Ela conseguiu sussurrar uma explicação. Entravam na casa do rabino. A casa em que morara o falecido líder, e que ele também fizera de seu escritório.
Will arregalou os olhos. Havia estado ali antes, 48 horas atrás.
Logo chegaram a uma escada. A multidão agora rareava. Subiram outro lance e saíram num corredor vazio. Direto para a armadilha, pensou Will.
O rabino Freilich conduziu-os por uma porta, que revelou outra. Mas o homem não entrou. Virou-se, em vez disso, para oferecer a TC uma explicação.
Quero que saiba que está prestes a ver um sinal de nosso desespero. É uma violação do Yom Kippur que nunca ocorreu antes neste prédio e, queira Deus, nunca tornará a acontecer. Fazemos isso para...
Pikuach nefesh — interrompeu-o TC. — Eu sei. Trata-se de salvar vidas.
O rabino Freilich assentiu com a cabeça, grato por estar sendo compreendido. Depois deu meia-volta, respirando forte pelas narinas, como a preparar-se para o segredo que ia revelar. Só então ousou abrir a porta.