Sam bourne o código dos justos



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QUARENTA E NOVE
DOMINGO, 23H18, CROWN HEIGHTS, BROOKLYN
O primeiro impulso de Will foi perguntar ao rabino Freilich o nome desse trigésimo sexto homem. Era crucial. Se ele e TC soubessem, poderiam descobrir o lugar para o qual os assassinos iriam em seguida: quem quer que fossem, iriam em seu encalço.

Mas o rabino não se mexia. Primeiro, disse, a morte de Yosef Yitzhok sugeria que os assassinos ainda não tinham a posse desse fato vital. Teria YY sucumbido sob tortura? O rabino tinha plena convicção de que não.

— Conheço esse homem. Seu intelecto, sua alma. Ele não trairia a palavra do rabino.

Tinha certeza de que o segredo estava a salvo. Se o partilhasse com TC e Will, só poderia lhes trazer mal. Era melhor que não soubessem. (Will era cético: se os torturadores viessem atrás dele, dificilmente se­riam educados ao interrogá-lo em busca de alguma informação útil, e ao se assegurarem de que não sabia nada, se retirariam educadamente.)

Will tentou outra abordagem.

— Este trigésimo sexto justo? Ainda está vivo?

— Achamos que sim. Mas eu realmente não direi mais nada, Sr. Monroe. Não posso dizer mais nada.


  • É ele o único vivo?

  • Não temos certeza. Nossas fontes de informação são muito desencontradas. Tivemos de levar pessoas aos mais extremos cantos do mundo para descobrir esses tzaddikim. Todas as vezes acabamos chegando tarde demais.

  • Quer dizer, só descobriu esses nomes esta semana?

  • Não, Yosef Yitzhok fez essa descoberta alguns meses atrás. E, como eu lhe disse, enviamos pessoas para dar uma olhada, apenas para ver quem eram esses tzaddikim. Planejávamos mantê-los sob vigilância, mais nada. Talvez lhes dar comida ou dinheiro, se eles estivessem em dificuldades. Mas, respondendo à sua pergunta, só soubemos que eles estavam morrendo essa semana. Não temos certeza, mas parece haver começado apenas alguns dias atrás.

  • No Rosh Hashaná — disse TC, a mente trabalhando visivelmen­te. — Foi quando assassinaram Howard Macrae.

  • Receio que só tenhamos tomado conhecimento disso dias depois de haver acontecido. Quando as notícias sobre os outros começaram a chegar. Chegou a sair nos jornais?

  • Sim — disse Will, suspirando em forçada resignação. — Saiu nos jornais.

Esse era o problema da página B3 de "Cidade"; as pessoas costu­mavam passar direto, sem sequer passar os olhos.

— De qualquer modo, eram os grandes dias santos. Não líamos os jornais. Vivíamos nossas vidas. Não tínhamos a mínima idéia do que vinha acontecendo. Mas então alguns integrantes da nossa comu­nidade começaram a ouvir coisas. Nosso emissário em Seattle viu a cabana que visitara nos noticiários da televisão. O homem que dirige nosso centro em Chermai lia o jornal local quando viu que o tzaddik naquela cidade, um dos mais jovens, tinha sido encontrado morto. Uma notícia atrás da outra.

- Quantos se foram?

— Não sabemos. Lembre-se, Yosef Yitzhok mal havia começado a trabalhar nisso alguns meses atrás. Nossa lista nem estava completa; não havíamos conseguido confirmar todos eles. Esse homem, por exem­plo — o rabino indicou o quadro branco com o número do ex-minis­tro — levamos um longo tempo para encontrá-lo. Verificou-se que o GPS é ligeiramente diferente na Inglaterra; exige uma chave diferente. Ao que parece, os dados WGS84. Não sabíamos disso na época, e por isso, quando Yosef Yitzhok digitou pela primeira vez os números, eles indicaram, logo o que, uma prisão. Uma cadeia de Belmarsh. Parecia improvável. Mas não descartamos tal possibilidade. Conhecemos o pra­zer dos tzaddikim em esconder sua verdadeira natureza.

"Mas quando reajustamos os números, o resultado foi instantâneo. Downing Street! E não o famoso número 10, residência do primeiro-ministro. Mas a vizinha. O mapa era bem claro. Na época, esse homem, Curtis, se envolvera em algum problema. Um escândalo, acho. Outro disfarce.

Will começava a ficar impaciente. Bastava de palestras, pensou. Queria fatos simples, crus — despidos de tons místicos.



  • Sendo assim, desculpe, eu quero apenas esclarecer o seguinte. Vocês têm a lista completa ou não?

  • Achamos que sim.

  • E desses, quantos estão mortos?

  • Achamos que pelo menos 33.

  • Meu Deus!

  • Quer dizer que talvez tenham de assassinar apenas mais três pes­soas? Já é quase meia-noite. O Yom Kippur termina em cerca de 19 horas!

TC, em geral tão calma, parecia em verdadeiro pânico.

— Rabino, não diria que quem está fazendo isso parece bem infor­mado sobre os costumes religiosos judaicos? — começou Will. — Quer dizer, quem mais, além dos judeus religiosos, sabe de todos esses as­suntos, dos homens justos, os Dias de Reverência? Estão seguindo-os ao pé da letra. E o senhor me diz que ninguém fora desse pequeno gru­po sequer sabia da descoberta de Yosef Yitzhok?



  • O que está dizendo, Sr. Monroe?

  • Estou dizendo que talvez não esteja por trás disso, apesar do fato de eu saber que é um seqüestrador comprovado. Mas alguém dentro desta... organização, ou comunidade, ou seja lá o que for, certamente está. Acho que isso é o que a polícia chamaria de um trabalho de infor­mante. Se eu fosse o senhor, começaria a examinar as pessoas aqui muito de perto.

  • Sr. Monroe, é tarde e o tempo se esgota. Não tenho tempo nem força para começar a discutir com você. O que Tova Chaya disse antes está certo: precisamos trabalhar juntos. Portanto, vou confiar no senhor, mesmo que não possa confiar em mim. Vou deixar que faça algo que provará que não estamos por trás dessa terrível perversidade.

  • Continue.

  • Vou enviá-lo à próxima vítima.



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