Dez;
SEXTA-FEIRA, 6H, SEATTLE
Ele acordou às seis da manhã já em seu quarto de hotel em Seattle. Enviara a matéria de Missoula e depois fizera uma longa jornada de volta atravessando a área rural. Enquanto escrevia a matéria, sentira-se energizado por um único e delicioso pensamento: Você vai ver, Walton! O que dissera aquele idiota? "Uma vez é sorte, William; duas seria milagre."
Will rezou para que conseguisse se sair bem. Seu maior receio era que a redação a julgasse muito semelhante à matéria de Macrae, outro homem bom entre vilões. Portanto, acrescentara bastante cor, adicionando histórias sobre a milícia, inserira outras sobre o Noroeste americano — e torcia pelo melhor. Chegou até a cogitar em abandonar a citação sobre a ação de Baxter ser "justa", a mesma palavra que a outra mulher usara sobre Howard Macrae. Poderia parecer forçado. Mesmo assim, seria mais forçado ignorá-la.
Pegou seu BlackBerry, cuja luz vermelha piscava renovando sua esperança: novas mensagens.
Harden, Glenn: Belo trabalho hoje, Monroe. Era o que ele queria ouvir. Significava que evitara o corte; se ao menos pudesse ver a cara de Walton. O e-mail seguinte parecia spam, pois o nome de quem enviava não estava claro, apenas uma série de hieróglifos. Will preparava-se para apagá-lo, quando uma única palavra no campo do assunto o fez abri-lo imediatamente. Beth. Ele nem lera todas as palavras quando sentiu o sangue congelar.
NÃO CHAME A POLÍCIA. ESTAMOS COM SUA MULHER. ENVOLVA A POLÍCIA E NUNCA MAIS VAI VÊ-LA. NÃO CHAME A POLÍCIA, OU SE ARREPENDERÁ. PARA SEMPRE.
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