que ado­tais no vosso mundo nos casos de vícios deprimentes, como os dos alcoólatras, morfinômanos, cocainômanos e outros, permi­tindo-lhes doses suaves de alcalóides, a fim de atenuar-lhes o "clímax" e as superexcitações delirantes.

PERGUNTA: Não usam medicamentos à feição da nossa farmacologia terrena?

RAMATIS: A origem e evolução da Medicina guarda certa semelhança em todos os planetas físicos. Varia apenas quanto a ser mais ou menos dolorosa ou eficiente, pois corresponde ao grau de espiritualidade de cada humanidade. Os medicamen­tos rudes, repulsivos e cáusticos, que ainda usais na farmacolo­gia alopática, os médicos marcianos já não os adotam há mui­tos séculos, pois deram preferência à "homeopatia", a qual con­servaram demoradamente; em seguida, surgiu o advento da psicoterapia; e, finalmente, a cromoterapia magnética. Nesta última realização, eles chegaram a modificar a estrutura do tecido da configuração humana e o metabolismo básico sem intervenções violentas ou dolorosas, pois agem diretamente no psiquismo genético da matéria, corrigindo os "moldes etéricos" subsistentes.

PERGUNTA: Também seguiam a diretriz de diagnoses e exames sintomatológicos, como ainda faz a nossa clínica mé­dica?

RAMATIS: Os médicos marcianos, devido a serem radieste­sistas congênitos, dispensavam a apalpação sintomatológica ou dedutiva e sentiam, por assim dizer, no seu "sensório magnético", as origens patogênicas. Sob essa excepcional faculdade, que chamais de "faro" nos cães, de senso diretivo nas andori­nhas, pombos-correios e muitas outras aves migratórias; e ainda o misterioso "radar" que serve de guia aos morcegos, pois são cegos. Também eram avessos à demasiada instrumen­tação que se interpõe entre o médico e o doente, na ausculta­ção, porque preferiam o contato magnético mais direto, sem depender da interferência material do instrumento. Essa sensi­bilidade radiestésica, algumas vezes, captavam-na através da ponta dos dedos, formando um fluxo magnético que ausculta­vam pela intuição.

PERGUNTA: Temos encontrado médicos que nos deixam a impressão de possuírem uma faculdade oculta, pois acertam seus diagnósticos mediante uma técnica diferente dos princí­pios acadêmicos. Serão, porventura, médicos radiestesistas?

RAMATIS: Esses médicos podem ser considerados sob dois aspectos: uns são radiestesistas inatos e sua sensibilidade capta os fluidos magnéticos que acusam os estados sadio ou doente dos órgãos. Como o fígado, rim ou coração apresentam um teor vibratório que lhes é próprio ou característico, é suficiente o radiestesista auscultar o seu psiquismo sensível, e logo identifi­ca as condições positivas ou negativas que predominam no órgão. Uma rosa sadia, viçosa, através do seu perfume, vibra magnetismo positivo em correspondência com esse seu estado vital; ao contrário, a rosa desfalecida, murcha, tem a aura redu­zida, numa baixa freqüência magnética, que até os pássaros e as borboletas passam a distância dessa flor anêmica. Assim são os órgãos humanos; irradiam a distância a sua energia viva e positiva, e deixam no radiestesista hábil e prático a sensação vibratória de vitalidade ou de anemia. O outro tipo de médico é o intuitivo, que descobre a causa patogênica, escutando a voz silenciosa de sua alma, ou então, é auxiliado pelos seus "ex­colegas", desencarnados, que o assistem nos casos complexos de sua profissão. Esses podem ser considerados "médiuns" ins­pirados; e, geralmente, são criaturas dignas, altruístas e con­fiantes na inspiração divina. É o médico-sacerdote; é o que não converte ou utiliza a dor alheia como um "balcão de negócio", transformando um surto de resfriado em broncopneumonia, a fim de aumentar o seu prestígio e também seus honorários.

PERGUNTA: Em Marte nunca se manifestaram enfermida­des iguais às da Terra?

RAMATIS: Trata-se, também, de um orbe físico, que evo­luiu das mesmas bases rudimentares, comuns às demais mas­sas planetárias, sofrendo as metamorfoses necessárias para adaptação biológica do homem ao seu meio; porém, não apre­sentou os quadros mórbidos do câncer, da morféia ou o cortejo das alienações mentais, inerentes à ordem ou teor cármico do vosso planeta; mas sua medicina também defrontou problemas severos na esfera patológica, como síncopes de ordem nervosa, devido a fortes atuações radioativas na região dos "plexus". E a nutrição, embora sempre tenha sido vegetariana, apresentou estranhas enfermidades comuns aos vossos quadros de alergia, pois o sistema endocrínico entrava em choque com o quimismo vegetal. Os fenômenos da digestão e produção de sucos e hor­mônios não se ajustavam sincronicamente, devido a certa her­báceas mineralizadas, que produziam estados parecidos ao de excessiva azotemia. Também enfrentaram longamente intenso surto epidêmico de formação de cálculos ou pedras na vesícula, rins e na bexiga. Eram efeitos da alimentação contrária aos seus tipos orgânicos comandados por um psiquismo equilibrado. Eles desconheciam, ainda, as suas justas necessidades dietéti­cas. Essa fase, vivida há mais de cinco séculos, foi debelada sem dramaticidade, graças à cooperação direta dos mentores desen­carnados.

PERGUNTA: Como solucionaram esses problemas patológi­cos dos cálculos da vesícula e nos rins?

RAMATIS: A cirurgia se fez necessária nos casos de aciden­tes e de correções plásticas, sobre as deformidades ou estigmas psíquicos trazidos de planetas inferiores. O equilíbrio genético da biologia marciana sofria a compressão que os moldes peris­pirituais dos reencarnados impunham, pois há tanta heredita­riedade nos impulsos formativos da carne quanto nas constitui­ções pregressas do perispírito. As almas emigram de um orbe para outro, levando na sua estrutura perispiritual os recalques do seu estado evolutivo. Há muitos séculos, a medicina, em Marte, via-se obrigada a solucionar problemas nevrálgicos, tais como auxiliar o desenvolvimento das membranas nas omopla­tas daqueles que ali se reencarnavam, cujos perispíritos, estigmatizados sob atmosferas coercivas, eram refratários a esses impulsos alados.

PERGUNTA: Essa cirurgia exigia os recursos da anastesia comum?

RAMATIS: Há mais de quatro séculos os médicos marcia­nos aplicavam a "magnetoanestesia", depois de já terem tido grande sucesso na "eletroanestesia", que não produzia as exci­tações nervosas após as operações. Essa anastesia livrava os pacientes dos efeitos químicos, que atuam comumente de 49 a 56 dias no campo "psicofísico" e que se reajusta "biomagnetica mente" após esse ciclo setenário. No futuro a vossa ciência médica na esfera da "radioastroterapia" vos notificará de inú­meras seqüências que os marcianos observam no imponderá­vel, pois já se denuncia em vosso mundo a mentalidade pro­gressiva de vários cientistas da medicina, que penetram corajo­samente na fenomenologia psíquica a fim de lobrigarem os complexos fenômenos da vida humana.

PERGUNTA: Nos estados "pós-cirúrgicos" não ocorriam fenômenos inesperados, inclusive, as manifestações de dores?

RAMATIS: Essas conseqüências não se produziam devido ao "modus operandi" da cirurgia, pois o socorro de urgência era empregado rapidamente e indolor, mediante processos de "magnetismo eletrônico", que ultrapassam o vosso entendi­mento. Quanto às operações de extirpação de cálculos renais ou vesiculares, inclusive excrescências ou quistos sebáceos, focos ou proliferações anormais de tecido, eram eliminados pelo pro­cesso "sui generis" de desintegração ou "desmaterialização".

PERGUNTA: Em que consiste esse processo de desmateria­lização?

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