Minhas desculpas. A Shekhina é a radiação de Deus, a Face Divina. É algo como uma luz divina — acrescentou com o que tinha certeza de que era orgulho — feminina.
Quero ter certeza de que entendi isso direito — começou Will, tentando concluir. — A doutrina judaica afirma que há 36 pessoas verdadeiramente justas em qualquer época. Podem estar ocultas na obscuridade, fazendo trabalhos rotineiros, levando vidas imperfeitas, até pecaminosas. Mas, com discrição e em segredo, realizam atos de extraordinária bondade. E contanto que estejam entre nós, todos ficamos bem. Elas mantêm o mundo a salvo. — Acabou entendendo a última pista: a estátua de Atlas no Rockefeller Center, carregando todo o universo nos ombros. — O que significa — disse, desacelerando a voz — que se não estivessem por aqui, por qualquer razão, isso seria, literalmente, o fim do mundo.
Pesada e vagarosamente, o idoso rabino assentiu com a cabeça.