Silvia Maria de Araújo · Maria Aparecida Bridi · Benilde Lenzi Motim


Pessoas com 16 anos ou mais ocupadas em trabalhos informais (2004-



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Pessoas com 16 anos ou mais ocupadas em trabalhos informais (2004-

2013)

FONTE:   Estudo   do   Instituto   Brasileiro   de   Geografia   e   Estatística   (IBGE),   a

partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013.

Acesso em: 2 jul. 2015. Créditos: Banco de imagens/Arquivo da editora

Entre os problemas da informalidade estão as péssimas condições de trabalho,

os baixos salários e a situação de desproteção previdenciária. Como exemplos

de categorias profissionais que realizam suas atividades laborais à margem

dos sistemas jurídicos de proteção ao trabalho podemos citar os trabalhadores

carvoeiros,   costureiras   e   costureiros,   ambulantes   e   também   aqueles   que

trabalham na condição de  freelancers  em setores da economia que exigem

mais qualificação.

LEGENDA: Comércio informal no centro de Porto Alegre (RS), em dezembro

de 2015.

FONTE: Itamar Aguiar/Ag. Freelancer/Folhapress



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A   precarização   do   trabalho   é   acentuada   pela   busca   da   mão   de   obra   mais

barata por empresas prestadoras de serviços ou fornecedoras de partes de

produtos que, para ganhar os contratos, precisam oferecer o preço mais baixo.

Assim, a preferência pela mão de obra informal ou terceirizada torna-se regra.

Essas   condições,   aliadas   à   dispersão   dos   trabalhadores,   dificulta   a   sua

organização em torno de representações sindicais. A maior dificuldade de uma

ação   sindical   envolvendo   trabalhadores   de   empresas   terceirizadas   e/ou

prestadoras de serviços se deve, entre outros, ao fato de os trabalhadores que

atuam   em   uma   mesma   empresa   não   se   encontrarem   representados   pelo

mesmo   sindicato.   Por   exemplo,   em   uma   empresa   de   automóveis   os

trabalhadores   são   representados   pelo   sindicato   dos   metalúrgicos,   mas   os

vigilantes, os trabalhadores de limpeza, de alimentação, de transporte, entre

outros, fazem parte de sindicatos diferentes. É comum em certas empresas

que   os   trabalhadores   sejam   representados   por   dezenas   de   sindicatos

diferentes.   Essa   dispersão   dificulta   a   ação   coletiva   e   uma   pauta   de   ações

comuns.


Os   sindicatos,   em   uma   tentativa   de   conter   o   avanço   da   precarização   do

trabalho,   são   desafiados   a   incorporar   os   trabalhadores   informais,   além   de

ajustar a agenda para defender questões mais amplas da sociedade, como

aquelas ligadas à previdência, à saúde e à ecologia.

LEGENDA: Empresa de call center em Campina Grande (PB), em 2012.

FONTE: Diego Nóbrega/Folhapress

Um   dos   maiores   desafios   dos   trabalhadores   e   de   suas   organizações   é

universalizar   os   direitos,   uma   vez   que   os   instrumentos   de   flexibilização   do

trabalho aumentaram as desigualdades.


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