Fim do glossário.
Uma das consequências desses fenômenos de degradação ambiental é a
porte (como o eucalipto) na África do Sul, durante o século XIX, por
cobertura vegetal nativa era herbáceo-arbustiva, e criar um ambiente de maior
umidade naquela região semidesértica. Porém, como essas espécies
consomem muita água, o efeito foi o oposto: o volume de água nos rios e nas
reservas subterrâneas diminuiu, o que agravou o problema de abastecimento
dos mananciais de centros urbanos como a Cidade do Cabo, prejudicando a
agricultura.
Outro exemplo de conjunção de fatores ambientais causados pela ação
humana foi a crise, em 2014, no sistema de abastecimento de água da região
metropolitana de São Paulo, a mais populosa do país. Pesquisadores apontam
que a redução da cobertura vegetal no sul da floresta Amazônica e no Cerrado
pode ter alterado o regime de chuvas no Sudeste do Brasil. Em conjunto com o
fenômeno climático El Niño, isso fez com que as precipitações fossem
insuficientes para compensar o consumo humano de água. Como não havia
um plano emergencial e um terço do volume de água captada se perdia em
vazamentos na rede de abastecimento, o governo adotou informalmente
medidas de racionamento, como a redução da pressão nos encanamentos.
Além disso, por causa da ocupação humana de áreas de mananciais e da falta
de coleta e tratamento universal de esgotos, a água de alguns reservatórios
não pôde ser captada por estar poluída. Enquanto isso, na região Sul do país,
milhares de pessoas foram prejudicadas por chuvas em excesso - desde
agricultores que perderam parte da safra até pessoas que tiveram suas casas e
bens arruinados em enchentes.
Muitos movimentos ambientais que denunciam as situações de degradação
atuam no plano local, mas servem de exemplo para mobilizações em outros
lugares. Eles tendem a se alinhar em ações coletivas que reivindicam
condições de trabalho seguras e saudáveis, com o objetivo de prevenir
malefícios à saúde nas minas, plantações e fábricas. Um desses movimentos é
o de camponeses que se opõem ao crescimento da agricultura antiecológica,
recusando-se a utilizar pesticidas e sementes transgênicas, entre outros
insumos.
O campo interdisciplinar da ecologia estuda as interações entre os seres vivos
e o meio ambiente, além das condições necessárias para a reprodução das
diferentes formas de vida.