— De Pardes Rimonin. Quer dizer "jardim de romãs" em hebraico; um pomar de frutas. — Ela sorria.
Muito bem, mas que diabo é isso?
Vamos descobrir em breve.
TRINTA E SETE DOMINGO, 14H23, MANHATTAN As estátuas Paciência e Coragem tinham o olhar voltado para o outro lado, como sempre. Visivelmente desinteressadas pelos volumes de saber ou pelas hordas que buscavam conhecimento caminhando em sua direção, elas mantinham a pose: sentinelas de pedra, silenciosas guardiãs da casa do saber.
Will sempre gostou daquele prédio. Como acontece com todos os jovens, a descoberta de seu próprio conservadorismo foi um choque. Mas logo depois de sua chegada aos Estados Unidos, descobriu que tinha uma grande afeição — não, era mais que isso — umanecessidade por prédios antigos. Era mais inglês do que se dera conta: precisava da solidez de paredes e pedras antigas. Tinha sido criado num país onde a aldeia mais insignificante se vangloriava de uma igreja de 600, 700 ou 800 anos — quando não mais antiga. Quando vivia cercado por tudo isso, mal percebia. Mas agora, num país ainda em formação, a ausência dessa solidez quase o fazia sentir-se nauseado, como se navegasse num barco instável.
Nova York era diferente. Como Boston e Filadélfia, tinha construções antigas suficientes para tranqüilizá-lo. E a Biblioteca Pública era um exemplo perfeito, uma construção que parecia ter sido arrancada de Londres ou Oxford e transferida para a ilha de Manhattan.