O rabino tamborilava os dedos na mesa. Se fingia ansiedade, pensou Will, fazia um excelente trabalho.
— Você não pára de dizer "eles" — Will falou de repente, a segurança em sua voz surpreendendo-o também. — Mas não tenho certeza de que há "eles". Acredito que haja "vocês".
— Não estou entendendo.
— Ah, acho que está sim, rabino Freilich. Até o momento não há suspeitos em nenhum desses casos, com exceção de você e seus, seus... seguidores. — Sabia que era a palavra errada. O único líder que aquela gente seguia era o homem cuja fotografia se via pendurada em toda parede. E estava morto. — De certa forma, você admitiu ter assassinado Samak Sangsuk para mim. — O músculo em volta do olho esquerdo do rabino estremeceu ligeiramente. — E sei que mantém minha mulher presa, embora o que ela tenha a ver com tudo isso ninguém ainda tenha me explicado. — Nestas últimas palavras, elevara a voz, traindo urna raiva que não podia ocultar. Parou, precisava recuperar o controle. — As únicas pessoas que sabemos que estão envolvidas em atividades criminosas são você e as pessoas que trabalham com você.
— Eu entendo o que isso parece.
— Eu também. E tenho certeza de que a polícia, que já tem você na mira, sacaria tudo o que está acontecendo bem rápido se soubesse metade do que sabemos. Acho que não preciso mencionar o Sr. Pugachov, o zelador do prédio de TC, desculpe, Tova Chaya, preciso? Morto ontem à noite por aquele gorila de boné de beisebol que você pôs atrás de nós.
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Lamento, não sei do que está falando.
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Ah, deixa disso. Realmente, não podemos continuar com esse joguinho por muito mais tempo, rabino. Será que não vê? Todos sabemos o que está acontecendo.
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Will, chega.
Era TC, falando com seu sotaque normal.
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Não tenho a menor idéia de quem é esse Sr. Pugachov. E não sei nada sobre qualquer homem com boné de beisebol.
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Eu não acredito. Isso é ridículo! Você mandou um homem me seguir ontem. Nós o vimos, o despistamos e o homem que nos ajudou agora está morto no apartamento dela.
Dificilmente conseguiria convencer-se a usar mais uma vez o nome Tova Chaya. Parecera estranho demais a primeira vez.
— Will, por favor — implorava TC para que parasse.
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