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RAMATIS: Conforme acontece no setor das flores, também muitas aves de Marte apresentam acentuadas semelhanças com a maioria da sua espécie terrena. As suas configurações, tessitu­ras, plumagens e cores, inclusive o vôo anatômico, lembram muitos pássaros do vosso mundo. Há, no entanto, diversos outros exemplares que são diferentes, tanto na forma e no porte como na contextura, lembrando alguns deles uma espécie de "arraias-voadoras", com o corpo revestido de escamas e estru­gindo gritos agudos e longos, quais sonidos de barras de ferro vibrando no ar. Esse tipo de ave pode manter-se dias sem ali­mento, graças à sua disposição anatômica de bolsas-reservató­rios. Está sendo domesticada e adaptada ao clima de Marte, pois trata-se de espécime gigantesco, cuja capacidade de vôo lhe permite vir de satélites vizinhos.

PERGUNTA: Quais as características canoras das aves pró­prias de Marte?

RAMATIS: Seu canto é melódico e com extensa frase musi­cal; não tem os longos hiatos dos cânticos comuns dos vossos pássaros. Esses cânticos, que alcançam maviosidades seme­lhantes à vossa harmônica, revelam sempre a graça delicada, peculiar da alma dos marcianos. Certas melodias recortadas de filigranas sonoras, imprevistas, prenunciam as modificações climáticas. Quando a sensibilidade dessas aves manifesta certa aflição melancólica nos seus poemas canoros, sabe-se que invi­síveis "lençóis magnéticos", inferiores, estão se aproximando do orbe. As próprias conjunções no zodíaco, repercutindo pela atmosfera etérica, modificam os padrões tradicionais do cântico desses pássaros. Os cientistas puderam já comprovar que as aves marcianas atuam, por vezes, nos dois planos fronteiros: o físico e o astral.

PERGUNTA: As aves terrenas, como o papagaio, que imita a palavra dos humanos; e outras que, à força de escutarem certas vibrações melódicas, as imitam fielmente, porventura, não demonstram a mesma capacidade dos pássaros marcianos?

RAMATIS: O papagaio, efetivamente, emite alguns motivos verbais dos terrícolas. No entanto, é simples repetente, sem a acuidade psíquica das espécies aladas de Marte, as quais reve­lam "algo" mais do que a singela e instintiva faculdade de imi­tação inconsciente.

O pássaro marciano se identifica com os habitantes e o seu cântico jubiloso é oração musical que traduz alegria, bem-estar e afeto. Existem no vosso mundo algumas aves canoras que se sublimam em canções emotivas, despertando-vos sentimentos poéticos e evocações saudosas; mas esses pássaros vivem "inte­riormente" a nostalgia de sua situação inquieta e desprotegida, como ave triste e infeliz, sempre angustiada e fugitiva por causa das gaiolas domésticas e do chumbo mortífero atirado pelos caçadores impiedosos. Entretanto, a ave marciana é enfei­te colorido e vivo, pousando em mãos cariciosas e que, aten­dendo às vozes amorosas dos humanos, faz parte da vida e da beleza ambiente.



PERGUNTA: O nosso rouxinol, tão festejado pelos poetas e pelos grandesiamorosos, não oferece canto digno de ser lison­jeado pelos marcianos?

RAMATIS: O símile de vosso rouxinol em Marte é a famosa ave do "cântico espiritual". Ela executa sentida página musical, de sonoridade algo religiosa. São frases tecidas de sons graves e solenes, lembrando a nostalgia do espírito desterrado do seu "habitat" celestial. É a única ave que consegue despertar algu­ma tristeza e melancolia no coração festivo do homem marcia­no. É uma espécie de "ave sagrada", que os cientistas afirmam poder sentir o próprio magnetismo divino, irradiado pelo anjo planetário que alimenta e controla a atmosfera de Marte.

Em nossas observações espirituais, verificamos que esse pás­saro, de aspecto angélico e misterioso, cuja plumagem é um floco vivo de matizes luminosos, canta em um estado de verda­deiro "transe" hipnótico. Achamo-lo divinamente belo, dando-nos a idéia exótica de um cristal vivo e policromo, a desferir melodias vibrantes de profundo sentimento e amor. Notamos que esse pássaro se entrega ao holocausto da harmonia, em poemas de virtuosidade espiritual tão sublimes, que impõe silêncio e devoção àqueles que o escutam, deslumbrados.

O xtase que ele provoca nos seres humanos, é de unção ver­dad, ramente celestial.

PERGUNTA: Vive muito tempo esse "rouxinol" marciano?

RAMATIS: A delicadeza de sua contextura, que denuncia ser adequada, especialmente, à função de "instrumento canoro da beleza divina", não lhe permite existência prolongada. A sua sobrevivência é produto do mais cuidadoso desvelo e ali­mentação especial, à base de néctares concentrados de flores.

Há, porém, um mistério nesta ave singular: Quando, em certo dia, seu canto se transmuda, inesperadamente, em mara­vilhoso poema harmônico, em que os "altos-relevos" do seu hino são notas dramáticas, vibrantes de profundo lamento e saudade, é que chegou o momento em que a "ave sagrada" assinala o seu "canto de cisne". Ela previu o seu fim; e, então, ei-la concentrando as suas últimas energias em "afinar" o seu canto, para, no derradeiro momento de sua existência, dar o seu "último adeus" através das harmonias mais sublimes que a sua alma de cantora de expressões divinas é capaz de desferir e interpretar.



PERGUNTA: Porventura, o irmão já assistiu a um desses momentos supremos dessa ave paradisíaca?

RAMATIS: Assistimos. Logo que a sua garganta cristalina vibrou as primeiras notas musicais, maravilhosa aura de lilás puro, entremeado de raios solferinos, começou a circundá-la; mais um pouco, e o seu contorno foi sendo polarizado de focos de luz azul-celeste, translúcido, a espargirem-se na tessitura aveludada do fundo lilás, agora, todo recamado de fios doura­dos. E, à medida que a ave imergia no seu "transe" melódico, o círculo de sua aura, reticulado de fios brilhantes, ampliava-se, refletindo em nossas vestes espirituais os mais soberbos mati­zes de cores, desconhecidas ao olho humano. Depois, quando ela atingiu o auge da sua sinfonia, imensa esfera de luzes poli­crômicas envolvia o ambiente astral em que nos encontráva­mos. E de repente, quando a "ave sagrada" sonorizou a última estrofe do seu cântico angelical, a nossa visão ofuscou-se ante um jorro intenso de irradiações estelares que, formando uma seta fulgurante, subiu ao alto, e se desprendeu em direção ao Éden sideral do PAI.

No cenário exterior, a multidão que assistia ao último cânti­co do pássaro "espiritual", tinha os olhos cintilantes de lágrimas. É que essa dádiva canora é um dos veículos mais propí­cios e sublimes para a transfusão do magnetismo divino aos mundos em que as almas já têm "ouvidos de ouvir" as sonori­dades angélicas do plano astral.



PERGUNTA: As nossas cruéis disposições para com as aves impedirão que tenhamos a dádiva de um "rouxinol" marciano?

RAMATIS: Para bem avaliardes quanto ainda estais longe de merecer que desçam sobre a Terra tais dádivas do Céu, meditai um pouco sobre essa barbaridade extrema – o tiro aos pombos – classificada de "esporte", que vos leva a engaiolar essas aves graciosas, e, depois, de arma em punho, aguardar que as soltem numa liberdade simulada, para as fuzilardes sem dó, a título de provar que sois exímios "assassinos" de aves inofensivas e indefesas. Por isso, no vosso mundo, constatamos este singular paradoxo: enquanto os pássaros, despreocupados, chegam a pousar, sem qualquer receio, sobre o dorso do boi e do tigre ou da pantera, eles fogem, aflitos, quando notam a pre­sença do homem.

PERGUNTA: Os marcianos vêem as aves apenas na sua configuração comum, ou percebem-nas em sua silhueta etéri­ca?

RAMATIS: A visão comum dos marcianos, quando assim desejem, podem eles sintonizá-la à vidência etérica. E no "pôr­do-sol", principalmente, eles gostam de apreciar as auras radiantes das aves, cujo vôo se assemelha a focos de luz pálida, flutuando e descrevendo no espaço ondulações coloridas. E quando elas descem e pousam sobre a vegetação cultivada, os seus adejos delicados e graciosos, ante a polarização magnética, emanada dos habitantes que as observam, transformam-nas em jóias vivas adornando a natureza.


PERGUNTA: Em Marte não utilizam os pássaros como ornamento vivo, nas residências, em viveiros amplos, que não reduzem os seus movimentos?

RAMATIS: Encarcerar as aves seria uma negação do grau evolutivo do marciano; pois se eles nem se interessam por essa inofensiva arte de beleza mórbida, que vos faz embalsamar e colecionar insetos e animais venenosos, quanto mais tolherem a liberdade da espécie alada, que eles cultuam como flores vivas que Deus lhes oferece para suavizar a melancolia do mundo material.

O homem terreno, infelizmente, ainda está gerando angus­tioso "carma" para as reencarnações futuras, em face da sua imprudência quanto à destruição de pássaros.



PERGUNTA: Como definirmos essa vossa advertência?

RAMATIS: Os que caçam ou destroem por razões esporti­vas ou para alimentação desnaturada, geram o carma terrível de perderem seus entes queridos em desastres, acidentes ou explosões e de eles próprios terminarem, igualmente, sob o cano fumegante de uma arma homicida. Algumas vezes, o caçador sofre o "choque de retorno" ainda na mesma existência em que exorbita das leis cósmicas da vida, quer acidentando-se com sua própria arma, quer sofrendo o efeito de um estranho disparo imprudente. Diariamente, em vosso mundo, sabeis de inúmeras criaturas, às quais um destino cruel convoca para os desastres de armas de fogo. Na realidade, em tais casos, é sem­pre o "ex-caçador" (desta ou de outra existência), que expia o tributo de sangue que ele mesmo provocou injustamente.

PERGUNTA: Acaso, para que o caçador sofra o efeito da lei que violou, há de constituir família e os filhos suportarem suas culpas, em acidentes reparadores?

RAMATIS: Em todas as leis derivadas da Suprema Lei Divina, jamais existe qualquer vislumbre de injustiça. Perio­dicamente, os Mestres Cármicos reúnem um punhado de caça­dores e os reencarnam na Terra, constituindo famílias compos­tas de antigos e inveterados destruidores de aves. A lei divina é justa e, no caso, ela visa a ratificar os impulsos daninhos do ser humano, exercendo sua ação purificadora por meio de reencarnações e através de acidentes imprevistos e trágicos, equivalentes às características impiedosas dos seus autores no passado.

PERGUNTA: Concluímos, então, que essa determinação para a tragédia, embora por efeito de uma lei cósmica, constitui uma punição, um verdadeiro castigo. Não será assim?

RAMATIS: O vocábulo "castigar" é oriundo, em vossa pró­pria nomenclatura lingüística, do verbo latino "castigare", com­posto de duas palavras latinas, "castum" e "agere", as quais, conjugadas, definem a idéia de castigar, ou seja, tornar casto, ou ainda, purificar. A idéia de castigar, como desforra, é incompatí­vel com a natureza justa do Pai. Trata-se, pois, de ratificar a ação má, o recalque perverso que retarda a alma em sua evolu­ção espiritual.

O caçador que destrói não ofende a Deus, que é imune ao elogio ou à ofensa; mas perturba ou fere o direito inviolável de uma espécie que também faz jus à vida e que foi criada para finalidades sagradas ou superiores. Ora, no seu ato violento, o caçador desarticula o equilíbrio moral do campo magnético que vitaliza e mantém a espécie; e conforme leis imutáveis, terá que expurgar de seu eu moral o recalque maléfico que incrustou no seu espírito. E esse expurgo exige idêntico processo de violên­cia, por tratar-se de um impulso primário, de caráter agressivo ou animalizado, que não se escoa por meios suasórios. É a lei de causa e efeito, em suas reações dinâmicas, a qual, como a dinamite, ferida pelo atrito, ninguém mais controla. E esse débito de reajuste moral fica vibrando na alma do caçador desde o momento em que ele infringiu a lei, e eleva-se à contin­gência de um determinismo que, tarde ou cedo, deflagrará a reação equilibrante, pelo mesmo processo violento e doloroso.


PERGUNTA: E qual é o resultado educativo, para o caçador, ao contemplar seus filhos (ex-caçadores), feridos por acidentes ou desencarnando tragicamente?

RAMATIS: Vós ainda desconheceis o poder assombroso da retentiva ou memória espiritual. O choque emotivo daquele que vê seu ente querido tombar, inesperadamente, sob impie­dosa arma homicida, cria-lhe na intimidade da consciência forte repulsa à figura de um caçador de aves. A visão amarga, contundente, do ser querido que se abate, ensopado no próprio sangue, é um estigma ou advertência que repercute nas suas existências futuras, cada vez que surja em sua mente a idéia de abater um pássaro. Aliás, inúmeras criaturas descontroladas em seus instintos inferiores, depois de torturadas ou oprimidas pela desgraça rude que se abateu em seu lar, abrandam seus recalques ou impulsos negativos, tornando-se, depois inofensi­vas e avessas a atitudes violentas, graças à função retificadora do sofrimento que lhes atingiu, em profundidade, a consciência espiritual.

PERGUNTA: No caso da mãe que vê seu filho (ex-caçador) tombar tragicamente, por acidente de armas, não há, também, certa iniqüidade?

RAMATIS: Em regra, essa mãe está sofrendo tal prova por­que ela própria tem responsabilidades nesse setor, assumidas no passado; e, então, enverga o traje carnal feminino. Apenas, em vez de ser "mentor" de caça, torna-se simples mentor do lar constituído por ex-caçadores.

Decerto não ignorais existir, em vosso mundo, a esposa insensível, que sugere ao companheiro ocioso realizar uma caçada festiva para o banquete domingueiro. E não existe, tam­bém, a mãe que presenteia seus filhos com artística e eficiente espingarda para que eles, como "distração", exterminem, à vontade, as inofensivas avezitas? Ora, se em vossas leis precá­rias e ilógicas estipulais penalidades para os delitos de "co-par­ticipações e mandatários", por que Deus, a Lei Sábia e Justa, cometeria a discrepância de responsabilizar, no caso em apreço, apenas o agente executor?



PERGUNTA: Notamos que os pássaros nascidos em vivei­ros e gaiolas terrestres, quando se libertam, perecem por falta de orientação na busca de alimento. Será, então, igualmente, um delito o gesto de bondade que nos leva a liberar o pássaro cativo?

RAMATIS: A prisão do pássaro, em qualquer circunstância, é sempre um delito espiritual, porquanto, se o Pai não estatuiu prisões para vós, não as consente para as aves, que nasceram para a liberdade alada. As prisões de aves, cujos descendentes perdem a noção instintiva do vôo e da subsistência, resulta da vossa incúria em não lhes proporcionar o ambiente de liberda­de e vida que lhes é próprio e indispensável. Se cuidásseis de auxliá-los em suas posturas, protegê-los nos seus ensaios voliti­vos e ampará-los nas épocas críticas, viveriam eles em torno de vossos lares, enfeitando o vosso ambiente e o mundo, com seus cânticos festivos e animando-vos com sua graça poética e deli­cada, sem precisardes de conservá-los entre grades.

PERGUNTA: As aves, em Marte, em face da liberdade que desfrutam, não depredam as lavouras e não causam prejuízos nos jardins e nos pomares?

RAMATIS: Se os vossos pássaros, nascidos em gaiolas ou viveiros, perecem, quando em liberdade, retornando à prisão para não sucumbirem de fome, é óbvio que isso acontece devi­do ao abandono em que ficam. Se fossem alimentados, como em Marte, na adjacência de todos os lares e sem quaisquer receios, tornar-se-iam inofensivos às lavouras e jardins, pela simples circunstância de aguardarem do homem a sua nutri­ção. Em cada lar marciano existe um recanto do solo onde é plantada, comumente, a fruta, o vegetal ou a hortaliça destina­da aos pássaros; e eles buscam o alimento nesses locais previa­mente determinados.

O psiquismo diretor que impera no planeta Marte e que comanda, também, a espécie alada, graças à mentalidade supe­rior dos marcianos, pode operar e insuflar nas aves o sentido de obediência para não depredarem. O impulso que denomi­nais instinto e que coordena os movimentos das espécies infe­riores também pode ser influenciado ou dirigido.



16
As flores.

PERGUNTA: As flores, em Marte, apresentam disposições similares ou iguais às da Terra?

RAMATIS: A química e a botânica marciana operam em uníssono, realizando tarefas maravilhosas e impressionantes aos sentidos humanos. Conseguiram, no ser da botânica, a "luz vegetal", a qual é produzida pelas flores, fazendo que, elas mesmas, nos jardins, à medida que o lusco-fusco crepuscular anuncia a noite, comecem, gradativamente, a "exsudar" luz, até se transformarem em verdadeiras lâmpadas vivas. Os efeitos que a vossa química obteve no setor das tintas fosforescentes e que iluminam os cartazes de propaganda comercial, em Marte se concretizam no quimismo do vegetal. Flores semelhantes às vossas açucenas, jasmins, copos-de-leite, hortênsias e rosas multicores possuem a faculdade de absorverem a luz solar durante o dia; e, à noite, com a modificação da temperatura que lhes contrai as tessituras íntimas, exsudam, em suave lumi­nosidade, todo o conteúdo sugado dos raios solares. Essa luz polarizada e que encanta nos jardins públicos proporciona nuanças de um colorido sedativo e aveludado, lembrando cenários de um conto de fadas. Os parques marcianos lembram maravilhoso lampadário irisado de cores vivas e que se casam com os mais exóticos perfumes cientificamente combinados aos diversos tipos vegetais'

PERGUNTA: Essa "luz vegetal" é bastante luminosa e visí­vel a todos?

RAMATIS: É intensamente visível para os "olhos marcia­nos", os quais, como já vos notificamos, têm certa penetração na atmosfera etérica, que é a causa principal das radiações. Essa faculdade é algo como a vidência da fenomenologia espi­ritista. A luminosidade e a transparência, no sentido de luz viva, que se polariza em toda a natureza marciana, também existe em vosso mundo, embora mais opaca, porque ainda viveis profundamente dominados pelas paixões inferiores. A atmosfera mais tênue, de Marte, favorece, também, maior pre­dominância da atmosfera etérica, e, conseqüentemente, maior expansão radioativa. Esses jardins policrômicos e luminosos, de luz vegetal e que se exibem aos marcianos, quais lampadá­rios vivos, aos olhos densos dos terrícolas, se mostrariam quais luzes de velas mortiças.

PERGUNTA: A Terra não oferece condições favoráveis para se obter a "luz vegetal"? Ou essa maravilha só pode ser conse­guida em mundos iguais a Marte?

RAMATIS: A Terra ainda oferecerá essas condições favorá­veis, pois a luz, em qualquer expressão ou plano de vida, é sempre um reflexo ou mensagem de manifestação da alma, subordinada, porém, à sua evolução espiritual. Quando o vosso planeta, por efeito da cristianização de seus habitantes, tiver seu magnetismo mais purificado, também sua aura etérica será mais visível e tornar-se-á veículo favorável às conquistas da química e da botânica no campo da luz vegetal. Em todas as manifestações materiais, físicas e morais do mundo terreno a luz, em sua essência criadora e prodigionsa, vibra oculta, aguardando o momento de ser descoberta pelos que "têm olhos" de vê-Ia.

PERGUNTA: Essa luminosidade das flores persiste, por muito tempo, à noite, ou é fenômeno de pouca duração?

RAMATIS: Depende da qualidade e da família ou espécie floral a que pertencem; pois não são todas as flores que se pres­tam à função de "lâmpadas vivas". Há flores que extinguem em poucos minutos a luz absorvida do Sol; outras, de sistema vegetal mais receptivo, de seiva e magnetismo mais vigorosos, podem iluminar os parques, jardins ou umbrais dos edifícios, durante cinco ou mais horas consecutivas. Há, também, nos logradouros públicos, um sistema de iluminação à semelhança da luz solar, que clareia os desvãos sombrios dos jardins, cuja

luz artificial consegue aumentar, debilmente, por mais alguns momentos, a função excêntrica dos lampadários vivos.



PERGUNTA: Qual o mecanismo ou processo existente na Terra, que nos pudesse avivar a mente para compreendermos a nossa possibilidade da "luz vegetal" dos marcianos?

RAMATIS: O mecanismo é análogo ao maravilhoso proces­so com que Deus – o Divino Químico – transforma o adubo, o cisco e o lixo em rosas e cravos inebriantes; pois o homem, feito à imagem do Criador, possui, em miniatura, a faculdade de penetrar e desvendar os mistérios do macrocosmo. À medida que ele realiza a sua ascensão espiritual, aprofunda mais inti­mamente os refolhos do Cosmos e aprende, também, na sua ciência relativa, a manusear as leis que regem os movimentos do aperfeiçoamento eterno.

Cumprem-se, assim, em Marte, os conceitos sublimes de Jesus, quando vos advertiu: "O reino de Deus está em vós". "Procurai primeiro o reino de Deus e sua retidão, e todas as outras coisas vos serão dadas de acréscimo".



PERGUNTA: Porventura a ciência terrestre também conse­guirá, em breve, a realização de algo parecido com essa "luz vegetal"?

RAMATIS: Em qualquer latitude cósmica, são sempre os mesmos princípios criadores ou reações que regem as leis da química. Acaso, pela vossa química, já não tendes transforma­do nauseantes monturos em substâncias aromáticas, matérias grosseiras em pérolas artificiais? Modificando a constituição dos prótons, do núcleo de mercúrio, não obtivestes, em labora­tórios, o tão ambicionado "ouro"? Se, através de exóticos casa­mentos "biovegetais", tendes conseguido modificar as cores, as estaturas e a própria seiva dos vegetais, assim que penetrardes mais intimamente na contextura "fisioetérica", conseguireis, também, produzir a formosa "luz vegetal".

PERGUNTA: Apreciaríamos, embora rudimentarmente, algumas noções do fundamento científico que faz engendrar a "luz vegetal" das flores marcianas. Poderá esclarecer-nos?

RAMATIS: Sabeis que o vegetal, flexível e receptivo, é o representante do reino mineral em metamorfose mais avançada e substancialmente "mais vivo", no campo da biologia terrena. Todos os derivados dos minerais possuem em sua intimidade as qualidades intrínsecas no mineral primitivo, de onde provieram, como sejam ductilidade, maleabilidade, rigidez, radiações ou magnetismo. O vegetal, portanto, que é o próprio mineral "aperfeiçoado", guarda em si, também, a qualidade básica do reino de que se originou. Os agrupamentos moleculares mais rígidos, fixos e constantes do mineral, adquirem, igualmente, mais liberdade radioativa e mais expansividade eletrônica, quando transferidos para o reino vegetal, assim como o vapor de água é mais energético do que o gelo, embora ambos sejam água. Na intimidade seivosa do. vegetal estão os primitivos componentes do reino mineral, de onde provieram, apresen­tando, no entanto, "melhor qualidade" dinâmica, pela maior liberdade de suas órbitas eletrônicas. Lembrando-vos que a luz é produto de aperfeiçoamento em todos os campos da manifes­tação cósmica, e sendo o vegetal o mineral aperfeiçoado, seus átomos são mais energéticos e aceleradamente vibráteis, pro­porcionando aumento de luz no campo visual. Na concepção da 'vossa ciência, de que a matéria é energia condensada, com­preendereis que o vegetal, sendo "menos matéria" que o mine­ral, há de apresentar melhor conteúdo de energia em liberdade, para ser transformada em luz. Partido do exterior para a intimi­dade da matéria é óbvio que sempre encontrareis melhor essência energética, ante o conceito de que matéria é "energia acumulada". Os químicos e botânicos marcianos, examinando as qualidades absorventes dos minerais que compõem as tintas fosforescentes, deduziram que os vegetais, possuindo os mes­mos componentes minerais, mais purificados, também pode­riam ser absorventes e disseminadores de luz. Operando, pois, fisioquimicamente, tanto no embrião do vegetal, quanto no ter­reno de cultura, conseguiram o admirável efeito da "luz vege­tal".

PERGUNTA: As espécies vegetais, em Marte, são semelhan­tes às nossas?

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