vivendo com seus filhos e sendo responsável pela prole, ainda que outros
Um fenômeno demográfico recente despertou a atenção de cientistas sociais:
no Brasil, é crescente e sólido o número de famílias chefiadas por mulheres.
Isso acontece não apenas porque mais mulheres têm hoje trabalho
remunerado, mas porque houve também uma série de mudanças nas
concepções da nossa sociedade sobre o que significa "ser mulher" e "ser
homem", o que chamamos, grosso modo, de "sistema de gênero". Além disso,
as reformas legislativas que passaram a permitir o divórcio por livre e
espontânea vontade do casal (ou de um de seus integrantes), na década de
1970, foram fundamentais para essa mudança. Naquela época, as mulheres
que chefiavam famílias eram principalmente viúvas ou aquelas cujos maridos
migravam para outras regiões em busca de trabalho - como as "viúvas da
seca" do Nordeste brasileiro. Mais recentemente, mães solteiras, separadas ou
divorciadas predominam nas famílias monoparentais. Há uma rede familiar e
profissional extensa que apoia as necessidades cotidianas de mães e pais
"solteiros".
Além da ajuda de parentes (avós, primos, tios) e vizinhos, muitas famílias
recorrem a serviços profissionais para suprir os cuidados básicos com a casa e
o desenvolvimento dos filhos. Um exemplo pode ilustrar melhor essa situação.
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