Sam bourne o código dos justos


Não sei se é tão simples assim. Temos de pensar na alma do



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Não sei se é tão simples assim. Temos de pensar na alma do tzaddik. É uma alma de tanta pureza, de tanta bondade, que não pode deixar de manifestar-se para fazer o bem. As ações são apenas a mani­festação externa de uma bondade interior. — O rabino começou a arrastar-se para fora da cadeira, como em busca de um livro. — O texto-chave hassídico é conhecido como o Tanya. Nesse livro há uma definição de tzaddik. Explica que em cada pessoa há duas almas: uma divina e outra animal. A alma divina é onde temos nossa consciência, nossa grande vontade de fazer o bem, nosso desejo de aprender e estu­dar. A alma animal é onde temos nossos apetites por comida, por bebi­da: sensualidade. Tudo isso vem da alma animal.

"Ora, essas duas almas vivem constantemente em conflito. Uma boa pessoa esforça-se muito para controlar a alma animal. Para reprimir os desejos, não se entregar a todo desejo irresistível. Isso é ser uma pessoa boa, normal: lutar!

Ele esboçou um sorriso, como em reconhecimento à fragilidade do homem.

Mas o tzaddik é diferente. O tzaddik não domestica sua alma ani­mal. Ele a transforma. Muda a alma animal para uma outra coisa, trans­formando-a numa força para o bem. Passa a funcionar com dois cilindros, por assim dizer! É como se tivesse duas almas divinas. Isso lhe dá um poder especial. Dá a ele as condições para salvar o mundo.



  • E um ato seria suficiente?

  • Como assim?

Se um homem fizesse um ato de extraordinária bondade, isso bastaria para dizer que era um tzaddik?

  • Talvez você tenha algum exemplo em mente, não é? Minha res­posta é que pode nos parecer que o tzaddik realizou apenas um ato san­to. Mas se lembre de que esses homens escondem sua bondade. A verdade talvez seja que esse é o único ato de que tenhamos conhecimento.

  • E como seria um ato desses?

  • Ah, essa é uma boa pergunta. Na história sobre o rabino Abbahu e o homem do prostíbulo...

  • A do século III?

  • Sim. Naquela história, o tzaddik fez uma coisa bem pequena. Esqueço os detalhes, mas ele fez um pequeno sacrifício para preservar a dignidade de uma mulher.

Will ouviu-se engolir em seco. Assim como Macrae.

  • E isso parece ser o fio comum. Às vezes é um ato em escala muito grande — Will pensou no ministro Curtis em Londres, desviando pre­ciosos milhões para os pobres —, talvez um tzaddik salve toda uma ci­dade da destruição. Às vezes é um minúsculo gesto para um único indivíduo: uma refeição para quem sente fome, um cobertor para quem sente frio. Em cada caso, o tzaddik tratou um ser humano com justiça e generosidade.

  • E, assim, mesmo um pequeno gesto poderia salvar toda uma vida?

  • Sim, Sr. Monroe. O tzaddik pode ter vivido encharcado de peca­dos. Pense no Chaim, o carregador de água, embriagando-se para es­quecer. Mas esses atos de virtude mudam o mundo.

  • Então a bondade não tem a ver com regras. Nem na maneira de se penitenciar. Nem orar muito. Nem conhecer cada palavra da Bíblia. Mas sim como tratamos uns aos outros.

  • Bein adan v'adam. Entre homem e homem. É aí que reside a bon­dade, até mesmo a divindade. Não no Céu, mas bem aqui na Terra. Em nossas relações uns com os outros. Também significa que temos de ser cuidadosos. Temos de tratar todos que conhecemos com grande res­peito, porque, pelo que sabemos, o homem que dirige um táxi, varre as ruas ou pede esmolas numa esquina de rua, poderia ser um dos justos.

— Isso é muito igualitário, não é? O rabino sorriu.

Toda vida humana tem o mesmo valor. Essa é a preocupação da Torá. Era isso que Tova Chaya estudava todo dia no seminário. E o que ela estudou aqui comigo, antes de...




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