A luta logo acabou. Will foi logo puxado de seu esconderijo. Agora estava cara a cara com o homem de capuz. Para sua total surpresa, reconheceu-o imediatamente
A luta logo acabou. Will foi logo puxado de seu esconderijo. Agora estava cara a cara com o homem de capuz. Para sua total surpresa, reconheceu-o imediatamente. TRINTA E NOVE DOMINGO, 15H56, MANHATTAN — Por que você correu? Eu só queria conversar.
— Conversar? Você só queria conversar? Então por que droga vinha me seguindo?
Curvado, Will tinha uma das mãos no joelho, e com a outra massageava o queixo.
Não quis abordá-lo enquanto você estava com, huumm, aquela mulher. Lá em cima. Não sabia quem era ela. Não sabia se era seguro.
Não me venha com essa, Sandy, sinceramente. Eu o vi da janela ontem à noite: o boné de beisebol quase me enganou, mas eu saquei no fim.
É verdade... eu só vim procurá-lo hoje. Ontem à noite, não. Eu estava em Crown Heights ontem à noite.
Bem, alguém me esperava diante do prédio do Times ontem à noite. Depois me seguiu até a casa de minha amiga e esperou lá também. E, até agora, a única pessoa que conheço e que faz esse tipo de coisa é você.
Juro que não fui eu, Will. Não fui. Não tinha a menor necessidade de te procurar então.
O que quer dizer com a menor necessidade?
Nada tinha acontecido ontem à noite. Ou pelo menos não sabíamos até hoje de manhã.
O que não tinha acontecido?
Yosef Yitzhok.
Sua voz falhou o suficiente para fazer Will olhar, pela primeira vez, para o rosto de Sandy. Ele ainda não retirara o capuz — um substituto do solidéu, cumpria o dever religioso de cobrir-lhe a cabeça —, mas mesmo na sombra que projetava, Will conseguiu perceber. Sandy tinha os olhos vermelhos. Parecia que estivera chorando durante horas.