Resposta aos leitores


PERGUNTA: Como poderíamos conceber essa cor funda­mental e os matizes suplementares que surgem na aura das crianças? RAMATIS



Yüklə 1,51 Mb.
səhifə10/35
tarix29.10.2017
ölçüsü1,51 Mb.
#20734
1   ...   6   7   8   9   10   11   12   13   ...   35

PERGUNTA: Como poderíamos conceber essa cor funda­mental e os matizes suplementares que surgem na aura das crianças?

RAMATIS: Considerai uma criança, cuja cor áurica predo­minante seja um carmim-rosado, puro, brilhante, que a envolve completamente, mas pintalgado de nuanças, pontos ou bordas de outras cores. Mediante a cor básica, predominante, do car­mim-rosado, o médico cromosófico reconhece um espírito de admirável renúncia por amor ao próximo, pois essa cor é a reveladora de almas desinteressadas, capazes do afeto mais puro! Identifica-se por esse colorido rosa-carmim, translúcido e imaculado, um caráter espiritual completamente devotado ao amor. Quanto aos demais matizes inconstantes, que perpassam sobre o fundo carmim-rosa, revelam os estados de alma, que acidental e emotivamente podem acionar o espírito. Conforme as tonalidades e os tipos de cores que refulgem, o médico cro­mosófico vai anotando as diversas emoções, virtudes ou defi­ciências que podem ser acessórios a essa alma devocionalmente amorosa.

PERGUNTA: Se a cor límpida, carmim-rosa, representa na aura o amor puro e desinteressado, qual seria a cor de um amor egoísta, interesseiro e sensual?

RAMATIS: Quanto mais puro é o amor, tanto mais brilhan­te, límpido e translúcido será o carmim-rosa que o identifica. E se esse amor é já um sentimento extensivo a toda a humanida­de, então os mais fascinantes matizes de lilás vivo e cintilante refulgem sobre o carmim-rosado, formando franjas e rendilha­dos de soberba beleza! No entanto, o amor egoísta, interesseiro e sensual, revela-se, também, por um carmim fundamental, mas de aspecto sujo, oleoso e opaco, manchado de "terra de Sena" queimada!

PERGUNTA: E quanto aos matizes acidentais que flutuam nessa aura, como podem eles identificar outros estados de espí rito da criança?

RAMATIS: As tonalidades claras demonstram sentimentos e virtudes superiores; as escuras, sombrias, viscosas ou espes­sas, manifestam paixões inferiores. No caso de uma criança portadora de aura carmim-rosa, puro e elevado, com manchas azuis ou traços brilhantes de um verde-seda no invólucro áuri­co, comprova-se um espírito de amor e renúncia absoluta.

Além desse afeto puro, é dominado por emoções místicas iden­tificadas pelo azul-celeste, límpido e de atrações poéticas ou artísticas, ajustado pelos tons do verde-seda. Desde que esses matizes azuis e verdes se demonstrassem sujos, escuros e dis­formes, saber-se-ia que essa alma capaz de renúncias pelo pró­ximo revelava-se, entretanto, primitiva no campo artístico e ignorante nas ansiedades espirituais.



PERGUNTA: No caso de a criança marciana revelar o espírito dum cientista em potencial, qual seria a cor básica de sua aura?

RAMATIS: O médico-pedagógico, marciano, reconhece o espírito altamente científico ou mentalmente evoluído, na criança, pela predominância do amarelo-dourado, que é a cor reveladora de inteligência desenvolvida pelos recursos científi­cos e intelectuai.s. Há que considerar, também, os inúmeros outros matizes de cores, que normalmente se movem em todos os campos áuricos humanos, responsáveis pelas diversas outras expressões emotivas. Desde que essa aura amarelo-dou­rada, clara e de fascinante limpidez, além da cor fundamental, esteja enfeitada doutras cores, também há que lhe estudar cada matiz acidental. Os fulgores de carmim-rosa esvoaçando em nuanças brilhantes e puras, denunciam que o sábio está a servi­ço da humanidade; o caso de adornos de um azul transparente sobre o fundo amarelo-dourado, fundamental, denota o gênio entregue a objetivos espirituais; nuanças de verde-seda ou de esmeralda cristalina denotam que, além de cientista ou profun­do intelecto, existe, também, o espírito versátil, fecundo e enge­nhoso, lembrando a fertilidade da natureza.

PERGUNTA: Obviamente, se a criança marciana é um espí­rito científico, porém, afeito ao egoísmo, interesse e má inten­ção, essas cores todas tendem a escurecer e manchar?

RAMATIS: Não esqueçais o binômio "luz e sombra", em que se baseiam todos os movimentos ascensionais do espírito em direção à intimidade cósmica de Deus! Em todas as expres­sões áuricas, os tons escuros, sujos ou oleosos, denotam vibra­ções de baixa freqüência. Nos seres superiores, as cores da aura são fundamentalmente luminosas, claras, translúcidas, límpi­das e delicadas, enquanto que as almas inferiores apresentam matizes escuros, ásperos, disformes e densos! O cientista, genial e estudioso, mas que mercadeja as suas criações e se inferioriza pela cobiça ao vil metal, embora sua aura seja de um

amarelo-dourado, que identifica o sábio, tem a cor do bronze velho, azinhavrado e empoeirado, com todos os matizes das emoções predominantes. Essa aura ainda pode apresentar-se com os bordos alaranjados, espessos, denotando sinais de orgu­lho e intransigência, ou então os reflexos de rosa-salmão, sujos, demonstrando o gênio dominado pela sensualidade desregra­da. Comumente, podereis encontrar sobre a aura azul puro, celeste, da alma devota; na verde-seda límpida, a do poeta ou artista excelso; no amarelo-dourado, brilhante, a do gênio inte­lectual; e os relâmpagos de vermelho-encarnado ou setas vivas cor de fogo, que se entrecruzam, a esmo, revelam que essas almas se deixam dominar pela cólera, raiva ou irritação, quan­do profundamente contrariadas.



PERGUNTA: Essas litogravuras que trazem auréolas em torno da cabeça de criaturas santificadas, têm fundamento nas .cores áuricas?

RAMATIS: Exatamente. Os verdadeiros pintores são inspi­rados, porque vivem mais íntimos com as esferas criadoras; seus espíritos transcendem a forma comum da matéria e pres­sentem os sinais identificadores da alta espiritualidade dos seus modelos e objetivos escolhidos. Se observardes atenciosa­mente essas auréolas luminosas, verificareis determinados sinais coloridos, que correspondem às nossas comunicações sobre a função da cor em correspondência com o grau espiri­tual.

PERGUNTA: Poderá dar-nos mais alguns esclarecimentos quanto às funções do "médico pedagógico psicômetra"?

RAMATIS: É o cientista de suma importância no diagnósti­co e selecionamento psicológico dos alunos. A sua missão é dificultosa porque exige muita abnegação, vigílias e renúncias, a fim de manter ativa a faculdade psicométrica. Cumpre-lhe a função principal de "ler" a aura do aluno e conhecer-lhe as deformidades psíquicas, oriundas.de existências anteriores, seja de vidas marcianas ou de reencarnações sucedidas em outros mundos inferiores. Se em vosso mundo, Freud, além de "psica­nalista", fosse um psicômetra, teria garantido absoluto êxito à Psicanálise, em virtude de saber exumar da intimidade do espí­rito os seus peculiares complexos "pré-reencarnativos"!

PERGUNTA: Como se processa essa leitura de "aura", no processo de psicometria?

RAMATIS: Mediante um objeto, ou medalha chamada "talismã pré-reencarnatório", ou seja um "elo-psíquico", que pertenceu à própria alma da criança em suas vidas anteriores, o psicômetra ausculta o passado e reconstitui fatos, emoções, recalques e complexos que dominaram o psiquismo do exami­nado. O talismã é apenas um objeto material, cuja aura "etereo­astral" foi devidamente preparada para funcionar como con­densador vibratório dos acontecimentos circunscritos às vidas continuadas do espírito. A própria Terra pode ser considerada um objeto material, circunscrito por uma aura "etereo-astral", na qual se conservam fixadas desde as idéias mais sutis ou o singelo ondular duma folha, até às imagens dos mais extraordi­nários acontecimentos coletivos da humanidade. O médico psi­cômetra é o responsável pela história "pré-reencarnativa" da criança, contribuindo, valiosamente, para que se estabeleça o diagnóstico definitivo procedido pela "Junta de Investigações Psíquicas" dos estabelecimentos escolares.

PERGUNTA: Em que se resume o diagnóstico final da "Junta de Investigações Psíquicas"?

RAMATIS: É a conclusão definitiva procedida pelos médi­cos pedagógicos, como assunto rotineiro dos períodos escola­res. O médico quirólogo, no seu relatório firmado nas caracte­rísticas das mãos, expõe os estados emotivos e a sensibilidade a manifestar-se de futuro; o astro-etéreo explica o teor da aura e a influência do astro dominante, aventando os impulsos desgo­vernados da criança; o psicômetra reconstitui o caráter da vida anterior, formulando sugestões espirituais e retificadoras no campo psíquico; o cromosófico revela a cor fundamental da aura, que identifica o verdadeiro caráter do aluno, assim como esclarece os matizes secundários que perturbam a manifestação básica colorida. Finalmente, o médico clarividente combina todos os dados recebidos nos relatórios, ajustando os que se identificam, sincrônica e sintonicamente, a fim de concluir a "nota psíquica" definitiva do aluno e indicar-lhe as necessida­des e selecionamento pedagógico.

PERGUNTA: Qual a natureza desse "médico clarividente"?

RAMATIS: É a maior autoridade científica, em Marte, reu­nindo, ao mesmo tempo, a máxima çapacidade de ação no mundo físico, aos conhecimentos espirituais e poderes extraor­dinários no plano psíquico. Espírito eleito para o cargo, quando

ainda em liberdade espiritual, antes do reencarne, é mental­mente desenvolvido e de completo autodomínio, capaz de agir além das próprias fronteiras mentais do plano em que vive. Assume a figura de cidadão comum, e embora genial e santifi­cado, o médico clarividente é o que mais trabalha, permanecen­do continuamente em contato mental com todos, e exaurindo-se na preocupação de aperfeiçoar o seu "habitat". Responsável pela última palavra no diagnóstico das crianças, enfeixa em suas mãos os relatórios dos demais médicos e estrutura as dire­trizes para modelar eficientemente os futuros cidadãos marcia­nos.



PERGUNTA: Podemos presumir a existência de cidadãos terrestres, no nível do "médico clarividente" de Marte?

RAMATIS: Sim, pois espíritos desse quilate convivem em todas as civilizações, a fim de conduzirem mentalmente as almas para objetivos superiores. No vosso mundo, no entanto, eles trabalham ainda silenciosamente, protegidos das vistas profanas que os perturbariam em seu sagrado serviço de liber­tação espiritual. Quando os terrícolas puderem manifestar os princípios superiores dos marcianos, os "mestres" reencarna­dos no orbe poderão surgir à luz do dia, e sem o receio de faná­ticos adoradores ou ridículos profanadores!
7
Idioma, cultura e tradições.

PERGUNTA: Em sua vida de relação, os marcianos não se servem da palavra falada?

RAMATIS: Usam-na com certa parcimônia, na medida exata da necessidade na sustentação objetiva do diálogo, pois abreviam o curso das idéias com a receptividade intuitiva forte­mente desenvolvida. O conceito de "saber falar" é uma das admiráveis virtudes dos marcianos, pois são avessos aos circunlóquios, às tessituras falsas e à proverbial logorréia dos terrícolas. No lar, em face da intimidade espiritual mais acen­tuada, prevalece a telepatia e compreendem-se com facilidade nesse mecanismo mental.

A conversa ou permuta de idéias entre os marcianos obede­ce, pois, a uma entrosagem entre a palavra falada e a transmis­são de pensamento, que é, neles, uma faculdade congênita, fazendo com que a sua mente seja uma espécie de espelho onde se reproduz, fielmente, a "imagem" das palavras que pronun­ciam. Em tais condições, esses despistamentos da mentira e da hipocrisia, muito comuns entre os terrícolas, não seriam possí­veis entre eles, devido, justamente, à sua faculdade de poderem ler os pensamentos, uns dos outros. E na realidade, semelhante atributo, por ser um recurso comum a todos, é uma prova sig­nificativa da alta evolução da humanidade marciana; pois se Deus, ainda que por pouco tempo, concedesse esse privilégio aos habitantes do vosso orbe, as suas conseqüências morais e sociais seriam de tal modo catastróficas, que produziriam estra­



gos idênticos aos causados por um terremoto cujas proporções calamitosas repercutissem em todos os quadrantes do planeta.

PERGUNTA: Qual o idioma falado em nosso mundo, que mais se aproxima do linguajar marciano?

RAMATIS: Seria o tipo de linguagem com raiz nos chama­dos "mantrans" iniciáticos do idioma "mantrânico", remanes­cente dos povos lemurianos e atlantes.1

PERGUNTA: Por que essa denominação de idioma "man­trânico"?

RAMATIS: Em virtude de "mantran" ser uma palavra que os povos orientais adotam para definir concentração numa idéia que deve ser bem fixada na mente. A linguagem dos mar­cianos é, pois, um tanto meditativa porque eles conhecem o poder extraordinário do pensamento, bem como os efeitos ou perigos da palavra imprudente. Atendem, profundamente, ao sentido psíquico, intelectual e espiritual que a palavra deve refletir na mente de quem a ouve. "Pensa antes de falar", quer nos parecer um conceito de indiscutível origem marciana.

PERGUNTA: Qual a letra alfabética de nosso mundo, cuja fonação tenha maior similitude com os sons que compõem as palavras da linguagem marciana?

RAMATIS: Quando visitamos Marte, em espírito, notamos que a letra "K", entrosada na letra "A", predominava constan­temente na troca de palavras fônicas. Pronunciavam-na aberta, mas alongando a sua sonoridade.

PERGUNTA: Essa linguagem é rica de vocábulos capazes de atenderem às exigências da linguagem de uma humanidade?

RAMATIS: Falam um idioma cujas palavras ou vocábulos exprimem muitas idéias. Acresce, ainda, que a faculdade tele­pática reduz-lhes a necessidade de um vocabulário demasiado extenso.

PERGUNTA: Como compreendermos essa exigüidade de palavras que, no entanto, condensa longas frases ou muitas idéias?

RAMATIS: É uma concisão vocabular decorrente do grau de evolução espiritual e que alcançareis no futuro, à proporção que evoluirdes; pois, à medida que a alma se espiritualiza moralmente, ela abrange maior área da vida cósmica em todos os sentidos; e por isso, a linguagem vai-se tornando insuficien­te para atender à multiplicidade de expressões mentais, cada vez mais complexas. Tal como aconteceria se o antiquado "carro-de-boi" tivesse de atender às mutações rapidíssimas da vossa vida moderna.

PERGUNTA: Como compreender esse ajuste da linguagem às necessidades novas no paradoxo de redução vocabular?

RAMATIS: Na intimidade do espírito está sempre operando a vontade e a sabedoria do Criador, no sentido de conduzir tudo e todos sempre do pior para o melhor, e do imperfeito para o mais perfeito. Aliás, em vosso mundo atual, já estais adotando uma série de legendas e denominações abreviadas, que signifi­cam ou definem muitas frases ou idéias, aliviando, assim, a mente do século atômico, já atravancada de excessos de memó­ria. E também, visando esse mesmo objetivo, já tendes o "Esperanto", idioma de amplitude internacional, cada vez mais difundido, o qual, na realidade, já é uma valiosa contribuição de síntese vocabular, a fim de que a vossa humanidade possa entender-se e confraternizar mais facilmente.

PERGUNTA: Gostaríamos de um exemplo simples, comum, com que pudéssemos avaliar a redução de frases na linguagem, mas abrangendo uma idéia ampla.

RAMATIS: As exigências da vida atual, na sua complexida­de e rapidez de acontecimentos, induzem-vos à abreviação do que é menos importante. Essa abreviatura passa a fazer parte integrante e definitiva da linguagem sem que percais a exten­são da idéia nas relações costumeiras. Cingindo-nos ao vosso modo de vida comum e prosaica, citaremos alguns exemplos corriqueiros: em vez de designardes as instituições autárquicas pelos seus nomes extensos e complexos, estais usando apenas as iniciais; e o mesmo fazeis quanto aos institutos de previdên­cia e aos departamentos do Estado, nomeando-os abreviada­mente. Também, nos desportos, abreviais as longas denomina­ções associativas e seus departamentos responsáveis, tendo criado um novo padrão linguístico composto de abreviaturas que definem maior quantidade de idéias. É o que ocorre, mais ou menos, com os marcianos: usam uma simples palavra à semelhança dos sinais gráficos da' taquigrafia e que representa um grupo de idéias correlatas.

PERGUNTA: Os marcianos usam escrita semelhante à nossa?

RAMATIS: Escrevem com muita rapidez, por sinais combi­nados, semelhantes aos da taquigrafia, a fim de poderem aten­der à multiplicidade de pensamentos que lhes é comum e dominante. E, habitualmente, gravam a linguagem falada em minúsculos aparelhos, à feição de ditafones comuns, os quais projetam as palavras em películas magnetizadas, "microfoto­gráficas", que podem ser lidas a qualquer momento, nos proje­tores de bolso. A visão marciana, graças à disposição de mobili­dade "sui-generis", da retina, permite leituras "microscópicas" nos aludidos projetores portáteis.

PERGUNTA: Podem fazer-se correções nessas cintas "mi­crofotográficas"?

RAMATIS: Da mesma forma como fazeis nas fitas magneti­zadas dos vossos gravadores de sons.

PERGUNTA: Existem outras maneiras de escriturar seus pensamentos?

RAMATIS: Os escritores, autores, cientistas, relatores ou técnicos que desenvolvem labores intelectuais de responsabili­dade recorrem, comumente, aos "etereoprojetores"; maravilho­so aparelho sem analogia no vosso mundo, pois capta todas as ondulações emitidas, pela mente de quem pensa; e, ao mesmo tempo, projeta sinais gráficos em telas apropriadas e facilmente reconhecíveis dentro do código preestabelecido. Esses "ete­reoprojetores" atuam no campo etérico, na zona etérica, na zona vibrátil do astral, onde as emoções assumem as formas mais exóticas e os pensamentos emitem cores sob configura­ções excêntricas. E mediante uma técnica especializada, os cien­tistas identificam com facilidade os sinais gráficos gerados pelas mais sutis nuanças do pensamento.

PERGUNTA: Qual o aparelho terreno que nos pudesse aju­dar a compreender a verdadeira natureza desses "etereoproje­tores"?

RAMATIS: A televisão em sentido inverso. Esta se processa pela projeção de pontos que terminam compondo imagens, graças à disposição peculiar da visão humana; no entanto, os "captadores-mentais-etéreos" penetram na profundidade do éter, apanham as imagens em projeção no campo astral e as dissociam em pontos que se projetam nas telas apropriadas. Conforme a natureza e disposição desses pontos, os observado­res fazem a leitura do pensamento próprio, ou de outros que se submetem à experimentação. Brevemente, conforme pudemos constatar, a ciência marciana concluirá a nova configuração de "projetores-etereomentais", que poderão desenhar na "tela-vítrea" as formas exatas das concepções mentais. Preocupam-se, no momento, esses avançados técnicos marcianos, em trans­ferirem do mundo imponderável para o campo objetivo da matéria as conformações do pensamento em suas cores funda­mentais.

PERGUNTA: Quais os obstáculos maiores, para que as ima­gens dos pensamentos emitidos no astral possam ser projeta­dos nas "telas-vítreas"?

RAMATIS: No mundo astral as cores diferem grandemente de suas congêneres no mundo material, pois, na realidade, o mundo físico é um aspecto exterior do mundo interno astrali­no. Há imensa dificuldade de interpretar, num campo objetivo, o conteúdo exato e psicológico das cores captadas para o plano de formas. Há tons inimagináveis, movediços, desconhecidos para os olhos mais sutis. O simples vermelho, no astral, junto à crosta do vosso mundo, pode apresentar 277 tons entre o escu­ro intenso e o outro extremo claro, quase apagado. Acresce que o mundo astral que rodeia Marte, por ser este um orbe supe­rior, também é mais sutil e rico de expressões inconcebíveis ao homem comum. Hão de decorrer ainda muitos anos, até que a própria ciência marciana consiga captar, no astral, as cores em sua intimidade exata.

PERGUNTA: Para nosso entendimento comum, gostaría­mos de apanhar essa operação de "imagens" do astral que, projetadas no mundo material, definissem um modo de pensar. Será possível dar-nos um exemplo?

RAMATIS: Suponde um pensador marciano mediando sobre um conceito devocional, com conhecimento de causa e elevada emoção; em torno de sua mente, no astral, forma-se um delicado cone em cor azul-clara, cujo ápice é radiante e se expande em luminosidade para o Alto. Em face da longa expe­rimentação dos cientistas no assunto, assim que o cone fosse projetado na "tela-vítrea", material, saberiam que se tratava de um pensamento devocional puro de ordem ascensional e reple­to de ansiedade, em face da forma de um cone se afinando. Esse cone irradiando luz de cor azul-clara revela sempre um sentimento espiritual-religioso, sincero e casto. O mesmo cone

em um vermelho-vivo, afogueado, revelaria ansiedades sen­suais; num verde-seda, aspirações pela natureza; num amarelo-claro, dourado, aspirações intelectuais. Naturalmente, apenas vos expomos um exemplo compatível com o vosso mundo.



PERGUNTA: Em referência à captação de pensamentos no sentido de identificar a substância do seu teor moral, entre nós, já foi lançado um aparelho destinado a essa função, o qual temos visto citado como "identificador da verdade ou detector­de-mentira". Aliás já tem sido usado em investigações isoladas. Tais aparelhos têm algum mérito que imponha confiança?

RAMATIS: Todas as conquistas avançadas da ciência come­çam por tentativas de resultados quase sempre deficientes. E os aparelhos que referis já constituem um esforço apreciável nesse setor. Porém, no futuro, conseguireis fotografar e definir as vibrações pensantes de manifesta efervescência, tais como o ódio, o remorso, a culpa, etc. Semelhante conquista, aliada à nova ciência que reconhecerá a telepatia e a psicometria como veículos de absoluta confiança, constituirão um processo nor­mal de biotipologia criminal, a serviço dos departamentos da Justiça.

PERGUNTA: Existem escritores, em Marte, explorando assuntos semelhantes aos que, comumente, são considerados na Terra?

RAMATIS: O sentido literário marciano é essencialmente criador; e só em raras situações os escritores exploram assuntas evocativos. A evocação do passado significa-lhes um saudosis­mo estático ou inútil; são naturalmente avessos às pieguices das recordações românticas do pretérito. Encaram a vida sem­pre em sentido dinâmico, criador e em direção ao futuro que é nova oportunidade de renovação. Evocam o pretérito, tão-somente quanto aos fatos essenciais ligados às realizações do presente. Desde que o assunto já perdeu sua mensagem útil ao ambiente atual ou como roteiro quanto ao futuro, dispensam-se de evocá-lo. Os escritores preferem temas ajustados às circuns­tâncias do momento, distanciando-se da ficção ou artifício que ainda é do vosso gosto melodramático.

Na maioria, os vossos escritores, distanciados e alheios ao drama social, patético, que os rodeia, estão alvoroçados pela euforia de escrever "poemas" de circulação doméstica ou obras de ficção, sem substância objetiva, esquecidos das realidades amargas do vosso mundo atual, cujos males têm sua causa na profundidade ou no cerne das consciências. E neste sentido, os que possuem talento dão-nos idéia de atletas vigorosos corren­do à caça de borboletas. São poucos os que abrem as janelas do seu gabinete para olharem e sentirem na alma os dramas dos grandes aflitos que vão passando lá embaixo. No entanto, perante Deus, as responsabilidades morais e sociais do indiví­duo para com o seu meio estão na razão direta do seu conheci­mento. Por isso, aos escritores, especialmente os que se julgam possuidores de atributos que os induzem a pleitear assento no trono da imortalidade convencional e transitória de vossas aca­demias, cumpre o dever de porem o seu mérito a serviço da humanidade, a fim de que, na consciência das gerações póste­ras, a luz de tais "astros" faça jus às bênçãos de Deus e não se apague da memória dos homens por serem símbolos ou expressões valiosas, não, apenas, como literatos, mas, também, como paladinos ou missionários dos ideais sublimes e eternos que aproximam, cada vez mais, a criatura ao seu Criador.



PERGUNTA: Quais os assuntos ou temas preferidos pelos escritores marcianos?

Yüklə 1,51 Mb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   6   7   8   9   10   11   12   13   ...   35




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©muhaz.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin