lenitivo - do povo", que está no livro Crítica da filosofia do direito de Hegel, de
1844. Nessa obra, Marx afirma que a religião é uma forma de o ser humano se
tornar alheio de suas condições de sobrevivência.
No livro A ideologia alemã, de 1845, Marx e seu colega Friedrich Engels (1820-
-1895) interpretavam a história como uma série de transformações sociais e
materiais a influenciar a vida dos indivíduos. Nesse sentido, a religião era um
obstáculo ao progresso e à emancipação político-social, ou seja, à
possibilidade de as pessoas se organizarem para mudar as estruturas sociais.
Para o pensamento marxista, as religiões poderiam ocultar as forças de
mudança e encobrir os conflitos sociais ao tomá-los como desígnios divinos,
naturalizando-os. Ao fazer isso, a religião poderia negar aos seres humanos a
capacidade de decidirem sobre si, seu destino, seu país, sua sociedade, e de
transformarem a realidade. A realidade pesquisada por Marx era a luta de
classes provocada por interesses materiais conflitantes; daí a sua crítica de
que toda ideologia, para realizar a finalidade a que se propõe - satisfazer as
pessoas com ideias ilusórias em detrimento de oferecer o conhecimento da
realidade -, desenvolve-se com base em crenças preexistentes que mascaram
a realidade social.
Mesmo com diferenças em suas abordagens, Comte, Durkheim, Weber e Marx
caracterizaram a religião como uma instituição de grande influência nas
relações sociais ao longo da história.
Glossário:
lenitivo: aquilo que abranda, que acalma, que traz consolo.
Fim do glossário.
Boxe complementar:
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