Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim



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Silvia Maria de Ara jo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi M.docx

Encontro com cientistas sociais

O sociólogo Jean-Louis Laville, ao escrever sobre as perspectivas de "outra

economia", destaca três tendências.

1. A primeira perspectiva surge a partir dos problemas suscitados pela crise e

que   se   repetem   regularmente.   Os   preceitos   monetaristas   adotados   pelos

governos desde os anos 1980 e fundados na "primazia do mercado" perderam

a   credibilidade   da   população,   a   quem   se   pede   sacrifícios   sem   fim.   Surge,

então, um novo discurso que busca justificar o capitalismo pela sua capacidade

de   autorreformar-se,   bastando   recrutar   as   organizações   da   sociedade   civil

desde   que   profissionalizadas   em   matéria   de   gestão   e   tornadas   "social

business" (Yunus, 2008). [...] Essa opção representa uma crença nas virtudes



de uma pseudoeficiência gerencial graças à qual as associações conseguiriam

assumir um novo papel.

2. A segunda perspectiva considera a socioeconomia ou a economia solidária

como um subsetor público inclinado a proporcionar ações de inserção para as

populações mais desfavorecidas. Nesta ótica, trata-se mais de conceber um

setor dedicado àqueles que não estão integrados na economia competitiva a

fim de que se beneficiem de programas que lhes permitam, com o tempo, fazer

parte dela.


3.   Uma   terceira   perspectiva   também   pode   ser   identificada,   a   de   uma

socioeconomia plural. Ela repousa, primeiramente, no reconhecimento de um

terceiro polo econômico estruturado a partir da união entre economia social e

economia   solidária:   a   experiência   da   empresa   coletiva   própria   à   economia

social se combina com a preocupação da mudança democrática reafirmada na

economia solidária.  [...]  o que está em jogo é o reequilíbrio a favor de uma

economia a serviço das populações, o que supõe alianças com componentes

da economia mercantil.

LAVILLE, Jean-Louis. Trabalho e socioeconomia. In: CATTANI, Antonio David

(Org.). Trabalho: horizonte2021. Porto Alegre: Escritos, 2014. p. 172-173.

FONTE: Filipe Rocha/Arquivo da editora

· A partir do exposto, procure conhecer algum trabalho desenvolvido segundo

os princípios da economia social e solidária na sua cidade ou consulte o site da

Ecosol: https://blogecosol.wordpress.com/ (acesso em: 29 jul. 2015). O objetivo

é   descrever   o   tipo   de   empreendimento,   seus   objetivos   e   de   qual   das   três

perspectivas indicadas por Laville ele mais se aproxima ou se identifica.

Fim do complemento.



Debate

Considerando alguns dos traços característicos da economia solidária, como

autonomia   de   tarefas,   cooperação,   reciprocidade   e   solidariedade,   os

estudantes podem discutir sobre a possibilidade de propor aos colegas, aos

professores e à direção da escola um projeto coletivo que mobilize e envolva

efetivamente a comunidade escolar e que vise contribuir para a melhoria do

ambiente escolar e de seu entorno ou atender a objetivos específicos ligados à

solidariedade a grupos sociais determinados. A configuração e a dimensão dos

projetos  também  precisam  ser  estabelecidas   (feiras,   intervenções   dentro  ou

fora   da   escola,   campanhas,   quem   participa   em   cada   etapa   e   como,   entre

outras).


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