O que é modernidade?
A modernidade foi definida pelo filósofo alemão Karl Marx, no século XIX, com
a frase "tudo o que é sólido se desmancha no ar". A expressão faz referência
às intensas transformações das revoluções econômica, política e do
conhecimento, nos séculos XVIII e XIX, que romperam com as condições
históricas anteriores, nas quais predominavam os valores e as práticas
fundamentados pela tradição. Por exemplo, no processo da Revolução
Industrial, as populações rurais, que se dirigiam para as cidades, passaram a
enfrentar uma nova ordem social, diferente das condições sociais a que
estavam habituadas.
O termo "moderno" foi usado no século V para distinguir a Roma cristã da
antiga Roma pagã. Já a ideia de "modernidade" pode ser relacionada ao
filósofo racionalista francês René Descartes (no século XVII) e, posteriormente,
aos positivistas, que defendiam a crença na razão, nas possibilidades do
progresso linear (ascendente e evolutivo) e na formação de uma nova
sensibilidade racional diante da realidade (veja na página 25 o item O
positivismo na proposta de Comte).
No século XX, sob o impacto de transformações sociais cada vez mais
aceleradas, a modernidade passou a se relacionar com a ideia do fragmentado,
do incompleto, da racionalidade, da transição, da cultura de massa, da
padronização do conhecimento e da produção, do planejamento racional, da
tecnologia. Essa multiplicidade de características associadas mostra que o
termo passou a ser disputado por diferentes correntes de pensamento. Na
atual concepção de "modernidade", de modo geral, está presente a ideia de
que tudo aquilo que é contemporâneo se encontra em estado transitório.
LEGENDA: Trem na neve, ou A locomotiva. Este símbolo da Revolução
Industrial do século XVIII é retratado em óleo sobre tela, em 1875, pelo pintor
impressionista Claude Monet, representando os momentos de uma sociedade
em constante transformação.
FONTE: Album/akg-Images/Latinstock/Museu Marmottan Monet, Paris, França.
Fim do complemento.
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