Quando entravam no prédio, o telefone de Will vibrou mais uma vez. Uma mensagem:
3 vezes eu beijo a página. Parecia óbvio que era a instrução final de que precisavam. Pardes Rimonin era o nome do livro, até aí TC descobrira. Dizia-lhes onde procurar, talvez até a página.
TC subiu correndo os dois lances de escada até a Divisão Judaica Dorot. Disse à bibliotecária o livro que desejava, ainda arfando.
— Refere-se ao manuscrito dePardes Rimonin de 1591? — Will e TC se entreolharam. —Vocês sabem que se trata de um livro extremamente raro e precioso. Só a diretora da sala de leitura ou a vice são autorizadas a retirar essa obra. Poderiam voltar amanhã?
— Eu realmente preciso desse livro já.
Receio que um livro como esse precise de permissão especial. Lamento muito.
Quem é aquela mulher ali? A que está tomando café? — TC indicava com a cabeça um escritório nos fundos.
Aquela é a vice-diretora. É o intervalo de almoço dela.
Olá! Olá!
Will encolheu-se de vergonha. TC quase empurrara a bibliotecária para o lado e já se curvava sobre o balcão, gritando e acenando para atrair a atenção da vice-diretora — ali, na solene quietude de uma biblioteca. Os estudiosos às cinco mesas da sala de leitura esticavam o pescoço para ver o motivo de tanta comoção. Mesmo que fosse apenas para restaurar a ordem, a mulher no escritório dos fundos largou a caneca de café e se aproximou.