Então foi a vez de o rabino ler a mente de Will.
— De qualquer modo, ninguém poderia fazer isso — disse o velho, suspirando ao se acomodar na cadeira. — Porque ninguém jamais sabe onde estão os lamadvavniks. Este é o poder deles.
Will ficou envergonhado ao perceber que essa era a única coisa em que nunca pensara. Trinta e seis pessoas, vivendo em humilde obscuridade em todo o mundo: como poderia alguém saber quem eram? Como os assassinos de Macrae e Baxter os haviam encontrado?
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O tzaddik está escondido, às vezes até dele mesmo; pode não ter a menor idéia de sua própria natureza. Se um homem não conhece a si mesmo, quem mais pode conhecê-lo?
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Então ninguém tem a menor idéia de quem são os 36? Não existe uma lista secreta?
O rabino piscou os olhos.
— Não, Sr. Monroe, não existe nenhuma lista. Tova Chaya, atrás de você, pode me passar o livro do rabino Yosef Yitzhok?
Will sobressaltou-se. Ouvira tão poucas palavras conhecidas desde que chegara àquela sala, mas aquele era um nome que conhecia. TC captou sua expressão e sussurrou um esclarecimento.
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